Hiperinflação na Hungria (1946): varrem-se as notas de uma moeda que, de um dia para o outro, passou a valer zero. |
O tsunami de hiperinflação já esteve mais longe de regressar à Europa!
The Exter Inverted Pyramid - A Refresher (ZeroHedge, 23-04-2012)
This morning, a vastly expansive essay by Lew Spellman of the University of Texas in Austin titled "Warren Buffett and the New Calculus of Gold" is making the rounds, and while the narrative is largely defensive of gold, and its role as the only true safe collateral in a world rapidly depleted of the latter (as we have been arguing for the past 2 years) as proven over and over by the fact that the entire modern system now relies more on re-re-re-rehypothection of existing collateral than on spending money for CapEx purposes and to replace an aging asset base, we wonder: is this realization really just now being grasped by the world? Are the forward thinkers of the world only now understanding that in a world with hundreds of trillions of imaginary collateral whose ultimate owner will never be tracked down, and a daisy-chained bankrupt domino collapse will come before anyone finds out who owns what (much in the same was as MF Global is a symptom of the entire modern financial system), only that which is tangible, undilutible and real will have value?
Que acontecerá quando a curva ascensional da expropriação fiscal em curso atingir o seu pico?
Uma de duas coisas: multidões em fúria, revoluções violentas e guerras, ou então, uma aceleração do processo de expropriação de valor através da hiperinflação — isto é, da criação infinita de dinheiro puramente virtual, sem nenhuma contrapartida durável— que acabará por desembocar na tragédia da primeira hipótese. As eleições francesas de ontem e a queda do governo holandês hoje apontam para um abrandamento da austeridade, que a Alemanha acabará por aceitar, abrindo-se deste modo caminho à nova Dona Branca do Quantitative Easing, embrulhada com a designação: apoio ao crescimento e ao emprego! Deste embuste piedoso, que contará com a fanfarra dos escribas da "Esquerda", sairá, porém, o monstro da hiperinflação e as suas revoltas, revoluções e guerras.
O Joker deste jogo chama-se regresso da marco alemão e colapso do euro!
A hiperinflação é um processo acelerado e concentrado de expropriação maciça de valor através da desvalorização da moeda e de todos os ativos fiduciários, com a consequente apropriação especulativa das poupanças. O excesso de liquidez criado artificialmente pelos bancos centrais faz desaparecer o valor da moeda até ao ponto em que está terá que ser substituída por outra.
Os mais ricos dos mais ricos (os tais 1%), com o apoio dos governos corruptos, falidos e apavorados, resolvem, de um momento para o outro, que é chegado o momento de forçar a concentração da propriedade dos bens materiais e culturais através do empobrecimento instantâneo das classes médias profissionais e empresariais, usando para tal, numa primeira fase, a tenaz dos impostos, e numa segunda, se a primeira não resultar completamente (nunca resulta!), a inflação acelerada dos preços de todos os bens essenciais, sobretudo alimentos, água, energia e transportes.
As classes médias, sem emprego ou com os seus negócios inviabilizados pela usura bancária e pelos impostos, são forçadas a desfazerem-se de quase tudo e entram num processo de empobrecimento drástico e acelerado, quando não mesmo de miséria. Deste modo a economia descapitalizada, ou melhor dito, os bancos insolventes, depois de terem especulado até à exaustão com as poupanças alheias, recuperam as suas bases de ativos, reiniciando em seguida a estabilização do sistema financeiro. Pelo caminho, 99% da população ficou muito mais pobre, a classe média foi saqueada pelos bancos e destruída pelos políticos corruptos. Lentamente, depois da catástrofe, o processo de formação de valor recomeça num novo patamar de exploração capitalista.
Uma nota de 10 euros, ou um clique de rato numa operação de pagamento eletrónico, são promessas de troca justa de um bem (por ex.: uma pizza) por um crédito (uma nota, ou um registo na coluna de créditos do meu extrato bancário), o qual dará mais tarde para trocar por outro bem idêntico (outra pizza), ou por outro bem com o mesmo valor comercial (por ex.: um CD da Lady Gaga). No entanto, se entre a compra da primeira pizza e a compra da segunda, um ou dois dias depois, eu passar a precisar de duas, três, dez, cem, mil, um milhão, um milhar de milhões de notas de 5 euros para adquirir a mesma pizza, o que aconteceu foi que todas as minhas poupanças foram derretidas por esta corrida atrás de ativos cujo preço sobe exponencialmente. É isto a hiperinflação. E o mais grave é que semelhante fenómeno pode estar em encubar no interior da presente crise de especulação e endividamento mundiais :(
A corrida aos ativos já começou, aliás, à escala global.
A China, por exemplo, está a tentar trocar, o mais rapidamente possível, a sua gigantesca pirâmide de IOU ("I owe you"), isto é, de dólares americanos, por ativos sólidos, em todo o mundo. Os chineses sabem que a era do dólar tem os dias contados desde o momento em que a pirâmide de Ponzi formada por uma moeda que deixou de estar indexada a qualquer valor tangível (ouro, balança comercial, cesto de moedas mundiais, etc.) começou a perder interessados em comprar mais dólares, ou sequer a aceitá-los em troca de petróleo, metais raros, bicicletas, computadores ou guarda-chuvas. Esta corrida inflacionará rapidamente os preços da energia e das matérias primas, sobretudo se for acompanhada por outro países.
Não parece, porém, que a China e os países produtores de petróleo possam via a fazer aos países industrializados e urbanizados do Ocidente o mesmo que os bancos do Ocidente estão neste momento a fazer aos povos europeus e dos Estados Unidos e Canadá, com a colaboração dos governos corruptos que têm nos bolsos. Assim como a Europa e os Estados Unidos correm sérios riscos de verem brotar revoltas, revoluções e guerras civis, também os países ditos emergentes correm o risco, se não abrandarem a sua corrida aos ativos ocidentais, que são sobretudo monopólios e oligopólios de serviços associados a bens naturais e às tecnologias, de se depararem com uma brusca interrupção do livre comércio mundial, ou mesmo com a ameaça de uma nova guerra mundial.
Os tempos não podiam ser mais incertos e perigosos :(
A pirâmide invertida de Exter
Pirâmide investida de Exter |
Mr. Denninger and Gold – Part Deux or: A Rebuttal to All Fiat Money Apologists
As the higher layers are liquidated – indeed, evaporate (h/t Trace) as the market for them simply stops existing - in search of the “most marketable good” or the most liquid asset, initially everything will fall against the dollar and Gold. In fact, as I’ve said before, this pyramid is the reason why - as capital accelerates its flow down the pyramid - we can expect more and more instances of the dollar and Gold going up together. Indeed, a final spectacular rise in the dollar – lulling many dollar-deflationists into a false sense of complacency - will be our signal that the show is about to end. It is this collapse of the second-last layer – the dollar or the “Federal Reserve Note” layer - that will manifest as hyperinflation. Many dollar deflationists who realize the truth about Gold think they can time this, trade around it and switch to Gold when the time comes. However, there is no guarantee that Gold will be available at anywhere near today’s prices – or indeed available at all – at that point. Much of it will happen too quickly for many people to even comprehend what hit them.
Many people will go through the different layers of the pyramid losing chunks of their capital along the way, before they come to the conclusion that Gold is the ultimate “go to” asset – at which point they may not have anything left to preserve. Trading in the rigged paper markets casino will virtually assure that outcome. But those who know what’s really happening will go directly to Gold. They will be the ones who really hit it out of the park. — in ZeroHedge .