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terça-feira, dezembro 22, 2009

COP15-2

O balão de CO2 nem chegou a levantar
Chineses, Indianos e Brasileiros descobriram a careca da IETA - International Emissions Trading Assotiation.


John Law and the Mississippi Bubble by Richard Condie, 1978

"Financing arrangements in which borrowing is necessary to repay debt is speculative finance." — Hyman P. Minsky, Stabilizing An Unstable Economy (1986)

Ao contrário do que sempre se faz crer quando ocorre uma grande crise financeira, a dita nem é uma coisa nova (1), inesperada ou rara, nem será a última. Antes pelo contrário, enquanto durar a actual natureza do Capitalismo, as crises invariavelmente causadas pelas bolhas financeiras inventadas a partir de estratagemas especulativos para debelar os excessos de endividamento dos países e das grandes redes financeiras, tenderão a ser cada vez mais comuns e destruidoras do poder real de compra e bem-estar das populações.

A actual crise de endividamento catastrófico da maioria dos países desenvolvidos da Europa e da América, com especial destaque para os EUA, o Reino Unido, a França, a Itália, a Espanha, a Grécia, Irlanda, Islândia, Portugal, etc., é uma crise politicamente muito perigosa, pois está em jogo a deslocação do centro de gravidade do poder mundial, do Ocidente para o Oriente. Esta mudança de direcção dos ventos da História representa a alteração de um status quo global com quase 600 anos.

De facto, como muito bem analisa Paul Kennedy no seu seu excelente livro The Rise and Fall Of The Great Powers, por volta de 1415, quando os portugueses conquistaram Ceuta, dando origem ao primeiro grande ciclo de expansão marítima da Europa, a China, então um grande império, muito mais rico e desenvolvido do que os medievais reinos e condados europeus, acabara de interromper, em nome da coesão interna do território, ameaçada pelos mongóis, o que poderia ter sido a sua expansão marítima em direcção a África, Europa e... América!

O ano de 2015 parece, pois, ser a data que os chineses impuseram a si mesmos para restabelecer a superioridade estratégica perdida desde então. O seu território, que tenderá a estender-se pela despovoada Rússia dentro, a sua demografia, a sua economia, a sua riqueza soberana, e o progresso rapidíssimo da sua tecnologia e aptidão militar, fizeram-se sentir de um modo inesperado, mas pleno de consequências, na recente cimeira climática de Copenhaga. Muito simplesmente, sem hesitar um segundo, desfizeram a manobra euro-americana de indexar o ritmo de crescimento dos países emergentes a uma nova e virtualmente infinita bolha especulativa chamada Mercado de Emissões de CO2 Equivalente.

Barack Obama não encontra quem financie a imparável e descomunal dívida dos Estados Unidos, estando por isso duplamente furioso com as autoridades chinesas, cujo presidente Hu Jintao nem sequer se deu ao trabalho de voar até à gélida Copenhaga. A China não pode nem quer continuar a comprar papel higiénico verde como se fosse dinheiro. E também não permite que os piratas de sempre —Rothschild, J.P.Morgan, Goldman Sachs, Shell e as enguias de Bilderberg— montem um novo esquema piramidal, desta vez à escala planetária —nada menos do que um imposto universal e uma bolsa de valores obrigatória, com sede em Nova Iorque, claro!

Harder to buy US Treasuries

2009-12-18 0:13:35 — IT is getting harder for governments to buy United States Treasuries because the US's shrinking current-account gap is reducing supply of dollars overseas, a Chinese central bank official said yesterday.

The comments by Zhu Min, deputy governor of the People's Bank of China, referred to the overall situation globally, not specifically to China, the biggest foreign holder of US government bonds. ...

... In a discussion on the global role of the dollar, Zhu told an academic audience that it was inevitable that the dollar would continue to fall in value because Washington continued to issue more Treasuries to finance its deficit spending.

He then addressed where demand for that debt would come from.

"The United States cannot force foreign governments to increase their holdings of Treasuries," Zhu said, according to an audio recording of his remarks. "Double the holdings? It is definitely impossible."

"The US current account deficit is falling as residents' savings increase, so its trade turnover is falling, which means the US is supplying fewer dollars to the rest of the world," he added. "The world does not have so much money to buy more US Treasuries." in ShanghaiDaily.com.


NOTAS
  1. As chamadas "bolhas" especulativas têm aliás origem em dois famosos e inaugurais esquemas de especulação piramidal criados em França e na Inglaterra no primeiro quartel do século 18. Ficaram conhecidos por Mississippi Bubble e South Sea Bubble, sendo o herói principal de ambos os esquemas o famoso economista, jogador e aventureiro escocês John Law.
    Dubbed the “Enron of England”, the South Sea Bubble was one of history’s worst financial bubbles.

    The mania started in 1711, after a war which left Britain in debt by 10 million pounds. Britain proposed a deal to a financial institution, the South Sea Company, where Britain’s debt would be financed in return for 6% interest. Britain added another benefit to sweeten the deal: exclusive trading rights in the South Seas. The South Sea Company quickly agreed, because of the proximity to wealthy South American colonies. The company planned on developing a monopoly in the slave trade. Additionally it was thought that the Mexicans and South Americans would eagerly trade their gold and jewels for the wool and fleece clothing of the British. — in Stock Market Crash.

OAM 666 22-12-2009 00:45

sábado, dezembro 05, 2009

Bolha Verde

Depois do petróleo, venha o CO2!

The Story of Cap & Trade from Story of Stuff Project on Vimeo.


"The overwhelming evidence is that the European Trading Scheme is retarding rather than driving emission drops."Gar Lipow.

