sexta-feira, abril 13, 2007

Socrates 13


Sócrates vs Wolfowitz
uma questão de transparência... e de diferenças!

Acaba de rebentar um escândalo no Banco Mundial. O seu presidente, o arqui-liberal e conservador Paul Wolfowitz, nomeado por George Bush, terá favorecido a sua ex-companheira sentimental num concurso de promoção, do qual resultou um substancial aumento do ordenado de Shaha Riza (de $132.660 para $193.590/ ano, livre de impostos). A coisa soube-se e Paul Wolfowitz, após admitir e pedir desculpa pela interferência tida no caso, está a ser muito pressionado para apresentar a sua demissão. Está em causa o prestígio da instituição, a transparência da mesma e a luta contra fenómenos de corrupção, de que o neo-con Wolfowitz fez bandeira para o seu mandato à frente da maior instituição de manipulação económico-financeira do planeta. Para já, no Banco Mundial, e ao contrário do que parece ocorrer na prainha lusitana, as aparências continuam a ter a sua importância. E não consta que o senhor Wolfowitz em pessoa ou algum dos seus guarda-costas andem por aí a ameaçar a CNN, o New York Times ou o Wall Street Journal.

Vale a pena comparar a evolução deste evento com a evolução do caso Sócrates. Num caso, estamos a falar de um escândalo entre protagonistas máximos da direita norte-americana. No outro, estamos na presença de mais um escândalo afectando a credibilidade da imaculada esquerda portuguesa.

Pelo branqueamento vergonhoso que o Bloco de "Esquerda" (pelo menos, Francisco Louçã e um tal Fazenda) está a promover sobre a óbvia inconsistência de múltiplas declarações oficiais do actual primeiro ministro, antes e depois de ser primeiro-ministro, antes e depois de ser secretário de Estado, antes e depois de ser deputado socialista, em nome das generalidades importantes da agenda política do BE, está visto que a maionese de ex-trotskystas e ex-maoistas que compõe esta capelinha de universitários talhou de vez. Prisioneiros do fascínio pequeno-burguês pelos seus bibes de deputado, burocratas de uma esquerda indígena tardia e desmiolada, resta-lhes, de ora em diante, a função decorativa de meninos de coro do Sr. Sócrates, e a irrelevância do seu muito provável desaparecimento eleitoral em 2009. Assim seja!

Para o Louçã, o Fazenda, o Portas 2 e o Rosas, a assinatura de um contrato ruinoso para o país em volta da Ota não interessa, a venda ruinosa da Portugália Airlines à TAP não interessa, a privatização espoliadora da ANA não interessa, as óbvias intromissões e ameaças do governo sobre órgãos de comunicação social (na tentativa de silenciar o "não-caso" dos falsos registos públicos das habilitações académicas e estatuto profissional do primeiro ministro) não interessa. O que interessa são as generalidades do desemprego, da saúde e da administração pública, de que falam, falam, falam, falam, mas sobre o que não fazem nada, nada, nada, e de que não têm, aliás, qualquer ideia lúcida nas suas cabecinhas falantes. Não os vejo a fazer nada, e agora percebi porquê: gostam muito de ser deputados, comentadores políticos e de fazer congressos clandestinos com as suas ex mas irrenunciáveis capelinhas novecentistas.

Tenho dito e repito que o nosso sistema político democrático está esgotado, e que precisa de uma profunda correcção metodológica e programática, à esquerda e à direita. Acredito que Paulo Portas poderá dar um passo útil na direcção da direita. Já na banda esquerda do espectro, apenas vejo discos partidos, cabeças vazias, falta de coragem e pouco amor ao país. É uma pena.

PS: vale a pena ler a notícia sobre o escândalo no Banco Mundial (BBC) e a biografia da senhora Shaha Riza (Wikimedia).

OAM #192 13 ABR 07

Última hora!

Paul Wolfowitz demite-se do Banco Mundial

18-05-2007 13:02. Por uma questão de credibilidade... o homem teve mesmo que se demitir.
Seria bom que partidocracia portuguesa percebesse a mensagem de uma vez por todas.
Também entre nós, em política, o que parece é, e a credibilidade do Estado, do Governo e seus protagonistas e da Lei tem que estar acima de qualquer suspeita.

