Numa economia virtual as Low Cost não teriam fim. Na economia real têm!
Os aviões são um negócio que perde ou ganha pouco dinheiro. O negócio principal está nos aeroportos.
Por causa desta debilidade estrutural, o transporte aéreo de passageiros tem sido altamente subsidiado pelos governos, direta e indiretamente. Ou seja, os governos, e portanto os países, endividam-se por conta das suas ditas companhias de bandeira. Por outro lado, os governos praticamente isentaram as companhias aéreas de impostos sobre os consumos astronómicos de petróelo fino de que necessitam para voar.
A isto acrescem agora três novas causas da inviabilidade a prazo do transporte aéreo para todos:
- o fim anunciado da expansão monetária promovida desde 2008 pelos bancos centrais americano, europeu e japonês,
- a mortalidade natural dos turistas reformados, que não são integralmente substituídos por novos idosos, porque estes últimos estão a ver as suas pensões a desaparecer.
- e, por fim, a destruição das classes médias, atualmente em curso.
Já agora, acrescente-se: a TAP voltou a ter grandes prejuízos que se vão somar à sua tão gigantesca quanto dissimulada dívida (pública) acumulada.
Não é por acaso que se vislumbra uma nova guerra social no horizonte.
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