Nevada (EUA) - campos de testes com crateras de bombas nucleares tácticas B61, incluídas no plano de guerra nuclear preventiva aprovado por Georges W. Bush, e tendo o Irão - um país sem armamento nuclear - na mira da sua próxima agressão em larga escala. |
11 de Setembro: que aconteceu realmente?
Power tends to corrupt; absolute power corrupts absolutely Lord Acton (historiador inglês)
No início dos anos 60, altos comandos militares dos Estados Unidos elaboraram planos para matar pessoas inocentes e cometer actos de terrorismo em cidades dos EU com a finalidade de levar o público a apoiar uma guerra contra Cuba. Este plano, aprovado pelo Comando Chefe do Pentágono, teve o nome de código Operation Northwoods, e chegou a propor a sabotagem de um navio estado-unidense e o desvio de aviões comerciais como pretextos falsos para uma guerra. O presidente de então, John F. Kennedy, reprovou o plano e demitiu o seu autor. Acima dos interesses estratégicos imediatos da América estavam a superioridade moral da sua democracia e os valores constitucionais. Colocar este património em risco seria assassinar a imagem de farol da liberdade exibido pela nova potência imperial nascida do rescaldo da barbárie civilizacional de 39-45.
Foi esta imagem ética que desapareceu em 11 de Setembro de 2001. Aquilo que naquela data, ainda tão perto de todos nós, ocorreu, temo-nos vindo a aperceber desde então, foi muito menos uma operação brilhante do terrorismo islâmico do que uma provocação sadicamente montada e gerida pelos novos senhores da guerra imperial e respectivos assessores, Dick Cheney, Donald Rumsfeld, Paul Wolfovitz, John Ashcroft, o presidente George W. Bush, claro está, o irmão deste, Jeb Bush, o pai deste, George H. W. Bush e, por fim, mas não menos destacável, Condoleeza Rice. Se a humanidade se salvar desta canalha, creio que a mesma não escapará nem ao juízo implacável da história, nem à mão pesada da justiça humana.
As provas evidentes de que quase nada bate certo na versão oficial dos factos são inúmeras, aconselhando vivamente a leitura e visionamento dos documentos referidos no fim deste artigo (que efectivamente permitem uma nova claridade informativa sobre o que terá realmente acontecido na manhã de 11 de Setembro de 2001). O mais extraordinário de tudo é a cumplicidade dos grandes meios corporativos de comunicação social com a versão oficial (titubeante e contraditória) da Adminstração Bush. O mais incrível e triste é ver como esta cumplicidade criminosa dos média estado-unidenses se propaga pela generalidade dos seus subservientes colegas ocidentais (1). Não faltará porém muito tempo para que quase tudo se saiba, nomeadamente sobre o enigmático Bin Laden (2), objectivamente um agente duplo dos Estados Unidos e do extremismo islâmico.
O FBI estava a par dos planos dos ataques aéreos seis meses antes de ocorrerem (mas mandaram-no calar). O sistema de defesa do espaço aéreo americano, pronto para interceptar quaisquer intrusos num intervalo de 10 a 20 minutos, nada fez ao longo de hora e meia, mesmo tratando-se da capital económica (Nova Iorque) e da capital política (Washington) dos Estados Unidos. As torres gémeas e o edifício 7 do World Trade Center não ruiram por efeito dos impactos dos dois Boeing 757, mas sim por efeito de implosões meticulosamente programadas e accionadas no momento certo. O Pentágono não foi atingido por nenhum Boeing, mas sim por um avião militar ou por um míssil. Perante o que parecia então ser um ataque em larga escala contra os Estados Unidos, não se sabendo portanto se os seus autores estariam ou não em condições de atacar a escola primária onde se encontrava o Presidente Bush, este dá-se ao luxo de ali ficar 47 minutos e mesmo falar à imprensa sobre os acontecimentos à hora anteriormente prevista para a sua comunicação sobre a visita escolar, sem que os serviços secretos o tivessem arrastado imediatamente para o carro presidencial, a única estrutura blindada nas imediações e com a melhor conectividade possível com a Casa Branca, o Pentágono e os vários serviços secretos e policiais do país (can you believe it?!). Dos dezanove terroristas anunciados como fazendo parte dos comandos que realizaram as operações de 11 de Setembro, nove estão vivos e recomendam-se. Ao fim de cinco anos não foi acusada uma única pessoa nos Estados Unidos por conspiração directa ou associação aos comandos que realizaram a acção terrorista (como se fosse possível uma acção daquela envergadura e complexidade ter sido planeada, preparada