sábado, maio 31, 2014

Sines, homenagem de um marinheiro

O Comandante Joaquim Ferreira da Silva mirando o porto de Sines

10º aniversário da descarga do 1º contentor em Sines (31 Maio 2004)


Por Joaquim Ferreira da Silva

Faz hoje 10 anos que assistimos, de nossa casa, no alto da Torre dos Pontos Cardeais, no Edifício Moinho de Marés, à descarga dos primeiros contentores, no novo terminal XXI de Sines. A operação foi realizada pelo navio “MSC CRISTIANA”, um navio de carga geral, então adaptado ao transporte de contentores, com um comprimento de 184 metros, calado de 10 metros e 20 mil toneladas de porte. O novo cais estava equipado com dois pórticos. Havia então ainda muito cepticismo face ao possível sucesso do porto como terminal de contentores.

Nesse dia, o navio “CRISTINA” movimentou 248 TEUS na descarga e 52 na carga. Dez anos depois, no passado mês de Abril, o terminal de Sines, já com seis pórticos Post-Panamax, movimentou um total de 102.502 TEUS; mais de 3 mil por dia!

E já em Maio foi assinada a expansão do terminal que passará o cais de 730 para 940 metros, com mais 3 pórticos, a permitir atracação simultânea de três navios porta-contentores da última geração (18 a 19.000 TEUS) e levar o terminal a movimentar cerca de 2 milhões TEUS ano.

Mas a já longa história do porto mostra-nos sempre a existência desse cepticismo face ao seu futuro.

Em 1978 foi iniciada a descarga das primeiras ramas de petróleo no terminal petrolífero, concluído em 1977. Foi o resultado dos trabalhos do Gabinete da Área de Sines, criado em 1971 com o objectivo de planear as instalações da nova refinaria e do porto para se receber essencialmente o petróleo angolano. Quinze anos antes, em 11 Setembro de 1956, iniciara-se a exportação (do porto de Luanda) do petróleo descoberto em Angola; à época estávamos em funções de imediato a bordo do N/T “São Mamede” e entregámos as luvas ao Presidente Craveiro Lopes para abrir a válvula de entrada do navio e receber as primeiras ramas provenientes dos poços (os quatro primeiros abertos) de Benfica, nos arredores de Luanda.

Os promotores do novo porto apelaram à nossa Marinha de Guerra, então totalmente responsável por todas as actividades do sector Mar, para enviar um grupo de peritos, conhecedores do sector, para se definir o tipo de instalações a construir. Foi face a esta discussão que se concluiu, no verão de 1972 — num famoso almoço na praia Vasco da Gama, presidido por Marcelo Caetano e todos os técnicos do projecto, conhecido pelo “almoço dos salmonetes”, por nele se terem  comido tais peixes com 1,5 kg de peso, hoje raros —, o parecer do grupo da Marinha (que nós incluíamos representando, por nomeação sindical, o sector do pessoal do bordo).

Parecer esse aprovado pelo Gabinete que definia que o porto devia ser construído com um cais com condições de segurança para atracação dos petroleiros e não por via duma mono-bóia ao largo da costa, como certos operadores – em especial o então presidente da Shell, Duque Pozzo di Borgo -  que defendiam a descarga dos navios, por esta via, ao largo da baia da Sines, alegando menores custos.

Mostrámos, em nome das tripulações, que seria difícil operar navios no fim de longas viagens, amarrados a uma bóia ao largo duma costa muito exposta a temporais, e levar a bordo  pessoal, familiares e outros operadores, abastecer os navios, etc. em condições de segurança e eficiência. Mesmo que a mono-bóia se tornasse polivalente em condutas ligadas a terra.

Mas nessa altura os governantes escutavam e seguiam os pareceres técnicos.

Mais tarde o Presidente da Shell aceitou nossa recusa – guardamos hoje a carta concordante que nos enviou – e viu-se o que foi o crescer do terminal; crudes e refinados.

Aliás já tínhamos sido, em 1970, os primeiros a referenciar, na Revista Neptuno —“Onde Fazer um Terminal para Super-Petroleiros”—, Sines como o melhor local da costa portuguesa para construir um cais para navios de grandes dimensões.

E continuámos ligados à vida do porto.

Em 1980, no seguimento da explosão do petroleiro “Campeon”, voltámos a Sines para trabalhar com o Dr Mário Raposo na peritagem do grave acidente dela resultante.

Em 1981 era inaugurado o novo terminal de produtos químicos.

Em 1992, um novo cais “multipurpose” e “Ro-Ro” mostra-nos que o porto não parava, e em 2003 um novo terminal para Gás-Natural confirma esse movimento. Que se reforçou em 2004 com o Terminal XXI. E ainda não parou!

Em 1999, aquando duma palestra local sobre o Plano Mar Limpo, encontrámos a Torre dos Pontos Cardeais em construção e apaixonados pelas vistas da grande baía Vasco da Gama e de todas as instalações portuárias já então construídas (da pesca ao recreio) e da costa portuguesa entre a serra de Monchique e a serra da Arrábida, adquirimos o 5º piso. Com as impressionantes vistas que vos oferecemos...

Baía Vasco da Gama, Sines, vista da Torre dos Pontos Cardeais

Infelizmente, navios arvorando bandeira portuguesa são raríssimos já de se ver no porto. Mas espero ainda dali ver paquetes atracados num novo terminal, a movimentarem turistas para o Alentejo, já a encher-se deles dia a dia.

Na costa norte de Sines até Tróia estende-se o maior e mais “selvagem” areal (42 kms) da Europa, e na costa sul, os locais com maiores vestígios históricos romanos.

Que se concretize o seu desenvolvimento são os votos do meu muito saudar neste aniversário.



NR SOBRE O CMDT JOAQUIM FERREIRA DA SILVA

Habituámo-nos a ler e a considerar as mensagens de Joaquim Ferreira da Silva como palavras de um marinheiro humanista, apaixonado pelo mar, pelos barcos que transportam a seiva do mundo industrial moderno, e pelo seu país. Sem memória e sem amor não há nação que resista às adversidades.

Autor de As Artes Navais para a Conquista de Lisboa aos Mouros em 1147 (2013), e A Odisseia do Transporte Marítimo do Petróleo no Século XX... (2012), editados pela Chiado Editora, Joaquim Ferreira da Silva, segundo a biografia publicada, completou, em 1948, o curso de Pilotagem na escola náutica de Lisboa. Iniciou a sua vida profissional ao serviço da SOPONATA e da SACOR MARÍTIMA Lta, empresas onde serviu mais de 20 anos como Oficial e Comandante de alguns dos seus navios, nos quais navegou mais de 1 milhão de milhas.

No início da década de 70 dedicou-se ao ensino náutico tendo exercido funções docentes, quer na escola Náutica Infante D. Henriques, na qual foi Director, quer em Escolas Náuticas Estrangeiras ao serviço da IMO (international Maritime Organization), Agência das Nações Unidas, onde desempenhou funções de Director de Projectos.

Proposto pelo Governo Português para Secretário-Geral do Acordo de Lisboa (CILPAN), a sua aprovação foi feita por unanimidade pelos Estados Contratantes, em Bruxelas, Junho de 1991, desempenhando essas funções até se reformar em 1998.

Desde esta data tem continuado a sua acção na protecção e importância dos Mares por via de trabalhos, palestras e artigos em diversa impresa. Acção essa igualmente desenvolvida junto das organizações nacionais e estrangeiras, pugnando por uma continua melhoria da segurança dos navios e das suas tripulações como principal meio da prevenção contra os acidentes marítimos causadores de graves poluições.

Sobre o livro A Odisseia do Transporte Marítimo do Petróleo no século XX, um milhão de milhas navegadas:

O petróleo é, presentemente, a maior fonte energética da humanidade; 40% de toda a energia consumida no mundo.
Esta Importância não se teria de certo registado se, após a sua descoberta, não se tivessem desenvolvido os meios para os seu transporte ao longo dos mares, em especial por via de navios entre continentes.
Quando se concebeu o primeiro navio tanque petroleiro, nos finais do XIX, o petróleo, então explorado em locais muito restritos do planeta, foi levado a todos os recantos da Terra por via do transporte marítimo.
Portugal não podia deixar de utilizar esta via, quer pela sua localização geo-marítima quer por não ser produtor daquele produto, e desenvolveu as suas unidades navais necessárias para esse transporte proveniente dos países produtores.
Na segunda metade do século XX, com a instalação de refinarias próprias construiu a maior frota de navios petroleiros que jamais navegaram sob bandeira portuguesa.
É toda essa actividade, desde os navios em si, dos homens e métodos para os navegar até às actividades nos nossos portos, que a presente obra nos revela.

E ainda uma passagem deste livro, sobre os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, citado pelo blogue 10 mil insurrectos:

“Em 1948 existiam graves problemas laborais com os operários dos estaleiros portugueses: baixos ordenados, pouca ou quase nula assistência social e formação profissional muito restrita e de fraco nível.

Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo não fugiam à regra. Grande número do pessoal, mesmo o pessoal fixo dos Estaleiros, comia apenas uma refeição por dia. Não havia qualquer cantina organizada dentro das instalações, que fornecesse uma simples sopa. Os operários traziam as refeições nas lancheiras preparadas em casa. Por vezes estavam até altas horas da noite sem serem rendidos, apenas com o almoço que tinham trazido, num desejo de ganhar mais alguns magros escudos em horas extraordinárias.

Quando algum tripulante do nosso navio se dirigia à popa, para retirar algum alimento do frigorífico, (...) era frequente aparecerem operários que (...) abeiravam-se desse tripulante e pediam-lhe comida.

Muitos desses homens sofriam de várias doenças crónicas causadas pela profissão que exerciam, sendo a maior parte dessas doenças do foro respiratório, por intoxicação devida aos gases libertados pelas tintas usadas nas contínuas pinturas dos cascos dos navios”.                                                                    

São Rosas, Senhor!

António Costa, um carreirista simpático, mas sem ideias.

O Costinha queria ideias? Pois aí estão!


Tozé Seguro: habituem-se, porque isto mudou!

O António Maria adora enganar-se quando o engano beneficia as suas convicções. Pode ser o caso de António José Seguro, um homem que a generalidade dos portugueses e militantes do PS consideram uma pessoa honesta e que, face a uma tentativa descarada de assassinato político por parte do fundador e promitente coveiro do Partido Socialista, Mário Soares, reagiu da melhor maneira, anunciando quatro ideias que quer ver concretizadas, e que há muito são reclamadas por nós, por muitíssimos socialistas descontentes, por vários movimentos de opinião a favor de uma democracia mais direta e transparente, e por alguns milhões de abstencionistas ativos fartos do rotativismo da desgraça que nos afundou a todos.

A Revolução das Rosas, de António José Seguro, é esta:
  • Primárias abertas aos militantes, simpatizantes e eleitores regulares do PS;
  • Diminuição do número de deputados para o limite mínimo legalmente previsto: 180;
  • Aproximação dos eleitores aos eleitos, mudando o método de eleição dos deputados;
  • Alteração da lei de incompatibilidades de cargos públicos por forma a afastar os lobistas encapotados dos centros de decisão política.
Esta manhã houve um verdadeiro terramoto no seio do PS, e não foi soarista. Como prevíamos ontem, o Costa, empurrado por Soares e pela maçonaria em desespero, já está arrependidíssimo. O aspirante a cabotino, João Galamba, perdeu subitamente a língua [voltou a ganhá-la depois deste post, mas sem grande sucesso]. E Isabel Moreira, mais prudente, faz bem em não sair do nicho constitucional e da sua guerra em prol dos direitos das lésbicas e dos maricas (tradução portuguesa da palavra inglesa gay).

Curiosamente, as rosas de Seguro são também uma jogada de antecipação face a Marinho Pinto e ao MPT. Em que ficam? Alinham, ou assobiam para o ar? Para já, perderam a iniciativa a favor do PS, sim, do PS!

Estas rosas são também bem-vindas no PSD de Passos, mas não no táxi de Paulo Portas.

Só mesmo Mário Soares, a corja maçónica e os devoristas do regime em geral ficam a coçar a cabeça.

Onde está o Coelho? Esse grande urso que abraçou Seguro?

Por fim, a tropa indigente dos mérdia que temos revelou uma vez mais o que é: nada.

POST SCRIPTUM

Lisboa está cheia de buracos. O turismo cresce graças às Low Cost e ao cruzeirismo inglês, graças também à desgraça alheia (Tunísia, Turquia, Líbano, Egito, etc.), graças aos preços atrativos, mas não a qualquer estratégia camarária do senhor Costa, que continua com um município sobrelotado, dívidas impagáveis e cada vez mais buracos no alcatrão.

Entretanto, continua a usar o Quadratura do Círculo para propaganda pessoal, ataca o líder do seu partido depois deste ganhar duas eleições seguidas, e nunca se lhe ouviu um ai quando Sócrates arruinava o país.

E agora António Costa, como é? Vai continuar a cavaqueira autopromocional na televisão? Vai continuar à frente da CML? Vamos ter mais quantos buracos?


Atualizado: 2/6/2014 13:14

O lobo Mário e o cordeiro Tozé


O bonzo-mor do PS defende na praça pública o assassinato político e o golpe de estado, como um vulgar estalinista do século passado. Ao que esta criatura chegou. Paz à sua alma democrática perdida!


Mário Soares:

“...a “grande vitória” anunciada por Seguro foi uma vitória de Pirro. Que não pode deixar de desagradar aos socialistas a sério que tenham uma ambição para lá de ganhar eleições (...).

Impõe-se, mais do que nunca, uma política corajosa que faça a ruptura com a direita e com as políticas da direita.

Ainda bem que António Costa resolveu disponibilizar-se e que avançou para se bater pelo PS. Para que o PS seja um partido de esquerda e se bata em favor do povo contra a direita que o tem oprimido. Foi um acto de grande coragem que faz esquecer as hesitações do passado.

Felicito-o e apoio-o. Acho que nos vai fazer permitir que o nosso querido PS, do punho erguido à esquerda e dos socialistas que não têm medo de ser tratados por camaradas, se mobilize para construir um futuro diferente” — in Público, 29/5/2014.
António José Seguro:
[...] o partido e a democracia portuguesa vivem uma situação única, com uma contestação a um líder que ganhou duas eleições e está legitimado democraticamente. De acordo com fonte oficial socialista, esta posição foi transmitida por António José Seguro logo na intervenção de abertura da reunião — in  Assis: “Não sou nenhum troca-tintas”, 15:52 Observador, 30/5/2014.

Não se conhece António Costa pelas ideias, mas ficámos a saber que desta vez vai obedecer ao Tio Mário. A castanha, porém, poderá estourar-lhe na boca. A criatura Costa é ambiciosa, mas de líder partidário nada tem. Logo, o mais provável é o atual presidente da autarquia lisboeta perder mais este confronto com António José Seguro, seminarista que conhece bem as manhas com que se tece uma máquina partidária, e que teve, inesperadamente para muitos, nestas eleições europeias, uma janela de oportunidade em matéria de governabilidade à esquerda da atual coligação: Marinho Pinto (1).

Foi, aliás, isto mesmo que Mário Soares farejou imediatamente, e o que fez tocar o telemóvel do Costa, com a abrupta ordem de marcha! Acontece que esta nova tentativa de remover à bruta o atual líder eleito do PS, pela forma imposta por Mário Soares, mas sobretudo pela corja que representa, a ter sucesso, representaria o regresso ao passado do PS, e não a tentativa, titubeante, é certo, de renovar o partido que levou o país à falência.

O erro de António José Seguro foi, como então aqui se escreveu, não ter criticado abertamente Sócrates, assumindo as culpas do PS na situação desgraçada a que chegámos, mas prometendo ao mesmo tempo emendar os erros e inovar a praxis 'socialista'.

E no entanto, o Tozé ganhou mesmo as eleições!

Vejamos os resultados das eleições europeias em 2009 e 2014 no que toca aos níveis de abstenção e aos resultados dos partidos do arco governamental:

Abstenção — 2009 | 2014
  • 63,22% | 66,16%

PS — 2009 | 2014
  • 946.818 (26,53%) | 1.033.110 (31,46%)

PSD+CDS — 2009 | 2014
  • 31,7%+8,36% (40,06%) | 27,71%

Tal como na fábula do lobo e do cordeiro, o Tozé é culpado de não ter "ambição para lá de ganhar eleições". E o que é extraordinário e acresce à frase inconcebível do senhor Soares, é que atrás desta profissão estalinista de fé se perfile já uma bicha de energúmenos ideológicos para quem só conta o que conseguem sacar ao tacho do regime.

O PS de Seguro teve mais 4,93% do que Sócrates. E a coligação de governo teve menos 12,35%. Como é possível apear um líder partidário com estes números. Que dizer então de mon ami Hollande?!!!

Do ponto de vista formal, Seguro tem a lei e a lógica do seu lado. Do ponto de vista político, tem 40 mil novos militantes e uma geração de jovens dirigentes que só com ele poderão medrar. Finalmente, do ponto de vista democrático, António José Seguro tem um partido novo (o MPT) com o qual se poderá coligar em caso de vencer as próximas legislativas. Foi isto que fez Soares saltar do sofá!

Na realidade, o que se vai passar no PS é irrelevante para o país. Importante, importante, é saber como irão evoluir o MPT e António Marinho Pinto.

Sobreviverá o inseguro Seguro à incumbência imposta por Soares a António Costa? Serão os jovens turcos do PS assim tão fracos? Amanhã saberemos.

PS: Qual a solução que convém mais à coligação governamental? A manutenção do Tozé, ou um António Costa inspirado pela transfiguração estalinista de Mário Soares? Creio que o Passos de Coelho vai ajudar o Tozé!