Continuo a não perceber como a situação de Sócrates e da Universidade Independente continuam ocultas sob o manto diáfano da hipocrisia do actual arco partidário parlamentar.

a notícia no NYT


Qual dos certificados é errado, falso ou forjado?


No dia seguinte à entrevista da RTP, ficou-se a saber que existem dois certificados de habilitações: um, que o PM exibiu à RTP, e que diz ter-se formado num Domingo de Setembro (08-09-1996), e outro, divulgado pela TVI, um dia depois, e que Sócrates terá enviado à Câmara Municipal da Covilhã, a cujos quadros de pessoal ainda pertence, para "requalificação profissional", que atesta ter-se formado em Agosto (08-08-1996), e feito sete cadeiras e não cinco, como vem atestado no certificado exibido na televisão. O gabinete do Primeiro Ministro (e não José Sócrates) adiantou que a data do certificado da Covilhã é que estava certa, mas que o número de cadeiras atestado no certificado exibido na RTP é que correspondia aos factos, ao contrário das sete cadeiras referidas pelo certificado em posse da CM da Covilhã... Surrealista, não acham?

Há porém um pormenor inexplicável (descoberto pelo blog Punctum contra Punctum) neste certificado depositado na CM da Covilhã :
-- no papel timbrado da Universidade Independente, no rodapé, entre outras informações, constam o endereço (físico e electrónico) e os números de telefone e de fax (351 21 836 19 00 e 351 21 836 19 22). Só que,... em 1996, os números de telefone não apresentavam os indicativos 21, 22, 290, mas sim, 01, 02, 090... etc, como aliás, pude confirmar (a alteração só foi feita em 31 de Outubro de 1999.)
Como diz o provérbio, mais depressa se apanha um mentira que um côxo!

PS: António Morais só começa a leccionar na UnI em 1996-97!

Consultando o HTML do sítio web da UnI arquivado no servidor norte-americano de Presidio, o Way Back Machine, verifico três dados até agora não divulgados, para além do já referido facto de não haver, em 10-10-1997 (data em que o sítio web foi para o ar) programa de curso para o 5º ano do curso de Engenharia Civil da UnI*:

1-2 - O Prof. António Morais só aparece como docente do curso de Engenharia Civil da UnI no ano lectivo de 1996-97, i,e, depois de, supostamente, José Sócrates ter concluído o 5º e último ano da licenciatura na UnI, e ter prestado provas finais, tendo tido como seus únicos professores o mesmo António Morais e Luis Arouca, que curiosamente também só começou a leccionar neste curso de engenharia, dando a cadeira de Organização e Gestão de Projectos e Obras, em 1996-97.

3 - Os números de telefone e fax da UnI em 1997 eram, de acordo com a página de entrada no sítio web da UnI, os seguintes: "Telef. 859 20 61 - Fax 859 23 11".

* - Primeiro curso de Engenharia civil na UnI

1º Ano: 1993-94
2º Ano: 1994-95
3º Ano: 1995-96
4º Ano: 1996-97 (entrada de António Morais para Prof. de Materiais e Construção; e de Luis Arouca para Prof. de Organização e Gestão de Projectos e Obras)
5º Ano: 1997-98

8 comentários:

Diogo disse...

Qual Portas? O que gastou:

- 800 milhões de Euros em 2 submarinos alemães.

- 500 milhões de Euros em 40 Aviões de guerra F-16 americanos

- 344 milhões de Euros em 260 tanques de guerra

- 440 milhões de Euros em 12 Helicópteros EH-101 para o exército.

- 356 milhões de Euros em 12 aviões de transporte militar médio.

- 200 milhões de Euros em 2 fragatas americanas da classe Oliver Hazard Perry com mais de 20 anos de uso.

António Maria disse...

