Mostrar mensagens com a etiqueta Federica Mogherini. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Federica Mogherini. Mostrar todas as mensagens

sábado, agosto 05, 2017

O 'socialismo' da Venezuela

PS português tem apoiado vergonhosamente o PS venezuelano

Mais uma farsa 'socialista' chega ao fim. Falta contar os crimes cometidos.


Qual vai ser a posição dos pândegos da Geringonça depois de terem andado a fugir da realidade e dos seus deveres democráticos? E a do Estado português, senhor Presidente da República, qual vai ser?

TVI24: A União Europeia recusa reconhecer a Assembleia Constituinte eleita no domingo na Venezuela e pede que a “instalação efetiva” daquele órgão seja suspensa, disse esta quarta-feira a chefe da diplomacia, Federica Mogherini, em nome dos Estados-membros do bloco comunitário.  
Ver vídeo da notícia aqui

A Venezuela está a viver o início de uma guerra civil. Por enquanto, a desigualdade de armas é evidente e trágica: 121 mortos e quase 2 mil feridos desde abril, afirma a procuradora-geral da Venezuela, Luísa Ortega Diaz (JN), hoje cercada pelas forças militares do inenarrável Nicolás Maduro, ao serviço, afirmam, de uma pseudo assembleia constituinte composta apenas por deputados 'socialistas'!

A Venezuela, tal como a maioria dos países da América Latina, nunca deixaram de ser países autoritários defendidos até aos dentes por aparelhos repressivos que não hesitam assassinar quem os enfrente. Nas ruas de São Paulo, Cidade do México ou Caracas, tal como na floresta da Amazónia, as elites extrativas, burocráticas e repressivas destes países desconhecem por completo a palavra humanismo. As suas democracias e os seus estados de direito não passam, nos melhores casos, de fantasias momentâneas, e nos piores, de ditaduras intermitentes.

Como não têm explicação para tamanha desgraça, costumam culpar os americanos, o imperialismo e o neocolonialismo dos seus históricos fracassos e manifesta indecência.

O esgotamento progressivo das matérias primas que permitiram às plutocracias endogâmicas latino-americanas viverem durante mais de dois séculos sem trabalhar, não poderia deixar de conduzir estes países ao precipício e ao regresso de regimes onde a lei, os direitos e as liberdades são propriedade apenas de uns poucos: os ditadores, mais as indigentes cortes que em volta do dito rastejam, os oligarcas, a burocracia, e o aparelho repressivo do estado.

O no górdio da Venezuela é este: criou um regime preguiçoso, corrupto e populista suportado pelos lucros excessivos do petróleo. Em vez de aproveitar as sucessivas décadas de vacas gordas para transformar o país numa democracia a sério, responsável, socialmente justa e produtiva, as elites latifundárias, petrolíferas e governamentais, preferifam pão e circo, i.e. gasolina e circo. Hoje vivem cada vez mais de crédito externo, pagam juros acima dos 20% e tem uma hiperinflação de 800% (Trading Economics).

As cidades, em vez de se desenvolverem de modo orgânico e sustentado, tranformaram-se em intermináveis redes rodoviárias, empurrando cada vez mais gente para distâncias cada vez maiores dos centros urbanos, onde se concentra a riqueza acumulada, o emprego e os serviços. À medida que o petróleo foi perdendo margem de lucro, ou porque é cada vez mais caro produzi-lo, ou porque a procura agregada global tem vindo a cair em resposta ao preço excessivo e danos causados pelos seus derivados, a capacidade de agradar ao povo no regime populista instaurado por Hugo Chávez, e continuado por Nicolás Maduro, não poderia deixar de degradar-se rapidamente.

Tal como acontece numa família disfuncional, se os problemas não são detetados e atacados quando a dessolidaridarização e a desagregação começam e, pelo contrário, se ignoram e depois empurram com a barriga, comprometendo o pão futuro dos filhos e netos, o desfecho é invariavelmente trágico.

Não haverá nada de mais pernicioso do que olhar para a crise venezuelana com os costumeiros filtros ideológicos, e sobretudo partidários, que entre nós a Geringonça, ou melhor dito, António Costa e a Geringonça puseram de moda através da sua narrativa populista sobre a divisão do nosso país entre 'esquerda' e 'direita'.

Se alguma coisa a crise venezuelana tem vindo a mostrar ao mundo é mais um fracasso do autoritarismo de esquerda ao lidar com uma crise económica, social e política muito grave.

