sábado, setembro 09, 2006

9/11

crateras num campo de testes de bombas nucleares B61
Nevada (EUA) - campos de testes com crateras de bombas nucleares tácticas B61, incluídas no plano de guerra nuclear preventiva aprovado por Georges W. Bush, e tendo o Irão - um país sem armamento nuclear - na mira da sua próxima agressão em larga escala.

11 de Setembro: que aconteceu realmente?


Power tends to corrupt; absolute power corrupts absolutely” — Lord Acton (historiador inglês)


No início dos anos 60, altos comandos militares dos Estados Unidos elaboraram planos para matar pessoas inocentes e cometer actos de terrorismo em cidades dos EU com a finalidade de levar o público a apoiar uma guerra contra Cuba. Este plano, aprovado pelo Comando Chefe do Pentágono, teve o nome de código Operation Northwoods, e chegou a propor a sabotagem de um navio estado-unidense e o desvio de aviões comerciais como pretextos falsos para uma guerra. O presidente de então, John F. Kennedy, reprovou o plano e demitiu o seu autor. Acima dos interesses estratégicos imediatos da América estavam a superioridade moral da sua democracia e os valores constitucionais. Colocar este património em risco seria assassinar a imagem de farol da liberdade exibido pela nova potência imperial nascida do rescaldo da barbárie civilizacional de 39-45.

Foi esta imagem ética que desapareceu em 11 de Setembro de 2001. Aquilo que naquela data, ainda tão perto de todos nós, ocorreu, temo-nos vindo a aperceber desde então, foi muito menos uma operação brilhante do terrorismo islâmico do que uma provocação sadicamente montada e gerida pelos novos senhores da guerra imperial e respectivos assessores, Dick Cheney, Donald Rumsfeld, Paul Wolfovitz, John Ashcroft, o presidente George W. Bush, claro está, o irmão deste, Jeb Bush, o pai deste, George H. W. Bush e, por fim, mas não menos destacável, Condoleeza Rice. Se a humanidade se salvar desta canalha, creio que a mesma não escapará nem ao juízo implacável da história, nem à mão pesada da justiça humana.

As provas evidentes de que quase nada bate certo na versão oficial dos factos são inúmeras, aconselhando vivamente a leitura e visionamento dos documentos referidos no fim deste artigo (que efectivamente permitem uma nova claridade informativa sobre o que terá realmente acontecido na manhã de 11 de Setembro de 2001). O mais extraordinário de tudo é a cumplicidade dos grandes meios corporativos de comunicação social com a versão oficial (titubeante e contraditória) da Adminstração Bush. O mais incrível e triste é ver como esta cumplicidade criminosa dos média estado-unidenses se propaga pela generalidade dos seus subservientes colegas ocidentais (1). Não faltará porém muito tempo para que quase tudo se saiba, nomeadamente sobre o enigmático Bin Laden (2), objectivamente um agente duplo dos Estados Unidos e do extremismo islâmico.