e executada sem uma vasta rede de contactos e participantes no terreno para além dos dez supostos terroristas que se enfiaram nos aviões). Depois desta encenação viria o resto do plano: declarar que os EUA estavam em guerra contra o terrorismo mundial (o dito Eixo do Mal) e que esta seria levada aonde a Adminstração Bush julgasse haver perigo para os interesses americanos; cortar a direito nos direitos da cidadania americana (Patriotic Act); criar o pânico sistemático entre a população dos Estados Unidos; atacar, invadir e ocupar o Afeganistão, a pretexto de perseguir a Al Qaeda e Bin Laden; atacar, invadir e ocupar o Iraque a pretexto de umas inexistentes Armas de Destruição Maciça (WMD); conspirar com Israel a mais recente guerra contra o Líbano, e preparar uma guerra alargada contra a Síria e o Irão, antes do grande teste chinês. Entretanto, no meio de uma crise económica e política indisfarçável, sem tropas de infantaria e cavalaria que cheguem para os sucessivos teatros de guerra em que se vem envolvendo na prossecução do seu desígnio imperial, o Pinóquio Bush e a pandilha que o comanda preparam-se para reintroduzir o serviço militar obrigatório nos Estados Unidos.
Os países aliados dos EUA, como Portugal, que se cuidem. Se não souberem gerir sabiamente a força de interposição que a ONU destacou para a fronteira entre o Líbano e Israel, nomeadamente no quadro das previsíveis provocações e jogos de guerra que ocorrerão nos próximos meses e anos, o espectro do serviço militar obrigatório poderá regressar à Europa. Para os especuladores e os financeiros envolvidos nos sectores energéticos e nas indústrias militares e afins estas são seguramente boas notícias (não é Sr. Amorim? não é Sr GALP? não é Sr OGMA?). Resta saber como vai reagir a cidadania a tanta pulhice.
O Muro de Berlim caíu em cima de todos nós. Mas a propagação das ondas assassinas do 11 de Setembro estão longe de ter chegado verdadeiramente às nossas costas. Irão chegar? Ou será que John Carry conseguirá, finalmente, arrancar a presidência dos EUA ao gang dos Bush?
Oil remains fundamentally a government business. While many regions of the world offer great oil opportunities, the Middle East with two thirds of the world's oil and the lowest cost, is still where the prize ultimately lies, even though companies are anxious for greater access there, progress continues to be slow. Declaração proferida por Dick Cheney num discurso durante o almoço de Outono promovido pelo London Institute of Petroleum em 1999, quando o actual vice-presidente dos EUA era o chairman da empresa petrolífera Halliburton.
The attitude of the American public toward the external projection of American power has been much more ambivalent. The public supported America's engagement in World War II largely because of the shock effect of the Japanese attack on Pearl Harbor.
(...) Moreover, as America becomes an increasingly multi-cultural society, it may find it more difficult to fashion a consensus on foreign policy issues, except in the circumstance of a truly massive and widely perceived direct external threat Zbigniew Brzezinski, The Grand Chessboard, 1997.
Post Scriptum [11 Set 2006] a elevação generalizada dos patamares de prevenção policial e o aumento de coordenação entre os serviços de inteligência de todo o mundo tem a enorme vantagem de tornar muito mais difícil os jogos sujos da Casa Branca e do Pentágono. Ora aí está um efeito benigno, e certamente inesperado pelos próprios, da guerra contra o terrorismo.
Notas
1 Os média corporativos europeus, sob a pressão crescente da Web, têm vindo a abrir excepções ao bloqueio informativo sobre a conspiração do 11 de Setembro, entrevistando personalidades com visões radicalmente distintas das versões oficiais do 9/11 e exibindo mesmo videos de desconstrução dessas mesmas verdades mediáticas (como sucedeu no canal 2 da televisão pública portuguesa nos últimos dias). No entanto, estas excepções são pontuais, não afectando minimamente o discurso mediático dominante, que continua a referir-se ao 11 de Setembro como a grande obra de Bin Laden e do terrorismo mundial. Ou seja, os média corporativos, objecto de uma concentração accionista planetária sem precedentes, veiculam sobre esta matéria (como sobre muitas outras) um discurso típico da contra-informação, ao qual os desgraçados jornalistas não conseguem escapar, se não episodicamente, e sempre sabendo que tais atrevimentos lhes custarão seguramente o emprego e mesmo a carreira profissional.
