sábado, abril 18, 2015

Colapso da TAP e Legislativas 2015

Eleitorado envelhecido e conservador (LINK)

Tudo na mesma, como a lesma


O PS está falido (11 milhões de dívidas à banca e sedes sem água nem luz) e faliu o país. Se porventura ganhar as próximas eleições, então merecemos toda a desgraça que nos caiu em cima.

Entretanto, a TAP pode colapsar, como colapsou o BES, antes das eleições, e se isso ocorrer, vai ficar escancarado mais um dos crimes do PS: a tentativa de transformar o aeroporto da Portela num bairro chinês de luxo, e de construir um novo aeroporto na Ota, ou em Alcochete, com o único objetivo de prosseguir a economia dos piratas do betão e da banca.

O preço deste embuste foi inchar a TAP de dívidas, na mira de um miraculoso e sucessivamente anunciado (mentindo sempre) crescimento da companhia e do seu hub aeroportuário, os quais levariam ao esgotamento da Portela e aos negócios do BES, Mota-Engil e companhia.

Finalmente, o Bloco de Esquerda, se aprendesse com Mariana Mortágua, poderia anular o seu declínio eleitoral a favor de dois nadas: o PDR e o Livre.

Marcelo, enfim, parece ver uma estrada luminosa em direção a Belém.


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sexta-feira, abril 17, 2015

TAP poderá fechar antes de julho


Passos Coelho anda a ler o António Maria. E já recebeu um telefonema taxativo de Bruxelas, presumo!

El principal escollo para la venta son los 2.400 millones de deuda que arrastra el grupoEl País (18/9/2914)

De repente os cofres cheios do governo da coligação PSD-CDS/PP ficaram com um buraco à vista de 600 milhões. Alguém é capaz de explicar esta reviravolta nas contas do governo?

Eu tenho um palpite: mais de mil milhões de passivo da TAP foram escondidos, e alguém tentou fazê-los passar por baixo da mesa das negociações borregadas da privatização. Pior, a TAP não tem nem terá dinheiro para pagar os 12 Airbus A350-900 (1) que encomendou para satisfazer o lóbi do novo aeroporto, que, por sinal, abrange o PS, o PSD, o CDS/PP e o próprio PCP. Se assim for, a Caixa Geral de Depósitos e o Novo Banco (ex-GES/BES) terão que registar enormes imparidades oriundas dos serviços prestados à TAP. Se isto for assim, Bruxelas já deverá ter instruído Pedro Passos Coelho para encerrar a empresa o mais rapidamente possível ou... resolução à vista!

Alguém está, pois, a preparar a situação para que os indígenas do costume se atravessem por uma empresa capturada pelos piratas do regime. Tal como ocorreu no BPN e no BES. Apontar as baterias da indigente comunicação social que temos contra os pilotos da TAP, responsabilizando-os pela falência de uma empresa assassinada pela cleptocracia indígena não vai resultar, porque a informação já não depende, felizmente, dos escribas avençados do regime.

A dívida real da TAP anda entre os 2,4 mil milhões de euros e os 3 mil milhões. Ou seja, muito acima da recentemente reconhecida dívida de 1.062 M€ (2). Disto mesmo deu conta a Globalia ao bater com a porta das negociações da segunda farsa em volta da privatização da TAP.

“Nosotros hemos desistido ya de esa idea, no se puede comprar una empresa con tanto endeudamiento que no puedas sanear y gestionar tú. No podemos invertir y quedarnos esposados de pies y manos. Al no poder manejarnos con criterios privados hemos desistido”, ha asegurado Hidalgo en un encuentro con prensa especializada.
...
“Solo el grupo brasileño colombiano del empresario Germán Efromovich, Synergy Group, mostró interés por la aerolínea lusa pero su oferta, de unos 340 millones de euros, fue rechazada por los órganos gubernamentales del país.”


Europa Press. 15/04/2015 - 10:02 Actualizado: 11:09 - 15/04/15. elEconomista.es

A declaração de hoje, proferida por Pedro Passos Coelho na Assembleia da República, soou-me a algo muito parecido à posição que tomou poucas semanas antes da intervenção do BCE no Grupo Espírito Santo, e que ditou a sua morte. Com ou sem greve dos pilotos, a TAP poderá ter que fechar portas no início deste verão. Há histórico europeu nesta matéria: Sabena, Suissair e Alitalia. Não vai ser preciso inventar a roda.

