domingo, novembro 18, 2007

Subprime black hole

Liberty Dollar
Liberty Dollar: a resposta popular anti-inflaccionista à implosão da moeda americana pôs o FBI em estado de choque.


US Dollar: Gone With The Wind

Welcome the Liberty Dollar!

"Foreign tourists to many of India's most famous landmarks will no longer be able to pay the entrance fee in dollars, the government says.

"The ruling is aimed at safeguarding tourism revenues following the recent falls in the dollar." -- Dollars no good for Taj Mahal, 16-11-2007, BBC.

O buraco negro para o qual a economia norte-americana está a ser atraída, podendo arrastar consigo, ao longo de 2008, a Europa e o Japão, causará um enorme tsunami financeiro mundial. O epicentro desta crise foi a implosão dos créditos de alto risco no sector imobiliário norte-americano -- os chamados subprime mortgages --, mas temos vindo a descobrir, com o passar das semanas, que a economia mundial está toda ela infectada por uma monumental bolha de liquidez virtual puramente especulativa, cujo estouro já ninguém parece conseguir deixar de prever (1). A Europa, atingida no sector bancário, nomeadamente suiço (Crédit Suisse), alemão (IKB, SachsenLB), inglês (Nothern Rock, HSBC), holandês (NIBC) e francês (BNP Paribas), ainda não sofreu todo o impacto potencial da crise em curso. Os rumores mais insistentes continuam a apontar a Espanha como a próxima vítima da loucura imobiliária que tem vindo a desfigurar a sua paisagem e tornou economicamente inacessíveis cidades como Barcelona e Madrid.

O que está a acontecer diante dos nossos olhos, e nos nosso bolsos (!), é o princípio do fim da hegemonia económico-política do Ocidente, representada ao longo dos últimos 192 anos pelo domínio anglo-saxónico (Inglaterra e Estados Unidos), mas que vem do século 15, quando os Portugueses começaram a circum-navegar a África e depois o planeta inteiro. Os Americanos ricos do Norte e os Europeus do Ocidente habituaram-se a níveis de riqueza e de distribuição social nunca antes experimentados pela humanidade, cujo financiamento teria sido inviável sem a extensão dos seus impérios coloniais, que exploraram intensamente enquanto puderam.

Durante o período colonial e neo-colonial, que se estende do século 15 até ao final da década de 90 do século 20, o Ocidente cristão dedicou-se, em África e nas Américas, ao genocídio parcial das populações indígenas, à expoliação do ouro e riquezas acumuladas pelos civilizações locais, à extracção das matérias primas e à escravatura. Na Ásia, devido à densidade demográfica e maior estruturação social e militar dos respectivos povos, a alternativa passou sobretudo pela imposição militar de regimes de troca desigual entre as potências ocidentais dominantes e os países do Extremo Oriente. O controlo do Médio Oriente, para o que foi necessário destruir o Império Otomano, figura como derradeiro capítulo do longo ciclo imperial europeu, e dele dependeu a transição da era industrial a vapor para a explosiva era contemporânea, movida a petróleo, em nome da qual a Europa e o resto do mundo se envolveram nas duas maiores carnificinas humanas de sempre: a I e a II guerras mundiais. Para balizar com dois marcos histórico-simbólicos precisos este longo ciclo civilizacional, o da Europa Moderna e Contemporânea, podemos curiosamente tomar a própria duração do império português (o mais longo de sempre na Europa Ocidental) como referência: da conquista de Ceuta, em 1415, à devolução de Macau à China, em 1999.

Confunde-se frequentemente a ideia de internacionalização dos mercados resultante da existência e afirmação mundial dos impérios coloniais europeus e norte-americano com a ideia de globalização, como se o problema fosse o da circulação das pessoas e mercadorias à volta da Terra. Não é.

