segunda-feira, dezembro 14, 2020

O bomba H da Geringonça


O projeto para a produção de hidrogénio deste governo e da EDP é um crime da ordem de grandeza do que foi cometido por José Sócrates e a mesma EDP nos contratos de implementação das energias eólica e solar no nosso país quando estas tecnologias eram demasiado ineficientes e caras. 

Os portugueses estão há décadas a empobrecer, incapazes de vencerem o fosso que os separa já da esmagadora maioria dos países da União Europeia. As rendas escandalosas das PPP rodoviárias, as rendas do assalto levado a cabo pelos piratas da EDP e das ditas energias verdes, e agora as rendas previsíveis (e escondidas) desta impraticável aposta no hidrogénio são uma das principais causas da ruína do país e, num prazo não muito longo, do colapso à vista do regime, e pior do que isso, da nossa frágil e capturada democracia.

Vale pois a pena ouvir este painel de especialistas sobre o tema explosivo do hidrogénio!

O próximo buraco negro? 

Percebi desta conversa quatro ideias de fundo:

1) O plano do PS (tríade de Macau) e do PSD (Barroso, Arnaut, Goldman) é inviável e deverá cair antes de se tornar irreversível. Trata-se do maior e mais perigoso elefante branco que a EDP impingiu aos piratas do PS e do PSD. É, na realidade, um caso de polícia. Mas para parar esta enormidade não basta esperar que os factos nos dêem razão. Teremos, isso sim, que questionar, sem dar a menor trégua, o rapaz do brinco, o ministro do fascismo ambiental, e António Costa.

2) A eletricidade vai ter um enorme aumento no mix energético ao longo desta década e das duas próximas, sobretudo porque vai entrar em força no sector dos transportes, nomeadamente automóvel, ainda que aqui se esperem novidades importantes nas próximas duas décadas, com a emergência dos chamados combustíveis sintéticos renováveis, com origem em água, eletricidade renovável e CO2 sequestrado (por exemplo de uma unidade de produção de fertilizantes). Ou seja, não teremos 100% de carros elétricos movidos a bateria (com a poluição astronómica que esta hipótese representaria para o ambiente, a par da extração de terras raras em áreas protegidas do país), mas sim 0% de carros movidos a células de hidrogénio (o que inviabilizará toda a loucura congeminada para Sines) e ainda, muito provavelmente, 70 a 80% de automóveis, camiões e navios movidos a combustíveis convencionais purificadas e, noutro campeonato, a combustíveis sintéticos renováveis, também conhecidos por E-diesel.

3) A biomassa é o nosso maior fator de competitividade energética (e também de contenção dos fogos florestais), a par das energias hidroeléctricas, solar e eólicas — estas últimas, porém, só depois de pago a excesso de custo causado pelo pioneirismo gangster dos senhores Pimenta e quejandos.

4) Apostar em unidades de exploração e desenvolvimento de células de hidrogénio é recomendável, mas o projeto megalómano dos avençados da sinoEDP é um crime da ordem de grandeza dos que foram cometidos no plano de barragens e as feed-in tariffs do Sócrates, BES e companhia.

KEYWORDS: Syngas, Synthetic fuel, E-dieselAudi e-diesel and e-ethanol

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