E depois da TAP segue-se a resolução da SATA.

A Air Europa, uma Low Cost privada do grupo espanhol Globalia, já ultrapassou a Iberia em Espanha. A TAP já foi ultrapassada pelas Low Cost em Faro e no Porto. Não é preciso nenhum génio para perceber o que salta à vista de todos.

O negócio aéreo de um pequeno país como Portugal está na Europa (60% dos voos da TAP ocorrem na União Europeia). Não ter percebido o óbvio, foi simplesmente criminoso.


NOTAS

1—A treta da passagem de posição dos A350, com grandes mais-valias para a TAP, não passa de mais uma aldrabice. Porquê? 

Porque as encomendas estão todas feitas, e não há lista de espera. Em 2015, até à data, foram encomendados ZERO A350...

E mais: a treta sobre as mais valias relacionadas com a circunstância de as aeronaves de fabrico mais recente serem tecnologicamente mais avançadas não faz sentido nenhum. Até à data apenas foram entregues dois aviões A350 (à Qatar Airways).

Se a TAP não pagar o que deve à Airbus, com garantias prestadas pelo ex-GES e pelo Crédit Suisse, será o Novo Banco e o Crédit que terão de abrir os cordões à bolsa. E aí toda a gente quererá saber quanto e onde pára a dívida real da TAP. É um caso em tudo semelhante ao GES/BES: mentiras com aval partidário e de Estado!

2—É preciso esclarecer este valor, começando por denunciar uma possível alteração da informação prestada relativamente à dívida acumulada bruta do Grupo TAP em 2011

As cifras que hoje encontramos nos relatórios do Grupo TAP relativamente à sua dívida bruta são estas:

2014: 1.062 M€
2013: 1.051 M€
2012: 1.034 M€   
2011: 1.231 M€ (em 2012 foram reportados 2.325 M€)
2010: 1.277 M#
2009: 1.303 M€
2008: 1.413 M€
2000: 948 M€

Porém, em 2012 o Relatório de Contas da TAP (entretanto alterado) registava um passivo acumulado de 2.325 M€. Deu deste número conta este blogue, o Económico, o Expresso e o El País, entre outros meios que relataram as peripécias da primeira tentativa gorada de venda da empresa ao primeiro passarão que aparecesse.

Em que ficamos? Para onde foi a diferença entre 2.325 milhões de euros e 1.231 milhões de euros, ou seja, onde estão os 1.094 milhões de euros desta diferença?!


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TAP quer vender um buraco chamado A350



Presidente da TAP admite realizar mais valias com a venda de 12 Airbus A350-900 que ainda não pagou. Este gaúcho é impagável!


O presidente da TAP admite vender os A350 que deveria começar a receber em 2017 caso falhe o processo de privatização em curso.

Fernando Pinto, presidente da TAP, admitiu esta noite, em entrevista à SIC Notícias poder vir vender os 12 Airbus A350 que a companhia deveria começar a receber em 2017, aviões que a preço de tabela terão custado à companhia cerca de 2,7 mil milhões de euros, a preços de 2007.

"Os aviões novos estão adquiridos, esses aviões tem um valor muito mais alto no mercado do que foi pago, foram valorizados... muitas vezes, uma forma de fazer a sustentação da empresa é ir buscar essas mais valias que já se conseguiram", disse o presidente da TAP quanto questionado sobre se dispõe de um plano B no caso de vir a falhar a privatização.

Económico, 16/04/2015

Em outubro de 2012 escrevíamos neste mesmo blogue (BESTAP):

Quem comprar a TAP terá ou não que comprar os ativos, mas também as dívidas e as responsabilidades? Terá! E quais são?