PS [11 Set 2006] Foi delicioso ouvir o antigo presidente português Mário Soares no programa televisivo Prós e Contras de 11/09/2006. Uma criança de oitenta anos completamente envolvida na discussão política em curso sobre o 11 de Setembro e as suas sequelas. Apesar das naturais falhas na sua memória de curto prazo, tomara a maioria dos políticos lusitanos terem metade do seu entendimento estratégico do mundo. O seu interlocutor, José Pacheco Pereira, ex-maoista típico e como tal, hoje, um homem de direita (ex- dirigente de um partido de centro-direita chamado PSD), falou como um converso do bushismo mais radical: há um problema cultural (e por isso não vê como seja possível deixar de esmagar o Islão), a ONU é um verbo de encher, a Convenção de Geneva não serve e quem puser um mas à frente da palavra terrorismo ou é um traidor, ou um papalvo ou, mais provavelmente, um potencial e perigoso fundamentalista islâmico. Para ele, os 2900 mortos dos atentados do 11 de Setembro são as vítimas de um terrorismo hediondo. Mas os 250 mil mortos causados pela invasão e ocupação do Iraque pelas tropas americanas e inglesas, não existem, porque no fundo, para ele, são apenas o pequeno preço a pagar pelos beneficiários da missão civilizadora dos Estados Unidos. Já quando delirava com Mao pensava o mesmo dos milhões de sacrificados da gloriosa revolução chinesa! Quando um dia parar para pensar um bocadinho dá-lhe uma coisa, coitado. Não fora a voz de Mário Soares e só teríamos ouvido a Voz da América na televisão portuguesa que hoje abriu todos os seus noticiários com o espectáculo do 11 de Setembro e a pantomima de George W. Bush.
2 Quem é e onde está Osama Bin Laden? Vale a pena ler esta conclusão de um dos mais atentos observadores do grande jogo de estratégia global, Michel Chossudovsky: Since the Cold War era, Washington has consciously supported Osama bin Laden, while at same time placing him on the FBI's "most wanted list" as the World's foremost terrorist.
While the Mujahideen are busy fighting America's war in the Balkans and the former Soviet Union, the FBI --operating as a US based Police Force- is waging a domestic war against terrorism, operating in some respects independently of the CIA which has --since the Soviet-Afghan war-- supported international terrorism through its covert operations.
In a cruel irony, while the Islamic jihad --featured by the Bush Adminstration as "a threat to America"-- is blamed for the terrorist assaults on the World Trade Centre and the Pentagon, these same Islamic organisations constitute a key instrument of US military-intelligence operations in the Balkans and the former Soviet Union. Link1, Link2
Referências
9/11 Time Line
Bush's Behavior on 9/11
Project for the New American Century (website).
Rebuilding America's Defenses Strategy, Forces and Resources For a New Century, September 2000.
Michel Chossudovsky, America's "War on Terrorism".
David Ray Griffin, The New Pearl Harbor: Disturbing Questions About the Bush Administration and 9/11 + The 9/11 Commission Report: Omissions And Distortions.
Michael C. Ruppert, Crossing the Rubicon.
Sander Hicks, The Big Wedding.
Paul Thompson, The Terror Timeline.
Nafeez Ahmed, The War on Freedom e The War on Truth.
Webster Griffin Tarpley, 9/11 Synthetic Terror: Made in USA.
Loose Change 2n edition (vídeo).
Loose Change in Wikipedia
Loose Change, discussão com os autores no canal Democracy Now
David Ray Griffin, The 9/11 Commission Report: Omissions and Distortions (vídeo/ a melhor introdução a uma análise crítica do 11S)
9/11 Information Center uma referência obrigatória.
9/11 blogger
9/11 for Truth Movement esgota sessão no Conway de Londres, 09 Set 2006. Nesta sessão David Ray Griffin, professor emérito de filosofia da religião da universidade de Claremont, e autor de The New Pearl Harbor: Disturbing Questions About the Bush Administration and 9/11 e The 9/11 Commission Report: Omissions And Distortions, perguntará à audiência: "Foi o 11 de Setembro uma conspiração interna?" ("Was 9/11 an inside job?")
OAM #141 09 SET 2006