O número de sargentos e intelectuais estalinistas infiltrados no Partido Socialista augura-lhe o pior dos fados. O perigo eminente de caminharmos paulatinamente para um espécie de estado policial constitucionalmente camuflado deveria preocupar toda a sociedade portuguesa. Não nos iludamos!
A propósito de um vídeo difamatório
22 de Abril de 2009 — Se alguém divulga um documento alheio difamatório para outrem, o divulgador também comete o crime de difamação. Se o crime for cometido através dos media, a pena será agravada. E se a vítima for um membro de órgão de soberania, também tem pena agravada. Além disso, se se tratar de documento de um processo em segredo de justiça, há também o correspondente crime.
O problema é a lentidão da nossa justiça penal... — Vital Moreira em Causa Nossa.
Não há nada pior do que um estalinista-converso (1) ao ideal burguês, ao capitalismo terminal e sobretudo ao irresistível apelo do poder, nem que este venha de um antigo partido socialista profundamente corrompido nos seus ideais genéticos, cínico, tecnicamente incapaz, e tomado de assalto por uma tríade de piratas com insondáveis desígnios.
Basta olhar para o comportamento indecoroso de criaturas da laia de Mário Lino, José Magalhães ou Pina Moura, para estimarmos sem grande margem de erro qual vai ser o futuro de Vital Moreira: degradante! Este homenzinho de bigode que quer ficar na história, não como professor associado de direito e especialista de uma Constituição que é a alma infeliz do regime saído da revolução de 1974, mas como deputado de algo em que não acredita, a Europa, é tudo o que resta de uma criatura inteligente, mas sem princípios.
Mário Lino diz e faz tudo e o seu contrário desde que a ordem telefónica venha de Jorge Coelho, Ricardo Salgado ou Stanely Ho, rindo-se às gargalhadas enquanto chafurda na sua incorrigível falta de ética e amor-próprio. José Magalhães adora a sua nova função policial no ministério do interior, escrutinando putas brasileiras nos aviões da easyJet e da Ryanair, quando as estatísticas dizem claramente que elas preferem a TAP (2). Pina Moura entrega-se de alma e coração à tentativa de vender por um prato de lentilhas os rios e a rede eléctrica portuguesa a Espanha. E Vital Moreira, salivando como qualquer cachorrinho de Pavlov, antes mesmo de o PS socratino começar a cobrar seja o que for da sua nova prestação servo-partidária, não resistiu a soltar sibilinamente a sua íntima propensão para as lógicas inquisidoras oriundas da sua dupla condição de portuga manhoso e estalinista. Ele, que deveria falar da Europa, perguntando e respondendo se José Sócrates pode ir ao Reino Unido sem risco de ser interrogado pelo Serious Fraud Office (3), estreia-se como candidato do PS às eleições para o parlamento europeu, ameaçando de prisão 10 milhões e meio de portugueses por causa do papagaio mitómano que inadvertidamente deixámos chegar a primeiro ministro de Portugal.
É por estas e por outras que recomendo insistentemente que nas três eleições que se avizinham se vote nos partidos minoritários (Bloco de Esquerda, PCP-PEV e até no CDS!), para assim garantirmos a derrota do Bloco Central da Corrupção, principal responsável do estado pré-comatoso em que o nosso país se encontra.
Derrotar a grande corrupção que tolhe Portugal em resultado da captura da economia e do Estado pelo sector financeiro e da especulação bolsista, e em resultado ainda da captura do sistema partidário pelo consórcio financeiro-industrial da construção civil, é a prioridade das prioridades. Quem não entender que é vital meter na prisão umas dezenas largas de grandes corruptos, está a iludir-se e a contribuir, ainda que por omissão, para uma tragédia política sem precedentes.
Do ponto de vista da sustentabilidade económica, Portugal está hoje pior do que estava no início da guerra mundial de 1939-1945, e muito perto da situação de colapso sistémico do regime que pôs fim à Primeira República. Só desencadeando um ataque fulminante contra a corrupção, dirigido claramente à rede criminosa aninhada no Bloco Central, seremos capazes de, em primeiro lugar, retomar o controlo democrático dos recursos vitais e sectores estratégicos da nossa economia (energia, água e sector financeiro), e em segundo, evitar a implosão de um regime seriamente ameaçado pelo espectro da dívida perpétua!
Boa parte da economia ocidental afocinhou ao longo dos últimos vinte anos nos casinos bolsistas. O resultado destes monumentais esquemas piramidais é um buraco negro chamado Derivados, ou Derivativos, que continua a engolir a ritmo acelerado fundos de investimento e de pensões, empresas, bancos e a própria soberania de um número crescente de países.
A decadência do capitalismo neoliberal não podia ser mais catastrófica. Persistir no erro, reiterando as lógicas privatizadoras que visam entregar aos monopólios, oligopólios e cartéis desta economia criminosa, o controlo de portos, aeroportos, estradas, abastecimento de água, combustíveis e energia eléctrica, ou ainda da reciclagem dos lixos municipais, quando as principais economias emergentes (China, Índia, Rússia, Brasil), já para não dizer a generalidade dos países, à medida que a crise vai exibindo o logro da globalização neoliberal, regressam à ideia sensata de manter sob domínio público aquilo que é público de origem e por natureza, é uma forma de suicídio. Os países, como as pessoas, às vezes, suicidam-se. Cabe a cada um de nós, mas sobretudo às colectividades, lutar contra tal eventualidade.
Quanto ao senhor Vital, fica já a saber que jamais votarei nele, e sobretudo no que a sua cobardia ética representa. E já agora, por mero prurido estético, quando é que resolve rapar esse seu indecente bigode estalinista?!
NOTAS
- Mas que teve o cuidado de jamais abjurar o credo que lhe deu notoriedade, ou fazer a competente auto-crítica.
- Easyjet critica declarações de José Magalhães (23-11-2006, DN)
- A entrevista combinada entre a RTP e José Sócrates foi uma decepção e mais uma cortina diáfana lançada sobre o escândalo Freeport. Efectivamente, há pelo menos quatro perguntas que eu gostaria de colocar a José Sócrates, sem ter que perder um segundo com as ameaças dos seus cães de fila:
- como explica, senhor José Sócrates, que o Serious Fraud Office o considere como principal suspeito de corrupção no chamado Caso Freeport?
- acha que pode visitar o Reino Unido sem correr o risco de ser chamado a depor pelo Serious Fraud Office?
- porque não se disponibilizou até agora a prestar declarações à Justiça Portuguesa, tendo nomeadamente em vista dissipar difamações e suspeitas relativamente ao seu envolvimento no Caso Freeport?
- dado o alto cargo público que ocupa e as presentes circunstâncias, não considera que seria de interesse público divulgar a origem e o montante de todos os seus rendimentos e bens adquiridos entre o início do processo de licenciamento do Freeport e a actualidade?
OAM 576 24-04-2009 15:06 (última actualização: 17:09)
2 comentários:
Apreciei muito o seu blogue - é muito construtivo e muito democrático - Genial! Brilhante de ideias
Mas, já agora - e não tendo a sua pretensão - convidava o meu amigo para dar uma espreitadela ao meu:
DOPORTUGAL PROFUNDO” AO SÍTIO ONDE UM CLÃ DA DIREITA RACIONÁRIA LAVA A SUA ROUPA SUJA - AGORA QUER ASSINATURAS
de: BLOGUE-NOTÍCIAS-DO-POLVO
Obrigado pelo comentário. Já agora envia-me o link para o seu blogue?
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