Estimativa

  1. +950 milhões de euros: ativos tangíveis (aviões, etc.)
  2. +2.250 milhões de euros: cerca de 4.500 pares de Slots (2250 voos semanais: ±9000 Slots)
  3. -500 milhões de euros: capitais próprios negativos*
  4. -140 milhões de euros: prejuízos em 31 de agosto de 2012 (Sol)
  5. -2.325 milhões de euros: passivo acumulado (consultar o relatório e contas do grupo TAP**)
  6. -2.573 milhões de euros (12x215M-6,802M): encomendas firmes de 12 Airbus A350-900
  7. -127 milhões de euros: indemnizações para despedimentos.

    Total estimado: [1+2] 3.200 - [3+4+5+6+7] 5.792  = -2.592 milhões de euros
Nesta perspetiva otimista, a TAP vale -2.592 milhões de euros! Ou seja, é daquelas situações em que vendendo o grupo por 1€, significaria entregar ao comprador uma companhia a funcionar, mas com um buraco efetivo de mais de 2.500 milhões de euros :(
* O valor de capitais próprios negativos viria a ser oficialmente registado no Relatório e Contas de 2012 em -381 M€. O que se traduz numa correção do total anterior para -2.473 M€. No entanto, há que ter em conta que os Relatórios e Contas da TAP são de uma inconsistência conceptual e gráfica atroz! Por exemplo, em 2013 registavam 2.325M€ de passivo, o El País escreve em 19/9/2014 que o dito passivo acumulado é de 2.400M€ (mais 200 milhões do que em 2012), e agora a TAP, com contas revistas pelos rapazes do costume, afirma que a dívida é só de mil milhões. Então, em dois anos abateu-se a dívida em mais de mil milhões de euros, e não houve garrafas de Moët & Chandon a explodir pelas redações da RTP, da SIC e da TVI? O gaúcho esquecer-se-ia de ocupar as primeiras páginas de todos os jornais da província lusitana, com uma notícia destas? Não façam de todos nós parvos!
** Este LINK morreu, e assim desapareceu o valor do passivo acumulado de 2011 à época reportado: -2.325 M€. Esta cifra foi misteriosamente substituída nos relatórios agora disponíveis, pela cifra -1.231 M€. Para onde foram 1.366 M€?

Alguém comentou então que os 2.573 milhões de euros de responsabilidades relativa à aquisição dos A350 era um ativo, e que assim sendo deveria ter um sinal + atrás, e não um sinal menos. Respondi que seria assim se, e só se, a TAP fosse solvente. Caso contrário correria o risco de os aviões estarem prontos para entrega (em 2017) mas não ter como pagar os novos leasings.

A prova está na sugestão desesperada ontem sugerida por Fernando Pinto: vender as encomendas dos Airbus A350...

Depois da falência do GES/BES e das investigações que recaem sobre o Crédit Suisse, os dois bancos que suportaram financeiramente a encomenda firme dos 12 Airbus A350-900, e que por isso exigiram a sua presença no processo de privatização da TAP, e depois ainda do fim do crescimento rápido dos chamados países emergentes, com especial destaque para o Brasil, Angola, Rússia e China, a TAP não tem, pura e simplesmente, dinheiro para pagar estes aviões, com ou sem greve dos pilotos.

A compra dos A350 traduzia um estratagema: se se fizesse crescer a TAP, sobretudo com unidades wide-body seria ser preciso construir um novo aeroporto! Doze aviões para reforçar as ligações com o Brasil e Angola, e ainda para ligar Lisboa a Pequim, Macau e Tóquio era, pois, a estratégia do BES, da Mota-Engil, com Jorge Coelho no posto de comando operacional, da GEO Capital, do senhor Ho e cuja AG é presidida por António Almeida Santos, e ainda da parelha António Costa-Manuel Salgado, que presidia e ainda preside aos destinos da Câmara Municipal de Lisboa. O novo presidente da autarquia é um vigário do velho PS.

A treta da passagem de posição dos A350, com grandes mais-valias para a TAP, não passa de mais uma aldrabice. Porquê? 

Porque as encomendas estão todas feitas, e não há lista de espera. Em 2015, até à data, foram encomendados ZERO A350...

E mais: a treta sobre as mais valias relacionadas com a circunstância de as aeronaves de fabrico mais recente serem tecnologicamente mais avançadas não faz sentido nenhum. Até à data apenas foram entregues dois aviões A350 (à Qatar Airwys).

