quinta-feira, agosto 26, 2004

Women on Waves 1

Aborto: a coragem de agir


Women on Waves rumam a PortugalOAM
#40
26 Agosto 2004
O navio da Organização Women on Waves zarpou do porto Den Helder (Holanda) no passado dia 23 de Agosto rumo a Portugal. Esta viagem de apoio à implementação de leis justas sobre a interrupção voluntária da gravidez (IVG) tem origem num apelo e num convite feitos sucessivamente pela Psicóloga Cecília Costa e pelas Organizações Não te Prives, Youth Action for Peace, UMAR e Club Safe.
O nosso País, por influência hipócrita e malévola das hostes mais reaccionárias da Igreja e dos partidos de direita (PP e PPD), continua tendo a lei do aborto mais vil de toda a Europa.
Numa sondagem do Jornal de Notícias, publicada a 26 de Agosto, ficámos a saber que 63% dos Portugueses acolhem favoravelmente esta viagem solidária e activista da Organização Holandesa. É um bom indicador, mais um, do sentimento maioritário que vem crescendo contra os efeitos desastrosos e venais da Direita no Poder.
Parece que o Sr. Portas quer, a este propósito, puxar dos seus ridículos galões de Ministro da Defesa, por um lado, pedindo explicações ao Governo Holandês sobre esta acção cívica, e por outro, ameaçando intimidar as pessoas que decidirem acorrer aos diversos portos onde o Women on Waves atracar. Como se não bastasse, uma qualquer alegada Organização Pró-vida recomenda acções de vandalismo de Estado contra o Womens on Waves! Vamos a ver no que vai dar mais esta provocação da Direita do Sr. Portas e do Sr. Santana Lopes.
É tempo de mostrar ao pequeno provocador do regime (Paulo Portas) que o seu tempo de governante tem prazo. Como?
— Indo ao encontro do Women on Waves, para saudar a iniciativa e dar-lhe um apoio bem visível.
— E recorrendo a todos os meios de esclarecimento público possíveis: Blogs, SMS, telefonemas e mensagens de correio electrónico dirigidas ao Ministério da Defesa, ao Primeiro Ministro (apesar de estar em férias...), ao Presidente da Assembleia da República e ao Presidente da República.
O importante é que cada de nós pense na insensatez da actual situação; na vergonha de termos uma lei e um Estado tão cretinos em matéria tão importante; no facto de mais de 20 mil mulheres Portuguesas abortarem clandestinamente em cada ano que passa, sujeitando-se a perigar a sua própria vida, a agravar ainda mais a tensão psicológica inerente a uma IVG, e sujeitando-se a ser perseguidas policialmente, julgadas e condenadas a pesadas penas de prisão.
O importante é que cada um de nós se mobilize para conversar com os amigos sobre este assunto, e por si só ou em grupo, decida fazer alguma coisa. Não custa nada enviar um mail com duas linhas de protesto aos principais responsáveis deste País.

QUEREMOS UMA LEI DA INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DA GRAVIDEZ, DEMOCRÁTICA E JUSTA!
FIM À HIPOCRISIA DA DIREITA!
FIM À CLANDESTINIDADE E EXPLORAÇÃO DAS MULHERES QUE ABORTAM!
FIM À HUMILHAÇÃO!

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