O período imperial, que simbolicamente termina com a troca de bandeiras entre a República Popular da China e Portugal, na cidade onde nasci, caracterizou-se pela existência de centros civilizacionais (Europa, e depois EUA) com uma extraordinária capacidade de projecção militar, cuja rápida evolução ideológica, tecnológica e científica se ficou em grande parte a dever aos recursos materiais subtraídos aos vastíssimos territórios, civilizações e povos que foi capaz de explorar. Na fase colonial dos impérios houve quase sempre dominação militar, política e religiosa das regiões colonizadas. Na fase neo-colonial que se lhe seguiu, primeiro nas Américas, depois no Extremo Oriente e em África, e que se encontra agora muito perto do fim, a dominação exerce-se sobretudo pela via indirecta do controlo financeiro e manipulação mais ou menos subtil dos velhos e novos países independentes. O objectivo em ambos os cenários é sempre o mesmo: acesso e controlo das matérias primas e recursos energéticos baratos e abundantes onde estejam, sem o que será inviável alimentar uma civilização (a Ocidental) cada vez mais energética, voraz, intelectual, egoísta, mas careca de recursos naturais a que se habituou, envelhecida e a caminho da extinção demográfica!

O que a globalização trouxe de novo, e que viria a revelar-se como um fatal boomerang económico para o ciclo imperial europeu e estado-unidense, são duas coisas: a liberalização radical dos mercados económicos e financeiros à escala mundial e a instantaneidade electrónica das transacções num novo espaço virtual interactivo global chamado Internet. É a coincidência temporal e articulação operacional destes dois acontecimentos, desencadeados pela constituição da Organização Mundial de Comércio, em 1995, e pelo lançamento público, dois anos antes, do primeiro navegador internáutico com capacidades gráficas (o Mosaic, de onde nasceria, em 1994, o célebre browser Netscape), que irá propiciar a maior transferência de tecnologia jamais efectivada entre distintas regiões planetárias. Em apenas uma década a Europa e os Estados Unidos fizeram voar literalmente milhares de fábricas e sucursais de empresas suas, e transferiram electronicamente dezenas de biliões de dólares, para a China, India e Coreia do Sul, não se apercebendo que estavam, na realidade, a enervar literalmente as suas próprias sociedades.

A Reserva Federal Americana, uma sociedade de bancos centrais e banqueiros privados que ninguém conhece, a não ser pelo seu presidente em exercício, deixou de publicar em 2006 o agregado financeiro conhecido pela sigla M3, o qual costumava computar a quantidade de dólares em circulação no planeta. Foi o sinal definitivo de que os Estados Unidos tinham começado a falsificar o seu próprio dinheiro como forma de compensar a inflação crescente resultante da perda inexorável de competitividade da sua economia quando comparada com os novos regime de sobre-exploração capitalista em curso nos países emergentes, para os quais o acesso aos financiamentos deixara de ser um problema, assim como a exportação dos seus produtos para todo o mundo (excepto o Japão...) Daqui ao buraco negro que há meses atrai o dólar em direcção à sua completa nulidade fiduciária, foi um passo, rápido e catastrófico! Ainda que criasse outro Dólar, como os brasileiros fizeram com o falido Cruzeiro, os EUA não conseguiriam inverter a actual situação, pois, ao contrário do Brasil, os EUA deixaram que o seu dinheiro, as suas empresas e as suas universidades (!) emigrassem simultaneamente para onde o trabalho barato se encontra, sem poderem sequer, sob pena de realizarem um verdadeiro hara-kiri, interromper o fluxo de mercadorias que aflui até ao cada vez mais aflito e impotente consumidor americano. Ao permitir-se que norte-americanos e europeus se transformassem em consumidores líquidos compulsivos, hedonistas e a caminho da extinção genética, exportando ao mesmo tempo a economia real para países com inesgotáveis bases produtivas, abriu-se uma Caixa de Pandora. Não será um ataque nuclear contra o Irão que a fechará, podendo mesmo agravar os seus imprevisíveis efeitos.

