Smart mobs e Tactical media: a nova cultura democrática em acção.
OAM #43
30 Agosto
2004
Sou um dos muitos espectadores Portugueses que não perdem The Daily Show de Jon Stewart (na SIC Radical). Depois dos dois últimos filmes de Michael Moore, este é sem dúvida o mais corrosivo e inteligente programa mediático contra o descalabro da América de Bush. No entanto, não se fique com a ideia de que a contestatação criativa e humorística à sinistra pandilha de ladrões que ocupou o poder nas terras do Tio Sam se fica por estes dois excelentes protagonistas galácticos. Activistas de todos os credos e múltiplos colectivos de arte pós-Contemporânea formam já uma imensa rede de enxames inteligentes (os chamados Smart Mobs) anti-Bush.
A Convenção Nacional Republicana, que começa hoje em Nova Iorque, e durará até dia 3 de Setembro, promete pois atrair sobre si uma sucessão de ondas de protestos com os mais diversos matizes e intensidades. Estas eleições deixaram há muito de ser um problema local, dada a hegemonia prepotente exercida pelos Estados Unidos sobre todo o planeta. Desde que a Direita Republicana tomou de assalto as principais instâncias do Poder naquele País, boa parte do mundo ficou suspensa do que sai ou deixa de sair dos sinistros neurónios da cáfila de aldrabões e assassinos capitaneada por Bush. Creio que cada um de nós vota, pelo menos abstractamente, nestas eleições. Tal é a importância que instintivamente atribuimos ao respectivo day after. Uma boa táctica, neste novo contexto tecnológico e de cidadania global, seria organizar uma votação virtual à escala planetária, paralelamente ao escrutínio Norte-americano.
Para quem estiver interessado no tema, recomendo alguns destaques recentes, que reuni no blog Radar de hoje.
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