Se a TAP não pagar o que deve à Airbus, com garantias prestadas pelo ex-GES e pelo Crédit Suisse, será o Novo Banco e o Crédit que terão de abrir os cordões à bolsa. E aí toda a gente quererá saber quanto e onde pára a dívida real da TAP. É um caso em tudo semelhante ao GES/BES, mentiras com aval de estado!

A Globalia/ Air Europa ao ter furado o compromisso de confidencialidade, dando uma notícia bombástica à imprensa espanhola, está a fazer um sério aviso à navegação, e a tocar à campainha das autoridades da concorrência e de vigilância financeira europeias....

A estratégia, como avisámos vezes sem conta, iria falhar, e falhou.

O negócio principal da TAP, como da economia portuguesa em geral, está na Europa, e na Europa não se voa com A350, mas sim, com os Airbus A319, A320, A321, A330, os Boeing 737-300, 737-700 e 737-800, e aviões mais pequenos, como os Embraer brasileiros. Logo, findo o boom dos emergentes, e estando a TAP na situação de uma empresa insolvente, os 12 Airbus A350 não servem para coisa nenhuma. Resta saber que mais valias poderá a TAP obter ao tentar desfazer-se, agora, de tamanho cutelo financeiro pendurado em cima de Fernando Pinto, dos caras de pau que integram a turma de administradores da empresa, dos piratas de governo que tiveram sucessivamente o abcesso da TAP ao colo.

German Efromovich só está interessado na TAP para poder transferir os Slots que a TAP detém na Europa para a Avianca. Capiche?

Só há uma solução para a TAP que não destrua o instrumento estratégico de que dispomos ao ter uma companhia de bandeira: encerrá-la num domingo, e a reabri-la na segunda-feira seguinte sob um novo enquadramento jurídico. Ou seja, é preciso equacionar nas próximas semanas uma RESOLUÇÃO DA TAP: todos os administradores despedidos sem indemnização, ativos tóxicos chutados para uma qualquer lixeira chamada TAP MÁ, criação da NOVA TAP, com apoio financeiro temporário e condicional de Bruxelas e do BCE, redefinição estratégica da empresa, reestruturação da empresa, e só depois, venda de 51% da mesma ao capital privado, desde que haja candidatos com ideias ajuizadas e capital fresco para investir.

Atualização: 17/04/2015 18:37 WET


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quinta-feira, abril 16, 2015

TAP: Globalia denuncia privatização obscura

2014: Air Europa: 9,6 milhões de passageiros; TAP: 11 milhões

Qual é o grau de exposição do Novo Banco (ex-BES) e da Caixa à TAP?


A pseudo privatização da TAP
  • Avianca — fora
  • Globalia — fora
  • Azul — fora
  • Germán Efromovich/Synergy — fora? (esperemos bem que sim!)
Na iminência de uma greve de dez dias, que poderá levar a TAP definitivamente ao fundo, o governo deve esclarecer imediatamente se ainda há, ou não, algum pretendente credível à privatização da TAP, e se tentou, ou não, que os candidatos à privatização pagassem, por baixo da mesa, dívidas escondidas da empresa, nomeadamente ao ex-BES e à Caixa Geral de Depósitos.
“Nosotros hemos desistido ya de esa idea, no se puede comprar una empresa con tanto endeudamiento que no puedas sanear y gestionar tú. No podemos invertir y quedarnos esposados de pies y manos. Al no poder manejarnos con criterios privados hemos desistido”, ha asegurado Hidalgo en un encuentro con prensa especializada.
...
“Solo el grupo brasileño colombiano del empresario Germán Efromovich, Synergy Group, mostró interés por la aerolínea lusa pero su oferta, de unos 340 millones de euros, fue rechazada por los órganos gubernamentales del país.”


Europa Press. 15/04/2015 - 10:02 Actualizado: 11:09 - 15/04/15. elEconomista.es


Pilotos marcam greve de 10 dias e fazem tremer privatização da TAP
Negócios, 15 Abril 2015, 19:52 por Celso Filipe

Os cerca de 500 pilotos da TAP presentes no plenário do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) marcaram uma greve de 10 dias que começará a 1 de Maio e terminará a dia 10, ou seja, cinco dias antes da data-limite que o Governo fixou para os candidatos à compra de 66% da companhia apresentarem as suas propostas vinculativas.
Há fortes suspeitas de que sucessivos governos, incluindo o que está em funções, têm andado a subsidiar ilegalmente a TAP, nomeadamente através da Parpública, do ex-BES, do Novo Banco, e da Caixa Geral de Depósitos.