O equilíbrio conseguido, na sequência e consciência do terrível holocausto Nazi e nuclear da Segunda Guerra Mundial, entre a lógica única e alienante do capital e a vontade de construir democracias humanas dignas e livres, consubstanciada em contratos sociais baseados na ideia de bem-estar, foi literalmente destruído pela propaganda da produtividade. Os partidos democráticos do Ocidente, com especial incidência nos diversos blocos centrais formados pelos partidos moderados, da direita tradicional à esquerda socialista, promoveram a libertinagem dos promotores económicos e financeiros, privatizaram e continuam a privatizar os activos essenciais dos Estados (constituídos, por vezes, ao longo de gerações sucessivas), pulverizaram sistematicamente os benefícios sociais das suas democracias e caminham para uma completa subserviência face aos poderes fáticos globais, que desconhecem em absoluto, mas em direcção aos quais caminham como insectos encadeados por uma estranha luz virtual.

Num certo sentido, pode dizer-se que o capital acumulado pelos impérios do Ocidente já não precisa, nem das suas bases territoriais, nem das suas raízes humanas, sociais e espirituais, ambas, de certa maneira, esgotadas e envelhecidas. Basta-lhes, por isso, e como sempre, recursos e mão de obra jovem e barata. Onde estes estiverem estará o capital! Mas a que preço? Uma hipótese, plausível, é a do fim abrupto da hegemonia americana, seguida de um declínio prolongado, na doce companhia da Europa, ambos clamando no deserto contra o aquecimento global. Outra hipótese, de uma gravidade extrema, é ocorrer um ataque nuclear contra o Irão, do qual resulte a III Guerra Mundial. Gostaria de acreditar que existe ainda uma terceira hipótese: a da cooperação internacional para o desenho de uma humanidade solidária e mais consciente dos tremendos desafios energéticos e ecológicos que ameaçam, por culpa própria, a própria continuidade, se não da espécie humana, seguramente, das civilizações que conseguiu erigir nos últimos dez mil anos.

Na América, onde o espírito democrático e de iniciativa cidadã continuam felizmente muito vivos e criativos, há quem contraponha à falida nota verde o retorno a moedas de confiança. Uma dessas moedas fiáveis chama-se Liberty Dollar, e outra, cuja fama cresce rapidamente, chama-se Ron Paul Dollar, em homenagem a um dos mais controversos senadores republicanos actuais. Ron Paul é contra a guerra movida pelos EUA contra o Iraque e defende o fim da Reserva Federal americana, em nome do regresso à moeda dura e do fim da moeda mole ("fiat currency"). Estas iniciativas têm um valor pedagógico evidente. A ira que desencadearam junto das autoridades monetárias locais é uma prova de que estão a fazer efeito. Um sinal de que nem tudo está perdido.

FBI Raid on the Liberty Dollar

"Friday, November 16, 2007: Make no mistake, the FBI and Secret Service raid on the Liberty Dollar at 8:00 AM on Wednesday, was a direct assault against the US Constitution and your right to own and use gold and silver in any way you chose.

"I personally spoke to FBI agent Andrew Romagnuolo shortly after he and his gang invaded the peaceful home of the Liberty Dollar. He told me that the raid was related to the US Mint's warning and the beginning of a criminal investigation. This is the first battle of a long war that I intend to win!" -- Bernard von NotHaus, Monetary Architect.



NOTAS
  1. Sobre a história do dinheiro vale a pena ler esta síntese maravilhosa escrita por Elaine Meine Supkis no seu blog Culture of Life News:

    "When the Forex markets were first engineered, no one involved imagined it would lead to utter chaos. Of course, throughout history, when an empire is strong and powerful and patrols the Seven Seas with impunity, all currencies are judged relative to the currency issued by the Emperor or Empress. Of course, these empires had to issue currency in a form that had 'intrinsic value.' In other words, for the last 3000 years, this was of several metals. Gold, silver and copper for the most part.

    "All empires use their fleets and troops to seize and loot and one of the top items they seek restlessly is gold, silver and copper. Using this, they can issue coins which are used to buy luxury items, for the most part. This is because most of the economy until the 1600s was mainly barter. One thing all kings and emperors figured out was, if they controlled the mint, they could debase the coin by mixing the metals with baser metals. Often, it is either zinc or copper. To hide this, they had many laws. These laws still stand.

