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sexta-feira, abril 13, 2012

O mordomo da Brisa

António Nogueira Leite — vice do PSD, vice da Caixa e testa de ferro do grupo Mello

Pedro Passos Coelho diz que não foi ele quem deu carta branca à pantomina da OPA da Brisa. Mas se não foi ele, então foi o seu vice-presidente laranja, António Nogueira Leite, dedicado mordomo do grupo Mello e muito mais!


Pedro Passos Coelho, no debate quinzenal, no Parlamento garantiu que o Governo não deu instruções à Caixa sobre OPA, nomeadamente em relação ao financiamento para a OPA da Brisa (Jornal de Negócios online)


Em qualquer parte do mundo, salvo porventura na Guiné-Bissau e em Cabo-Verde, o escandaloso e creio mesmo que ilegal conflito de interesses entre o senhor António Nogueira Leite, vice-presidente da Caixa Geral de Depósitos e empregado da Brisa, e a dita OPA da Brisa, já estaria a ser investigado pelas autoridades de regulação financeira, pelo banco central local (isto é, o Banco de Portugal) e pela polícia!

Ora somem lá isto, e depois digam-me se o país não precisa mesmo de uma grande vassourada!

António Nogueira Leite (dados retirados, nomeadamente, da Wikipédia)

... administrador da CUF (grupo Mello), da SEC (Sociedade de Explosivos Civis, até Junho de 2011 pertencente ao grupo Mello), da José de Mello Saúde, da EFACEC Capital (grupo Mello), da Comitur Imobiliária (grupo Mello) e ainda da Reditus (participada do grupo Mello), da Brisa (grupo Mello) e da Quimigal (grupo Mello).

Este super-homem também é ou foi, pasme-se, presidente do Conselho Geral da OPEX (Sociedade Gestora De Mercado De Valores Mobiliários Não Regulamentado SA, dedicada à negociação de produtos financeiros especulativos, nomeadamente hedge funds, de que faz parte o BFI - Banco Fiduciário Internacional (IFI) SA, uma Off-Shore curiosamente sediada em Cabo Verde...)

Claro que o super Leite foi ou é ainda e também, tal como a Opex, membro do Conselho Consultivo da CMVM, o antro de cumplicidades que não viu nada, não ouviu nada e continua serenamente impune, em pleno colapso financeiro do país, como se a democracia portuguesa não passasse de uma parvalheira habitada por 230 palhaços parlamentares!

A indicação e a nomeação de António Nogueira Leite para a vice-presidência da Caixa Geral de Depósitos não foi realizada à revelia do Pedro Passos Coelho, primeiro ministro de Portugal, ou foi?!

Este escandaloso negócio de expropriação de poupança privada e pública serve única e exclusivamente os interesses de uma das famigeradas famílias de rendeiros responsável pela bancarrota do país: os Mellos. 

E o pior é que esta mesma família, agora coligada com a família Espírito Santo, presumo que com a mesma intermediação do dito mordomo e testa de ferro, se prepara para tomar de assalto a ANA e a futura ex-TAP para levar por diante o embuste criminoso do Novo Aeroporto da Ota em Alcochete — desta vez pretendendo vender aos tolos do país (que são muitos!) a ideia mirabolante de construir um aeroporto de raiz para as Low Cost. 

Querida Troika, salva-nos, por favor, dos nossos próprios indígenas!