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sexta-feira, junho 12, 2020

Titanic-sur-Mer


A nossa 'posição líquida de investimento internacional' (investimento estrangeiro em Portugal versus investimento português no estrangeiro) é desastrosa. Revela que a economia portuguesa já só é marginalmente nacional. Energia, parte das redes de abastecimento de água, auto-estradas, portos, aeroportos, telecomunicações, indústria automóvel e aeronáutica, redes de distribuição alimentar (salvo redes do Pingo Doce e Continente), boa parte da banca comercial e de investimento, tudo isto já não nos pertence nem temos capacidade para recomprar... Como iremos ver no caso da TAP.

Enquanto isto se agrava dia a dia, os sindicatos pedem mais dinheiro para os funcionários e trabalhadores do Estado e da órbita deste, ao mesmo tempo que o desemprego e as falências pessoais e de empresas disparam, ao mesmo tempo que a classe política delira em completa dissonância cognitiva com a realidade, e a agitação cultural cresce, estimulada por agentes externos infiltrados nos partidos e organizações da esquerda e da extrema esquerda.

As revoluções socialistas e fascistas deram-me em períodos históricos de inovação e desenvolvimento acelerado (industrial) do sistema capitalista. Nada disto existe hoje. Atingimos, à escala global, vários picos inultrapassáveis: do crescimento da produção e consumo de energia, da taxa de crescimento demográfico, da degradação ambiental, e, por consequência, das taxas de crescimento real do produto interno mundial, bem como dos rendimentos, seja do trabalho, seja do capital. Só o endividamento geral continua a crescer, suportado pela criação artificial de dinheiro. Com este panorama estrutural instalado, o regresso às revoluções sociais, nomeadamente espicaçadas por uma fragmentação cultural agressiva e crescente não anuncia nada de bom...

O espectro partidário convencional não tem soluções. Tornou-se, aliás, um peso morto das economias. No resto da sociedade, por sua vez, voltam a crescer o medo e a superstições ancestrais.

Será possível desenvolver uma utopia democrática, desta vez, associada à resistência contra a precariedade geral que se avizinha? Talvez devêssemos estudar à lupa a história das Irmandades do Divino Espírito Santo açorianas, e o milenarismo de Joaquim de Fiore, onde Thomas More terá ido buscar inspiração para a sua famosa Utopia.



Los cinco gráficos que explican por qué la Europa 'despilfarradora' y la 'ahorradora' están condenadas a enfrentarse. elEconomista.es

Ahora, con la crisis del coronavirus los desequilibrios podrían acentuarse. Por un lado, los países del sur sufrirán una recesión económica más intensa, que generará nuevos desequilibrios fiscales y golpeará sin piedad al mercado laboral. Por otro, el superavit exterior que tanto ha costado alcanzar a España o Portugal podría peligrar si la pandemia afecta al turismo de una forma más prolongada e intensa, puesto que ese superávit dependen en gran parte de las rentas que entran del exterior con los turistas que llegan de todo el mundo. Estas diferencias podrían convertir las disputas entre norte y sur en algo permanente hasta que las economías de la zona euro converjan de una forma real o aprendan a vivir siendo un área monetaria formado por un mosaico economías heterogéneas.