O FBI estava a par dos planos dos ataques aéreos seis meses antes de ocorrerem (mas mandaram-no calar). O sistema de defesa do espaço aéreo americano, pronto para interceptar quaisquer intrusos num intervalo de 10 a 20 minutos, nada fez ao longo de hora e meia, mesmo tratando-se da capital económica (Nova Iorque) e da capital política (Washington) dos Estados Unidos. As torres gémeas e o edifício 7 do World Trade Center não ruiram por efeito dos impactos dos dois Boeing 757, mas sim por efeito de implosões meticulosamente programadas e accionadas no momento certo. O Pentágono não foi atingido por nenhum Boeing, mas sim por um avião militar ou por um míssil. Perante o que parecia então ser um ataque em larga escala contra os Estados Unidos, não se sabendo portanto se os seus autores estariam ou não em condições de atacar a escola primária onde se encontrava o Presidente Bush, este dá-se ao luxo de ali ficar 47 minutos e mesmo falar à imprensa sobre os acontecimentos à hora anteriormente prevista para a sua comunicação sobre a visita escolar, sem que os serviços secretos o tivessem arrastado imediatamente para o carro presidencial, a única estrutura blindada nas imediações e com a melhor conectividade possível com a Casa Branca, o Pentágono e os vários serviços secretos e policiais do país (can you believe it?!). Dos dezanove terroristas anunciados como fazendo parte dos comandos que realizaram as operações de 11 de Setembro, nove estão vivos e recomendam-se. Ao fim de cinco anos não foi acusada uma única pessoa nos Estados Unidos por conspiração directa ou associação aos comandos que realizaram a acção terrorista (como se fosse possível uma acção daquela envergadura e complexidade ter sido planeada, preparada e executada sem uma vasta rede de contactos e participantes no terreno para além dos dez supostos terroristas que se enfiaram nos aviões). Depois desta encenação viria o resto do plano: declarar que os EUA estavam em guerra contra o terrorismo mundial (o dito Eixo do Mal) e que esta seria levada aonde a Adminstração Bush julgasse haver perigo para os interesses americanos; cortar a direito nos direitos da cidadania americana (Patriotic Act); criar o pânico sistemático entre a população dos Estados Unidos; atacar, invadir e ocupar o Afeganistão, a pretexto de perseguir a Al Qaeda e Bin Laden; atacar, invadir e ocupar o Iraque a pretexto de umas inexistentes Armas de Destruição Maciça (WMD); conspirar com Israel a mais recente guerra contra o Líbano, e preparar uma guerra alargada contra a Síria e o Irão, antes do grande teste chinês. Entretanto, no meio de uma crise económica e política indisfarçável, sem tropas de infantaria e cavalaria que cheguem para os sucessivos teatros de guerra em que se vem envolvendo na prossecução do seu desígnio imperial, o Pinóquio Bush e a pandilha que o comanda preparam-se para reintroduzir o serviço militar obrigatório nos Estados Unidos.

Os países aliados dos EUA, como Portugal, que se cuidem. Se não souberem gerir sabiamente a força de interposição que a ONU destacou para a fronteira entre o Líbano e Israel, nomeadamente no quadro das previsíveis provocações e jogos de guerra que ocorrerão nos próximos meses e anos, o espectro do serviço militar obrigatório poderá regressar à Europa. Para os especuladores e os financeiros envolvidos nos sectores energéticos e nas indústrias militares e afins estas são seguramente boas notícias (não é Sr. Amorim? não é Sr GALP? não é Sr OGMA?). Resta saber como vai reagir a cidadania a tanta pulhice.

O Muro de Berlim caíu em cima de todos nós. Mas a propagação das ondas assassinas do 11 de Setembro estão longe de ter chegado verdadeiramente às nossas costas. Irão chegar? Ou será que John Carry conseguirá, finalmente, arrancar a presidência dos EUA ao gang dos Bush?

Oil remains fundamentally a government business. While many regions of the world offer great oil opportunities, the Middle East with two thirds of the world's oil and the lowest cost, is still where the prize ultimately lies, even though companies are anxious for greater access there, progress continues to be slow. — Declaração proferida por Dick Cheney num discurso durante o almoço de Outono promovido pelo London Institute of Petroleum em 1999, quando o actual vice-presidente dos EUA era o chairman da empresa petrolífera Halliburton.

The attitude of the American public toward the external projection of American power has been much more ambivalent. The public supported America's engagement in World War II largely because of the shock effect of the Japanese attack on Pearl Harbor.
(...) Moreover, as America becomes an increasingly multi-cultural society, it may find it more difficult to fashion a consensus on foreign policy issues, except in the circumstance of a truly massive and widely perceived direct external threat
” — Zbigniew Brzezinski, The Grand Chessboard, 1997.