Os mesmos ogres (Goldman Sachs) do Capitalismo suicida que imaginaram as bolhas especulativas, ou melhor dito, as pirâmides Ponzi conhecidas por dot-com bubble e Subprime mortgage crisis querem agora que os governos de todo o mundo se precipitem para a super bolha que promete acabar de vez com a civilização tal qual a conhecemos (1).

Com o cândido hino ao combate às alterações climáticas provocadas pelas emissões de gases com efeito de estufa, os ogres da Goldman Sachs já convenceram os piratas de grande parte dos governos mundiais a fazer duas coisas: atacar com novas taxas e auditorias energéticas (para inglês ver), a generalidade das populações e, por outro lado, criar um gigantesco mercado de especulação em volta da negociata dos créditos de CO2.

O resultado deste estratagema será, antes de a super bolha explodir (numa III Guerra Mundial?), aumentar ainda mais a actual produção de gases com efeito de estufa, sobretudo oriundos do carvão e do petróleo, mas reservando tal consumo apenas para os países, grupos económicos e classes sociais com capacidade económica para acompanhar a inflação exponencial do direito de poluir, em detrimento de quem não puder pagar no futuro os exorbitantes custos das licenças de emissão de CO2 cotadas em Wall Street, Frankfurt e Xangai.

Ainda vamos porém a tempo de desmascarar mais este embuste, fazendo nomeadamente recuar a União Europeia perante o que se afigura ser um crime de incalculáveis consequências!

O escândalo em volta do chamado Climategate (2) veio subitamente suscitar uma discussão pública, mais detalhada sobre as ameaças efectivas que pesam sobre a humanidade, fruto das asneiras que tem feito e deixado fazer, mas também mais exigente no que toca às medidas que os poderes públicos (e sobretudo privados!) têm vindo a tentar implementar sorrateiramente sob a capa de uma boa acção. O fiasco da presença abortada de Al Gore na Cimeira de Copenhaga é simultaneamente um aviso e uma oportunidade para discutirmos com mais seriedade e precisão a inadiável estratégia de mitigação dos efeitos nefastos do actual paradigma energético e de desenvolvimento e de descoberta e implementação de uma nova filosofia de vida para os humanos, que obviamente recupere a noção panteísta da indivisibilidade da Natureza!


REFERÊNCIAS
  1. Ler também o Guião anotado do filme (PDF) de Annie Leonard, The Story of CAP & TRADE
  2. "‘It’s Not the Kind of Thing Where You Can Compromise’ - Climate scientist James Hansen talks about global warming, Copenhagen, and his new book." (Newsweek)
  3. Durban Group for Climate Justice
  4. Tina Seeley, "U.S. Fossil-Fuel Subsidies Twice That of Renewables" (Update2) ,
    Sept. 18 (Bloomberg) -- "Fossil fuels including oil, natural gas and coal received more than twice the level of subsidies that renewable energy sources got from the U.S. government in fiscal 2002 through 2008, the Environmental Law Institute said."
  5. ‘Enron’s Other Secret’ : "The climate-change industry — the scientists, lawyers, consultants, lobbyists and, most importantly, the multinationals that work behind the scenes to cash in on the riches at stake — has emerged as the world’s largest industry. Virtually every resident in the developed world feels the bite of this industry, often unknowingly, through the hidden surcharges on their food bills, their gas and electricity rates, their gasoline purchases, their automobiles, their garbage collection, their insurance, their computers purchases, their hotels, their purchases of just about every good and service, in fact, and finally, their taxes to governments at all levels."
  6. ‘How soon do we need to cut greenhouse gas emissions?,’ Grist, January 25 2009.
  7. Gar Lipow, "Cap-and-trade: filling up the political space that should be used for real solutions," Grist, May 31, 2009.
  8. Elaine Meinel Supkis, "Copenhagen Incompetence: Hot Air For Global Cooling," Culture of Life News. December 7, 2009.
    The secret Bildergberg meetings were all about scaring us into acting this year on the creation of the carbon trading derivatives scheme. They decided to have a massive coordinated effort via totally one-sided reporting and lots of scary headlines like when the wasteful and ridiculous Prince of Wales wailed that we were all doomed if we didn’t act instantly. The yelling was quite deafening. There was one gigantic hitch to all this hysteria: Mother Nature, as always, did as She pleased. And so the sun turned off its energy producing sun spot activity. And some obscure volcanoes in South America and the Pacific rim coughed up a fair amount of high stratospheric ash and gases and thus, we had one of the wettest, coldest summers in the Northern Hemisphere, for example.

NOTAS
  1. Consultar a propósito o sítio da International Emissions Trading Assotiation (IETA), entidade que há uma década tem vindo a montar o mercado global de emissões. Entre as muitas e poderosas companhias presentes, destaco estas: AENOR, Alstom Power, Bank of America Merrill Lynch, Barclays Capital, BNP Paribas, BP, Caisse des Dépôts, Camco, Chevron, Citigroup, ConocoPhillips, Credit Suisse, EDF, Endesa Generación, Eni, E.ON AG, Gazprom Marketing and Trading Limited, GDF SUEZ, General Electric Company, Goldman Sachs International, Iberdrola Generation, JP Morgan Chase Bank, KPMG, Mitsubishi Corporation, Morgan Stanley & Co. International Limited, Nomura International plc, NYMEX, Petrobras S.A , Rio Tinto, Shell International B.V., The Dow Chemical Company, Total, Toyota Motor Europe.
  2. "Curry: On the credibility of climate research", by Steve McIntyre on November 22nd, 2009 (Climateaudit); "Climate Gate. Estes são os emails que incendiaram Copenhaga" (i)


OAM 657 05-12-2009 19:48 (última actualização: 08-12-2009 01:23)