NOTAS
  1. Todos percebemos que a atual coligação poderá até ganhar as próximas eleições, mas está tão acossada pela realidade, que dificilmente sobreviverá a nova legislatura. Por outro lado, a possibilidade de o PS arrancar uma maioria absoluta nas próximas eleições legislativas não existe. Que alternativas restam, então?

    Se não houver novidades na frente partidária, o PS, se ganhasse as próximas eleições, teria que aliar-se ao próprio partido derrotado, PPD/PSD, pois a formação de um governo com o PCP estaria sempre fora de causa, e o Livre não é galinha que voe.

    Esta grande aliança, ou governo de emergência nacional, sob a canga insuportável do serviço da dívida e de uma dívida que continua a crescer, teria, porém, o grave inconveniente de propiciar o aparecimento de alternativas radicais e populistas cada vez mais atraentes, à esquerda e à direita.

    É aqui que o joker Marinho Pinto e  MPT aparecem como a carta fora do baralho que poderá propiciar uma alternância renovada no sistema político português, com a inevitável revisão da atual Constituição que, como está, imobiliza o país de tal forma que as possibilidades de sairmos do buraco da dívida se esfumam a cada dia que passa, abrindo caminho a um muito perigoso fascismo fiscal.

    Como é bom de ver, se for António José Seguro a protagonizar estes desenvolviemntos, adeus soarismo, adeus socratismo, adeus velha guarda maçónica do PS. Se, porém, o Costa fizer o que lhe mandaram, e tiver sucesso, o pior do 'socialismo' indígena triunfará. Ou melhor, Marinho PInto triunfará, sobre o campo de batalha de um partido, o PS; que há muito perdeu a bússola da estratégia, da honestidade, da coragem e do bom senso.
Atualizado: 31/5/2014 10:12

quinta-feira, maio 29, 2014

Abstenção ativa!

E agora, que fazer com a nova maioria absoluta?


Eleições europeias | 2014

Números
População residente: 10.562.178
Eleitores inscritos: 9.702.035 (vivos, provavelmente não serão mais de 8,7 milhões...)
Votantes: 3.283.439

Percentagens do universo eleitoral
Votantes: 33,84 %
Votos brancos e nulos: 7,47 %
Votos validamente expressos em partidos: 26,37 %
Abstenção: 66,16%
Abstenção, votos brancos e nulos: 73,63%
Se descontarmos 1 milhão de eleitores-fantasma, ainda assim estaríamos em presença de uma abstenção superior a 62%.


CONCLUSÕES (comparar resultados de 2009 e 2014 no sítio da CNE) :
  1. Marinho Pinto e MPT foram buscar os seus votos aos eleitores que em 2009 votaram no Bloco de Esquerda e no PPD/PSD.CDS-PP;
  2. O PS foi buscar a sua medíocre maioria aos eleitores que votaram em 2009 nos partidos do governo hoje em funções: PPD/PSD+CDS-PP;
  3. Os partidos políticos representaram nesta eleição pouco mais do que 1/4 dos residentes (mais concretamente: 28,76%);
  4. Quem representa os outros 3/4 do povo português?
A recomposição do sistema político português teve neste ato eleitoral um verdadeiro pontapé de saída. Mas o resultado é incerto. Tudo dependerá do crescimento eleitoral do Movimento Partido da Terra, que viu a sua votação multiplicar-se por dez nestas eleições, mas que precisará de duplicar a votação destas europeias nas próximas eleições legislativas, para que se obtenham três resultados claros:
  1. gerar uma terceira força política capaz de aliar-se ao PS para formar uma maioria pragmática de centro-esquerda, forçando ao mesmo tempo uma reestruturação profunda do centro-direita e da direita portuguesa;
  2. possibilitar uma candidatura forte de Marinho Pinto às próximas presidenciais (1);
  3. e, last but not least, impedir qualquer deriva populista, sempre possível, centrada na personalidade forte do ex-bastonário da Ordem dos Advogados.
Olhando para os resultados eleitorais ficamos a saber que tudo dependerá, afinal, do que a nova maioria absoluta nascida nestas eleições europeias —ABSTENÇÃO ATIVA!— fizer face à evolução do MPT nos próximos meses.

Recomendação ao MPT

— convoque uma grande convenção democrática para definir uma base de consenso programático para 1) responder à emergência nacional em curso e 2) lançar as bases de uma democracia participativa orientada para a transparência, eficiência, justiça e liberdade.


NOTAS
  1. Marinho e Pinto: "Foi a primeira vez que votei no MPT"
    29 Maio 2014, 09:54 por Jornal de Negócios

    "Suponho que esta tenha sido a primeira vez que votou no MPT...", questionou o jornalista do Diário de Notícias. O eurodeputado eleito foi sincero: "Foi [risos]. Foi sim. Não sei de onde lhe vem essa certeza porque o voto é secreto e eu nunca anunciei o meu sentido de voto mas é um palpite muito certo. Acertou em cheio. Nunca votei no Gonçalo Ribeiro Telles mas tenho uma grande admiração por ele."

    [...]

    Marinho e Pinto assume-se também como um homem de esquerda, assim como o partido que representa. "Os valores que defendemos – os da pessoa humana – são de esquerda", explica. "A direita privilegia mais a economia, o dinheiro e os interesses que circulam à volta do dinheiro."

    [...]

    "Acabei de entrar na política... Agora toda a gente, na rua, me fala em presidenciais... eu estou na política...", diz ao Diário de Notícias. O que significa que, "na altura própria, se for caso disso, farei as avaliações e ponderações que essa possibilidade exigirá... agora não. Agora ainda não posso dar-lhe essa resposta."

    Comentário: Marinho Pinto só será um bom candidato presidencial se o MTP se tornar, nas próximas eleições legislativas, a terceira força eleitoral do país, à frente do PCP, do CDS-PP e, obviamente, do Bloco de Esquerda.
Atualizado: 30/05/2014 19:48

segunda-feira, maio 26, 2014

Hollande oferece maioria a Marine le Pen

O gesto pictórico de Délacroix em Marine le Pen: a liberdade guiando o povo?

E em Portugal, que podemos esperar do fascismo fiscal em curso?

Marine le Pen pede dissolução e mudança da lei eleitoral

Daniel Ribeiro, correspondente em Paris | Expresso
9:05 Segunda, 26 de Maio de 2014

Depois da vitória da extrema-direita em França, PS e partidos da direita caem em crise. No Eliseu, Presidente François Hollande faz reunião de emergência.

Depois dos resultados das europeias de ontem - Frente Nacional com 24,95%, a UMP com 20,79% e o PS com 13,98% - nada mais será como dantes em França.

Os partidos clássicos franceses acordaram na manhã desta segunda-feira com uma tremenda ressaca. Na direita (UMP), a liderança é abertamente contestada; nos socialistas, a ala esquerda revolta-se; no Eliseu, o chefe de Estado François Hollande convocou uma reunião de crise com vários ministros, entre eles o primeiro-ministro Manuel Valls.

Apenas um partido ganhou ontem - a Frente Nacional (FN) de Marine le Pen. Todos os outros perderam e, logo a seguir às primeiras estimativas, a líder nacionalista pediu eleições antecipadas e mudança da lei eleitoral francesa.

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Seria isto que o pascácio do PS quer ver em Portugal?


A extrema direita nacionalista cresceu em França à sombra do cabotinismo dos partidos corruptos do centro. O fascismo fiscal de Hollande contra os rendimentos do trabalho, mas não contra os rendimentos da especulação financeira (pois para tal não tem nem força, nem porventura vontade, já que a dívida soberana se alimenta dela), a par de uma política de imigração laxista e oportunista, foram a gota de água que transbordou.

E agora? Dirão que Marine le Pen defende os ricos da França, usando o desemprego e a destruição das classes médias profissionais e pequenos rendeiros de capital, imobiliários e rurais, como artimanha. Mas onde já se viu um país sobreviver como estado, e como nação, quando se lhes decapita a classe dos ricos e as classes médias?!

Em Portugal, o fascismo fiscal protagonizado pela atual aliança de indigentes de direita, vai ter um efeito semelhante ao francês, só que de sinal contrário. O PS, que comunga do mesmo oportunismo fiscal que a aliança apodrecida atualmente no poleiro, não poderá naturalmente beneficiar do protesto de milhões de portugueses ameaçados pelo plano de confisco da propriedade herdada ou ganha através do trabalho árduo e honesto. Daí que a maioria que ativamente se abstem e absteve nestas eleições espere um discurso político novo, em nome da decência e dos valores do direito, da propriedade, da liberdade e da solidariedade. Todos desejamos a preservação do estado solidário, mas todos sabemos também que este desejo implica eficiência renovada na administração pública, definição rigorosa de prioridades em função da economia real e da obrigação de pagar, pelo menos parcialmente, os empréstimos contraídos pelos governos em nome do povo português, separação clara entre estado social e interesses privados, acabando de vez com os rendeiros indecorosos do regime — das corporações às fundações, das IPSS que não prestam contas aos monopólios e bancos que albergam a nomenclatura partidária nas suas folhas de pagamento.