Post Scriptum [11 Set 2006] — a elevação generalizada dos patamares de prevenção policial e o aumento de coordenação entre os serviços de inteligência de todo o mundo tem a enorme vantagem de tornar muito mais difícil os jogos sujos da Casa Branca e do Pentágono. Ora aí está um efeito benigno, e certamente inesperado pelos próprios, da “guerra contra o terrorismo”.





Notas
1 — Os média corporativos europeus, sob a pressão crescente da Web, têm vindo a abrir excepções ao bloqueio informativo sobre a conspiração do 11 de Setembro, entrevistando personalidades com visões radicalmente distintas das versões oficiais do 9/11 e exibindo mesmo videos de desconstrução dessas mesmas verdades mediáticas (como sucedeu no canal 2 da televisão pública portuguesa nos últimos dias). No entanto, estas excepções são pontuais, não afectando minimamente o discurso mediático dominante, que continua a referir-se ao 11 de Setembro como a grande obra de Bin Laden e do terrorismo mundial. Ou seja, os média corporativos, objecto de uma concentração accionista planetária sem precedentes, veiculam sobre esta matéria (como sobre muitas outras) um discurso típico da contra-informação, ao qual os desgraçados jornalistas não conseguem escapar, se não episodicamente, e sempre sabendo que tais atrevimentos lhes custarão seguramente o emprego e mesmo a carreira profissional.

PS [11 Set 2006] — Foi delicioso ouvir o antigo presidente português Mário Soares no programa televisivo Prós e Contras de 11/09/2006. Uma criança de oitenta anos completamente envolvida na discussão política em curso sobre o 11 de Setembro e as suas sequelas. Apesar das naturais falhas na sua memória de curto prazo, tomara a maioria dos políticos lusitanos terem metade do seu entendimento estratégico do mundo. O seu interlocutor, José Pacheco Pereira, ex-maoista típico e como tal, hoje, um homem de direita (ex- dirigente de um partido de centro-direita chamado PSD), falou como um converso do bushismo mais radical: há um “problema cultural” (e por isso não vê como seja possível deixar de esmagar o Islão), a ONU é um verbo de encher, a Convenção de Geneva não serve e quem puser um ‘mas’ à frente da palavra ‘terrorismo’ ou é um traidor, ou um papalvo ou, mais provavelmente, um potencial e perigoso fundamentalista islâmico. Para ele, os 2900 mortos dos atentados do 11 de Setembro são as vítimas de um terrorismo hediondo. Mas os 250 mil mortos causados pela invasão e ocupação do Iraque pelas tropas americanas e inglesas, não existem, porque no fundo, para ele, são apenas o pequeno preço a pagar pelos beneficiários da missão civilizadora dos Estados Unidos. Já quando delirava com Mao pensava o mesmo dos milhões de sacrificados da gloriosa revolução chinesa! Quando um dia parar para pensar um bocadinho dá-lhe uma coisa, coitado. Não fora a voz de Mário Soares e só teríamos ouvido a Voz da América na televisão portuguesa que hoje abriu todos os seus noticiários com o espectáculo do 11 de Setembro e a pantomima de George W. Bush.

2 — Quem é e onde está Osama Bin Laden? Vale a pena ler esta conclusão de um dos mais atentos observadores do grande jogo de estratégia global, Michel Chossudovsky: “Since the Cold War era, Washington has consciously supported Osama bin Laden, while at same time placing him on the FBI's "most wanted list" as the World's foremost terrorist.
While the Mujahideen are busy fighting America's war in the Balkans and the former Soviet Union, the FBI --operating as a US based Police Force- is waging a domestic war against terrorism, operating in some respects independently of the CIA which has --since the Soviet-Afghan war-- supported international terrorism through its covert operations.
In a cruel irony, while the Islamic jihad --featured by the Bush Adminstration as "a threat to America"-- is blamed for the terrorist assaults on the World Trade Centre and the Pentagon, these same Islamic organisations constitute a key instrument of US military-intelligence operations in the Balkans and the former Soviet Union.
Link1, Link2