Caro Diogo,

I - temos q separar as coisas...
eu falo de Paulo Portas, não por gostar do rapaz e das suas moralejas reaccionárias - q não gosto, mas por achar q é uma personalidade política q está objectivamente em condições de provocar um pequeno tsunami no sistema partidário português; e um tal efeito de carambola é mesmo preciso para refrescar a corrompida modorra em q tombou perigosamente o nosso sistema político. Posso estar redondamente enganado, e nesse caso quer dizer q o Portas apenas precisa de emprego político, e se for assim, coitado dele e do partido do táxi.

II - quanto à questão militar, devo dizer q sou pacifista, mas n sou parvo. Ou seja, qualquer território tem q contar c/ dispositvos de segurança e defesa apropriados. N estudei as compras do Portas, mas em tese creio que precisamos de ter um sistema de forças aero-naval adequado à extensão das nossas fronteiras marítimas. Tanques de guerra, no entanto, parece uma despesa anti-espanhola bastante ridícula (algum mimo à indústria militar norte-americana...)

Diogo disse...

Caro António,

Concordo com muitas das suas opiniões. Mas quanto a Paulo Portas discordo em absoluto:


http://a_verdade_da_mentira.weblog.com.pt/arquivo/096560.html

Na altura a NATO, considerou um desperdício o valor que Portugal vai ter que despender por este material. Portas não quis comentar essas declarações. No entanto, na intervenção que fez, depois do contrato assinado, considerou que a decisão de avançar com a construção dos submarinos foi uma decisão de soberania.



http://online.expresso.clix.pt/1pagina/artigo.asp?id=24750944

O anterior ministro da Defesa Paulo Portas vai ser condecorado no Pentágono, em Washington, na quarta-feira (4 de Maio de 2005), pelo secretário da Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld.

A condecoração premeia «serviços públicos distintos» e esta é «a primeira vez que um ministro da Defesa português» recebe a medalha, raramente atribuída a estrangeiros.

Os fundamentos da distinção serão conhecidos após a cerimónia reservada de condecoração.

A manutenção do comando da NATO em Oeiras, o empenho de Paulo Portas no alargamento da Aliança Atlântica, a opção por duas fragatas norte-americanas no reequipamento das Forças Armadas e a posição portuguesa na guerra do Iraque são razões apontados pelo colaborador de Paulo Portas para justificar a condecoração.

Diogo disse...

http://dn.sapo.pt/2005/05/14/tema/negocios_portas_vistos_a_lupa.html

Diário de Notícias – 14 de Maio de 2005

Negócios de Portas vistos à lupa

O Ministério Público e a Polícia Judiciária estão a investigar vários actos da gestão de Paulo Portas no Ministério da Defesa. Em causa estão, desde já, os contratos e, sobretudo, as contrapartidas negociadas para a aquisição de submarinos e de helicópteros pesados, no valor global de 1,3 mil milhões de euros, e onde a Escom, trading do grupo Espírito Santo, surge associada aos consórcios vencedores a HWD (alemã) e a Agusta-Westland (belgas e britânicos), respectivamente.

O DN apurou, no entanto, que na mira dos investigadores estarão também outros dossiers, alguns dos quais se encontram por concluir, não existindo, até agora, nenhuma adjudicação de helicópteros ligeiros para o exército, substituição dos Aviocar, viaturas de transporte blindadas e armas ligeiras.

O que indicia que, nesta fase, os investigadores parecem especialmente apostados em averiguar o tipo de contrapartidas que terão sido prometidas ou até mesmo negociadas à margem dos diversos concursos que decorreram, ou estão ainda a decorrer, para a aquisição dos diferentes equipamentos das Forças Armadas.

(...)

De acordo com diversas fontes consultadas pelo DN, as suspeitas dos investigadores sobre a gestão de Paulo Portas no Ministério da Defesa poderão vir a alargar-se ainda mais nos próximos dias, admitindo-se que o Ministério Público e a PJ possam vir a interessar-se igualmente por dossiers tão distintos como a "privatização" das OGMA ou a venda de terrenos na Grande Lisboa e no Grande Porto e que foram, entretanto, desafectados aos três ramos das Forças Armadas.

