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quinta-feira, abril 02, 2015

Fadiga fiscal e a tentação fascista

Sem recaudação fiscal um estado não funciona, mas há limites

A fadiga fiscal é evidente. Aumentar mais a pressão fiscal é fascismo. O Estado dos rendeiros e devoristas tem que acabar.


UTAO: Receita fiscal bruta caiu no início do ano
Negócios. 01 Abril 2015, 17:35 por Rui Peres Jorge

A receita arrecadada pelos cofres das administrações públicas em Janeiro e Fevereiro está a cair 1,4% face a 2014, calculou a Unidade Técnica de Apoio Orçamental, a trabalhar no Parlamento. O resultado faz soar alarmes sobre o andamento da actividade económica e os riscos para a execução orçamental para o resto do ano. O Governo tem como meta anual um aumento da receita fiscal de perto de 5%.  

O valor avançado pela UTAO é muito diferente do comunicado pelo Ministério das Finanças no final do mês passado, o que resulta da Direcção Geral do Orçamento destacar mensalmente os valores das receitas fiscais já líquidas de reembolsos, isto é, subtraídas dos valores de impostos devolvidos aos contribuintes. Nessa métrica os impostos aumentaram 1,7%, mesmo assim abaixo da meta anual.

Em vez de perseguirem os portugueses de forma autoritária e cretina, é necessário atacar de uma vez por todas as rendas da energia e as rendas das 120 PPP, cujas taxas de rentabilidade são pornográficas.

Não nos esqueçamos que as taxas de juros bancário oscilam hoje entre valores negativos e pouco mais de 5%, enquanto os rendeiros do regime, que enfiaram os partidos do sistema, PCP incluído, no bolso, obtêm lucros garantidos na ordem dos 16%!!!

Passaram quatro anos e este Governo, nesta importantíssima matéria, e ao arrepio das recomendações da Troika, não mexeu uma palha, ou melhor, mexeu apenas numa, pra inglês ver, cedendo em tudo o resto, miserável e cobardemente, aos piratas do BES, do Grupo Mello e da Mota Engil.

Ou os portugueses se revoltam contra a corja rendeira e devorista, ou esta corja dá cabo do país, tal como canalha da mesma espécie deu cabo da Grécia.

Para não nos vermos gregos com os resultados sinistros das patifarias da nomenclatura do regime, é urgente redesenhar a nossa democracia. Temos que ser mais ambiciosos, racionais, transparentes, equilibrados e justos.

E temos que libertar a sociedade e a economia do espartilho fatal formado pelo conluio burocrático entre banqueiros falidos e criminosos, oligopólios indecorosos, partidos oportunistas e um Estado mais tentacular que nunca.


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