segunda-feira, junho 01, 2015

A querela dos 600 milhões

Foto © Miguel Manso, Público

As privatizações dão receita uma vez. Só a diminuição estrutural da despesa garante o reequilíbrio das contas públicas. Dói, mas é assim...


PSD admite cortar nas pensões mais altas
Cortar pensões sim, mas nunca as mais baixas ou as médias. Na direcção do PSD, procuram-se soluções para um buraco de 600 milhões de euros na Segurança Social e, até agora, a hipótese mais forte em cima da mesa é a de cortar as pensões mais altas. SOL

Bastará alguma poda criteriosa nas pensões acima dos 2000 euros (começando por avaliar justamente as carreiras contributivas, milhares das quais são incompletas e deram injustificadamente direito a pensões completas) para arrecadar anualmente os 600 milhões de que fala a ministra.

Basta analisar o mapa das pensões publicado pelo governo para chegarmos a esta conclusão. Faça Você mesmo os cortes!

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Que opina António Costa sobre a necessidade de um ajustamento socialmente justificado num sistema de pensões escandalosamente distorcido pela partidocracia e demais devorists e rendeiros do país falido que hoje temos?

Por fim, cuidados e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém. Basta reparar no que, sobre esta mesma matéria, ocorre em países como a... Suíça!

Swiss pension schemes ‘bankrupt in 10 years’Financial Times

Swiss pension schemes will be bankrupt within 10 years unless Switzerland’s government wins public support for a radical overhaul of the retirement system, experts have warned.

The pressure on Switzerland’s occupational pension system, which accounts for SFr800bn ($840bn) of assets, has intensified this year due to recently imposed charges on cash accounts and shrinking government bond yields.

3 comentários:

Anónimo disse...

É o corte óbvio. Afinal são só 100 a 200 mil votos de um lado, contra 2.220 mil votos do outro....

Anónimo disse...

Já tenho a solução.
Abatam os pensionistas com pensão anual superio a 50.000 euros.
Já dá para os 600 milhões.

Anónimo disse...

Há uma solução para isto e será justa a todos os níveis:
- Verifique-se o percurso contributivo á segurança social (descontos do vencimento e patrão), indexe-se uma taxa de rentabilidade superior á inflação no ano a que dizem respeito e assim sucessivamente nos anos seguintes, retire-se uma percentagem para as prestações mínimas garantidas (pessoas sem descontos/pessoas que esgotaram o "plafond").
- Faça-se o deve e haver do que já foi pago... decidir com o pensionista como quer receber o restante se existir (valor, período, etc), senão fica no valor mínimo. Assim todos recebem o equivalente ao que descontaram.
Futuro:
- Definir contratualmente quanto o trabalhador/empregador descontam. Existência de simuladores (com cálculos de rentabilidade provisórios) para o trabalhador decidir como quer receber/duração e até poder decidir quando se quer reformar... Se houver excedente á altura da morte do pensionista o valor reverte para os herdeiros que poderão decidir se querem receber o valor total ou adicionar aos próprios planos de pensões.

Assim garantidamente todos iríamos ter reformas de acordo com aquilo que descontamos.