São negócios de muitos milhões de euros, que começaram há vários anos e onde se cruzam vários interesses, que parecem ter despertado o interesse dos investigadores. E não só. Pelo menos a avaliar pela intenção já anunciada por Luís Amado, o socialista que sucedeu a Paulo Portas, de pedir a revisão do contrato de contrapartidas

Já em relação aos submarinos, o processo arrastou-se durante sete anos, tendo a decisão final pertencido a Paulo Portas.

E entre os processos que se encontram no DCIAP, além das questões relacionadas com a aquisição dos helicópteros e submarinos, estarão outras no âmbito de alegadas irregularidades na aquisição de viaturas blindadas ligeiras e de desvio de verbas nas Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento.

Diogo disse...

As revelações das aldrabices académicas de Sócrates começam a dar os seus frutos:

Na TVI:

Mário Lino admite recuar na opção Ota:

O Governo admite recuar na localização do novo aeroporto de Lisboa, garantiu o ministro da Obras Públicas. Se aparecerem estudos devidamente fundamentados, com uma alternativa melhor do que a Ota, o governo vai reconsiderar.

http://www.tvi.iol.pt/informacao/noticia.php?id=796646

António Maria disse...

Paulo Portas e a bola de snooker

Creio que a frase da polémica é esta:

-- Tenho dito e repito que o nosso sistema político democrático está esgotado, e que precisa de uma profunda correcção metodológica e programática, à esquerda e à direita. Acredito que Paulo Portas poderá dar um passo útil na direcção da direita. Já na banda esquerda do espectro, apenas vejo discos partidos, cabeças vazias, falta de coragem e pouco amor ao país. É uma pena. -- OAM #192

A resposta dialogante, mas muito crítica, do Diogo, situa-se no plano de uma revisão do passado político imediato de Paulo Portas. Este passo serviria, por exemplo, para sabermos se ele está ou não em condições de jogar a carambola da mudança posicional e programática do actual espectro partidário. Esta análise retroactiva poderia incidir, assim, no seu passado de ministro da defesa, nas oscilações do seu discurso e em questões de carácter.

Quem estiver disposto a entrar no debate, o melhor será comentar aqui mesmo, ou escrever directamente para o antonio_maria{AT}mac.com

Sendo directo relativamente à catadupa de dados avançados pelo Diogo, e que colocam Paulo Portas onde ele sempre esteve --i.e., na Direita portuguesa--, devemos separar as questões de política das questões de carácter.

Quanto às primeiras, a minha curiosidade incide num único cenário: saber se o regresso de paulo Portas à liderança do PP corresponde ou não a uma visão mais ampla e estruturada da acção política conservadora no nosso país, ou se, pelo contrário, corresponde apenas a um acto desesperado de sobrevivência.

Quanto aos temas de carácter, prefiro deixá-los para depois. Independentemente do modo como fez os negócios de apetrechamento das forças armadas (sobre cujas eventuais irregularidades nada sei e não consta q tenham emergido à superfície de forma consistente), a única questão interessante é a de saber se foram decisões acertadas e se correspondem a uma visão estratégica coerente, partilhada, ou não, pelos demais partidos políticos. Voltarei ao tema quando tiver mais elementos...

Diogo disse...

Caro António,

Penso que o regresso de Paulo Portas (se ele de facto se afastou), corresponde apenas a um acto desesperado de sobrevivência.

Expresso - 25.04.2003

APROPRIAÇÃO ilícita de dinheiro da cooperativa Dinensino, proprietária da Universidade Moderna, para despesas pessoais — obras em casa — e actividades partidárias — despesas no Congresso do CDS de Março de 1998 —, falsificação de facturas (para justificar pagamentos da Amostra) e falsas declarações ao tribunal. São estas as suspeitas que recaem actualmente sob Paulo Portas, após oito dias de depoimento de José Braga Gonçalves, o principal arguido do caso Moderna, no julgamento que decorre há mais de um ano no Tribunal de Monsanto, em Lisboa.

António Maria disse...