Estas dívidas acumuladas, com garantias do estado, não aparecerão todas nas contas oficiais da empresa e, ao que parece, o governo, através do ministro Pires de Lima e do secretário de estado Sérgio Monteiro, estariam envolvidos na tentativa de 'vender', por baixo da mesa, estas responsabilidades ao próximo dono da TAP. A notícia, posta recentemente no ar, de que o resultado oficial da venda da empresa poderia ser mais magro do que o esperado teria, aliás, que ver com esta operação, a qual, a ser verdade, colocaria o governo português numa situação explosiva.

Cabe a Pires de Lima desmentir o que claramente decorre da notícia do elEconomista, e do comunicado do Sindicato dos Pilotos da TAP:
19. A TAP e o Governo procuram valorizar artificialmente o Grupo TAP perante os potenciais investidores, encobrindo os prejuízos exorbitantes que os seus gestores lhe infligiram.
...
23. O valor dos depósitos bancários do Grupo TAP apresentava, em 1 janeiro de 2015, um saldo positivo de 234 milhões de euros.
[Ou seja, quem paga as dívidas que vencem este verão?]
...
25. O Governo prefere entregar graciosamente o capital de uma empresa que transporta a bandeira nacional a interesses privados estrangeiros, que em nada contribuíram para a sua construção e que não têm incentivos para a retenção da sua base em território nacional, no longo prazo, à semelhança de outras grandes empresas nacionais privatizadas no passado.
O Costa do PS anda muito calado sobre tudo isto. Não percebo, aliás, a posição da Oposição a este respeito.

Tudo leva a crer que está informada, mas prefere assobiar para o ar, como fez durante o colapso financeiro do país. Sabe que a casa vai ser assaltada, sabe que o assalto está em curso, mas só depois da casa assaltada começa a berrar. E vem depois pedir o nosso voto, com ar de confraria de santos salvadores. De mim só levarão um grande manguito, com os cumprimentos cordiais do Raphael Bordallo Pinheiro!

Ao contrário da propaganda governamental, que a indigente média indígena amplifica sem qualquer contraditório, os pilotos suspenderão a greve se o governo cumprir o que prometeu, e sobretudo se o governo demonstrar que o processo de privatização da TAP não é, afinal, uma farsa que vai acabar da pior maneira.
C. Os Pilotos manifestam a sua disponibilidade para desconvocar a greve no exato momento em que sejam assegurados de forma inequívoca os direitos acima considerados.
A Globalia, um grupo de turismo espanhol, que arrecada mais de três mil milhões de euros por ano, e que detém uma companhia aérea, a Air Europa, que já compete com a Iberia, e que transportou 9,6 milhões de passageiros em 2014 (a TAP transportou 11 milhões), poderá ser a grande beneficiária do mais que provável colapso da TAP, e sem ter que se meter na trapalhada nebulosa da pseudo privatização da companhia. Basta-lhe que a empresa cesse pagamentos, que a Comissão Europeia intervenha, e que os Slots da Portela fiquem disponíveis. Depois é só alugar uma dúzia de Airbus e contratar os pilotos da... ex-TAP! Capiche?


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Ricardo Salgado manipulou e escondeu



Pedro Saraiva: "Considera-se provado que Salgado fez manipulação intencional das contas" da ESI

De acordo com os dados apresentados, a dívida financeira da ESI chegou a mais de 8.000 milhões, o que tinha custos em juros de mais de 400 milhões anuais. "A ESI estava falida desde 2009. Com prejuízos acumulados de mais de 2.000 milhões de euros. E o GES tentou ocultar esta situação", afirmou Pedro Saraiva.

