segunda-feira, junho 13, 2005

Carrilho 1

Lisboa sem rumo: um candidato em família?

Revista CARAS, junho 2005.

Os cartazes revelam uma confrangedora falta de ideias e de bom gosto. O vídeo de apresentação projectado no evento chic do CCB assustou as centenas de crânios politicamente correctos que por lá se apinharam (ao que parece a trucagem entre Bárbara Guimarães e o bébé Diniz Maria foi abusiva e de mau gosto). Ainda não percebi se o candidato Manuel Maria Carrilho tem alguma estratégia para a cidade (bastam duas ou três boas ideias, não é preciso mais...) Mas cheira-me que andam demasiados publicitários e aparatchics borboletando em volta da aposta autárquica do PS. Finalmente, as sondagens têm vindo a descer e a trapalhada desta candidatura parece ainda vir no adro. É pena. Pois, apesar de tudo, Carrilho e Bárbara Guimarães poderiam fazer um bom lugar, não fora a problemática falta de nervo que parece ter acometido o filósofo.

Não vejo nenhum inconveniente no uso da esposa e do filho do candidato na pugna eleitoral que se avizinha. Pode até ser um argumento de peso na comparação com os restantes candidatos. Mas para isso, exige-se cuidado e subtileza, e que em nenhum caso se dê a transparecer qualquer ideia de exploração ilícita da imagem do inocente Diniz. Não sei, porém, o que pensa a maioria dos lisboetas...

Carmona Rodrigues poderá surpreender. Sobretudo porque goza de uma boa imagem junto de quem com ele trabalhou ou interagiu. Vamos ver como será o seu programa para Lisboa. A má experiência por que todos passámos durante o interregno Santana Lopes levará muitos eleitores a evitar o risco de uma nova dose de política tablóide e de imprensa do coração. Uma coisa é governar com o nosso dinheirinho, outra muito diferente, é chafurdar na Quinta das Celebridades. Assim sendo, Manuel Maria Carrilho, cuide-se!

O-A-M #79 12 JUN 2005

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