Será desta?

Marinho Pinto: se for mais um epifenómeno populista, morrerá pela boca.


A maioria absoluta aguarda para ver, e não quer mais rotativismo


O pascácio do PS já era, como sempre avisámos. O Bloco já era, para bem da inteligência. Portas tem razão quando diz que a maioria não quis apear este governo — queremos, isso sim, que esta falsa maioria devorista e rendeira se afogue na própria indigência e corrupção nas próximas eleições legislativas e nas próximas eleições presidenciais. O PCP tem pela frente o enorme desafio de se tornar um partido de vocação governamental. Quer, ou não quer? Já viu o que aconteceu aos estalinistas e trotsquistas do Bloco por andarem a brincar às escondidas com o poder. O PCP é um partido pragmático, mas precisa de libertar-se do catecismo estalinista, assumindo claramente uma vocação social aberta aos tempos novos e difíceis que teremos pela frente durante décadas. Porque não dissolver-se na Aliança Povo Unido e assumir um discurso próprio do século 21? Tem gente jovem suficiente para operar de forma inteligente esta necessária metamorfose. Os velhos comunistas devem pensar mais nos seus descendentes e menos nos pregaminhos da linguagem.

E António Marinho Pinto?

A surpresa destas eleições, António Marinho Pinto e o MPT que acolheu a sua candidatura, se for mais um epifenómeno populista, morrerá pela boca. Se, pelo contrário, perceber que o futuro deste episódio está no crescimento rápido de uma nova força partidária com características distintas da sarna partidocrata que tem vindo a consumir a energia democrática do país, então deve estabelecer as próximas eleições legislativas como um obstáculo a transpor com objetivos claros: tornar-se a terceira força eleitoral do país, depois do PS e do PSD-CDSPP, e ser protagonista decisivo na escolha do próximo candidato presidencial.

Mas para aqui chegar, Marinho Pinto e o MPT vão ter que desbravar terreno virgem e trabalhar muito, com hábitos novos, largueza de vistas e pragmatismo. O anúncio que Marinho Pinto fez, do seu apoio a Martin Shultz, candidato social-democrata alemão à presidência da Comissão Europeia, é um bom prenúncio e afasta desde já a nuvem de populismo que paira sobre o conhecido e verborreico  advogado que desfez (para sempre?) a coutada indecorosa e corrupta que durante décadas a Ordem dos Advogados foi.

Vamos ter alguns meses pela frente para discutir o futuro do MPT. Uma parte dos abstencionistas ativos e vigilantes nutrem certamente esperança por mais esta demonstração inequívoca de que estamos fartos da partidocracia vigente, e por mais esta prova de que é possível mudar.

O futuro está cheio de escolhos, cadáveres adiados e dificuldades profundas. É fundamental pensarmos coletivamente e de forma inteligente, sem preconceitos, embora fieis a alguns princípios democráticos e de liberdade irrenunciáveis: o estado português de direito é um nó inalienável da União Europeia; a nação portuguesa é uma realidade individual, familiar, social, histórica e política indivisível; o direito de propriedade e a liberdade económica são aquisições históricas antigas, enraizadas e sobretudo compatíveis com a solidariedade social e intergeracional da nação portuguesa que nenhuma ilusão totalitária, por definição irracional e fanática, poderá substituir.

Seria totalmente despropositado permitir que a nomenclatura e os bonzos mediáticos começassem desde já a desenhar geometrias variáveis para o fenómeno ontem manifesto. A prioridade das prioridades é ajudar o MPT e Marinho Pinto a transformarem esta pequena chama de esperança numa tocha capaz de levar Portugal a uma mudança ponderada, mas firme, de percurso.

O 'Não Voto!' venceu largamente estas eleições

O símbolo do Movimento Partido da Terra

O António Maria mais do que acertou, outra vez ;)


Algum pirata a soldo de muitos desesperados apagou no canto superior direito deste blogue a sondagem que publicámos no dia 18 de maio. Mas de nada lhes valeu. 


A nossa micro-sondagem só pecou por prudência. Afinal, foram bem mais do que 50% (65.34%) os que VOTARAM NÃO, ou NÃO VOTARAM, ÚTIL, contra a partidocracia que nos trouxe à desgraça. 

O MPT e Marinho Pinto são a grande novidade esperada destas eleições, para a qual defendemos taticamente, recorde-se, uma ABSTENÇÃO EXEMPLAR. Rui Moreira, cujo triunfo também vaticinámos e defendemos, foi a incrível surpresa das anteriores eleições. 

O MPT está nas melhores condições (1) para provocar um efeito de bola neve na necessária e urgente mudança que é preciso provocar nesta DEMOCRACIA CAÍDA EM DESGRAÇA. Com o BE arrumado, e o PS a boiar na sua própria sopa de pedras, que há muito fede, pode finalmente surgir um partido de mudança: ecologicamente consciente (mas não primário, nem ingénuo), ativamente anti-corrupção, à direita da 'esquerda' e à esquerda da 'direita', pragmático na ideologia e na ação política, promotor da descentralização e autonomia responsável dos poderes, europeísta atento, e intransigente na defesa do trinómio estado-nação-liberdade.

Quanto aos ladrões da 'direita', em geral pobres diabos a soldo dos gangues internacionais, que querem apropriar-se dos rendimentos e da propriedade das classes médias e remediadas através do FASCISMO FISCAL, está na hora de expor a sua falta de vergonha, corrupção e arrogância. Como? Simplesmente através da observação independente da realidade que nos rodeia e ameaça, de demonstrações racionais sobre as grandes decisões que é preciso tomar, recorrendo certamente à Justiça quando  for preciso e, finalmente, convocando os votos da cidadania para algo que valha a pena!


Uma democracia onde votam menos de 50% dos eleitores, e onde os partidos eleitos não chegam a congregar 30% do eleitorado não é uma democracia plena, mas sim, uma democracia aprisionada pela burocracia, pela nomenclatura corporativa e pela partidocracia que há demasiado tempo governam em nome do povo, sem o representar verdadeiramente. 

As duas últimas eleições e as próximas Legislativas serão certamente razões de peso para convocar um referendo constitucional sobre o regime falido e insolvente que nos legaram os alegres partidos da nomenclatura demopopulista que ainda não percebeu o estado comatoso em que deixou Portugal. 

É preciso mudar! 
E para mudarmos mesmo só convocando uma NOVA CONSTITUINTE!




NOTAS
  1. A janela de oportunidade que estas eleições abriram poderá, no entanto, fechar-se rapidamente se o MPT tardar em chamar ao seu seio os inúmeros grupos mais ou menos organizados que anseiam por uma democracia claramenrte responsável, transparente e participativa. O MTP pode e deve ter como objetivo tornar-se a terceira força política e partidária do país nas próximas eleições. Mas para tal terá que atender menos aos namoricos de Sócrates ou dos farrapos do Bloco, e alimentar-se do verdadeiro humus da democracia, que por toda a parte ressoa de energia inteligente em busca de um cadinho de honestidade e coragem. Sejamos, por um dia, otimistas!

 

sábado, maio 24, 2014

Não votar é útil !

"O voto não é um cheque em branco", disse Seguro / Marcos Borga

80 medidas a pataco? Bastam 10 para mudar o regime!


Seguro assume 80 compromissos com o país
No encerramento da Convenção Novo Rumo, o líder do PS apresentou as linhas gerais do seu futuro programa de Governo.
Cristina Figueiredo | 21:00 Sábado, 17 de maio de 2014 | Expresso.
Ler mais

Das 80 medidas a pataco do vigário do PS ninguém fala, porque não existem. Mas o pascácio inseguro revelou uma preocupação clara: anda nervoso por causa da abstenção, e disse: "A abstenção é que deixa tudo na mesma". Não deixa! Só mesmo a abstenção poderá criar condições sociais para uma alteração democrática deste regime demo-populista corrupto que conduziu Portugal à desgraça mais completa dos últimos 50 anos!

