Mostrar mensagens com a etiqueta Parlamento Europeu. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Parlamento Europeu. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, julho 05, 2017

Um parlamento ridículo, o europeu!

Jean-Claude Juncker, president of the European Commission, before a debate at the European Parliament in May. Only about 30 of the 751 members of Parliament attended a meeting Tuesday morning.
Credit Patrick Hertzog/Agence France-Presse — Getty Images

Será que os deputados europeus não são pagos à sexta feira por todos nós?


A burocracia partidária tem a mesma falta de vergonha em todo o decadente continente europeu. Já notaram como vários deputados portugueses ao Parlamento Europeu estão todas as sextas feiras em Lisboa, ou no Porto, a fazer propaganda nos principais canais portugueses de televisão? Será que nós, europeus, não lhes pagamos às sextas-feiras? E se pagamos, como podem estar a trabalhar em programas regulares de televisão? Não são deputados a tempo inteiro, com dedicação exclusiva? Já agora, cobram pelas suas inestimáveis prestações televisivas?

Já agora, onde estava cada um dos deputados portugueses ao parlamento europeu à hora em que Jean-Claude Juncker destemperou?


“Nunca mais estarei presente numa sessão como esta”
“O Parlamento Europeu é ridículo, muito ridículo. Saúdo os que se deram ao trabalho de estar na sala. Mas o facto de haver só uma trintena de deputados presentes neste debate é suficientemente demonstrativo que este parlamento não é sério”, disse Jean-Claude Juncker, intervindo no primeiro debate do dia em Estrasburgo, às 09:00 (08:00 em Lisboa), e perante uma sala praticamente vazia.
Lusa/ Negócios, 04 de julho de 2017 às 12:20

domingo, junho 29, 2014

O monstro

O Leviatã de Hobbes ao virar da esquina desta crise?

Do monstro da dívida ao monstro Estado


O Leviatã de Hobbes é a imposição do estado totalitário a uma sociedade dividida e incapaz de autogovernar-se democraticamente. O famoso monstro da dívida de que falava Cavaco Silva quando os primeiros sinais de um processo de endividamento incontrolado foram conhecidos, poderá estar já em plena metamorfose kafkiana. Desta mudança de estado poderá resultar uma nova burocracia totalitária, ainda que disfarçada e protegida pela separação entre o mundo real —cada vez mais pobre e estagnado— e o mundo da nova cultura virtual em rápida ascensão —onde a ilusão de democracia, de riqueza e de satisfação será atingida a várias dimensões, com forte predominância dos estímulos visuais, sinestésicos e fantasmáticos.

Sob o pretexto de atacar os ricos e os banqueiros, certamente responsáveis por uma parte do desastre em curso, os governos e os seus bancos centrais, burocracias e forças pretorianas estão obviamente tentados, se não já totalmente comprometidos, com uma estratégia de diversão em massa cujo objetivo é a imposição de uma espécie de capitalismo de estado à escala global, totalitário, e em última análise destinado a controlar a transição das sociedades de crescimento inflacionista acelerado para um novo tipo de sociedades de crescimento moderado (2-3%), ou semi-estagnadas e pautadas por um crescimento material escasso e lento —entre 0,1 e 0,2% (D H Fischer (1996), Thomas Piketty (2014)—, acompanhadas eventualmente por uma espécie de realidade aumentada capaz de gerar novos géneros de satisfação individual e coletiva, globais e instantâneas. Bem vindos, finalmente, ao Admirável Mundo Novo!

Não será, pois, por acaso, que as lutas intestinas no seio dos partidos —de que a tentativa de remoção estalinista da atual direção do PS desencadeada por Mário Soares e pelas suas tropas de avental é um vergonhoso exemplo— tenderão a vir ao de cima nos tempos mais próximos, assim como a emergência de movimentos populistas anti-partidários. Todos pretendem, no fundo, o mesmo: cavalgar o longo período de empobrecimento e desigualdade que se aproxima.

Marinho e Pinto "O dinheiro que dão aos eurodeputados é chocante"

Marinho e Pinto, em conversa com o jornal i, denunciou o dinheiro que é dado aos eurodeputados, no Parlamento Europeu, chegando mesmo a afirmar que se vive uma situação "aberrante", pois está a gastar-se o dinheiro dos contribuintes.

