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terça-feira, fevereiro 03, 2015

Mil Dias de Inferno

Fonte das Crianças, Volgogrado (ex-Estalinegrado)


Ontem comemorou-se a Batalha de Estalinegrado


A Alemanha tem um problema de acesso à energia e às principais rotas marítimas. Sempre que sonha com expandir o seu espaço vital, mete-se em grandes alhadas, e causa aos seus vizinhos enormes problemas. Foi assim nas duas últimas Guerras Mundiais. Esperemos que que não volte a cair no mesmo erro, agora que o futuro energético mundial passará, cada vez mais, pelo acesso ao gás natural. O seguidismo europeu e de Angela Merkel face à estratégia de provocação americana contra a Rússia (manobra destinada a isolar a China do seu principal potencial aliado), e a gritante falta de 'savoir faire' nas suas relações com os PIGS, são fenómenos recentes que não podem deixar de nos recordar os demónios que alimentam o negro subconsciente teutónico.

Estalinegrado foi a batalha mais importante do Séc. XX,  pois determinou a configuração política na Europa.

Em 1941, A Alemanha atacou a Rússia em 3 frentes:

São Petersburgo
Moscovo
Kiev

Inicialmente, os generais alemães estavam convencidos de que em 3 meses chegariam a Moscovo e que a Rússia passaria a fornecer todos os recursos energéticos ao regime alemão.

No entanto, só Kiev ficou sob domínio alemão. Estes chegaram a estar a 10 Km de Moscovo e cercaram São Petersburgo durante mil dias — os Mil Dias de Inferno.

Em 1942 os alemães mudaram de estratégia e decidiram atacar a região que mais petróleo fornecia o exército soviético: o Cáucaso.

Se a Alemanha tivesse ganho esta batalha a Rússia teria perdido a guerra. Os alemães perderam 300 mil homens neste confronto. Eram as tropas de elite, as mesmas que tinham invadido a França.

Os Russos perderam quase 1 milhão de homens

Passados todos estes anos, a região do Cáucaso continua a ser muito cobiçada, por causa da energia.

Vale a pena ver o vídeo The Battle of Stalingrad YouTube

OAM/ RR