Bastaram doze meses...
Não foram as ameaças a impedir a conferência de Jaime Nogueira Pinto. Foi o medo. Foi a conivência. Foi o reconhecimento da superioridade da extrema-esquerda.
Helena Matos, Observador, 7/3/2017
Aguardo excitadíssimo uma reação dos professores e alunos da Universidade Nova que condenam esta censura inacreditável da liberdade de expressão. O sucedido é grave, sobretudo se o virmos no contexto de uma degradação económica e institucional das classes médias, e do ascenso do populismo por toda a Europa e Estados Unidos. Esta combinação é o fermento típico do fascismo, que aliás sempre nasceu no ventre dos partidos socialistas e comunistas patrióticos. Escrevo isto com o à-vontade de quem nunca prestou grande atenção à direita corrupta ou desmiolada que temos. E de quem nunca leu, nem tem especial apreço pelo taciturno Jaime Nogueira Pinto. O que me preocupa mesmo é a degenerescência, a corrupção e o fascismo que começa a medrar no útero das esquerdas.
E agora Marcelo?
Como se vê por este incidente, que o Presidente da República não comentou (e ele comenta tudo, não é?), Marcelo Rebelo de Sousa, afinal, nem fala de tudo, nem é equidistante. Tão poucos meses para tão grande arrependimento—o meu!