terça-feira, julho 26, 2005

Cavaco Silva 2

Soares: o Animal Político


Mario Soares

A verdade é que Aníbal Cavaco Silva não tinha opositor à altura. Agora já tem!
Quatro meses de governo Sócrates abalaram profundamente o PS. E a razão é simples: pede-se-lhe que faça tudo aquilo para que não está vocacionado: encolher o Estado, cortar privilégios, despedir, gerir uma economia em crise, disciplinar uma cidadania entregue ao abandono, ao populismo e ao oportunismo, e recuperar um país em completo descontrolo cultural. A demissão do ministro das finanças revelou, para quem olha para estas coisas com olhos de ver, a dimensão real do problema: há uma ruptura fundamental a fazer, no método, organização e objectivos deste país, mas ninguém se dispõe a suportar os respectivos custos. O clima de delação existente e a degradação gritante do estatuto da Política são, na realidade, muito preocupantes. Em suma, o futuro Presidente da República vai ter que ser, necessariamente, um actor político e institucional muito forte. O País já lá não vai sem uma forte dose de presidencialismo. O precedente, como todos sabemos, já existe, aliás com a benção urbi orbi de toda a Esquerda.
Temos, para já, dois modelos de presidencialismo à vista: o económico e o político.
O primeiro, protagonizado por Cavaco Silva, levará muito provavelmente à demissão do actual governo antes de 2008, em nome de um programa económico e social de um radicalismo sem precedentes, que apenas o regresso de gente da fibra de Manuela Ferreira Leite poderá assegurar (vista a óbvia falta de recursos humanos pelas bandas do PS).
O segundo, protagonizado por Mário Soares, poderá igualmente ter que despedir José Sócrates (à contre coeur?), pela simples razão de que Bruxelas, e sobretudo os bancos estrangeiros, exigirão uma viragem inequívoca no rumo laxista e irresponsável da nossa Administração Pública, que o governo PS será incapaz de corrigir em tempo útil.
Seja como for, o centro de gravidade da política portuguesa acaba de mudar de palco. Seguiremos atentamente a sua evolução. O último grande combate político de Soares promete!

O-A-M #86 26 Jul 2005

quinta-feira, julho 21, 2005

Socrates 6

Paul do Alvarinho, Ota

Ministro ao fundo por causa da Ota


O modo como o actual ministro das obras públicas anunciou o carácter definitivo e a urgência da escolha da Ota para novo aeroporto internacional de Lisboa foi um autêntico acto de ligeireza política. Pergunta-se: poderemos um dia responsabilizar este senhor pelo disparate em curso?

Perante a perspectiva provável de vir a perder as próximas eleições autárquicas, o governo Sócrates parece ter enveredado já por uma daquelas fugas em frente que normalmente vêm a custar muito caro aos respectivos autores. Para já, custou-lhe o ministro das Finanças. Acham pouco? Pois eu acho muito. E acho também que o declínio do actual governo pode muito bem começar por deslizes deste tipo. Cavaco Silva, sobretudo depois da manhosa entrevista de Freitas do Amaral, nunca esteve tão próximo de ver realizado o seu sonho presidencial (que para ele só terá sentido se for um trampolim para um regime mais presidencialista, capaz de demitir o actual governo, apesar da respectiva maioria absoluta).

Que lóbi é este, o da Ota, que consegue eliminar um ministro tão crucial para este governo, como era Luís Campos e Cunha? Que fará o dito lóbi a gente como António Vitorino, e outros, que se atrevam a ter dúvidas sobre a bondade da opção governamental pela Ota? Este caso começa a ter contornos muito esquisitos.
Entretanto, como o tema dos novos aeroportos nos interessa, e sobre ele temos vindo expender opiniões e a resumir argumentos de alguns especialistas, recomendamos uma passagem pela compilação de textos sobre o assunto reunidos no sítio de O Grande Estuário.

O-A-M #85 21 Julho 2005

segunda-feira, julho 11, 2005

Skype this!