É o Partido Socialista Unido da Venezuela que está a levar o país ao fundo, comprometendo por várias décadas o futuro do país, sem sequer cuidar de evitar a barbárie das forças pretorianas que protegem o dito partido socialista e o seu chefe proto-fascista Nicolás Maduro.

Não nos esqueçamos que Mussolini foi editor de um jornal (La Lotta di Classe) e diretor do órgão oficial do partido socialista italiano (o Avanti), e que Hitler chefiava o Partido Nacional Socialista da Alemanha!

A História não se repete, mas rima às vezes tragicamente.



ÚLTIMA HORA. Procuradora Geral da República da Venezuela destituída por golpe de estado 'socialista'. À atenção do senhor presidente da república portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa.




E agora Marcelo ?

Parece que a comunidade portuguesa da Venezuela não pensa como António Costa, Augusto Santos Silva, e a malta do PCP e do Bloco. De quem fala então o cada vez mais patusco Augusto Santos Silva quando fala da sua cobardia diplomática perante a brutalidade do novo ditador da Venezuela, o 'socialista' Nicolás Maduro?
NOTÍCAS AO MINUTO: Maria José Castro [portuguesa], ou "senhora liberdade" como foi identificada pelos manifestantes, foi levada para uma clínica, onde foi submetida a uma intervenção cirúrgica para remover uma bala de borracha do braço direito, acrescentaram.

quarta-feira, maio 27, 2015

Da fragilidade crescente do eixo franco-alemão

Federica Mogherini é a Alta Representante da UE para Política Externa e Segurança

A Europa marítima prepara-se para reagir à Alemanha


Mogherini: Elections in Poland and Spain show there is a need to rethink the EU projectEurActiv

Um pesadelo em Bruxelas e Franckfurt começa a inquietar seriamente a ambição alemã e a inércia dos burocratas. Grécia não vai pagar, ponto! Os mercados especulativos vão reagir, nomeadamente sobre as dívidas soberanas portuguesa e espanhola. Esta pressão, porém, poderá tão só acentuar o fim do bipartidarismo em Espanha e os ascensos definitivos do Podemos e do Ciudadanos. Se em 2016 a Espanha anti-austericida se juntar ao cadáver ambulante grego, é mais do que provável que Itália e Portugal sigam o mesmo caminho, não sem que, em Portugal, assistamos previamente a uma mutação genética no parlamento e no poder local. Em 2017, com o Reino Unido a um passo de abandonar da União Europeia, teríamos, por fim, uma aliança dos principais estados marítimos europeus contra o eixo franco-alemão. Seria isto suficiente para acabar com o euro? Seria certamente suficiente para forçar o fim da predominância alemã, holandesa e francesa nos destinos do continente. Pois, apesar de tudo, não creio que os alemães queiram deitar tudo a perder.

O peso da dívida portuguesa é um cutelo suspenso por cima das cabeças partidárias de um regime que, em vez de se ter preparado para a crise, continua a agravá-la alegremente, desde as greves neocorporativas e eleitoralistas do PCP, à falta de coragem da atual coligação no ataque, absolutamente necessário, aos rendeiros cleptocratas do regime, passando pela perigosa deriva populista do PS e a irresponsabilidade do costume que caracteriza os micro-partidos da laia do Bloco.

A falta de recursos financeiros para continuar a sustentar um estado de corrupção e imbecilidade acumuladas, tem levado todos os partidos representados nos parlamentos e nas autarquias locais, a endividar o país junto dos credores externos, e a transformar o sistema fiscal numa autêntica máquina de guerra e confisco da propriedade privada, dos rendimentos do trabalho e das poupanças.

A situação já é insustentável. É tempo de criar uma grande e corajosa Plataforma pela Democracia Qualitativa, simultaneamente implacável com os ladrões sistémicos, realista e solidária. Esta plataforma de estratégia e ação democráticas terá que repensar a realidade fora dos quadros mentais e ideológicos maniqueístas em que se movem os partidos tradicionais. Terá que ter a coragem de pensar fora da caixa e estabelecer uma clara ordem de prioridades para a transição social, económica e cultural que aí vem.

O pior que poderia acontecer-nos seria continuarmos entalados no pingue-pongue entre as ineptas e corrompidas representações partidárias da nomenclatura que solidariamente contribuiu para a ruína do país.


Se gostou do que leu apoie a continuidade deste blogue com uma pequena doação