Há três dinâmicas que podem favorecer claramente uma reforma saudável da nossa democracia doente e falida:
  1. uma enorme abstenção (os votos brancos e nulos continuam a favorecer o status quo)
  2. a eleição de António Marinho Pinto, a par do afastamento do Bloco de Esquerda do parlamento europeu (os estalinistas e trotsquistas que mandam no Bloco odeiam o euro e, no fundo, também odeiam a União Europeia, não é verdade?)
  3. e um empate técnico entre os principais responsáveis pela ruína do país: PS, PSD e CDS.
Já no que se refere à discussão de um plano de ação para reformar o sistema político que nos trouxe até aqui, bastam 10 medidas, nehuma delas coincidente, aliás, com a prédica aldrabada do senhor Seguro.
  1. cortar nas rendas devoristas da corja rendeira da energia, parando a construção das barragens inúteis, e fornecimentos mínimos de energia elétrica e água gratuitos a todas as famílias insolventes;
  2. ligar Portugal a Espanha e ao resto da Europa por via férrea, com ligações prioritárias a Madrid-resto de Espanha, Salamanca-San Sebastian-França e Vigo-Galiza;
  3. renegociar todas as PPP e renacionalizar o que for preciso em nome da sustentabilidade económica e financeira do país;
  4. controlar de forma efetiva e preventida bancos e especuladores financeiros;
  5. eliminar as gorduras do estado, nomeadamente através da transparência e responsabilidade administrativa;
  6. impedir o fascismo fiscal que ameaça destruir a sociedade portuguesa;
  7. defender a qualidade e eficiência dos serviços de educação e saúde públicos;
  8. descentralizar a administração pública, concentrar os governos municipais (cidades-região de Lisboa e Porto) e reforçar as competências e meios das juntas de freguesia;
  9. desburocratizar a economia;
  10. rever a Constituição em tudo o que é excesso de ideologia e excesso de doutrina que competem aos programas de governo, e no que diz respeito à melhoria radical do sistema de representação democrática, reduzindo drasticamente a importância da partidocracia no regime.

terça-feira, maio 20, 2014

Desobediência fiscal

É preciso preparar uma resposta contundente ao blitzkrieg fiscal dirigido pela corja rendeira e devorista do regime contra 10 milhões de portugueses


Os nazis colocavam Estrelas de David nas portas das casas dos judeus, lembram-se?

 

Governo força registo de casas para turistas
20 Maio 2014, 00:01 por Filomena Lança | Jornal de Negócios

As moradias e apartamentos arrendados por curtos períodos vão ter de estar incritos num registo que facilitará o seu controle. Passam a ter requisitos e arriscam a encerramento compulsivo caso não cumpram.
O Governo está a preparar a criação de um novo Registo Nacional de Alojamento Local (RNAL), onde todos os imóveis que são arrendados a turistas, por períodos de curta duração, têm de estar ...


Os pequenos proprietários que aproveitam o boom turístico momentâneo para compor as suas depauperadas receitas (muitas vezes, para sobreviverem depois de perderem o emprego e de sofrerem um verdadeiro bliztkrieg fiscal) devem exigir o mesmo tratamento favorável (temporário) que os piratas desta cleptocracia rendeira e devorista oferece ao investimento estrangeiro. Ou não é, pelo menos em parte, o turismo, investimento estrangeiro direto no país?

Se a corja do regime não for a bem, então há que mobilizar a cidadania para a DESOBEDIÊNCIA FISCAL!

Este regime demo populista, além de arruinado e prepotente, perdeu toda a vergonha. Se não agirmos depressa e bem, o fascismo fiscal e a expropriação pura e simples dos portugueses por esta corja será uma realidade.

Perguntem aos deputados portugueses que estiveram/estão no Parlamento Europeu se beneficiam ou não do esquema da segunda pensão de reforma proporcionado por um fundo de pensões confidencial da UE financiado em 2/3 pelos contribuintes europeus. Perguntem ao pascácio do PS, ao senhor Jerónimo e já não sei a quem do Bloco se desconhecem este assunto das duplas pensões dos deputados europeus...


Medidas imediatas:
  • Primeiro: não votar ou votar em quem tenha como ponto essencial do seu programa substituir a cleptocracia no poder por uma democracia transparente, responsável, europeia, mas também patriótica.
  • Segundo: exigir para quem trabalha, e para os pequenos rendeiros, proprietários e empreendedores o mesmo tratamento fiscal que é dado aos investidores estrangeiros.
  • Terceiro: eliminar os regimes de proteção fiscal de que beneficiam a corja rentista e devorista indígena (fundos imobiliários, bancos, etc.) e os politocratas.
  • Quarto: exigir em Bruxelas a União Fiscal, pela qual os piratas do PSI 20 deixarão de poder escapar alegremente ao fascismo fiscal em curso.

Low Intensity Operation MH370

Colagem de gráficos da BBC e CIA

Ex primeiro ministro da Malásia, Najib Razak, acusa CIA e Boeing de esconderem a sorte do voo MH370


Como o Facebook bloqueou a tentativa de ligar o post de Najib Razak à rede social, e antes que desapareça, aqui vai a postagem completa.

BOEING TECHNOLOGY – WHAT GOES UP MUST COME DOWN
May18th Written by chedet

1. What goes up must come down. Airplanes can go up and stay up for long periods of time. But even they must come down eventually. They can land safely or they may crash. But airplanes don’t just disappear. Certainly not these days with all the powerful communication systems, radio and satellite tracking and filmless cameras which operate almost indefinitely and possess huge storage capacities.

2. I wrote about the disabling of MH370’s communication system as well as the signals for GPS. The system must have been disabled or else the ground station could have called the plane. The GPS too must have been disabled or else the flight of MH370 would have been tracked by satellites which normally provide data on all commercial flights, inclusive of data on location, kind of aircraft, flight number, departure airport and destination. But the data seems unavailable. The plane just disappeared seemingly from all screens.

3. MH370 is a Boeing 777 aircraft. It was built and equipped by Boeing. All the communications and GPS equipment must have been installed by Boeing. If they failed or have been disabled Boeing must know how it can be done. Surely Boeing would ensure that they cannot be easily disabled as they are vital to the safety and operation of the plane.

4. A search on the Internet reveals that Boeing in 2006 received a US patent for a system that, once activated, removes all control from pilots to automatically return a commercial airliner to a pre-determined landing location.

5. The Flightglobal.com article by John Croft, datelined Washington DC (1st December, 2006) further mentioned “The ‘uninterruptible’ autopilot would be activated – either by pilot, by on board sensors, or even remotely by radio or satellite links by government agencies like the Central Intelligence Agency, if terrorists attempt to gain control of the flight deck”.

6. Clearly Boeing and certain agencies have the capacity to take over “uninterruptible control” of commercial airliners of which MH370 B777 is one.

7. Can it not be that the pilot of MH370 lost control of their aircraft after someone directly or remotely activated the equipment for seizure of control of the aircraft.

8. It is a waste of time and money to look for debris or oil slick or to listen for “pings” from the black box. This is most likely not an ordinary crash after fuel was exhausted. The plane is somewhere, maybe without MAS markings.

9. Boeing should explain about this so-called anti-terrorism auto-land system. I cannot imagine the pilots made a soft-landing in rough seas and then quietly drown with the aircraft.

10. Someone is hiding something. It is not fair that MAS and Malaysia should take the blame.

11. For some reason the media will not print anything that involves Boeing or the CIA. I hope my readers will read this.

IMPRENSA

Former Prime Minister Of Malaysia Accuses CIA Of Covering Up MH-370 Disappearance
Tyler Durden on 05/19/2014 18:19 -0400. Zero Hedge

It has been over two months since Malaysian flight MH-370 disappeared and still not a single credible trace of its final resting place has been found.

In the ongoing din over the confusion surrounding the recovery effort which has led nowhere, even the current Malaysian Prime Minister Najib Razak recently described the current rescue effort driven by satellite data of the suggested "location" of purported MH370 debris in the Indian Ocean as 'bizarre' and 'hard to believe'. Further, he told CNN when discussing the satellite data which is the basis for the current search in the Indian Ocean that 'To be honest, I found it hard to believe.... It's a bizarre scenario which none of us could have contemplated so that's why when I met the team...of foremost experts in aviation industry I asked them again and again "are you sure?"

Missing Malaysia plane: What we know
1 May 2014 Last updated at 15:19 GMT | BBC

Mystery continues to surround the fate of Malaysia Airlines flight MH370, which disappeared en route from Kuala Lumpur to Beijing on 8 March.

Malaysian authorities, assisted by international aviation and satellite experts, are now battling to piece together the plane's final hours in the hope that they can find its wreckage and explain what happened to its 239 passengers and crew. Some preliminary details were released on 1 May in a short report.

domingo, maio 18, 2014

Deputados europeus usufruem pensão secreta

Nigel Farage confessou que recebe uma segunda pensão cozinhada na UE

Contribuintes europeus financiam, sem saber, esquema secreto de pensões subscrito pela maioria dos deputados europeus. Quantos deputados e ex-deputados portugueses beneficiam deste esquema inqualificável? Expliquem lá antes de pediram o nosso voto!

Nigel Farage among MEPs to benefit from EU second pension scheme
By Bruno Waterfield, Brussels, 8:00PM BST 20 Apr 2014. The Telegraph.

Conservative, Labour and Liberal Democrat MEPs – along with Nigel Farage – benefit from secretive, heavily subsidised EU second pension scheme that will cost the taxpayer an extra £187 million.

Pelo menos 2/3 do fundo de pensões secreto e opcional que beneficia boa parte dos deputados europeus desde 1989 provém dos cofres da UE, ou seja, dos contribuintes europeus, os mesmos a quem os governos têm vindo a cortar alegremente rendimentos e pensões!

Como se não bastasse a natureza escandalosa da coisa, este fundo perdeu 200 milhões de euros nas aplicações que fez no Bernard L. Madoff Investment Securities LLC, do célebre Bernie Madoff, atualmente a cumprir uma pena de prisão de 150 anos!