Referências
9/11 Time Line
Bush's Behavior on 9/11
Project for the New American Century (website).
Rebuilding America's Defenses — Strategy, Forces and Resources For a New Century, September 2000.
Michel Chossudovsky, America's "War on Terrorism".
David Ray Griffin, The New Pearl Harbor: Disturbing Questions About the Bush Administration and 9/11 + The 9/11 Commission Report: Omissions And Distortions.
Michael C. Ruppert, Crossing the Rubicon.
Sander Hicks, The Big Wedding.
Paul Thompson, The Terror Timeline.
Nafeez Ahmed, The War on Freedom e The War on Truth.
Webster Griffin Tarpley, 9/11 Synthetic Terror: Made in USA.
Loose Change 2n edition (vídeo).
Loose Change in Wikipedia
Loose Change, discussão com os autores no canal Democracy Now
David Ray Griffin, The 9/11 Commission Report: Omissions and Distortions (vídeo/ a melhor introdução a uma análise crítica do 11S)
9/11 Information Center — uma referência obrigatória.
9/11 blogger
9/11 for Truth Movement esgota sessão no Conway de Londres, 09 Set 2006. Nesta sessão David Ray Griffin, professor emérito de filosofia da religião da universidade de Claremont, e autor de “The New Pearl Harbor: Disturbing Questions About the Bush Administration and 9/11 ” e “The 9/11 Commission Report: Omissions And Distortions”, perguntará à audiência: "Foi o 11 de Setembro uma conspiração interna?" ("Was 9/11 an inside job?")

OAM #141 09 SET 2006

16 comentários:

Anónimo disse...

John Carry Tambem faz parte da pandilha.
"THEY are the gatekeepers. THEY are holding all the keys,
THEY are guarding all the doors," (Morpheus, in "The Matrix")"
Prabens pelo blog.
Um abrço

Anónimo disse...

Se eu percebi bem dos vossos indiscutibilíssimos argumentos, perdão, factos, os americanos são os autores do 11/9, do 11/3, de Bali, Nairobi, Londres...
Os homens são realmente fantásticos! Estão em todo o lado!
Principalmente nas cabeças dos produtores das teorias da conspiração! Não seria melhor dedicarem-se a demonstrar que a Terra é o centro do universo e, ainda por cima, plana.

António Maria disse...

O importante é passar os olhos p/ informação disponível s/ o assunto, em vez de permitir q os média continuem a cozer os n/ neurónios c/ a s/ contra-informação diariamente alimentada p/ interesses económicos e a corrução globais. N deixa de ser estimulante verificar q é na América q o melhor e mais intenso trabalho de desmontagem do 11/S se tem vindo a fazer. A democracia continua felizmente muito viva naquele país. É pena q muitos europeus continuem a dormir sob a sua sombra e a usufruir alegremente de bens p/ os quais nada ou pouco trabalharam. Veja-se a massa de imbecis agarrada a telemóveis e automóveis, como zombies, s/ terem a menor ideia de quanto realmente custam...

Anónimo disse...

Passar os olhos, como diz, pela informação disponível sobre o assunto parece-me muito bem. Partir do princípio de que essa informação é mais fiável do que 'a contra-informação diariamente alimentada p/ interesses económicos e corrupção global' (as palavras não são minhas) é um passo que não dou!
Qualquer teoria pode ser atacada - o método científico é esse mesmo e é excelente que sejamos livres de o fazer. Em Democracia, a asneira deve ser livre, justamente porque algumas aparentes asneiras podem vir a revelar-se exactas.
Mas, para ultrapassar uma teoria, ou se demonstra que é falsa ou se avança com outra, que seja mais coerente com a globalidade dos factos. Como espectador (não especialista) razoavelmente atento e interessado, não vejo, sinceramente, nada de verdadeiramente consistente nas visões alternativas ao 11/9. Parecem-me, isso sim, exercícios para complicar e embrulhar o que, no fundo, tem uma explicação plausível muito mais simples.
No entanto, como a abertura de espírito é sempre uma virtude, vou procurar manter-me razoavelmente atento e informado.