Reduzir para 1/3 ou menos a factura telefónica...with my new Cyber phone


Ou muito me engano ou os operadores de telecomunicações lusitanos estão num bom aperto. Já ouviram falar no Skype? E no VoipBuster? E no X-Lite? Pois bem, a ideia é simples: se tem um computador ou um Pocket PC (correndo Windows, Linux ou Mac OS X) esqueça as promoções da PT e dos anões concorrenciais que borboletam queixosos à sua volta. O Voice over IP, VoIP, veio para ficar e vai obrigar a PT e restantes operadores de voz e dados, por esse mundo fora, a baixar drasticamente as suas margens de ganância! Eu, para já, mudei-me para o Skype. E preparo-me para o funeral dos vários terminais e assinaturas que a PT me cobra com razoável indecência, mais as suas tarifas exageradas.

Numa rápida visita aos preçários da Skype e da PT retirei alguns números elucidativos.

Portugal Telecom
mensalidade -- € 15,32
rede fixa (cada min.) -- € 0,050
fixo-móvel (cada min.) -- € 0,300
móvel-outras redes (cada min.) -- € 0,457
Sapo MSG -- gratis apenas entre Sapos MSG! E só com o Windows XP...?!?...

Skype
instalação (download) -- € 0,000
mensalidade -- € 0,000
Ciber Phone K (opcional) -- € 54,99
comunicações entre computadores (cada min.) -- € 0,000
comunicações com telefones fixos e móveis (ver comparação entre os valores standard da PT e os valores da Skype)

Skype Out / Portugal Telecom (preços/min. IVA incl.)

Portugal
rede fixa -- € 0,017 / € 0,050
rede móvel -- € 0,282 / € 0,3000

Espanha
rede fixa -- € 0,017 / € 0,1231
rede móvel -- € 0,234 / € 0,3505

Reino Unido
rede fixa -- € 0,017 / € 0,1634
rede móvel -- € 0,205 / € 0,3505

França
rede fixa -- € 0,017 / € 0,2058
rede móvel -- € 0,164 / € 0,3505

Bélgica
rede fixa -- € 0,017
rede móvel -- € 0,211 / € 0,3505
rede móvel (Proximus) -- € 0.143 / € 0,3505

Alemanha
rede fixa -- € 0,017 / € 0,1634
rede móvel -- € 0,251 / € 0,3505

EUA
rede fixa -- € 0,017 / € 0,2379
rede móvel -- €0,017 / €0,2379

Brasil
rede fixa
-- geral -- € 0,044 / € 0,4654
-- Rio de Janeiro -- € 0,027 / € 0,4654
-- S. Paulo -- € 0,021 / € 0,4654
rede móvel -- € 0,173 / € 0,5409

Venezuela
rede fixa
-- geral -- € 0,042
-- Caracas -- € 0,017
ede móvel
-- geral -- €0,165
-- Caracas -- € 0,025

