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quarta-feira, março 02, 2016

Procura agregada mundial estagnada


Baltic Dry Index (BDIY:IND)

Concentração ameaça pequenas economias extrativas e/ou mal geridas


Autoridades chinesas confirmam que a COSCO vai mudar alianças
29 Fevereiro, 2016 at 17:34 | por T& 

O sub-director do Instituto dos Transportes da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, Yin Zhen, veio, agora, confirmar esse objectivo. “A China Cosco Shipping deseja formar uma aliança mais forte, que possa desafiar o ascendente da 2M na rota Este-Oeste, assim como cortar ligações com alguns parceiros mais fracos nas actuais alianças para prevenir perdas financeiras futuras”, referiu, citado pelo jornal estatal “China Daily” 
Um porta-voz da COSCOCS acrescentou que “formar uma união maior pode, efectivamente, compensar” crescimentos de volume mais baixos e sobrecapacidade. “A China Cosco Shipping vai escolher os futuros parceiros de forma cautelosa para estabelecer uma aliança forte na actual conjuntura”, disse.A queda consistente da procura agregada mundial está a induzir grandes operações de concentração estratégica empresarial, não só no setor financeiro, mas também nos transportes... 

Para países pequenos e pouco produtivos como Portugal, esta tendência pode revelar-se fatal, sobretudo se andarmos a dormir, como até agora.

A deriva demo-populista e casca grossa da geringonça que usurpou o poder à coligação que venceu as últimas legislativas, propagandeando ainda por cima a divisão do país entre esquerda e direita, só poderá piorar ainda mais o nosso declínio coletivo.

sábado, fevereiro 07, 2015

Novos portos para quem?

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Basta reparar neste gráfico...


Talvez seja altura de deixar de considerar como hipótese realista a construção de novos portos, seja no Barreiro, ou na Trafaria.

Discutir hipoteticamente a coisa não faz mal a ninguém, até faz bem. Mas permitir que as elucubrações sejam colocadas no mercado eleitoral do próximo outono, como se fosse um saco de cenouras para catar votos, é que já não me parece idóneo. Sobretudo porque a manobra apenas serve para disfarçar a maior calinada deste governo: ter deitado ao lixo, ou melhor, ter entregue a Espanha e à França, mais de mil milhões de euros, oriundos de Bruxelas e do BEI, que estavam disponíveis para construir a ligação ferroviária de bitola europeia entre o Pinhal Novo-Poceirão e o Caia, que ligaria duas cidades-região com quase dez milhões de pessoas e uma boa parte do PIB da Península Ibéria: Lisboa e Madrid.

Ao contrário do que diz António Costa, não há nenhum ambiente favorável ao crescimento nos próximos quatros anos, e portanto a sua magia eleitoral em volta do que descreve como 'investimentos estruturantes' não passa de uma mal disfarçada tentativa de vender banha da cobra com o selo de um partido que, além de ser o principal responsável partidário pela ruína do país, ainda não deixou de ser um antro de corrupção e um enorme deserto de ideias.

O que teremos pela frente, o que o próximo governo terá que enfrentar, é a continuação, mais radical se possível, do desendividamento do país. Se no resto do planeta é este o principal problema, como poderia ser de outra forma neste cantinho de apagada e vil tristeza infestado de piratas e maus atores de telenovela?

O gráfico acima republicado, conhecido por Baltic Dry Index (BDI), com uma notação minha sobre as causas da anomalia de crescimento na procura do transporte marítimo das principais matérias da economia mundial, verificada entre 2001 e 2009, diz tudo o que é preciso saber sobre as perspetivas económicas dos próximos anos.

O colapso recente dos preços do petróleo vierem reforçar a força já de si eloquente do BDI.

A economia dos países mais ricos começou a abrandar no início deste século enquanto se assistia ao crescimento muito rápido dos chamados países emergentes, nomeadamente os BRICS. Contudo, depois de 2010-2011, o efeito nas novas economias começou a abrandar,  pois também elas estavam atoladas em dívidas.

O problema explosivo que o mundo tem entre mãos é o problema da Grécia, mas elevado a  uma potência muito elevada, difícil de precisar para além desta ideia: o valor nocional dos contratos especulativos (OTC) de derivados financeiros é, segundo o BIS, da ordem dos 691 biliões de USD, ou seja, quase nove vezes e meia o PIB mundial (72,6 a 75,5 biliões de dólares). Se apenas 10% destes contratos se perderem na bancarrota global, estaremos a falar de um buraco negro na economia e nas finanças da ordem dos $69 biliões.