Um elogio ao blog, como espaço de opinião.

António Maria disse...

O terrorismo islâmico, como táctica de guerra de uma parte das elites árabes contra o Ocidente, é condenável e deve ser combatido, reforçando-se à escala mundial os sistemas de prevenção policial, a coordenação multilateral entre os serviços de inteligência e a atenção pública. Dito isto, é preciso também exigir a investigação profunda das infra-estruturas do terror e a divulgação dos respectivos resultados, incluindo no âmbito desta investigação o terrorismo de Estado praticado por vários países, incluindo Israel, Rússia, os chamados estados falhados e os próprios Estados Unidos. Sem este livro branco, apenas teremos sombras pela frente.
Começou, depois da fragmentação da União Soviética, uma disputa planetária pelos recursos energéticos (com especial incidência no petróleo e no gás natural). É esta disputa que, a não ser consciencializada e dirimida racionalmente num quadro de justiça distributiva global, levará o mundo a uma inevitável paragem cardíaca. Se nada fizermos, i.e., se não procurarmos todos entender os acontecimentos (sem medo de sermos acusados de traição ou de alimentar teorias da conspiração), a contra-informação dos beligerantes tomará conta do território cognitivo global e então sim, teremos a institucionalização do terror.
Sabe-se hoje que em 11 de Setembro de 1973 o ainda vivo Sr. Henry Kissinger mandou assassinar o presidente democraticamente eleito do Chile, Salvador Allende, e substituir à força de bombardeamentos aéreos, tanques de guerra e comandos de infantaria, o governo socialista então em funções. Foi uma acção terrorista, hoje documentada, de que resultou já uma acusação formal ao antigo ditador Augusto Pinochet. Que falta para levar a tribunal os Estados Unidos e o Sr. Kissinger? Leis internacionais? Razão? Não, apenas a força suficiente para obrigar o império americano a ser igual aos demais estados. Não faltam. como se vê, motivo para desconfiarmos do que sai diariamente da boca de um mentiroso compulsivo chamado George W. Bush. Recomendo vivamente aos mais ingénuos os vários e decisivos e rigorosos estudos sobre o imperialismo americano publicados por Noam Chomsky, um judeu estado-unidense, universitário emérito e sobretudo um espírito independente. Não se trata, portanto, de um qualquer comentador político português suspenso do orçamento de estado e dos corredores palacianos da nossa pequena política.

Anónimo disse...

Na primeira metade do século XIX o orgulho da armada norte-americana, o Couraçado Maine , foi afundado, provocando assim a guerra entre os Estados Unidos e o Império Espanhol. Os Estados Unidos ganharam a guerra, o que lhes permitiu alargar o seu domínio a Cuba, ao resto das Antilhas e até às Filipinas. Com o tempo veio a descobrir-se que a acusação contra o Império Espanhol de ter atacado o navio norte-americano era infundada, pois foram os próprios Estados Unidos que afundaram a embarcação com o objectivo de declarar a guerra ao Império e assim tornar realidade a tese da ?Gravitação Política? expressa por John Quincy Adams em 1823.

A história repetiu-se no século XX em 1941 quando os serviços secretos norte-americanos, depois de decifrarem o Código Púrpura dos japoneses, informaram o Presidente Roosevelt do iminente ataque a Pearl Harbor. Roosevelt, sabendo o que iria acontecer, permitiu o ataque e assim conseguiu entrar na Segunda Guerra Mundial, de que os Estados Unidos saíram sem um único ataque ao seu território e como uma potência económica ímpar perante uma Europa devastada. Este foi um crime por omissão: podia ter-se feito alguma coisa mas não se fez, pelo que existe uma corresponsabilidade nos factos.