Angola
rede fixa -- € 0,142 / € 0,5067
rede móvel -- € 0,205 / € 0,6102

Ucrânia
rede fixa -- € 0,109 / € 0,3930
rede móvel -- € 0,151 / € 0,4344

Timor
rede fixa -- € 0,170 / € 1,2018

Palavras para quê?!
A minha ID Skype (não abusem!) é: antoniocerveirapinto

O-A-M #84 12 Julho 2005

domingo, julho 10, 2005

Netwars

Humanobombas


O Senhor Doutor Mário Soares e o Senhor Álvaro Vasconcelos (?), como muitos bons europeus antes deles, convenceram-se de que aplaudir a genealogia do terror (palestiniano, por exemplo), sob o pretexto de que há terrorismo bom e terrorismo mau, e de que ele há causas que desculpam o indesculpável (por exemplo, a causa árabe), é uma posição politicamente correcta. Creio mesmo que eles acreditam piamente que estão a perorar argumentos insofismáveis para a grande história das ideias e das causas revolucionárias do século 21. Pois eu, pelo contrário, acho que estão ambos (e os bloquistas, etc., também) redondamente enganados!
A carnificina e o terror perpretados em Londres pelos radicais islâmicos contra civis indefesos que se dirigiam para os seus empregos (à semelhança do formato usado em Madrid) são exemplos de uma cobardia sem nome. Os humanobombas são pessoas corajosas (e tolas...), mas os respectivos mestres inspiradores fazem parte da pior corja de intelectuais que o mundo jamais conheceu: a corja dos fanáticos religiosos. Foi assim no tempo da Inquisição, e é assim neste tempo de ambição e fundamentalismo muçulmanos desmedidos. Mas o pior, é que os profetas da desgraça estão-se nas tintas para Maomé e Alá. O que eles decidiram (como o maluco da Coreia do Norte também gostaria de decidir, se o deixassem e tivesse gente suficiente para tal), é levar a cabo uma guerra ilimitada contra o Ocidente. Sim, uma GUERRA! E sim, uma guerra ilimitada.
O facto de parecer um caso de terrorismo, de guerra civil iminente, ou de revolução, ou, como gostam de lhe chamar os estrategos militares, de conflito assimétrico de baixa intensidade, apenas disfarça a sua verdadeira dimensão bélica. Não se trata de um choque de civilizações, mas apenas da tentativa desesperada de uma minoria intelectual-financeira completamente corrupta, de fazer os maiores estragos possíveis ao sistema de regimes democráticos actualmente existente, com o objectivo de imporem uma nova ordem mundial.
O Senhor Bin Laden e companhia prepararam-se para uma guerra longa. Resolveram, para tal, apostar numa estratégia de guerrilha urbano-mediática de alta intensidade, descentralizada e sem mando unificado. O inimigo deles foi definido (os infiéis do Ocidente corrupto e seus aliados). E a estratégia de guerra não poderia ser mais clara: fazer os maiores estragos possíveis nos principais bastiões do Ocidente e onde quer que haja ameaças aos domínios de Alá e do seu Profeta (i.e. as reservas petrolíferas do Médio Oriente, do Mar Cáspio... e de África). Com o sacrifício da própria vida, se for o caso.
Para que é que um exército assim formado, e com uma missão tão bem definida, precisa de comando?
A base de recrutamento é imensa e global. Quando o pânico derivado da crise energética ganhar terreno, e os Estados ocidentais começarem à bofetada entre si, e com os Estados chinês e indiano, a base de recrutamento radical-islâmico aumentará exponencialmente, as acções guerreiras multiplicar-se-ão como enxames, e os impávidos políticos ocidentais ajoelherão diante da sombra imensa do seu incorrigível oportunismo e atávica estupidez. De momento, apenas o círculo dos Açores parece ter verdadeiramente entendido a ameaça. Será Tony Blair capaz de, nos próximos seis meses, congregar a opinião pública europeia para a necessidade de nos prepararmos para uma guerra defensiva contra os radicais-islâmicos?
O facto de ser ateu, fará de mim menos cristão aos olhos de Bin Laden? Não creio. Serei poupado por ser livre? Claro que não! E vocês que me lêem, esperam alguma deferência especial por parte dos fundamentalistas islâmicos? Então de que estão à espera para levar este assunto a sério?
As democracias terão que encarar este problema de frente. Sem paranóias, mas sem hesitação. Estamos metidos numa guerra. Numa guerra de estilo novo, mas numa guerra! Teremos que combater o inimigo, usando uma grande imaginação. Porque a coisa é demasiado séria para ser entregue aos militares, ou aos políticos, convencionais. Precisamos de uma estratégia de “Multitude”, como diriam Antoni Negri e Michael Hardt.