Por outro lado, a dívida pública grega, na ordem dos 421 mil milhões de USD, não passa de uma pequena parte da dívida mundial: cerca de 200 biliões de dólares!

A dívida mundial calculada no estudo da McKinsey ($199E12), dividida pela população do planeta, corresponde a qualquer coisa como $27.260 por pessoa, para um PIB/capita de aproximadamente $10.178. Só para pagar a dívida mundial são necessários os rendimentos inteiros de mais de dois anos e sete meses. E aproximadamente um ano mais para ensopar 10% do buraco negro dos derivados OTC. Saber quem deve o quê e a quem é, em suma, o pomo da discórdia, a que poderíamos chamar SINDROMA GREGO!
The world economy is still built on debt
Bloomberg. By Simon Kennedy
12:01 AM WET, February 5, 2015

That's the warning today from McKinsey & Co.'s research division which estimates that since 2007, the IOUs of governments, companies, households and financial firms in 47 countries has grown by $57 trillion to $199 trillion, a rise equivalent to 17 percentage points of gross domestic product. 

É por tudo isto que devemos desconfiar das soluções milagrosa, porque, pura e simplesmente, não existem.

Atualização: 7/2/2015 18:30 WET

quarta-feira, abril 09, 2014

Economia real seca, mas diarreia monetária prossegue


Baltic Dry Index

A Segunda Lei da Termodinâmica é implacável

Baltic Dry Collapses To Worst Start To A Year On Record - ZeroHedge,  04/09/2014 10:46 -0400

If you listen very carefully, you will still hear absolutely nothing from any talking-heads of the utter collapse that the last few weeks have witnessed in the Baltic Dry shipping index. The Baltic Dry has dropped 12 days in a row and plunged back to $1061 - its lowest since August 2013. This is the worst start to a year on record... must be the weather.

[...] The last time we saw a year start like this was 2012 which saw massive concerted co-ordinated central bank easing in Q3 to save us all... it seems that is not coming anytime soon this time...
O aumento surrealista da massa monetária e da liquidez digital, para socorrer os bancos, a especulação financeira e os governos, produz cada vez menos efeitos na economia real e na vida das pessoas, que continua a piorar em todo o mundo. É como no abuso dos antibióticos, dos pesticidas e das drogas em geral: as doses e o preço das doses sobem, mas o bang é cada vez menor.

A economia mundial está estagnada, e o resto é manipulação estatística. O BCE vai lançar-se, em breve, numa gigantesca diarreia financeira, para salvar, nomeadamente, a França. Os piratas indígenas esfregam os seus dedos grossos e anelados. O Elefante Branco renova o cardápio de meninas. Os perigos, porém, são evidentes!

A sequência previsível dos eventos:

— diarreia financeira (BCE lança liquidez a cântaros numa portinhola de acesso reservado aos bancos) > os bancos financiam-se a custo zero ou negativo nesta portinhola do BCE > depois os bancos compram dívida soberana cobrando juros entre 1 e 4% (remuneração que os contribuintes terão que pagar) > os governos voltam a endividar-se à grande e, se puderem, param as reformas em curso e revertem outras, a favor e com aplauso geral das burocracias e rendeiros do regime > a dívida pública continua a crescer > mas como o dinheiro do BCE serve apenas para impedir o colapso de governos centrais, regionais e municipais, continuará a não chegar às famílias e às pequenas empresas (os rendeiros atrelados às obras públicas, que serão os únicos beneficiários deste aguaceiro de euros, voltam a salivar, a fazer coisas inúteis e a roubar) >  dívida externa volta a disparar > os credores exigem colaterais > o saque do país e das pessoas, nomeadamente através do fascismo fiscal, atinge novas proporções de violência > o novo saque acentuará a guerra partidária, corporativa e burocrática (todos contra todos, pois o bolo não chega e vai durar pouco...) > a instabilidade agravará > o mais provável é virmos a ter em breve um partido populista capaz ganhar eleições em 2019.

Atualizado: 9/4/2014 21:10 WET