Igualmente, a 1 de Dezembro de 1981 se pôs em acção por uma ordem secreta de Ronald Reagan a operação que pretendia vender armas ao Irão para financiar os Contras nicaraguenses. Nesta operação estavam implicadas diversas personagens do narcotráfico internacional e era organizada logisticamente pela CIA . Isto significava apoiar com armamento um governo abertamente declarado por Reagan como ?violento? e ?terrorista?, com o que, paradoxalmente, se oficializava de facto o apoio a um governo ?inimigo? dos Estados Unidos... pelos Estados Unidos. Tecnicamente este pode ser considerado um auto-atentado com o objectivo de conseguir um bem maior: derrotar o governo popular da Frente Sandinista de Libertação
Nacional (FSLN) após a morte de Anastasio Somoza. Os três episódios têm uma constante: a participação directa ? como no primeiro e no terceiro casos expostos ? ou indirecta ? como no segundo ? dos Estados Unidos nesses episódios de ?agressão?. Não são os únicos, mas só alguns dos mais significativos.

Um abraço

Anónimo disse...

Veja-se este interessante debate entre os realizadores do filme "loose change"p e alguns dos defensores da versão oficial, está neste sitio:

http://video.google.com/videoplay?docid=-901683049872134071&q=Loose+Change+Vs.+Popular+Mechanics

Anónimo disse...

É interessante, a 'ordem' que o Sr Kissinger terá dado quanto ao Chile mas, que se saiba, foram os Chilenos que fizeram o 'trabalho'. Não foi bem esse o caso na Hungria, ou na Checoslováquia, no âmbito da mesma guerra não tão fria quanto isso. Com algum cinismo, sugiro que os julgamentos sejam feitos por ordem cronológica, mas talvez a história não tenha começado aí...
Quanto ao Chile, preferiria que julgassem o Pinochet mas, aparentemente, estão a tentar seguir a jurisprudência dos outros casos, em que se achou por bem deixar os presumíveis culpados morrer (de morte natural, claro) antes de os incomodar seriamente.
É compreensível. Afinal, que legislação, código de conduta e instituições existem para julgar para actos conducentes a criar, deslocar, alterar a natureza e extinguir nações? E que garantias quanto à imparcialidade dos tribunais, pseudo-instituídos, bloguísticos ou populares?
Pois, não são muitas?

António Maria disse...

1- (Reuters) 8 Set 2006 - "A Suprema Corte do Chile tirou a imunidade do ex-ditador Augusto Pinochet nesta sexta-feira para que ele possa ser julgado em um caso de violação de direitos humanos envolvendo o uso de tortura na prisão de Villa Grimaldi.

"Ele foi privado da imunidade", disse uma fonte da corte à Reuters após a decisão. A medida abre caminho para Pinochet ser acusado de abuso de direitos humanos, assassinato e tortura.

Milhares de pessoas foram torturadas entre 1974 e 1977 na prisão de Villa Grimaldi, um dos mais infames centros de detenção liderado pela polícia secreta de Pinochet.

A presidente chilena, Michelle Bachelet, e sua mãe foram torturadas no local no início de 1975 antes de irem para exílio."


2 - Reuters (IDS)
14 de Setembro de 2006 - 20:18

WASHINGTON (Reuters) - Desafiando o presidente George W. Bush, um comitê do Senado norte-americano aprovou nesta quinta-feira uma legislação para estabelecer julgamentos de suspeitos de terrorismo estrangeiros que, segundo Bush, podem comprometer a guerra contra o terrorismo.

Por 15 votos a 9, o Comitê de Serviços Armados do Senado aprovou o projeto de lei que, de acordo com os senadores, fornecerá aos suspeitos mais direitos legais do que Bush queria e resistiu as tentativas do presidente de limitar os critérios da Convenção de Geneva para tratamento de prisioneiros."

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Noam Chomsky, Failed States -- "The State Department confirmed that the US-run forces attacking Nicaragua from US bases in Honduras had been authorized to attack 'soft targets', that is, undefended civilian targets."