Pergunta: que diz a classe política indígena a este escândalo? E que dizem os senhores deputados europeus, e os deputados europeus recandidatos, a este ato de inqualificável devorismo? Foram ou são beneficiários do esquema? Aprovam-no?

E que opinam os grandes moralistas do PCP, do PEV e do Bloco?

Só um idiota é que votaria nas próximas eleições europeias sem primeiro ver esta e outras questões do mesmo calibre devidamente esclarecidas.

So what exactly is wrong with that second pension?
Thursday, April 23, 2009, Open Europe

Today the European Parliament voted on whether taxpayers should foot the bill for a hole in the controversial second pension fund. While this is a mere show vote, the report has been approved 419 to 106, meaning MEPs have said that "under no circumstances will Parliament in the prevailing economic situation provide extra money from the budget to cover the fund's deficit, as it did in the past" (note 105). This is definitely a show vote, as the only way to change whether the pension fund is guaranteed by the EU budget, and therefore by taxpayers, is through a unanimous decision by the European Council, meaning every country has a right of veto to block this.

The pension fund dates back to 1989 and has received considerable media coverage recently. The bullet points below aim to clarify exactly what is wrong with it:

1. It is a second pension fund for MEPs: apart from MEPs from France and Italy all MEPs receive a pension from their member states already. However, in spite of this over the years MEPs from all countries have joined this 'bonus' pension scheme.

2. This is not just an extra pension whereby MEPs contribute using their own means. Two thirds of any contribution is being paid by the European Parliament (meaning the EU taxpayer) and only one third by MEPs themselves.

3. It is not even certain that they all pay one third. No one checks whether the politician actually pays anything into the fund from his or her own salary. Many in Brussels believe that a "large proportion" of Euro-MPs are using their office payments to get a free second pension on top of national schemes. The European Court of Auditors repeatedly pointed out that there is no sufficient legal basis for Parliament's additional pension scheme. However, The Bureau are claiming “that Parliament has a legal obligation to guarantee the pension rights of the current members of the fund”. They are referring to the EU legal principle of acquired rights and legitimate expectations.

4. In total there are 1113 members of the fund, however the exact names remain secret (!). Included are 478 active MEPs (61% of the total number of MEPs), 493 pensioners (of whom 56 were the dependants of deceased members) and 142 deferred members. We disclosed some of the MEPs who are part of the scheme, but this is restricted to those registered in Luxembourg where the fund is based. Today, the European Parliament called upon the Bureau (the EP President and 14 Vice Presidents) to reconsider its position and to publish the full list. Interesting that they are criticising the Bureau for lack of transparency - when they are not exactly the biggest fans of transparency themselves!

5. That the pension fund is based in Luxembourg, a known tax haven, is bizarre. It is strange that MEPs, who otherwise are the first to demand tax harmonisation and complain about tax havens, change their minds when it comes to their own money.

6. Part of the fund has been lost, partly through investments allegedly associated with the disgraced American financier Madoff, causing a hole of more than 200 million euros.

7. As if it weren't bad enough that they speculate with public money, they now expect the taxpayer to bail them out.

8. However, just when the voter has the chance to hold the Parliament to account, MEPs pretend to want to improve the situation by organising a "vote" on whether the decision by the Bureau was wise and whether the taxpayer has to pay for the losses. Nevermind that this scam has been ongoing since 1989.

9. As noted above, todays vote will change nothing: the fund has been set up under a Council decision, so only if all Member States agree can the terms of the pension fund (which states that the European taxpayer must cover all losses) be modified. So not only is the EP tackling the problem way too late, it is also trying to fool the voter. As the leader in Sueddeutsche Zeitung argues, this is simply a dishonest attempt by MEPs to try anything "to hide this disaster".

10. The Bureau of the Parliament has made some minor decisions, trying to divert attention, by deciding to increase the age at which MEPs become eligible for the additional pension and ending the option to withdraw 25% of the value of the fund as a lump sum in order to increase liquidity. This is the “too little” part of “too little, too late”.

11. Even these minor improvements are unlikely to happen. The managers of the fund in Luxembourg (including the fund's manager, former MEP Richard Balfe) have said that these decisions are in fact illegal: In an email sent to all 450 active members of the fund they said “We believe the proposed changes are not permissible under European law”.

12. Suppose the European Council does agree to abolish this fund: an angry MEP could then go to the judge and on the basis of "acquired rights and legitimate expectations" try to get the pension he was promised.


All of the above are presumably good enough reason to get rid of this scheme. At least the European Parliament agrees on this: from June onwards the second pension will not be available to new MEPs. Meanwhile, the taxpayer will be obliged to uphold the principle of acquired rights and legitimate expectations, whatever the EP votes.

Posted by Open Europe blog team at 3:46 pm

POST SCRIPTUM — O António Maria é um defensor decidido da União Europeia, como é também um acérrimo defensor da democracia. Compreende, porém, alguns dos argumentos eurocéticos contra a burocracia partidária e contra os grandes lóbis financeiros que tomaram conta das instituições da UE. Está também cada vez mais preocupado com a insensibilidade e corrupção das partidocracias que engordaram à sombra das democracias populistas em que deixámos transformar a maioria dos regimes representativos da Europa.

Dito isto, somos 100% a favor de uma federalização progressiva da UE; somos a favor do reforço político da Zona Euro, dotando-a de poderes exclusivos a que não deverão ter acesso os membros da UE fora do euro, somos a favor de  maior transparência nos processos de decisão europeus, recorrendo nomeadamente, em todas as questões vitais da UE, como os tratados internacionais, por exemplo, à realização de referendos com poder vinculativo.

Os partidos querem que votemos nas eleições europeias, mas alguma das criaturas do arco da desgraça português, incluindo o PCP e o Bloco, trouxeram ao conhecimento público os termos do infame tratado comercial que está a ser negociado entre Bruxelas e Washington? O Vital Moreira não foi/é um dos negociadores da coisa?

Vejam só o que escreve o GEAB deste mês sobre o infame tratado de "livre" comércio entre os EUA e a UE:

We have already given a warning on the considerably increased risk of seeing the EU sign the TTIP (Transatlantic Trade and Investment Partnership) with the US after secret negotiations (so much so that even the Member States don’t know the true content currently being negotiated by Brussels and Washington technocrats). On the 16th April last, 535 out of 766 MEPs, thanks to the almost unanimous Conservative vote (230 EPP), Liberals (72 ALDE) and Socialists (155 S&D) in particular, adopted the ISTS, this famous clause that Washington has imposed on Europeans in the framework of the TTIP adoption and which allows “investors” (multinationals and others) to take legal proceedings against the States (and therefore taxpayers) when legislative changes penalise their economic activities. In summary, citizen-taxpayers will have to pay fines to foreign businesses if they vote for regulations (environmental, health or others) harmful to the latter’s profits! And the icing on the cake: you can look, but NO ONE in the media has reported on this vote.

Atualizado: 19/05/2014 08:17 WET

sábado, maio 17, 2014

Todos prometem crescimento!

Os stocks acumulam-se...

Todos prometem o que não existe. E há idiotas que acreditam e votam nas promessas — são os eleitores...


A promesa de crescimento é uma ladainha populista que só convence os idiotas e os que vivem aninhados no orçamento de estado. E Você, que não é idiota, acredita que vem aí crescimento, só porque o governo promete que agora sim, ou porque o pascácio do PS diz que com ele é que vai ser?

Então repare bem (clique nos gráficos para ampliar)

As vendas a retalho da Caterpillar mostram o fim do boom Keynesiano

Milhões de carros por vender em todo o mundo...
O Baltic Dry Index, que mede a procura de navios e carga marítima, o gráfico do colapso nas vendas da Caterpillar, líder mundial de máquinas usadas na contrução civil, as acumulações clandestinas de carros por vender que acabam na sucata (Unsold Cars), ou a queda imaprável do crédito privado na Europa, são indicadores da natureza sistémica da crise, cujo fim pressupõe outros paradigmas de desenvolvimento humano — precisamente aquilo de que as democracias populistas fogem, como o Diabo foge da cruz.

Tudo o que vimos até agora foi um maremoto de liquidez virtual deslocando-se dos bancos centrais para os bancos e governos, perpetuando o mito de que são ambos demasiado grandes para falir. À economia não chega, nem pode chegar, um cêntimo que seja!

Outro dado indesmentível da impossibilidade de crescimento económico nas atuais circunstâncias vem do setor financeiro, onde, não só é patente e escandalosa a indigência da banca portuguesa (BES, BANIF, BCP, ex-BPN, etc.), como é assustadora a exposição catastrófica do Deustche Bank (8º maior banco do mundo) ao buraco negro dos derivados financeiros.

Exposição do DB aos derivados financeiros especulativos

Deutsche Bank Scrambles To Raise Capital: Will Sell €8 Billion In Stock At Up To 30% Discount
Tyler Durden on 05/18/2014 11:46 -0400. Zero Hedge.