Negócios online. 6 Abril 2015, 10:52 por Maria João Gago

Espírito Santo caiu do altar. Falta agora a Justiça fazer o seu trabalho até ao fim. E para capitalismo familiar, autoritário e provinciano, basta. Esperemos que sirva de lição aos demais. Ou muito me engano, ou as próximas vítimas serão os rendeiros da família Mello. É só espreitar a parte visível dos livros...

Basicamente, a independência económico-financeira do país morreu, 600 anos depois da conquista de Ceuta (22 de agosto de 1415). Acabaram-se as patacas, e agora é a vez da Isabel dos Santos ir comprando as rendas e os cacos do ido império. Menos mal que ainda há quem compre!

PS: a citação do Negócios foi entretanto 'corrigida' para "Considera-se provável que Salgado fez manipulação intencional das contas". Ora esta emenda é pior do que o soneto! A sintaxe "Considera-se provável que (...) fez ..." não existe na língua portuguesa, nem em nenhuma quadro lógico.

Atualização: 16/04/2015, 12:39 WET 


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quarta-feira, abril 15, 2015

A resolução da TAP

A TAP foi liquidada pela ambição desmedida de meia dúzia de grandes corruptos

Para quê uma greve se a privatização já borregou?


Privatização da TAP em péssimos lençóis. Percebe-se agora porque Passos quer ir às Legislativas sozinho.... Álvaro, regressa!!!

Globalia descarta comprar la aerolínea lusa TAP: "No podemos invertir y quedarnos esposados de pies y manos"

Europa Press. 15/04/2015 - 10:02 Actualizado: 11:09 - 15/04/15. elEconomista.es 

Olha-me para esta “boa nova”. O colombiano apenas dá pela TAP 340 milhões de euros, e mesmo assim a proposta foi rejeitada pelo rapaz dos “finos”. É que os outros candidatos oferecem zero cêntimos e provavelmente exigem que os eventuais custos judiciais com a reestruturação da empresa, segundo um espartilho imposto pelo governo, e as dívidas escondidas, fiquem no banco mau do Estado português! Ou seja, no balanço da Caixa Geral de Depósitos. Os pensionistas depois metem lá o dinheiro, de livre vontade ou à força.

“340 milhões ou nada”! “Entre a espada e a parede, prefiro a espada”, disse o rapaz dos finos.

Curiosamente, na imprensa indígena, nem uma palavra sobre este fiasco.

“Solo el grupo brasileño colombiano del empresario Germán Efromovich, Synergy Group, mostró interés por la aerolínea lusa pero su oferta, de unos 340 millones de euros, fue rechazada por los órganos gubernamentales del país.”

Europa Press. 15/04/2015 - 10:02 Actualizado: 11:09 - 15/04/15. elEconomista.es  

O pedido de socorro já deve ter seguido para Bruxelas. Bruxelas dirá que sim, mas...

Será que os sindicatos sabem desta “boa nova”. Ao tentarem fazer-nos acreditar que todos os interessados ainda se mantêm na corrida pela TAP, aposto que não. Aliás, a greve dos pilotos da TAP, neste cenário de colapso iminente é um tiro nas nucas dos mesmos. Ou seja, caíram numa armadilha lançada pelo governo, com o sempre prestável apoio do gaúcho Fernando Pinto.

Para quê uma greve se a privatização já borregou?

Será que desde o final de 2012 para 2015 a TAP afinal perdeu valor? O Gaúcho sempre disse aos jornais e televisões que a TAP valorizava a cada ano que passava. E se havia prejuízos, a culpa era do petróleo. A concorrência voa a água, como muito bem sabemos.

O rapaz dos “finos” do CDS no seu máximo esplendor. Álvaro, regressa!

Vai ser um verão eleitoral de escaldar.

Para a Ryanair e a easyJet (Air Europa, etc.), para quê pagar pelos slots na Portela quando os podem ter de borla, aliás “oferecidos” pela própria Vinci, que a esta hora já deve estar a reler as cláusulas de salvaguarda para serem indemnizados pelo colapso da TAP.

Quem é que paga os prejuízos à Vinci? Quem paga os buracos à CateringPort e à Groundforce (Grupo Urbanos)?

Está tudo sentado de máquina de calcular em punho a fazer contas. Mandem a conta ao rapaz dos “finos”. Ele paga com imperiais.

