Salvar as economias locais, salvar a classe média e salvar os idosos, dos predadores financeiros e da casta burocrática apostada na liquidação de Portugal!
Presidente da Câmara de Lambeth participa em acção de divulgação do Libra Brixton
A study of the Chiemgauer local currency in Germany showed that the local currency was spent on average 3 times more than the euro. — in Local Currency Primer.
O conceito é tão velho quanto as crises e as falências dos impérios. A falência do dólar e da libra; a explosão da bolha especulativa dos mercados de derivados; o colapso económico ocidental resultante da exportação imparável do trabalho, das fábricas e até dos centros de desenvolvimento tecnológico para os países ricos em matérias primas, trabalho barato sem regras, nem direitos democráticos propriamente ditos; e ainda o gigantesco roubo da pouca poupança existente nos bolsos americanos e europeus, por parte da banca euro-americana, com a conivência traiçoeira dos principais poderes políticos dos EUA, do Reino Unido e da União Europeia, conduziu milhões de pessoas e centenas de milhar de empresas ao bordo da falência, da depressão e do suicídio.
A resposta popular começa, no entanto, a ganhar forma por diversos meios. Um deles passa por opor ao assalto fiscal em preparação, e à falta de liquidez generalizada que vem afogando a vida económica dos países e sobretudo das economias locais, das profissões liberais e dos pensionistas e reformados —induzida friamente no sistema pelos piratas financeiros e pelos políticos corruptos a soldo—, um sistema de trocas solidárias capaz de minorar os impactos terroristas do Capitalismo em mais uma metamorfose funesta.
Assim como os países começaram a dar sinais cada vez mais evidentes de proteccionismo (nos EUA, na China, no Brasil, na Europa, etc...), procurando mitigar os impactos catastróficos do casino piramidal das finanças globais, e da deslocação tectónica em curso dos termos de troca internacionais, também as profissões, as comunidades locais, os bairros e freguesias, e os grupos sociais mais duramente atingidos pela repressão económico-financeira começam a acelerar iniciativas no sentido de se defenderem do terramoto civilizacional que se avizinha a passos rápidos. Com os conhecimentos e os meios tecnológicos disponíveis, estamos de facto a um passo de opor uma resistência formidável à ganância dos gnomos que persistem em caminhar sobre os cadáveres da sua própria espécie!
Em Portugal seria perfeitamente possível lançar uma rede de 50 Bancos de Crédito Solidário —abrangendo todas as capitais de distrito e concelhos das cidades-regiões de Lisboa e Porto, especializada, entre outros, nos seguintes ramos: habitação, comércio local, transportes e mobilidade, educação, saúde, solidariedade e redes profissionais. Cada um destes Bancos de Crédito Solidário teria, por exemplo, um capital público social de 5M€, e funcionariam em rede, federados por uma Organização de Comércio Social, a qual garantiria a necessária transparência e qualidade dos processos de implementação, gestão e sustentabilidade. Estamos a falar de 250M€ de investimento público inicial, a que se somaria um capital social solidário da mesma ordem, constituído por bens e serviços contabilizados numa moeda solidária de circulação restrita. Uma gota de água, quando comparada com os buracos financeiros e dívidas criadas pela máfias instaladas no sistema económico-financeiro e político-partidário português!
Seguem-se alguns casos recentes que recomendo como estímulo à nossa imaginação colectiva e vontade de preservar a dignidade humana perante a estupidez e o crime.
O Banque WIR, fundado em Bâle em 1934, é um dos casos de sucesso e mais sofisticados de banca cooperativa sem fins lucrativos. Ver este vídeo esclarecedor e atractivo.
The Brixton Pound
On Saturday 31st October, the Mayor of Lambeth took part in a B£ shopping spree, that started off at Morley’s of Brixton department store where the Mayor got himself some B£s.
Next on the list was A&C Continental, Portuguese deli on Atlantic Road, from which the Mayor emerged with a bag of goodies, including herbs and onions for his dinner. From there the Mayoral convoy, made up of a number of B£ supporters and onlookers, moved to the Arcades market for a stop at Wa Zo Bia, African food store, to buy some chilies, and then across to Secondo, vintage clothes outlet, where the Mayor picked up a very cool jersey.
Troca Mais
É um novo modelo de negócio que oferecemos aos nossos membros e que incorpora o conceito de trocas multilaterais.