This is a chart we have been presenting since last year, updated periodically, showing just how vast Deutsche Bank's potential undercapitalization is/would be if, as in the case of Lehman, for some reason gross exposure suddenly became net, and there was counterparty failure. It is also the reason why we predicted as recently as last month when Deutsche announced it would issue another €1.5 billion in Tier 1 capital, that the German megabank's capital raising is far from over.

Sure enough, just out from Bloomberg:

    Deutsche Bank preparing a capital increase, aims to raise EU8 billion through new shares by end of June, Handelsblatt says, citing unidentified people in the finance industry.
    Deutsche Bank likely to get new single investor
    Negotiations ongoing, haven’t been made final
    Deutsche Bank declined to comment: Handelsblatt

Who will buy the shares?

Atualizado: 18/05/2014 19:06 WET

sexta-feira, maio 16, 2014

BCP e BES perdem 25% em 5 dias

Gráfico das perdas do BCP (Bloomberg)

Gráfico das perdas do BES (Bloomberg)

 

A banca portuguesa vale cêntimos!


Bolsa de Lisboa volta a cair 2% e prepara-se para pior semana em dois anos
16 Maio 2014, 10:27 por Diogo Cavaleiro | Jornal de Negócios

O BES já está nos cêntimos, como o BCP e o BANIF. Palavras para quê? É um banco português e especulou que se fartou com o dinheiro dos seus depositantes.

Nas últimas cinco sessões de Bolsa (linha vermelha gráfico) o BES e BCP caem aproximadamente 25%.

Balelas do senhor Brian da Allianz

O BCE prepara-se para uma diarreia monetarista. É o fundamentalismo keynesiano no seu pior.


Brian Tomlinson: "Quanto mais tarde o BCE usar a 'bazuca', pior"
16 Maio 2014, 00:01 por Edgar Caetano | Jornal de Negócios

O programa de expansão monetária é uma inevitabilidade, diz Brian Tomlinson, especialista em obrigações da Allianz Global Investors. É a única forma de baixar o euro, animar a economia e "escapar ao abismo da deflação".

O BCE prometeu fazer tudo o que for necessário para evitar o colapso do euro, agora precisa de fazer o que for necessário para impedir que a Zona Euro caia na deflação.

Depois de roubarem o pessoal através da destruição das taxas de juro (uma política do BCE destinada a baixar o serviço das dívidas soberanas e dos encalacrados banksters), a que se seguiu uma destruição em massa do emprego, nomeadamente através do estrangulamento do crédito à economia, os especuladores profissionais querem agora reflação para assim continuarem a ir ao nosso bolso, alviando também por esta via as dívidas dos governos, especuladores afundados no buraco negro dos derivados financeiros especulativos e banksters. A destruição da remuneração das poupanças, i.e. taxas de juro estupidamente baixas (negativas, até!), favoreceu durante uma década o investimento, o gasto público e o consumo aventureiros, aliviando ao mesmo tempo os serviços das dívidas públicas que começavam então a ficar fora de controlo; por outro lado, hoje, mais inflação, baixaria o peso real do endividamento explosivo dos governos, dos bancos e dos oligopólios encostados às rendas públicas garantidas, ao aumentar o valor dos ativos que servem de colaterais das dívidas (o imobiliário parqueados nos balanços dos bancos, os aviões encomendados da TAP, o home equity e as ações da Brisa, Mota Engil e Cª.) Tudo isto, porém, seria uma vez mais realizado à custa da expropriação salarial, bancária e fiscal dos contribuintes e da destruição sistémica de empresas e empregos!


quinta-feira, maio 15, 2014

Fraude com vento gera dívidas impagáveis

Terra queimada acima da aldeia da Carvalhosa, Serra de Montemuro

Bolha eólica vai acabar por rebentar

Há quantos anos é que a EDP anda a pedir empréstimos alguns meses antes da distribuição de dividendos? E porquê? Ninguém investiga estas coisas? Porquê? Quem cobre quem, o quê e a que preço?


“O fabrico, instalação e operação dos parques de energia eólica consomem mais de três vezes a energia que alguma vez produzirão” — Charles S Opalek Pe. (1)

Taxpayers fund wind farm scam
By Ben Robinson, 23 February 2014 10.33am. Sunday Post

Wind farm firms have been accused of building huge, ineffective turbines to exploit a lucrative loophole funded by the taxpayer.

[...] Scottish Conservative MEP Struan Stevenson last night blasted: “The whole thing is getting exposed as one of the biggest scandals since the collapse of the banks and de-rating is simply another spoke in the wheel.”

Labour MP Sir Tony Cunningham, who represents Workington in Cumbria, recently quizzed the Westminster Government to find out what action it was taking. In response to his parliamentary question Energy Minister Michael Fallon revealed he was aware that eight of 110 turbines installed at the higher 100kw to 500kw FIT rate up to September 2013 had been de-rated.

António Mexia e José Sócrates deveriam ser julgados pela patifaria em que ambos comungaram: o embuste da energia eólica e das concomitantes barragens que tem provocado, pelo preço que custaram, custam e vão custar se nada fizermos (2), o corte de fornecimento de eletricidade a quase um milhão de portugueses. Só a EDP ganhou com as taxas de reativação mais de 50 milhões de euros!

Em vez de andarmos todos contentes a frequentar festivais de música e exposições supostamente patrocinados pela EDP, deveríamos boicotar tais iniciativas, em nome da decência. Pois quem paga esta propaganda cultural são os consumidores que em Portugal suportam os mais elevados custos de energia (em paridade do poder de compra) da Europa!

A armadilha da Goldman Sachs

José Sócrates e António Mexia (isto é, o miolo do Bloco Central) foram, consciente ou inconscientemente, testas de ferro da operação de transferência de dívida americana da Goldman Sachs —ex-proprietária de negócios eólicos especulativos, como a Horizon Wind Energy (3)— para Portugal. Esta compra e uma série de compras induzidas por este passo para a morte levou a um endividamento descomunal da EDP: 18 mil milhões de euros, o equivalente ao que custariam à época dezoito pontes Vasco da Gama. O relatório e contas de 2013 menciona uma dívida de 17 mil milhões, o que só prova quão difícil é pagá-la. O negócio especulativo com a energia solar deixou de o ser desde que na Cimeira de Copenhaga de 2009, pela voz da China, Índia e Brasil se esvaziou o embuste do mercado global de créditos de CO2 equivalente. A Goldman Sachs impingiu assim um negócio envenenado à EDP em março de 2007, que o cabotino Mexia comprou alegremente.

As compras americanas da EDP, induzidas pela Goldman Sachs, são, pois, a principal causa do endividamento excessivo da empresa, do subsequente embuste do dito Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroelétrico e, finalmente, do preço escandaloso que os portugueses pagam pela energia elétrica fornecida pelo oligopólio da energia.

Quase um milhão de portugueses é anualmente atingido por cortes de fornecimento de energia em razão do preço excessivo da mesma. Como se isto não bastasse, o estado e a partidocracia parasitária que temos subsidiam com taxas a RTP para que esta possa concorrer com as operadoras privadas.

Já todos demos pela falcatrua. Então porque é que governo e partidos políticos não fazem nada e, pelo contrário, despedem ministros e secretáriso de estado que tentam corrigir o crime diariamente cometido? Porque preferem substituir ministros independentes (Álvaro Santos Pereira) por proxis invertebrados: Pires de Lima? É caso para dizer, votem nesta corja, mas depois não se queixem!

Mais cedo ou mais tarde as concessões aos rendeiros da energia e seus testas de ferro pagos a peso de ouro (600 mil euros/ano para António Mexia, 490 mil para Eduardo Catroga), mas também aos rendeiros e cleptocratas da água, das autoestradas e pontes, etc. serão compreendidas como o que verdadeiramente são: assaltos a coberto de leis iníquas, cortesia do parlamento populista que temos.

Quando o crime for completamente percebido não restará outra alternativa que não seja fazer regressar a exploração destes recursos à esfera pública, com regras claras e vigilância democrática transparente e apertada.

À medida que os banksters desmascarados forem sendo engolidos pelos bancos centrais (a verborreia sobre o neoliberalismo não passa do sonho húmido que alimenta a moribunda 'esquerda'), os Mexias, Catrogas, Ferreiras, Coelhos e Sócrates deste sítio mal frequentado serão devidamente liofilizados.

António Mexia mantém o salário fixo de 600 mil euros
12/05/2014 | 19:29 | Dinheiro Vivo

Confirma-se também que a política de remuneração do conselho executivo e do conselho geral e de supervisão (CGS), o orgão onde estão os representantes dos acionistas, é para manter durante mais um ano. Por exemplo, Mexia, mantém o salário fixo de 600 mil euros por ano, o mesmo que recebe desde 2006, e ao qual acresce uma remuneração variável anual que depende dos resultados. E o presidente do CGS, Eduardo Catroga, mantém o salário anual de 490 mil euros.