3 - Já ouviram falar do caso Posada (Luis Posada Carriles) -- um dos mais notórios terroristas latino-americanos, acusado de sabotar um avião cubano, fazendo-o explodir com 73 pessoas dentro, fugido de uma prisão venezuelana, acolhido depois pelas autoridades estado-unidenses, que viriam a usá-lo como promotor de acções terroristas contra a Nicarágua, negando por este motivo o pedido de extradição solicitado pela Venezuela e secundado na cimeira iberoamericana de Sevilha, em 2005, pela generalidade dos países da América Latina e pela Espanha? Só mesmo os mais imbecis do PSD e do CDS ainda se escandalizam com a hipocrisia do poder made in USA!

António Maria disse...

Para q se saiba: sempre odiei fascistas, nazis e estalinistas (maoistas incluídos), ou n tivesse sido um Trotskysta militante durante a minha juventude. Embora concorde c/ boa parte dos valores da Revolução Francesa, sempre fui também contra o Terror e o Grande Terror paranoicamente sustentado por Robespierre. Não sou Jacobino, nem Maçon nem muito menos Opus Dei. Apenas a verdade me serve, apesar de indigesta.

Assassinaram o Trotsky, pelo que pouco mais nos resta que alguns rizomas e redes electivas :-)

Biranta disse...

Há algumas "imprecisões" neste texto mas, no essencial, é bom!
Uma correcção: o terceiro edifício a ser demolido foi o WTC7 (Edifício 7).
Não foram aviões que embateram no WTC.
neste post o autor do blog demonstra, para um dos casos, a "ilusão de óptica" das imagens.
Este mesmo blog tem muitos outros artigos sobre o assunto a desmontar, ponto por ponto, esta questão dos (não) aviões no WTC... mas já vi outras questões petinentes (e óbvias) sobre este assunto noutros locais...
Henry Kissinger?
Como é que se dá um prémio Nobel da Paz a um indivíduo desses. Existe, na América, um movimento que exige que o Nobel lhe seja retirado...
Uma outra questão que me parece "mal colocada", quer no post quer nos comentários é a da subserviência aos U.S., pelo Mundo. Ela começa nos governantes dos restantes países e é aí que tem de deixar de existir, em primeiro lugar, porque não expressa, como devia, a opinião e posição maioritária das respectivas populações.
Pela nossa parte temos de exigir que a Base das Lajes regresse à soberania "europeia"... para além de "proibir" qualquer governante de assumir posições de solidariedade ou concordância sem a aprovação prévia da maioria da população... devendo estes temas serem discutidos puiblicamente e abertamente, com todas as opiniões em pé de igualdade...
Mário Soares não representa aqs mais importantes e esclarecidas correntes de opinião quanto a este assunto... Até porque só diz meias verdades... Assim como este post em relação ao fundamentalismo islâmico que foi promovido e levado ao poder pela CIA, nomeadamente na Pérsia (Irão)...

António Maria disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
António Maria disse...

## WTC7 (edifício 7): lapso corrigido. Obg.
## Implosão: eu digo que não é inverosímil pensar num cenário de complementaridade incluindo os impactos das aeronaves sobre as torres gémeas e um sistema de implosão instalado nos 3 edifícos que ruiram em queda livre sobre a sua própria área de implantação.
## Subserviência aos EUA: a posição europeia começou a mudar com a última guerra no Líbano...
## Lages: não defendo a saída da base americana das Lages! Defendo sim a criação de uma base aérea militar estratégica europeia na ilha de Santa Maria (Açores), recuperando a antiga base aliada da Segunda Guerra Mundial. Esta base estratégica avançada da União Europa no Atlântico deveria mesmo triangular com outras duas bases militares tácticas da UE a instalar em Las Palmas de Gran Canaria e na ilha do Sal (Cabo Verde).
## Extremismo islâmco: este fenómeno é muito mais complexo do que aparenta e não pode ser de maneira nenhuma reduzido a um mero efeito de manipulação engendrado pelas bestas de Washington. O discurso do Papa Bento XVI, proferido em 12 de Setembro último --um documento aliás magnífico--, vai seguramente relançar este debate noutros moldes.