    "For example, a merchant could melt the gold coins which separates the minerals and then resell the pure gold with a guild certificate of purity. Holding gold has an overhead cost, of course. Everyone wants to steal it. Including the Emperors and kings hovering nearby. During the Middle Ages, the Church and Islam both forbade charging interest so holding gold brought no wealth. It cost the holder dearly. One had to hire guards and install expensive iron security systems and this is when many forms of locks we see in modern form today, were invented. Before this, people simply buried the gold in hidden places.

    "Literally, in the ground. Even in the 1600s, pirates continued this tradition. There are many fairy tales of young men or princes going forth with a purse filled with gold ducats only to be robbed on the road or in an inn. Ducats, by the way, were first issued by the Venetians during the Crusades. For money had vanished during the longest depression to hit Europe, the Dark Ages. Ducats were mostly the result of these wars. Gold was looted first from Jerusalem and the surrounding countryside. Then, from the great Empire of Byzantia. This was minted and used as trade tokens.

    "And what trade was this? Easy: trade with CHINA. One could not buy the fabulous manufactured wares of China unless one paid in gold. For 1,000 years, China slowly accumulated much of the gold in circulation this way. And it was a one-way street which meant, Europe was always having currency problems. The only cure for this was to find gold.

    "Over the centuries, bankers have discovered many ways of dealing with the contradictory nature of currency versus trade. If someone finds a lot of gold or conquers a kingdom with lots of gold to loot, the currency crisis is eased but this also causes the relative value of gold to drop. In a nutshell, everyone wants more gold but if more gold appears in circulation, the value of the gold in relation to everything else, drops.

    "Many an Emperor has torn out his hair after expending huge sums of money on armadas and troops only to find the looting expedition is causing the currency to collapse due to too much gold flooding markets. As expenses on the military eats up the budget, he is forced to go to banker/merchants for loans. And to pay for this, the Emperor issues IOUs to these merchants. Who, in turn, use these as...MONEY. For they love to trade things and a writ of promise for future tax revenues has value! Unlike gold, tax money is paid in yearly installments. So if the banker/merchants forward to the Emperor the equivalent of 3 years of taxes and the Emperor then promises to pay them with 4 years of taxes, everyone is happy except for the tax paying public.

    "But early on, the Emperor of Spain discovered he could keep doing this and he did until he ran up debts based on over 100 years of future taxes! And the foolish Emperor wasted all of this on trying to invade a land that has virtually no gold at all: England. And on top of this, the Armada sank. Within 100 years of this, due to the forward sale of future tax revenues, Spain collapsed as a world power and France replaced them only to fall in to the exact same trap of selling future tax revenues. This led to the King losing his head.

    "England, the next up at bat as World Ruler tried to avoid these fates. But after defeating Napoleon, England went on a classic looting expedition and the top two holders of world gold that hadn't already been looted by the Spanish was India and China.

    "Both were looted ruthlessly. But instead of using this loot to build a huge army, the Brits used it to build the first Industrialist capitalist society. And then the eternal problem of how to conduct business while not having to deal with the insecurities and restrictions of using metal coins reared its ugly head. The solution was always to issue gold certificates rather then bonds of joint purpose like the South Sea Bubble bonds. I have a collection of 19th century gold and silver certificates. These were issued by banks that supposedly had the coins stashed in safes that were called 'safes' because they were supposedly secure. Only the banks never bothered to issue these certificates on a one-to-one basis. They always issued as many certificates as they dared.

    "Periodically, people would suddenly think, a bank was lying about this and would rush the banks to demand their gold or silver certificates be honored. Banks never run out of paper IOUs. Germany showed how their great printing skills could keep up with near-infinite demand. The problem was if people wanted gold or silver.

    "Today, all the world's currencies operate on the dangerous fiat value method. This works ONLY if the top imperial currency is still connected with gold and silver. But ever since the US, imitating all previous Empires, decided to pay for a lousy war via issuing irresponsible paper IOUs, there is NO CURRENCY ON EARTH that is connected to any tangibles. There are stocks and bonds which are attached to either future tax revenues or people paying back loans. These are very unstable due to the possibility of bankruptcy.

