segunda-feira, setembro 27, 2010

O que nos espera - 2

A OCDE e o FMI não vêm aí... Os principais responsáveis pela bancarrota de Portugal é que berram p'ra que venham dizer alto e bom som o que a actual canalha partidária é incapaz de assumir: a verdade!



De qualquer modo, o mexicano Angel Gurría, secretário-geral da OCDE, cozinhou o relatório com o actual governo, o que não pode deixar de ser simultaneamente uma vergonha e uma fonte de suspeita forte sobre a qualidade dos conselhos dados, ao sabor das conveniências dos situacionistas do regime. Espero bem que o Passos de Coelho resista às pressões e evite o seu prematuro suicídio político. É isso aliás que a rainha de Boliqueime e o Pinóquio das Beiras precisamente querem, mais as turmas, tríades, polvos e máfias que os rodeiam e levaram o país ao estado comatoso em que se encontra. Aliviar o país da carga chamada Aníbal Cavaco Silva e José Sócrates Pinto de Sousa, mais o poeta surdo-mudo que pretende ser presidente da república, é uma purga absolutamente imprescindível à regeneração do regime. Com a continuação deste bloco central do cinismo e da corrupção, no poder, Portugal afundar-se-à cada vez mais. E não vejo nenhum Salazar por aí!

Um país sem orçamento e a duodécimos é como uma purga de emagrecimento de efeitos automáticos. Por outro lado, não é a crise política que afasta os mercados de Portugal. É o nosso escandaloso endividamento, a bandalheira político-partidária instalada, e a corrupção endémica que une como UHU empresários indolentes, cabotinos e corruptos a políticos igualmente preguiçosos, cabotinos e corruptos. Ora desfazer este nó górdio exige que alguém diga, de uma vez por todas, não à destruição do nosso país. Se não for o jota candidato a primeiro ministro, outro lhe sucederá certamente.

Post scriptum — As medidas propostas pela OCDE nem seriam muito diferentes das que ontem mesmo aqui sugeri como inevitáveis, se fossem equilibradas, e por conseguinte previssem também cortes substanciais na despesa pública de investimento perdulário e corrupto, e a imposição de responsabilidades fiscais efectivas a quem, entre os mais ricos, nada ou pouco paga — como a banca falida que temos, ou os monopólios clientelares que dominam o país. Mas não, o senhor Gurría veio fazer um frete ao governo de Sócrates e à imensa tropa de piratas que o rodeia, colocando o fardo do pagamento das dívidas ao lombo dos mais pobre e dos mais fracos. É caso para lhe perguntar qual foi a comissão que recebeu para realizar tamanha sujeira?

1 comentário:

Força Emergente disse...

Caro António Maria

A excelência da informação aqui reproduzida, atesta a qualidade da pessoa que a assina.
Temos seguido com atenção muitos dos seus artigos e por isso o referenciámos hoje no nosso post.
É necessário usarmos as nossas armas.
E entre essas, estarão certamente muitas das que regularmente utilizamos, pois enquanto os principios a ética e os valores subsistirem, não haverá batalha que esteja perdida.