Outros artigos sobre o terror:
Vontade e Terror
Bárbaros de Beslán

O-A-M #83 13 Julho 2005

sábado, julho 02, 2005

Aeroportos 1

O Lobby da Ota e o velho eixo Norte-Sul

Parece que a solução preferida pelo actual Governo PS, incapaz de resistir aos argumentos do lobby Norte-Sul, passa por uma decisão em dois compassos: Primeiro, adaptar o aeroporto de Alverca, transformando-o numa espécie de extensão da Portela, até 2015. Com esta medida de recurso, anunciada frequentemente por oposição à Ota (que não é...), pretende-se garantir que o incremento previsto de tráfego aéreo de pessoas e mercadorias nos próximos 10 anos seja devidamente aproveitado pelo aeroporto de Lisboa, e não desviado para outras paragens. Segundo, construir o aeroporto da Ota, para inaugurar em 2015, 2020 ou 2030. Esta decisão, que é muito cara e apresenta problemas técnicos importantes (nebulosidade elevada e constante, níveis de ocupação urbana/industrial da área, obstáculos naturais à navegação aérea, proximidade do leito de cheias do Tejo, etc.) reflecte uma capitulação face aos interesses instalados naquela zona (capacidade de armazenagem e distribuição residente no eixo compreendido entre Vila Franca de Xira e Santarém) e sobretudo perante o lobby atávico do eixo Norte-Sul.

Sucede que o que precisaríamos era de uma viragem estratégica de fundo na definição da ossatura identitária do País.
A nossa independência esteve associada, durante 837 anos, ao eixo Norte-Sul (projecção constitutiva da nacionalidade) e à aliança anglo-portuguesa, nascida do casamento de Philippa of Lancaster, de Inglaterra, com João I, de Portugal (1387), e reforçada pelo Tratado de Metween (1703). Não creio que este eixo continue a fazer sentido. Pelo contrário, a sua manutenção forçada tem sido um obstáculo decisivo ao desemburramento do País. No quadro europeu actual - e que aí vem - Portugal precisa de reorientar corajosamente a sua ossatura identitária. E na minha opinião deverá fazê-lo redesenhado as suas unidades administrativas principais. Para tal, e para além das 2 Regiões Autónomas já existentes (Madeira e Açores), deveriam ser criadas mais duas: a de Lisboa e Vale do Tejo e a do Norte. No resto do País, proceder-se-ia a uma redução forçada e drástica do número de municípios, mantendo o actual esquema básico de administração (excepção feita dos chamados Governos Civis, que deveriam acabar antes da actual legislatura!)

Se virmos a coisa por este prisma perceber-se-à facilmente que o Porto deverá expandir-se para Norte e para Leste, reforçando estrategicamente os seus laços históricos e fraternais com a Galiza e Leão (Vigo, Santiago, Ourense, Corunha, Salamanca), mas buscando ao mesmo tempo uma via de acesso rápido ao resto da Europa), e que Lisboa tem que crescer em direcção ao Sul e também, obviamente, a Leste (Setúbal, Badajoz, Madrid, Barcelona). A nova Lisboa do século 21 deve cruzar o rio Tejo sem medo dos castelhanos! E para isso, um novo aeroporto deveria nascer na Margem Sul, no Montijo, em Rio Frio, em suma, entre os estuários do Tejo e do Sado.

A este novo eixo estratégico fundamental da ossatura identitária portuguesa costumo chamar o EIXO TRANS_IBERIANO. Ao velho eixo Porto-Galiza, deveríamos passar a chamar, como poeticamente lhe chamou José Rodrigues Miguéis, PORTUGALIZA. As novas nações europeias serão sobretudo nações em rede, sentimentais, no grande território do Atlântico aos.... De contrário, será o fim da Europa.