António Maria disse...

# "Loose Change" -- este como outros documentários sobre o 11/S têm sido exibidos no canal 2 da televisão pública portuguesa por ocasião do aniversário de um dos maiores mistérios do terrorismo actual. Sendo a maioria dos vídeos favorável à tese de um inexplicável atentado terrorista surgido do nada e sem deixar rasto, "Loose Change", pelo contrário, desmonta a maioria das incongruências da história oficial e promove a tese de que o 11/S foi uma conspiração da administração Bush realizada, entre outros motivos, para permitir a ocupação estratégica de todo o Médio Oriente e a Eurásia e o subsequente controlo das maiores reservas petrolíferas do planeta. Podemos ou não concordar com o argumento. O que não podemos é exigir a censura deste programa, como praticamente o fizeram Marcelo Rebelo de Sousa (principal comentador televisivo do país) e o editorial do mais lido semanário português, o Expresso. A postura censória e escandalizada destes hipócritas apenas significa uma coisa: que andaram todo este tempo a vender acriticamente uma única e muito inverosímil versão dos factos. Que vergonha!

Anónimo disse...

Fantástica, a história de que os americanos sabiam do ataque eminente a Pearl Harbour. E que não fizeram nada porque queriam, por qualquer meio, entrar em guerra! Será que quem inventa tais disparates não se lembra de que a razão imediata da entrada na guerra foi o ataque japonês (leram bem, JAPONÊS)? Ou será que este também foi encomendado pelo Sr. Roosevelt? O que é que este senhor teria a lucrar, supondo que o seu objectivo era entrar em guerra, em não se defender? Se, de facto, soubessem o que estava para vir, porque não prepararam uma recepção condigna? Teriam entrado em guerra na mesma mas em melhores condições. Sem falar nos riscos de o 'segredo' ser descoberto e, nos EUA, a traição era levada a sério. Enfim, uma verdadeira pérola.
Melhor ainda, se possível, é a teoria conspirativa da implosão no WTC. Eu, e muitos milhões de outras pessoas, vi as imagens! O choque dos aviões, o incêndio que se seguiu, o início do colapso, ao nível dos pisos que foram atingidos. Tudo coerente. Como querem 'encaixar' a implosão no meio disto tudo? Alguém com dois dedos de testa já pensou que, para ser credível mesmo só numa primeira análise, o início do colapso se deveria dar nos pisos directamente atingidos. A cota de impacto foi bem diferente nas duas torres mas o mecanismo foi o mesmo. Será que dinamitaram todos os andares e fizeram explodir os 'bons' na devida altura? Delirante, não é? Porque, para quem não souber, a implosão de um edifício é conseguida à custa de explosões cuidadosamente encadeadas para forçar a rotura de uma forma que cause menos danos ao exterior. Neste sentido, os edifícios a implodir são envolvidos pelo exterior para limitar a projecção de detritos causados pelas explosões. Havia disso no WTC - é óbvio que não. Viram vestígios de explosões imediatamente antes da rotura? Eu não, e olhei bem. É que para deitar abaixo aquelas torres não bastariam uns pauzinhos de dinamite, levados na algibeira e montados durante o almoço de quem trabalhava lá...
De facto, há teorias conspirativas de tal modo hilariantes que até começa a fazer sentido a tese de que são os próprios americanos a lançá-las para descredibilizar quem as veicula. Odete Santos incluída, o que teria uma certa graça. Porque, e agora é a sério, a credibilidade dos EUA, depois da ligeira dificuldade em encontrar armas de destruição em massa no Iraque, depois da carta redigida pela AEIA sobre os 'factos' apresentados sobre o Irão, anda mesmo pelas ruas da amargura.

Anónimo disse...

Fantastic! Please recommend THE TERROR TIMELINE to the college and university libraries in your country. This important book deserves international exposure. The British library collects it.
Thanks!