O nosso conceito de rede de permutas, baseia-se na troca de serviços ou produtos entre empresas associadas, por meio do registo de créditos. Os negócios são multilaterais, ou seja, é possível "vender" serviços ou produtos a uma empresa, e usar os créditos recebidos para "comprar" serviços ou produtos de outra empresa.
As vantagens das permutas permitem às empresas, entre outras:
- Fortalecer a sua capacidade financeira, quando conservam liquidez, ao "comprarem" sem recurso a pagamentos em dinheiro. Num período de crise financeira, com crédito difícil e caro, a Trocamais constitui um mecanismo de defesa para um gestor.
- Aumentar a base de clientes, ao "venderem" para novas empresas que nunca teriam como clientes, se não fosse através de um novo canal de vendas criado com um mercado de permutas.
Future Proof Kilkenny
A local currency is a means of exchanging goods and services within a community with something other than the national currency. It is usually confined to a specific geographical region like a town or county. A local currency does not intend to replace the national currency but to complement it. By providing an alternative means of exchange local economies can become resilient to the boom/bust cycles of the global economy.
There are many successful local currencies in operation throughout the world today. From the Toronto Dollar to the Japanese Fureai Kippu to the Lewes Pound. As the global credit crunch continues communities are developing alternative means of exchanging wealth and in the process meeting local needs with local resources – a key step on the path to a sustainable society and the rebirth of local economies.
Local Economies
Money enters a local economy in 3 ways:
1. Trading with the outside world
2. Borrowing from National Banks
3. Government spending
Today these money flows are shrinking and paralyzing local economies. This is despite the fact that local businesses are still producing goods that local people need – there just isn’t the money there for trade to continue. To put it another way it is not local trade that is shrinking but the means of exchange.
OAM 655 26-11-2009 10:26
3 comentários:
Tem graça que eu já tinha pensado num sistema alternativo parecido com aquilo apresentado... Mas neste caso eu imaginei um sistema social de crédito em dinheiro digital (escudo digital) criado pelo estado e depositado numa conta (que poderia ser a conta associada ao nº fiscal de contribuinte) sem a existência de dinheiro físico... e este dinheiro seria creditado nas contas referidas em troca de serviço social "voluntário" comprovado! (por exemplo ajudar num lar de idosos, num centro de dia ou até num hospital...). Com as falencias de várias empresas, o estado poderia intervir e colocá-las dentro deste sistema, criando postos de trabalho e aumentando a produção e consumo de produto NACIONAL! O dinheiro digital deste sistema seria destruido com o seu gasto, impedindo a inflação e todos os dias poderia ser criado novo dinheiro, baseado nas horas de serviço prestado... seria um dinheiro livre de especulação, e o estado teria todo o controlo das operações (com os banqueiros fora da equação, até poderia funcionar!!)
Na realidade, o dinheiro hoje é nas sua esmagadora maioria digital. Ou seja, já quase não existe fisicamente, nem na forma de moedas metálicas, nem sequer na forma de notas de papel. A liquidez global são zeros e uns! É por isso que é tão fácil iterar as dívidas nacionais e das empresas financeiras para valores sem qualquer relação com a realidade! É por isso que ninguém sabe neste momento como tapar o buraco negro dos produtos derivados, uma verdadeira Arma de Destruição Maciça da economia mundial.
Quanto aos bancos e moedas sociais, devem ser sobretudo originárias da iniciativa comunitária, e apenas levemente alavancadas pelos governos e estados, sobretudo nos momentos de destruição em massa da poupança, como agora sucede.
O controlo destas economias solidárias deve manter à distância o Estado em tudo o que possa perturbar a liberdade e natureza social íntima destas iniciativas de cidadania democrática.
São as pessoas e as PMEs que precisam de se auto-organizar financeiramente, para se defenderem, precisamente, da voragem do sistema financeiro especulativo e da captura dos governos e estados pelos grandes poderes subterrâneos da manipulação e exploração dos povos.
Na minha opinião, um governo eleito tem de se preocupar com os cidadãos... não pode deixar os seus eleitores ao desgoverno e deveria usar todas as medidas ao seu alcance para os defender! Sucede que toda a especulação financeira e trapalhadas a que temos assistido, não foram feitas pelos governos, estes inclusivé tiraram das suas costas a "arma" de poderem criar o dinheiro, passando este "fardo" para os bancos centrais privados - que agradecem!!
Não se pode alterar o sistema nem o modo como tudo está a acontecer enquanto o poder não for retirado aqueles que estão por trás do governo, a manipular o sistema a seu bel-prazer... e isso requer medidas tomadas a partir do topo!
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