Agora a sério, que o caso não é para menos: a incompetência do governo e do seu ministro da Economia e do rapaz das PPP é gritante, para não dizer criminosa.

Como sempre escrevemos, só há uma solução: reorganizar a TAP. Mas porque deixaram a ferida chegar a este ponto, agora, só vejo uma saída para sara a gangrena:

  1. encerrar a TAP num sábado, seguindo as novas praxes da decisão política e financeira;
  2. aplicar um plano de resolução da companhia semelhante ao que se fez ao GES;
  3. criar uma TAP má/CGD, com uma injeção de capital na veia vinda diretamente de Bruxelas (alô Juncker?), para onde deveria ir tudo o que é tóxico ou dá prejuízo, e para onde deveriam ir todos os recursos humanos da empresa, a começar pelos seus administradores, numa espécie de despedimento coletivo seguido de novas contratações, e de indemnizações aos que virem os seus contratos rescindidos definitivamente;
  4. investigar e levar a tribunal os responsáveis por este inqualificável desfecho;
  5. fazer renascer a TAP, com outras regras, nova visão estratégica e gestores não comprometidos com a corja rendeira, devorista e partidária.

A alternativa a algo parecido com isto será termos as aeronaves devolvidas aos seus proprietários, os credores a acionar as cláusulas de salvaguarda dos contratos que assinaram com o Estado-TAP, e o pessoal nas pistas e nas instalações da ANA a olhar pró ar com as lágrimas a escorrerem pelas faces :(

Governo Sombra


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TAP volta a borregar privatização

A TAP não vale zero, como o governo tenta fazer crer à populaça

Este governo perdeu a oportunidade de privatizar a TAP


Sempre aqui defendemos a inevitabilidade da privatização da TAP. Mas sempre escrevemos que o processo de privatização deveria ser precedido pelo saneamento financeiro da empresa, pela reestruturação da sua gestão, e em geral por uma redefinição estratégica da empresa tendo em conta a aproximação rápida do Peak Oil (2010-2030) e a concorrência manifesta das companhias Low Cost, cuja estratégia antecipa o impacto previsível do pico petrolífero e dos fenómenos concomitantes: fim do crescimento rápido das economias, perda de salários e do poder de compra em geral, desemprego, deflação, endividamento privado e público insustentável, sucessivas crises financeiras.

No caso específico da TAP, e do mal chamado TGV, a Blogosfera refletida neste blogue olhou para a área dos transportes de forma integrada, tendo sempre no horizonte a crise sistémica para que fomos chamando a atenção desde fevereiro de 2006.

As ideias aqui expostas foram claras:
  1. prioridade ao transporte coletivo;
  2. alinhamento da rede ferroviária portuguesa com a rede ferroviária europeia (vulgo, de bitola europeia), conferindo primazia às ligações transversais entre as regiões de Lisboa e centro-norte, e a rede espanhola/europeia de bitola europeia de alta velocidade e transporte de mercadorias;
  3. reforço do transporte elétrico nas cidades, nas periferias urbanas e entre cidades;
  4. reestruturação da TAP, com inclusão do modelo Low Cost nas ligações europeias (reestruturação profunda e spin-off);
  5. oposição à construção de novos aeroportos, e aposta na requalificação dos existentes;
  6. reforço dos portos e da sua interoperabilidade com as redes ferroviárias europeias.
O atual presidente da TAP, Fernando Pinto, está em Portugal há quase quinze anos, tendo saído da falida Varig e da falida VEM para a TAP no ano 2000, com a missão de preparar a privatização desta empresa. Pelo caminho participou no processo de aquisição da referida empresa de manutenção aeronáutica, em que intervieram a TAP, isto é, o governo da altura (PS), e a empresa macaense do senhor Stanley Ho, a GEO Capital, com interesses na Alta de Lisboa e a quem o PS terá prometido uma cidade radiosa.

Os prejuízos da ex-VEM, hoje TAP Maintenance & Engineering, ao longo de mais de uma década, são em parte responsáveis pela ruína da TAP. O esforço de crescimento da empresa, à revelia de uma visão realista do negócio, apenas para promover artificialmente e provar o esgotamento da Portela e a necessidade de um novo aeroporto, foi o segundo pilar da hoje reconhecida falência da empresa.