Diz o cabotino da EDP que uma maioria albanesa de 99,97% dos acionistas aprovam a sua largesse. Pudera! A criatura rouba um país inteiro para se remunerar (e ao Catroga), distribuir dividendos e pagar dívidas que comprou sem pedir licença a ninguém, e ainda tem os acólitos do Bloco Central da Corrupção a subscreverem tamanho embuste.

Escuridão. EDP corta luz a mais de 400 mil famílias por ano
Por Ana Suspiro e Filipe Paiva Cardoso. 31 Jan 2014 - 05:00. i online

Em três anos, EDP terá ganho 50 milhões com taxa de reactivação

A EDP cortou a luz a mais de 400 mil famílias por ano em Portugal continental desde 2011, segundo os números avançados pelo governo ao parlamento. De acordo com estes dados, enviados pelo Ministério do Ambiente e Energia em resposta às solicitações do Partido Comunista, a EDP Distribuição cortou o fornecimento a 511 mil clientes em 2011, 455 mil em 2012 e a mais 405 mil consumidores de baixa tensão durante o ano passado. Estes clientes são famílias e pequenos negócios. O número caiu, mas ainda representa 6,7% dos seis milhões de clientes de electricidade. Segundo a EDP, os dados incluem casos de falta de leitura do contador por mais de um ano e casas desabitadas.
Gestão da EDP desafia Estado nas barragens
15/05/2014, 00:01 por Miguel Prado | Jornal de Negócios

A EDP diz-se tranquila sobre a investigação da Comissão Europeia aos termos em que o Estado português acordou, em 2007, a extensão das concessões das barragens da EDP. A empresa deixa até um desafio ao Estado. "Se alguém quiser fazer um leilão e pagar o que nós pagámos estamos disponíveis", comentou João Manso Neto, administrador da EDP, após o Investor Day, em Londres.  
EDP espera que o Governo não faça novos cortes no sector eléctrico
14 Maio 2014, 09:24 por Miguel Prado | Jornal de Negócios

“Com a excepção da tarifa social, cujas alterações nós compreendemos, esperamos que as regras do jogo se mantenham inalteradas”, afirmou esta quarta-feira em Londres o presidente executivo da EDP, António Mexia.

Dívida da EDP leva Moody’s a manter perspectiva "negativa" para o "rating"
13 Maio 2014, 16:13 por Edgar Caetano | Jornal de Negócios

Agência não reflectiu a melhoria do "rating" de Portugal na notação da EDP, que continua no nível mais alto de "grau especulativo" mas com perspectiva negativa. "Ratings" da REN, Refer e Brisa podem subir.
EDP contra contribuição extraordinária para lá de 2015
por Lusa, texto publicado por Paula Mourato | DN

"Em 2015 era esperado, mas não incluímos isto em 2016 porque nos foi dito que não estaria lá. [A contribuição] foi estendida por um ano, mas não esperamos uma nova extensão porque não consideramos ser necessária", disse António Mexia durante o Dia do Investidor realizado hoje em Londres.

No primeiro trimestre, a EDP pagou 15 milhões de euros para a contribuição extraordinária aplicada ao setor energético em Portugal, criada no âmbito do Orçamento do Estado (OE) para 2014.

Mexia considerou que o resultado da EDP no primeiro trimestre deste ano mostra "resiliência, tendo em conta que é o primeiro com impacto das alterações regulatórias em Portugal e Espanha".

Em Espanha, a EDP Renováveis foi penalizada por alterações regulatórias que resultaram num encargo de 18 milhões de euros.
Investigação às barragens: Mexia diz que alterar contrato implica pagar "muito" dinheiro à EDP
15/05/2014 | 09:10 | Dinheiro Vivo

A Comissão Europeia está, desde setembro de 2013, a realizar uma investigação aprofundada aos contratos que a EDP assinou com o Estado em 2007 para continuar a gerir as barragens e a receber uma tarifa fixa. A investigação está agora em consulta pública e segundo Bruxelas o Estado terá recebido menos do que devia, ou seja, a EDP terá tido um ganho que não devia. Mas a empresa não podia estar mais tranquila.
Mas entretanto mais vale prevenir do que remediar...

E assim, a EDP lá vai vendendo a descomunal dívida tarifária que supostamente é uma dívida dos consumidores e que, por isso, não apareceu ainda inscrita, como deve, na dívida pública. Aos idiotas úteis da especulação financeira a EDP impinge o que considera ser uma dívida segura, com o argumento falacioso de que 'o Estado paga sempre'. Pois não paga, não senhor! E é por isso que a EDP anda a vender a dívida tarifária pela porta do cavalo...

EDP quer vender 800 milhões de euros de défice tarifário por ano
14 Maio 2014, 12:03 por Miguel Prado | Jornal de Negócios

O administrador financeiro da EDP, Nuno Alves, admite que o défice tarifário da electricidade “é um bom activo”, mas a estratégia do grupo passa por progressivamente diminuir a exposição da EDP, titularizando pelo menos 800 milhões de euros por ano.
O programa Olhos nos Olhos da TVI esclarece finalmente a tramóia das eólicas (LINK)

Quadro mostrado no programa Olhos nos Olhos


NOTAS
  1. A fraude eólica

    Os geradores eólicos quase nunca produzem a energia que anunciam. Raramente vão além de 20 % da capacidade máxima de produção anunciada.

    A energia eólica não é confiável, pois só é capaz de responder se houver vento, ao contrário das fontes fósseis e das barragens se estas tiverem água nas albufeiras.

    A energia eólica não é limpa. É preciso uma grande quantidade de energia suja para extrair as matérias primas, fabricar os componentes e instalar as turbinas.

    Os geradores eólicos não são amigos do ambiente. São barulhentos, feios, matam morcegos e pássaros, interferem com os radares e são responsáveis por uma série de problemas de saúde humana.

    Os geradores eólicos consomem eletricidade, quer estejam a trabalhar ou não. Frequentemente a energia consumida pelos geradores em repouso nem sequer é contabilizada. É fácil adivinhar quem paga este consumo invisível...

    Em teoria, se 20% da geração de energia elétrica dos EUA fosse substituída pela energia eólica, a diminuição das emissões de CO2 seria da imperceptível ordem dos 0,00948 %.

    Tudo somado, a energia eólica não tem qualquer impacto na redução das emissões de CO2, porque as imprescindíveis centrais de backup, alimentadas a energia fóssil, têm agora que operar em regime de pára-arranca, com grandes perdas de eficiência, para poderem compensar o funcionamento errático da energia eólica.

    A energia eólica não vai, em caso algum, substituir as energias fósseis. A Alemanha estima que em 2020 até 96 % da sua capacidade de produção de energia eólica terá que ser apoiada por novas centrais a carvão.

    A energia eólica não vai reduzir a dependência dos países que importam grandes quantidades de petróleo e gás natural, como é o caso dos EUA, pois se a energia eólica substituir apenas 20% da energia elétrica necessária nos EUA, as importações de petróleo cairão apenas uns ridículos 0,292 %.

    Os geradores eólicos têm um EROEI (retorno energético da energia investida) vergonhosamente baixo: 0,29.

    O fabrico, instalação e operação de parques de energia eólica consomem mais de 3 vezes a energia que alguma vez produzirão!

    A energia eólica é um grande negócio. Os grandes ganhadores são os promotores, os proprietários de terras, os agentes e corretores, os bancos, as empresas de construção, os fabricantes de equipamentos, os governos, os beatos da ecologia e os ambientalistas, os investigadores, as universidades, os meios de comunicação. Os grandes perdedores são os contribuintes e quem paga as contas da eletricidade.

    Charles S Opalek Pe
    [tradução livre de Windpower fraud]
  2.  O custo das barragens construídas para alimentar as eólicas, um embuste da parelha Sócrates-Mexia, não é tido em conta, nem para calcular o preço real da energia eólica produzida, nem para o cálculo das emissões de CO2 equivalente, nem para conhecer o custo catastrófico da erosão da costa portuguesa junto aos estuários de rios segmentados por sucessivas barragens. Querem praias e turismo, querem salvar as vossas casas? Perguntem ao Mexia! Perguntem ao Pinóquio! Ver este vídeo esclarecedor...



  3. April 16, 2003 - EERE News Archives & Events
    Zilkha Renewable Energy Plans 400-Megawatt Wind Facility in Illinois
    Zilkha Renewable Energy is planning a 400-megawatt wind power plant in central Illinois, which would be among the largest wind power facilities in the United States.

    Março 22, 2005 - Renewable Energy World.com
    Zilkha Acquired by Goldman Sachs
    New York, New York [RenewableEnergyAccess.com] Wind energy developer Zilkha Renewable Energy of Texas has finished negotiating with the Goldman Sachs Group of New York on an acquisition agreement. Goldman Sachs plans to purchase a controlling interest in Zilkha, and the transaction is expected to close during the second financial quarter of 2005 after regulatory approvals.
Atualizado: 16/05/2014 23:32 WET