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A Turkish Airlines e outras companhias aéreas do Médio Oriente comem ano a ano os nichos das empresas sem estratégia, nem futuro... (in This Is What “Startup” Class In A Turkish Airlines Flight Looks Like. Gulf Elite.) |
A TAP é uma das vítimas da irresponsabilidade e corrupção das elites políticas indígenas. Do Bloco Central ao PCP e Bloco de Esquerda, todos contribuíram, por ação ou omissão, para a falência desta empresa simbólica do país.
O que Fernando Pinto diz, em defesa da sua indefesa dama
TAP sem receio da concorrência da Turkish Airlines em Moçambique
27/10/2015 18:36 Económico com Lusa
A TAP declarou hoje que não receia a nova ligação da Turkish Airlines a Moçambique, que será inaugurada na quarta-feira, realçando que “tem um produto competitivo e está habituada à concorrência”.
A nova ligação da companhia aérea da Turkish terá três frequências semanais, às quartas, sextas e domingos, sendo Moçambique o 45.º destino africano da companhia e o 111.º em todo o mundo.
“O aumento de interesse por parte de investidores e turistas em Moçambique revelou-se uma boa oportunidade para a Turkish Airlines dar resposta à crescente procura”, declarou Hüseyin Alper Kuru, diretor-geral da empresa, sublinhando que a duplicação da capacidade do Aeroporto de Maputo para processar 900 mil passageiros por ano foi a “janela de oportunidade” para abrir esta rota.
No ano passado, as autoridades moçambicanas e francesas assinaram um memorando para a criação de uma ligação aérea entre os dois países.
Além de França, o Instituto de Aviação Civil de Moçambique celebrou um memorando similar com a Holanda, cuja principal companha aérea, KLM, está associada à Air France.
Mas a realidade é outra coisa
Quebra nos tráfegos no 3º trimestre de 2015 (em época alta) de e para
- Brazil: -7%;
- EUA: -2%
- Angola: -4%.
O tráfego doméstico cresceu +15% devido sobretudo à operação da Ryanair entre Lisboa e Porto.
No espaço Schengen o crescimento foi de +10%, em boa medida esforço da Ryanair.
A solução Portela+Montijo é, por conseguinte, urgente face ao crescimento dos movimentos e tráfegos da responsabilidade das operadoras Low Cost, com especial destaque para a Ryanair.
Vale a pena ler o Boletim Estatístico Trimestral da Autoridade Aérea Nacional da Aviação Civil (ANAC) correspondente ao terceiro trimestre deste ano, e de que damos a conhecer o extrato seguinte.
O terceiro trimestre de 2015 apresentou um crescimento homólogo de 5.4% no que a movimentos realizados no conjunto dos aeroportos nacionais diz respeito. Para este crescimento contribuíram os principais aeroportos nacionais; Porto (11%), Ponta Delgada (9%), Lisboa (5%), Funchal e Faro cresceram ambos 2%.
Por seu turno, o transporte de passageiros cresceu 8% neste trimestre, também em todos os principais aeroportos. O aeroporto de Ponta Delgada apresentou a maior variação homóloga mais expressiva (+22%), seguido do Porto (+16%), de Lisboa (+8%) e de Faro e Funchal (+4%).
O segmento internacional regular (passageiros) é, efetivamente, o grande impulsionador do crescimento global do tráfego de e para as infraestruturas aeroportuárias nacionais, tendo apresentado um incremento homólogo de 7%. O espaço UE Schengen, excluindo o tráfego doméstico, foi o mercado mais dinâmico (+10%) destacando-se, neste trimestre, o contributo das operações da companhia aérea de baixo custo – Ryanair – especificamente no mercado alemão. O espaço UE não Schengen também cresceu, aproximadamente 7%, com enfoque nas operações de e para mercado inglês.
As rotas para países terceiros apresentaram um decréscimo em termos homólogos (-3%). Para este decréscimo contribuíram, particularmente, as quebras registadas nos principais mercados, como sejam o Brasil (-7%), os Estados Unidos (-2%) e Angola (-4%).
O trafego doméstico cresceu, quer em número de passageiros (18%), quer em número de movimentos (7%). Este crescimento centrou-se, fundamentalmente, na ligação Lisboa / Porto (+15%) e no especial contributo das operações da transportadora low cost – Ryanair, cuja oferta de serviços encontrou correspondência na procura de transporte aéreo nesta rota.