O terceiro e último pilar que ruiu, abrindo portas ao colapso inevitável da TAP, foi a pré-falência do Estado, a qual empurraria o PS para fora do governo, exigindo um programa de resgate e a presença dos credores em Portugal para gerirem a mesa orçamental. As dívidas escondidas foram postas a nu e proibiu-se o financiamento clandestino, nomeadamente via Parpública, da TAP e de outras empresas públicas, verdadeiras vacas leiteiras dos rendeiros que tomaram de assalto o aparelho de estado e a democracia.

Fernando Pinto conseguiu, no entanto, fazer de Portugal um hub para as ligações entre o Brasil e a Europa. É um mérito que lhe deve ser reconhecido.

A coligação andou bem até despedir Álvaro Santos Pereira. E andou razoavelmente bem na área financeira —gestão da dívida, recapitalização bancária e resolução do BES—, em parte porque foi vigiada de perto e monitorizada pelo BCE, e ainda pelo grupo Rothschild.

No resto, onde a nomenclatura continuou a dominar, a manha predominou sobre a responsabilidade e as exigências do momento. O governo não atacou suficientemente as rendas excessivas da EDP, não renegociou a sério as PPP, não fez a reforma autárquica necessária, geriu com os pés a Administração Pública, o setor educativo, e a segurança social, congelou a ferrovia e empurrou a TAP para o buraco.

A coligação prepara-se para uma nova tentativa de privatização da TAP.

Os candidatos quase desapareceram do mapa depois de conhecerem melhor o caderno de encargos, a dimensão do endividamento da empresa, e os problemas sociais e jurídicos que se perfilam no horizonte. Nestas circunstâncias, a ideia de privatizar a TAP de qualquer maneira, por um euro, até ao início do verão, atirando a batata quente para o próximo governo, é inaceitável.

Mas se não o fizer, quem pagará os salários e as dividas da empresa?

Em que ficamos? Vai a Caixa Geral de Depósitos continuar a substituir o BES no financiamento mais ou menos camuflado da TAP? Qual é neste momento a exposição do banco público à TAP? Alguém se preocupa?

Estará o governo a contar com o famigerado plano Juncker para empurrar com a barriga o buraco da TAP por mais algum tempo?


REFERÊNCIAS

Não faltam candidatos para a compra da TAP! Ou por outra...

Globalia desiste da corrida à compra da TAP

«Desistimos da ideia, não se pode comprar uma empresa com tanto endividamento que não se possa sanear e gerir. Não podemos investir e ficar de mãos e pés atados. Ao não podermos gerir a empresa com critérios privados, desistimos», assegurou o responsável num encontro com a imprensa.

TVI24, 15/4/2015, 09:54

Fecho da privatização da TAP sobra para o próximo governo
O Governo quer decidir o vencedor da privatização da TAP a 30 de junho. Mas o processo ficará pendurado nos reguladores, pelo que já será o próximo governo a pôr o carimbo final. O PS põe em causa a legitimidade do processo e diz que o próximo Executivo fica condicionado em operações que contesta.

Expresso, 18:00 Segunda feira, 13 de abril de 2015.

O alto preço pago pela Espanha por não ter reestruturado a Ibéria a tempo e horas.

'Iberia sigue viva, todo lo demás se ha perdido'

EL MUNDO/ JUSTO PERAL: Cuando empecé como jefe de la sección sindical en noviembre de 2007, Iberia era muy distinta a lo que es hoy. Aquel año ganó 327 millones de euros, acababa de estrenar su nuevo 'hub' en Barajas, contaba con una flota de más de 140 aviones de largo corto y medio radio y una plantilla de 22.000 personas. Pero cuando llegó el momento de negociar los cambios vimos que el plan era distinto y que IAG utilizaría los activos de Iberia para salvar British Airways y su déficit millonario con el fondo de pensiones de sus empleados, sin importar si eso suponía el cierre de Iberia. Nadie, ni el Gobierno ni los medios de comunicación nos creía.

El Mundo, 26/10/2014.

Atualização: 15/4/2015, 10:41 WET


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