    "The news that Bündchen, the great-great granddaughter of German immigrants to Brazil back when the rubber plantation boom attracted many Germans, won't accept US dollars anymore due to it losing too much value when it is part of a contract which stipulates payment in the future, so it is with many operations now. The Indian government can't issue daily currency value changes at museums and public monuments! This is very much a reminder of Germany in 1923. The complications of the premier currency dying rapidly is, it destabilizes RELATIONSHIPS. And this is where POWER lies: not in declarations of friendship but in honoring and writing CONTRACTS that spell out financial and business dealings IN THE FUTURE.

    "We are losing very significant powers here. I would venture to say, our USS Even Keel is keeling over. And I want to keelhaul the idiots causing this." (Link)

OAM 278, 19-11-2007, 02:58

3 comentários:

Anónimo disse...

O seu texto tem uma conotação esquerdista e apocaliptica desnecessária.
O «ocidente» procurou extrair materias primas e não menos importante, garantir mercados de escoamento.
Não sei se sabe, mas aquilo que retratou é mesmo a teoria dos sistemas mundiais: http://en.wikipedia.org/wiki/World_Systems_Theory
Parabens novamente.
PS: Macaense ?!? Não consegue obter dados comprometedores sobre os «early days» de outros macaenses muito conhecidos ?!?! Talvez não estivesse tudo perdido em Portugal...

JSilva

António Maria disse...

A minha herança Trotskysta é a principal culpada dos desvios esquerdistas por si denunciados, embora tenham origem provavelmente genética!

Quanto à visão cataclísmica, a mesma deriva, n tanto da dinâmica geral do mundo, mas da percepção dos efeitos decorrentes ("feed-back") da acção abrasiva do homem sobre o super-organismo de onde nasceu, se desenvolveu e de q será irradiado se não conseguir interromper a tempo a actual inércia de crescimento e perturbação dionisíaca de Gaia.

Obrigado pela referência a Immanuel Wallerstein, cujos "posts" leio regularmente (n sei se por recomendação sua...), mas cuja teoria sobre o "Moderno Sistema Mundial", na realidade, desconhecia!

Já fiz algumas compras de Natal (Jeremy Rifkin, Paul Kennedy...), mas n sei se vou resistir à Opus Magna de Wallerstein: "The Modern World-System"...

A verdade é q só há dois anos regressei aos temas políticos e económico-sociais como parte dum conjunto de reflexões e leituras destinado a recauchutar a minha visão do mundo, sem a qual sinto alguma dificuldade em progredir nas reflexões, para mim mais agradavelmente abstractas e filosóficas, em volta da teoria do conhecimento e da estética.

O artigo da Wikipedia sobre Wallerstein pareceu-me muito estimulante. Aqui fica uma citação do mesmo:

There is a fundamental and institutionally stabilized 'division of labor' between core and periphery: While the core has a high level of technological development and manufactures complex products, the role of the periphery is to supply raw materials, agricultural products and cheap labor for the expanding agents of the core. Economic exchange between core and periphery takes place on unequal terms: The periphery is forced to sell its products at low prices, but has to buy the core's products at comparatively high prices, an unequal state which, once established, tends to stabilize itself due to inherent, quasi-deterministic constraints. The statuses of core and periphery are not, however, mutually exclusive and fixed to certain geographic areas; instead, they are relative to each other and shifting: There is a zone called 'semi-periphery', which acts as a periphery to the core, and a core to the periphery. At the end of the 20th century, this zone would comprise, e.g., Eastern Europe, China, Brazil. Peripheral and core zones can also co-exist very closely in the same geographic area.

Obg pelo comentário oportuno :-)

Anónimo disse...

António,

quando me reformar vou-me dedicar Wallerstein. Acredito que um dia possa encontrar uma especie de teoria universal e unificada sobre o comportamento dos individuos em sociedade, fundindo psicologia com ciencias sociais. O meu ponto de partida são também americanos, os psicologos humanistas A. Maslow e Carl Rogers.

Abraços.
JSilva