O atual cabeça-de-lista do Partido da Terra (MPT) revela que é demasiado dinheiro e para “os deputados oriundos de países como o meu, onde parte do povo pede esmolas e pessoas não saem porque não têm onde trabalhar, chegar e ver as disponibilidades financeiras... há qualquer coisa de errado”, denuncia.

Por Notícias Ao Minuto | 08:32 - 28 de Junho de 2014
European deputies award themselves a generous Christmas bonus
By Stefan Steinberg
20 December 2010

European parliamentary deputies awarded themselves a handsome Christmas bonus earlier this month. Members of the European parliament (MEPs) voted in favour of a 2 percent pay rise backdated to the middle of last year. In addition MEPS also agreed a 2.3 percent increase in their allowances. This means that all of the 736 deputies in the European parliament will receive a New Year’s lump-sum gift of over £5,400 [US$8,378] in addition to their regular salaries and expenses.

The increase in pay and allowances raises the net personal income of each deputy in 2011 to more than £170,000. This total combines an annual salary for MEPs of £80,829, plus the sum of £90,876 in “daily subsistence” and “general expenditure” expenses. It means the daily allowance for MEPs will go up from €297 to €304. MEPS are not required to provide any receipts or proof of expenditure for their allowances. MEPs can of course earn far more than £170,000 and are entitled to draw additional wages from other sources of work such as consultancy, legal services, etc.

Published by the International Committee of the Fourth International (ICFI). World Socialist Web Site.

A regra: "38.5% of a European Court judge's salary" deu nisto: os deputados europeus ganham mais de 7300 euros x 14 meses = 103,580 euros/ano. Fora as ajudas de custo, que superam os 113 mil euros/ano. Fora a segunda pensão de reforma que muitos deputados auferem, a cargo de um fundo de pensões próprio, mas cujo financiamento recai em 2/3 sobre os cidadãos europeus. Fora a proteção fiscal inadmissível de que beneficiam relativamente aos demais cidadãos europeus que pagam impostos. Fora as mordomias, invisíveis na folha de pagamentos, mas quem têm impacto evidente no orçamento familiar. Fora a corrupção!

A realidade destas cifras não é demagogia, nem populismo. É simplesmente a prova de que as burocracias são uma espécie de cancro social que cresce sem controlo. A riqueza produzida já não chega para tanto Pão de Ló, nem em Portugal, nem na Europa, nem em nenhuma outra parte do planeta. A oferta agregada mundial já não consegue satisfazer a procura agregada mundial. Daí a inflação dos preços da energia e dos bens alimentares. Daí o endividamento público e privado crescente e catastrófico. Só a dívida total dos Estados Unidos é praticamente a mesma do PIB líquido mundial. Se isto não bastasse para nos tirar o sono, pense-se no que poderá advir do mercado financeiro especulativo, quando é sabido que o valor nocional dos contratos de derivados OTC equivale a quase 10x o PIB mundial.

Notional amounts increased substantially in the first half of 2013, up from $633 trillion at end-2012. The increase was driven in part by a further shift towards clearing through central counterparties (CCPs). When contracts are cleared through CCPs, notional amounts reported for the BIS's surveys increase because one contract becomes two.

OTC derivatives statistics as at end-June 2013
BIS,  November 2013

A austeridade e o austericídio tornaram-se porventura inevitáveis, pois na realidade são o resultado de as elites mundiais (financeiras, industriais, intelectuais e partidárias) terem enfiado a cabeça na areia durante as últimas três décadas, enquanto os rendeiros, piratas e devoristas de todo o mundo se dedicaram e continuam a dedicar a sacar o máximo que conseguiram e conseguem de um pote cada vez menos generoso para a generalidade dos cidadãos. O business as usual prossegue, não só entre os especuladores do costume, mas também, de forma cada vez menos aceitável por parte dos eleitorados, entre as burocracias sindicais e estados maiores partidários tradicionais. Admiram-se depois que o populismo cresça na Europa, e por esse mundo fora. Estas aristocracias e nomenclaturas nepotistas não percebem, porque não querem perceber, que o seu futuro está tão ameaçado como o daqueles milhões que, desde 2006-2008, começaram a ser literalmente expropriados dos seus haveres, das suas poupanças e do seu futuro.

