World Bank - Portugal, GNI per capita |
Mais gráficos e menos conversa podem ajudar a ultrapassar a ansiedade
Dados essenciais para compreender o que se passa em Portugal:
DEMOGRAFIA — regredimos até ao ano 2000 (o pico demográfico foi atingido em 2010, com 10,573 milhões de habitantes, caindo para 10,294 milhões, em 2017).
CRESCIMENTO — apesar da tímida recuperação iniciada a partir de 2014, o PIB encontrava-se em 2017 nos 217,6 mil milhões de dólares, que comparam com 240,17 mil milhões de 2007. Estas duas cifras ilustram a famosa 'década perdida'.
DÍVIDA PÚBLICA — 62,9 mil milhões de euros em 2000; 249 mil milhões em 2017.
* Enquanto o crescimento quase duplicou entre 2000 e 2017; a dívida pública quase quadriplicou. Quer dizer, o crescimento foi de tal modo alavancado em dívida (pública e privada) que, bastou o colapso financeiro mundial de 2008 e a grande recessão que se lhe seguiu, para encostar o país à bancarrota. Desde então vivemos apertados por um cinturão de credores a que não conseguimos escapar. Boa parte da economia deste século, afinal fictícia, faliu, e as suas marcas foram parar a mãos estrangeiras.
RENDIMENTO ANUAL 'PER CAPITA' — andámos 12 anos para trás: 19.820 USD, em 2017; 22.960, em 2010; 19.330, em 2006.
ENSINO: nos útimos 17 anos perdemos 17 mil estudantes no Ensino Primário. Sem olharmos para este declínio com olhos de ver não percebemos a bagunça que reina no setor nem o egoísmo sindical.
ESPERANÇA DE VIDA — 81 anos, em 2017; 78 anos, em 2006; 68 anos, em 1974.
Temos, assim três problemas graves pela frente: 1) envelhecimento, 2) regressão demográfica e 3) um estado partidocrático, burocrático, fiscalmente agressivo, politicamente prepotente e socialmente insustentável.
Soluções prioritárias:
1) simplificar o estado e as leis, tornando a administração pública mais leve e eficiente;
2) diminuir a omnipresença partidária na sociedade;
3) diminuir os impostos sobre as empresas e sobre o trabalho;
4) atacar a corrupção e o nepotismo, favorecendo a transparência de processos e o mérito;
5) desenvolver uma verdadeira indústria de recursos humanos, através de parcerias privilegiadas com os países de língua oficial portuguesa: Brasil, Angola, Cabo Verde, São tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor-Leste;
6) reforçar a estratégia atlântica, nomeadamente com o Reino Unido e a Irlanda, e os continentes africano e americano, diversificando ao mesmo tempo as nossas relações comerciais e culturais com os países da Ásia (China, Índia, Japão, Indonésia, etc.)
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