Em O Grande Estuário, projecto dinâmico e aberto de reflexão pública sobre Lisboa, a Grande Área Metropolitana de Lisboa e a Região de Lisboa e Vale do Tejo, continuamos a pensar que será possível manter o aeroporto da Portela, com duas extensões próximas (Montijo e Tires). Mas poderá realmente a Portela manter-se por muito mais tempo onde está? Poderiam as pistas do Montijo e de Tires, e novas obras na Portela, configurar uma solução sustentável até 2020-2030? As opiniões dividem-se... e os estudos técnicos também. Segundo Rui Rodrigues, a queda da taxa de crescimento do número de voos e de passageiros, em consequência de novas e mais rápidas ligações ferroviárias entre Lisboa e Madrid (AV e VE), afastaria, pelo menos para já, a necessidade imperiosa de equacionar a construção de uma nova infraestrutura de raiz. O argumento parece razoável, e ainda mais se lhe acrescentarmos os efeitos expectáveis de uma alta contínua do preço do petróleo (praticamente inevitável no actual quadro mundial de aproximação do chamado Peak of Oil Production). Em todo o caso, se um dia tivermos que avançar para um novo aeroporto internacional que altere radicalmente o actual estado de coisas, então a solução mais conforme com a inadiável actualização das nossas prioridades estratégicas no novo contexto europeu estará seguramente ao Sul do Tejo (Rio Frio...) e não no beco da Ota. Entretanto, esta discussão deve ser pública, e não um cozinhado de políticos levianos. O que não aceito é o autoritarismo governamental quando se apropia deste tema como coisa sua (não é!) Precisamos de esclarecimento cívico, sem filtros, nem ruído de despiste (media scrambing).


Actualização [10.07.05]

Recebi de Rui Rodrigues um conjunto de análises, estudos e opiniões sobre o binómio Rede Ferroviária/Novo Aeroporto de Lisboa, que vale a pena consultar. Mantenho porém a opinião de que Alverca não é alternativa à Ota. O novo aeroporto internacional de Lisboa deverá situar-se algures entre os rios Tejo e Sado. Rio Frio continua a ser uma hipótese lógica e interessante.

OTA - DOCUMENTOS

AEROPORTOS DA PORTELA E MÁLAGA - Evolução comparada
A futura rede de AV irá permitir não só retirar tráfego à Portela mas, mais importante, reduzir a sua taxa de crescimento, permitindo retardar ainda mais a sua saturação.
LINK

AEROPORTO DA OTA - UM VOO SEM SENTIDO
A Ota não coexiste com a rede existente nem com novas linhas a construir. A Portela está muito longe da saturação.
LINK

OTA VERSUS PORTELA
Seria muito mais lógico utilizar esses recursos financeiros para projectos de desenvolvimento e apoio ao tecido produtivo, que geram riqueza e criam emprego, ou em outras infraestruturas mais necessárias, tais como a ferrovia, que têm comparticipação de 80% e que será, no futuro, o meio mais rentável de transporte para mercadorias.
LINK

OTA CONDICIONA O TGV
A localização errada, na Ota, condiciona, assim, uma futura rede ferroviária que sirva o País impediu, consequentemente, que se chegasse a um acordo com Espanha e levando por isso à actual situação de impasse, que terá como resultado a não ligação das duas capitais ibéricas por TGV.
LINK

LIGAÇÕES À OTA NÃO VÃO FUNCIONAR
LINK

MINISTRO LEVIANO
Uma sessão parlamentar onde o Ex Ministro Jorge Coelho (aqui identificado como o orador) sugere algumas ideias muito "divertidas" sobre a Ota e fala do Chek-in na Gare do Oriente (o TGV utiliza bitola europeia (distância entre carris) ao contrário do que se passa naquela estação).

Atenção: Nesta sessão parlamentar foram apresentados os argumentos e pressupostos para a construção do novo aeroporto na Ota. Tudo com documentação lida e preparada no Ministério do Equipamento. Este documento permite observar a ligeireza com que todo este processo foi tratado.
LINK

REDE DE MERCADORIAS E DE ALTA VELOCIDADE
Apresentação Powerpoint da Associação Comercial do Porto sobre Rede de Mercadorias e de Alta Velocidade. (O ficheiro pode ser visto em 3 a 5 minutos e que faz um resumo de vários trabalhos sobre este tema.)
LINK

OAM #82 02 Julho 2005