quarta-feira, setembro 28, 2011

Biomassa em vez de barragens

A floresta sustentável é uma alternativa

A EDP tem uma dívida acumulada 3x maior do que a da Madeira e igual ou superior à dívida conjunta de todo o sector público de transportes!!!


A gestão sustentável do Pinheiro Bravo é uma alternativa ao descalabro barragista

Out of the woods? Rural Europe (re)turns to forests as main energy source

Wood is already the most widely-used source of renewable energy in Europe, but the European Commission is looking at additional measures to help rural regions seize their potential for power from biomass.

Forests cover more than 155 million hectares (37%) of the EU27's land area and a further 21 million hectares is covered by other wooded land.

However, the Commission believes there is a clear potential to intensify forests' energy utilisation as only up to 70 % of the annual forest growth being harvested, with some 42% being used for energy.

In addition, wood burning is considered to be largely carbon neutral if forests are cultivated in a sustainable way, making it an environmentally-welcome alternative to oil and coal in rural areas.

Another advantage of biomass is that it may be directly stored and drawn upon for use at any time, unlike wind or solar electricity that need to be consumed directly or converted in order to be stored.

in EurActiv, 22.09.2011.

É por causa do descomunal endividamento da EDP que o pirata Mexia gasta milhões de euros em publicidade e falsas acções de responsabilidade social (green washing). A verdade é que boa parte da factura energética que todos pagamos se deve ao enorme embuste energético fabricado durante o consulado do pirata Sócrates, o qual terá que ser necessariamente desfeito sob pena de os aumentos anunciados em sede de IVA e de preço ajustado ao custo real da energia se tornarem socialmente incomportáveis.

Há um crime público neste sector que tem que ser desvendado e tratado como tal. Os responsáveis políticos pelo colapso financeiro do país têm que ser levados a tribunal e responsabilizados pelas patifarias que fizeram, ajudaram a fazer ou criminosamente autorizaram.

O Plano Nacional de Barragens é um embuste e um crime que tem que ser desfeito quanto antes.

Podemos aumentar a capacidade produtiva das nossas maiores barragens, mas não faz qualquer sentido construir novas barragens. As que se encontram em início de obra (Sabor e Tua) devem parar já!

A hipótese nuclear é outro embuste. Enquanto os japoneses, franceses, alemães e americanos não demonstrarem que o nuclear é mais seguro do que Fukushima, Portugal não pode, sob nenhum pretexto, servir de cobaia à nova geração de reactores supostamente seguros.

Temos, pois, que recorrer às alternativas mais óbvias, seguras e baratas:
  • baixar drasticamente a intensidade e o custo energéticos da nossa economia, lançando um cluster nacional de eficiência energética (que aposte na nova rede ferroviária de bitola europeia, na requalificação dos portos, numa nova indústria naval especializada —por exemplo em navegação de cabotagem, científica e de recreio— no transporte colectivo eléctrico, na eficiência energética dos edifícios e das cidades, na agricultura biodinâmica, na investigação científica focada nestes domínios, etc.);
  • libertar as renováveis eólicas e solar das ligações forçadas à REN e da canibalização burocrática, clientelar e fiscal das facturas do consumo energético;
  • apostar, com a UE, decidida e rapidamente, na biomassa florestal e na exploração sustentável da nossa vasta floresta de Pinheiro Atlântico.
O governo tem que tomar a iniciativa!

ÚLTIMA ACTUALIZAÇÃO: 28-09-2011 18:16

6 comentários:

Karocha disse...

Caro António Maria

O Daniel Bessa disse hoje, que Portugal está falido!
Se quiser mando-lhe o link.

António Maria disse...

É um facto documentado :(

Karocha disse...

http://maquiavelencias.blogspot.com/2011/09/c-onjuntura-por-2011-lusa-agencia-de.html

EcoTretas disse...

Boa Tarde,

Desculpe desiludi-lo, mas leia umas coisas antes de escrever estas barbaridades...

O grande problema do Sócrates foi a aposta na eólica. Foram milhares de milhões de euros apostados directamente numa energia que não serve... Não serve, entre muitas outras razões, porque sopra sobretudo quando não é precisa (de madrugada), ou não sopra de todo.

Por causa deste barrete, foi necessário pagar às térmicas para deixarem de produzir e estarem em stand-by, para quando não há vento...

Depois, a energia eólica começou a ser tanta, que tentaram armazenar o excesso da madrugada em barragens. O problema é que este processo perde 1/3 da energia, ou seja, literalmente 1/3 da energia vai para o lixo!

Como a energia eólica é cada vez maior, é necessário ter mais barragens. Por isso é que estas novas estão em construção! NÃO TENHA A MENOR DÚVIDA QUE ESTA É A RAZÃO PARA AS NOVAS BARRAGENS!!!

Tudo isto por causa das tarifas feed-in... No dia em que o Álvaro tenha t*mates para acabar com isso, o custo da energia até podia baixar!!! Não sou eu que o digo, é a ERSE que o tem repetido sistematicamente.

Vá lá, dê uma vista de olhos ao meu blog, na vertente específica da energia, que não custa nada:

http://ecotretas.blogspot.com/search/label/energia
Ecotretas

António Maria disse...

Mas não é precisamente isto que está escrito no blogue? Ora leia lá outra vez: "libertar as renováveis eólicas e solar das ligações forçadas à REN e da canibalização burocrática, clientelar e fiscal das facturas do consumo energético;"

Já agora, deve saber tb quanto eu que o escândalo tem contornos surpreendentes e ainda desconhecidos do público... Esteja atento aos noticiários ;)

António Maria disse...

E já agora, para os cépticos das energias renováveis, aqui uma notícia fresquinha da Alemanha. O principal problema em Portugal não advém de problemas técnicos, mas do capital rentista alapado aos grandes negócios do país. Se a Alemanha consegue um excesso de produção eléctrica com vento e Sol, imaginem Portugal! Entreguem a EDP à E.on! Quero lá saber dos chulos lusitanos!

http://www.bloomberg.com/news/2011-09-29/utilities-giving-away-power-as-wind-sun-flood-european-grid.html