Um pequeno escândalo típico de uma empresa mal habituada
Entre o Natal e o Ano Novo a TAP pratica preços entre Lisboa e Maputo, ida e volta, de cerca 3.500 euros, o que motivou o inicio da operação da Turkish Airlines, de Istambul para Maputo, sendo que as ligações entre Lisboa/ Porto e Istambul estão assegurados pela companhia aérea turca, que opera com o mesmo sistema de gestão de reservas da Lufthansa – Revenue Management. Uma viagem Istambul-Lisboa-Maputo-Istambul custa menos de 1.400 euros!
Gosto de vez em quando passar por este blog porque até tem entradas bastantes interessantes. No entanto, esta desculpe mas não faz sentido nenhum.
ResponderEliminarO que é que o BE ou PCP contribuíram para a falência da TAP? Ou o que é que os preços da viagem Lisboa Moçambique têm que ver com a falência da empresa? Ou para começar que falência?
Era muito mais interessante fazer um artigo sobre as razões de tal "falência" que sem dúvida não foi devido à Turkish Airlines nem à ligação Lisboa Moçambique.
Mas já agora coloco aqui um artigo sobre esta tal companhia falida que durante anos consecutivos dava lucros:
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=3732517
http://www.tvi24.iol.pt/portugal/europa/tap-obtem-lucros-pelo-2-ano-consecutivo-em-2004
Meu caro leitor desconhecido,
ResponderEliminar1. A TAP encontra-se em falência técnica (creio que sobre isto não há disputa)
2. O problema da TAP não são os anos em que consegue lucros episódicos, mas a pesada dívida acumulada que a tolhe.
3. O PCP e o BE são co-responsáveis pela falência técnica da TAP na medida em que olharam para a empresa com olhos sindicalistas, e com olhos de burocratas marxistas-leninistas, em vez de olhar para a mesma com uma visão estratégica de estado;
4. A Turkish Airlines, a easyJet, a Ryanair, etc., têm vindo a comer paulatinamente o mercado da TAP, em primeiro lugar porque esta é mais cara, e tem um modelo inviável, sobretudo depois de deixar de poder financiar-se publicamente, às claras, enquanto a UE deixou, e clandestinamente, depois de a legislação europeia ter proibido o recurso a estas mamas cheias (via Parpública e via endividamento bancário politicamente induzido).
Que subversão da realidade.
ResponderEliminarEntão a culpa da situação da TAP é dos sindicatos??? Não terá sido por culpa do Fernando Pinto que andou a fazer apostas onde não devia com avalo dos sucessivos governos no poder? Que andou a comprar empresas falidas?
A TAP depois da recapitalização e antes da crise em 2007 conseguiu recuperar. Podia não ser uma empresa com muitos lucros mas vinha a diminuir a sua dívida.
De relembrar o que Pires de Lima disse "a TAP foi descapitalizada em 800 milhões de euros" nos últimos anos e de certeza que não foi o PCP ou BE a criar esta situação. Acho que chega de culparmos sempre os trabalhadores e deixar os que gerem fazer todas as parvoíces que quiserem.
Quem falou de sindicatos? Escrevi numa nota que "O PCP e o BE são co-responsáveis pela falência técnica da TAP na medida em que olharam para a empresa com olhos sindicalistas,..."
ResponderEliminarContinuou a não explicar como é que o PCP e o BE são culpados, e se não se referia a sindicatos mas a olhos sindicalistas então o melhor mesmo é começar a falar concretamente! Mandar palavras para o ar porque são "bonitas" não funciona.
ResponderEliminarO que é que são esses "olhos sindicalistas" se nada tem que ver com sindicatos?
Onde está a culpa do PCP e BE? Tem provas concretas ou gosta só de culpar quem não tem culpa?
A TAP ainda é uma empresa pública. O PCP e o BE são partidos políticos com assento parlamentar. Como tal têm a obrigação de acompanhar os Relatórios e Contas anuais de uma empresa que há anos acumula uma dívida descomunal e sobretudo impagável, ao mesmo tempo que foi tomando decisões desastrosa (como a encomenda de 17 Airbus por valor estimado em 4,5 mil milhões de euros, ou ainda a compra da PGA ao BES com financiamento do cadavérico BCP, no montante de 140 milhões de euros). O PCP e o Bloco só se preocuparam, como sempre, em 'manter os postos de trabalho', os aumentos das remunerações e os demais direitos dos trabalhadores da TAP, ignorando e descurando o resultado que tanta demagogia cara iria dar. Tb ignoraram as relações obscuras da TAP com o BES, Caixa e BCP. Porque julga que o Sérgio Monteiro, SET responsável pela privatização da TAP e pelas PPP em geral, foi sugado de um dia para o outro pelo Banco de Portugal?
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