Inglaterra, a porca que se segue!
Zhu Min, vice-governador do Banco da China: « o mundo não tem dinheiro que chegue para comprar mais títulos do Tesouro americano ».
U.K. Is Vulnerable After Greek Deal, Strategists Say
April 12 (Bloomberg) -- The pound, gilts and FTSE 100 Index may be the weak spot of European markets after Greece was offered a bailout over the weekend, strategists said.
“The Greek problem should calm down, and we should look at the next one on the agenda for markets to watch,” Alain Bokobza, Paris-based head of global asset allocation strategy at Societe General SA, said in a phone interview. “The next one to be watched for is the U.K.”
Ao contrário do que a manobra Anglo-americana de ataque ao Euro tem querido fazer crer ao mundo —que controla através da sua gigantesca máquina de propaganda e das indecorosas agências de rating—, não será Portugal que se vai seguir à Grécia na grande tragédia das bancarrotas soberanas, mas muito provavelmente o reino de sua majestade pirata Isabel II de Inglaterra! O empate técnico entre o irascível Gordon Brown e o oco David Cameron, dois velhos responsáveis pela crise inglesa, nas palavras do "democrata liberal" Nick Clegg (que claramente venceu o primeiro debate televisivo pré eleitoral da passada quinta feira), conduzirá o Reino Unido (com uma dívida pública por pagar este ano que ultrapassa os 200 mil milhões de euros!) para uma situação potencialmente muito mais perigosa do que a situação em que se encontra a Grécia. Depois das eleições de 6 de maio próximo, o Reino Unido iniciará muito provavelmente a sua marcha triunfal para uma longa decadência económico financeira, política, social e diplomática.
Como assinalou o GEAB de março último publicado pelo Laboratoire Européen d'Anticipation Politique (LEAP), o facto de a China se ter transformado no principal parceiro comercial do Brasil (os grandes parceiros anteriores foram os EUA, o Reino Unido e Portugal) mostra até que ponto estamos perante uma mudança das placas tectónicas da diplomacia mundial e face à emergência inexorável duma nova hegemonia — a Oriente!
O confidencial GEAB deste mês aponta três causas para a situação de declínio inevitável e potencialmente explosivo do Reino Unido depois das eleições de 6 de maio, de onde aliás não se prevê que resulte uma maioria estável:
- o endividamento explosivo do país e o colapso da City londrina,
- o declínio à vista dos grandes investimentos no sector da defesa,
- a descolagem do amigo americano, pois nenhum pode já ajudar o outro na zona crítica das finanças públicas e do sector financeiro.
U.K. Is Vulnerable After Greek Deal, Strategists Say
April 12 (Bloomberg/ Business Week) -- The pound, gilts and FTSE 100 Index may be the weak spot of European markets after Greece was offered a bailout over the weekend, strategists said.
“The Greek problem should calm down, and we should look at the next one on the agenda for markets to watch,” Alain Bokobza, Paris-based head of global asset allocation strategy at Societe General SA, said in a phone interview. “The next one to be watched for is the U.K.”
Apesar de a imprensa e as agências de rating terem concentrado até agora os holofotes sobre todos (Islândia, Letónia, Grécia, Portugal, Espanha, Dubai, ...) menos a Inglaterra e os Estados Unidos, num ataque concertado sem precedentes contra a moeda única europeia (Euro Zone Grapples With Debt Crisis - WSJ.com), a hora da verdade para a orgulhosa City londrina chegará, porém, antes de a Grécia e Portugal declararem falência junto do FMI.
Só não será assim se o "democrata liberal" Nick Clegg conseguir um grande resultado eleitoral, se entrar no próximo governo de sua majestade, e finalmente impuser o fim da Libra em favor do Euro. Se o Reino Unido aderir à moeda única europeia, no que seria um surpreendente golpe de rins, a sua descomunal dívida externa (a 2ª maior do planeta) reduzir-se-ia como que por magia e o Euro, por sua vez, recuperaria rapidamente do seu lamentável estado actual.
O grande problema actual não reside, porém, nas percentagens do endividamento relativamente ao que cada país produz, mas nos valores absolutos do endividamento! Não há, pura e simplesmente, nenhum país do mundo capaz de refinanciar o endividamento colossal dos Estados Unidos, ou sucessivamente as grandes dívidas públicas e externas do Japão, do Reino Unido e da Espanha. Ou seja, o grande buraco negro dos derivados financeiros, que permitiu acomodar temporariamente o maior esquema Ponzi alguma vez gerado na história da humanidade, equivale a qualquer coisa como 8x o PIB mundial. E para tamanha loucura não haverá nunca dinheiro que chegue. Vai ser inevitável colocar os contadores a zero. E muitos pagarão, injusta ou justamente, por isso.
Buffett’s Goldman Sachs Warrants Drop by $1 Billion
April 16 (Bloomberg) -- The value of Warren Buffett’s options to buy Goldman Sachs Group Inc. shares dropped by $1.02 billion after regulators sued the bank for misleading clients on the sale of securities tied to the subprime mortgage market.
Saint-Etienne Swaps Explode as Financial Weapons Ambush Europe
April 15 (Bloomberg) -- The worst global financial crisis in 70 years arrived in Saint-Etienne this month, as embedded financial obligations began to blow up.
A bill came due for 1.18 million euros ($1.61 million) owed to Deutsche Bank AG under a contract that initially saved the French city money. The 800-year-old town refused to pay, dodging for now one of 10 derivatives so speculative no bank will buy them back, said Cedric Grail, the municipal finance director. They would cost about 100 million euros to cancel today, he said.
Goldman Sachs falls the most since January 2009
SAN FRANCISCO (MarketWatch) -- Shares of Goldman Sachs Group Inc. closed down nearly 13% on Friday, the most in more than a year, after the Securities and Exchange Commission announced fraud charges against the company.
Ninguém na realidade sabe como tudo isto vai acabar. Até os grandes navios-pirata do sistema, como a Goldman Sachs, caminham já na direcção do cadafalso! Quando os Estados vão à falência há uma regra muito simples: quem tem o dinheiro, fica sem ele, de uma maneira ou doutra. As grandes guerras nascem quase sempre deste tipo de eventos.
O Reino Unido será corrido das Malvinas (Falklands) antes de 2020… e se refilar muito sofrerá um bloqueio conjunto de toda a América Latina. A rejeição africana virá depois.
A ligação recente de Londres a Madrid parece-me, por outro lado, um erro de cálculo. Cá estaremos para vê-la regressar às velhas alianças.
A Espanha continua a ser um país autoritário, com grandes doses de ódio ideológico reprimido nas entranhas das suas classes dirigentes, pronto a explodir ao menor contratempo interno. De lá, nem bom vento, nem bom casamento! E olhem que tenho grandes amigos por lá.
OAM 684—17 Abril 2010 19:45 (última actualização: 18 Abril 2010 16:14)
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