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Prédios abandonados em Alphabet City, Lower East Side, em Nova York em 1986 (Frances M. Roberts/Latinstock). Veja. |
Euribor cai para os bancos e sobe para os particulares, penalizando
estes últimos nos valores das prestações dos novos empréstimos (que sobem há 15 sessões
consecutivas!) e nos valores das propriedades
urbanas e rústicas, que continuam a cair.
As prestações dos contratos já realizados a taxas de juro indexadas à Euribor variam com a variação desta. Por enquanto, têm baixado, ou não têm subido. Mas como em muitos casos, fruto de uma política de juros e empréstimos especulativos (
Subprime), num deserto programado de casas para alugar, as pessoas pediram quantias exageradas de dinheiro, as prestações são, por um lado, altas, cada vez mais altas face à degradação dos rendimentos do trabalho, e, por outro lado, o valor do ativo imobiliário que adquiriram, na melhor das hipóteses (se favorecido pela qualidade e localização favorável do imóvel) estagnou, ou tem vindo a cair!
Por outro lado, a destruição suicida das taxas de juro (nunca deveriam
estar abaixo dos 4%, para toda a gente!), agrava a espiral do
endividamento público, a austeridade, o colapso da economia, em suma,
desvia, como nunca se viu, a riqueza de todos para os bolsos cleptómanos
de 1% de ladrões e assassinos!
As taxas interbancárias na zona euro estão a descer há 25 sessões consecutivas nos prazos mais longos.
A
Euribor a seis meses, que é a mais usada no cálculo dos juros no
crédito à habitação, cedeu para 1,451%. No mesmo sentido, o prazo a doze
meses diminuiu até aos 1,784%. Ambas as taxas caem de forma
ininterrupta há 25 sessões Para observar um ciclo de quedas tão longo é
preciso recorrer a 2009 — Económico.
Os
bancos vão buscar dinheiro a 1% ao
BCE e voltam a depositá-lo no banco
central europeu, com uma remuneração de 0,25%, ou seja, perdendo 0,75% neste surpreendente negócio, só
para manterem nos seus vigarizados históricos contabilísticos
minimamente credíveis!
Ao contrário do que foi feito na Islândia, estamos perante uma aliança
criminosa sem precedentes entre banqueiros, especuladores e burocracias
partidárias em todo o Ocidente — americano e europeu :(
A taxa de juro implícita no crédito à habitação aumentou em Novembro pelo 18º mês consecutivo, revelou hoje o INE.
No mês passado, a taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de
crédito para comprar casa fixou-se em 2,720%. Foi a 18º subida mensal
consecutiva, que colocou a taxa no valor mais elevado desde Julho de
2009, altura em que se cifrava em 2,770%, segundo o relatório do
Instituto Nacional de Estatística (INE). Já em Dezembro de 2010 a taxa
estava em 2,045% — in Económico.
Actualização: 25 Jan 2012 0:18