Mas acabarão por perceber. É só uma questão de tempo...

Civil Unrest Is Rising Everywhere: "This Won't End Pretty"

The Guardian reported that some 50,000 people marched in London to protest against austerity. They cried: “Who is really responsible for the mess this country is in? Is it the Polish fruit pickers or the Nigerian nurses? Or is it the bankers who plunged it into economic disaster – or the tax avoiders? It is selective anger.”

The exploitation by the bankers has been really a disaster. They have been their own worst enemy and in the end, they have become the symbol that inspires class warfare if not revolution. They are not the representatives of those who produce jobs. They are merely those who wanted to trade with other people’s money for free. When they win, it is their’s, but any losses are passed to the taxpayers. Bankers should be bankers – not hedge fund managers who keep 100% of the profits using other people’s savings.

Martin Armstrong Warns Civil Unrest Is Rising Everywhere: "This Won't End Pretty". Submitted by Tyler Durden on 06/28/2014 14:40 -0400. ZeroHedge

sexta-feira, março 12, 2010

Internet

Não ao ACTA!

Parliament threatens court action on anti-piracy treaty
Published: 10 March 2010 | Updated: 12 March 2010

The European Parliament defied the EU executive today (10 March), casting a vote against an agreement between the EU, the US and other major powers on combating online piracy and threatening to take legal action at the European Court of Justice.

An overwhelming majority of MEPs (663 in favour and 13 against) today voted a resolution criticising the Anti-Counterfeiting Trade Agreement (ACTA), arguing that it flouts agreed EU laws on piracy online.

The Parliament's resolution states that MEPs will go to the EU Court of Justice if the European Commission, which is leading the negotiation on behalf of the European Union, does not reject ACTA rules that would allow cutting off users from the Internet if caught downloading copyrighted content. — Ler mais.

O ACTA (Anti-Counterfeiting Trade Agreement) é um atentado à liberdade de comunicação, circulação de ideias e de mercadorias no ciber-espaço, e é uma tentativa de os monopólios da comunicação (redes físicas, redes electrónicas e conteúdos) se apropriarem da propriedade virtual que é a Internet. Sob o pretexto da defesa dos direitos de autor alguns americanos, europeus e asiáticos, conspiram há muito para transformar o ciberespaço numa coutada global. A isto teremos que dizer não.

Devemos ainda e desde já exigir aos deputados da Assembleia da República, aos partidos políticos portugueses e aos anunciados, e confirmados, candidatos presidenciais, que tomem posição imediata sobre este assunto.

A crise económico-financeira é um assunto prioritário. Mas não podemos esquecer que é precisamente durante estas crises, em que a atenção pública se encontra demasiado focada num só tema, que as negociatas e por vezes atentados às liberdades públicas se insinuam e por vezes conseguem impor-se.

Speak out against ACTA

ACTA, the Anti-Counterfeiting Trade Agreement, is a proposed enforcement treaty between United States, the European Community, Switzerland, Japan, Australia, the Republic of Korea, New Zealand and Mexico, with Canada set to join any day now.

Although the proposed treaty’s title might suggest that the agreement deals only with counterfeit physical goods (such as medicines), what little information has been made available publicly by negotiating governments about the content of the treaty makes it clear that it will have a far broader scope, and in particular, will deal with new tools targeting “Internet distribution and information technology”. — in Free Software Foundation.

EU Parliament votes 663-13 against ACTA's enforcement measures
Cory Doctorow at 7:40 AM March 10, 2010

The European Parliament resoundingly voted against the secret Anti-Counterfeiting Trade Agreement (ACTA), in a resounding 663 to 13 tally. The parliamentarians defied the EU executive and threatened to take the issue to the European Court of Justice if the EU doesn't reject ACTA's provisions on disconnection for infringement and other enforcement provisions.  — in Boing Boing.

OAM 698—12 Mar 2010 11:39