Independente: UnI vai investigar certificados de Sócrates e admite existência de falsificações
14 de Abril, 23:18

Lisboa, 14 Abr (Lusa) - A Reitoria da Universidade Independente anunciou hoje que vai apurar responsabilidades quanto à existência de vários certificados de habilitações de José Sócrates passados pela instituição, considerando que a existirem documentos díspares "alguns poderão ser forjados".
"Em prol da verdade e transparência, afirma-se que a haver documentos díspares, alguns poderão ser forjados e por isso vamos apurar responsabilidades", indicou a reitoria em comunicado.
A nota do gabinete de imprensa da Universidade Independente surge um dia depois de o jornal Público ter divulgado no seu site um certificado de habilitações de Sócrates, datado de Agosto de 1996, que inclui um número telefónico da universidade que só poderia ser posterior a 1999, aquando da mudança nacional dos números levada a cabo pela ANACOM.
De acordo com o jornal Público, este certificado de habilitações foi enviado à Câmara da Covilhã e teve por objectivo a reclassificação de José Sócrates enquanto funcionário do quadro daquela autarquia.
O certificado enviado à Câmara da Covilhã tem um cabeçalho da UnI, é assinado por Luís Arouca, na qualidade de Reitor, e atesta que Sócrates concluiu a Licenciatura de Engenharia Civil a 08 de Agosto de 1996.
No espaço "Reservado aos Serviços" aparece a data de 28 de Agosto de 1996 e no rodapé do papel timbrado surgem os dados relativos à Universidade Independente, entre eles a morada Avenida Marechal Gomes da Costa, o código postal 1800-255 Lisboa e os números de telefone 351 21 836 19 00 e de Fax 351 21 836 19 22.
Estes números de telefone são, no entanto, incongruentes com a data do certificado já que só poderiam existir depois de 31 de Outubro de 1999, como indica a Autoridade Nacional de Comunicações no seu site.
Os números telefónicos de Lisboa apenas passaram a ter o formato de nove dígitos e o prefixo 21 com a adopção do Novo Plano Nacional de Numeração (PNN), introduzido às 00:00 de 31 de Outubro de 1999, mais de três anos depois da data que consta na folha do certificado de habilitações enviado à Câmara da Covilhã.
Também o código postal que consta no papel timbrado da UnI tem sete dígitos, uma nova numeração apenas introduzida pelos CTT em 1998, como também indica o site dos CTT.
Contactado hoje pela Agência Lusa, fonte do gabinete do primeiro-ministro disse que o certificado foi solicitado por José Sócrates em 2000 e enviado à Câmara da Covilhã no mesmo ano, remetendo para a UnI explicações sobre o facto de existir uma data de 1996 num documento passado em 2000.
Também o presidente da Câmara da Covilhã, que já o era em 2000, Carlos Pinto (PSD), confirmou à agência Lusa que a Câmara recebeu um certificado de habilitações de José Sócrates em Setembro de 2000.
No entanto, afirmou Carlos Pinto "o certificado tinha um erro, tinha menos um algarismo no ano", ou seja, em vez de ter "08/08/96" tinha como data de conclusão de curso "08/08/9".
Uma vez detectado o erro, declarou Carlos Pinto, "a Câmara pediu a José Sócrates, através de um ofício, que enviasse novo certificado com os números todos".
Segundo o autarca, "no espaço de dias [e ainda em Setembro] a Câmara recebeu outro certificado", já completo - com data de conclusão do curso de 08/08/96 - mas num papel timbrado com os dados de morada, código postal e números de telefone actualizados da UnI.
Carlos Pinto considera que se está perante "um falso problema".
"Se houve erro foi da universidade", uma vez que "o comportamento de José Sócrates para com a Câmara foi irrepreensível", sublinhou.
O documento enviado à câmara da Covilhã ficou envolvido em polémica uma vez que apresenta notas discrepantes com o certificado de habilitações que o próprio primeiro-ministro revelou numa entrevista quarta-feira à RTP e Antena1, que foi emitido em Junho de 2003 e indica que a data de conclusão do curso é 08 de Setembro de 1996.
NVI.
Lusa/Fim