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segunda-feira, maio 13, 2013

26ª Cimeira Portugal-Espanha

Mapa das regiões e cidades-regiões, corrigido a partir da proposta do PS

Portugal continua a arrastar o dossier ferroviário com os pés, ou seja, a máfia e a tríade de Alcochete continuam a mandar no governo, no PSD, no CDS, no PS e no PCP!

Petisqueira (que nome lindo;) e Villarino de Manzanas têm a partir de ontem uma nova ponte para os negócios e para o amor (La Razón). Parabéns! É preciso aumentar o número, a largura e a velocidade das pontes entre Portugal e Espanha, e não atrofiá-las, como vêm fazendo as elites corruptas aninhadas em Lisboa sob o manto protetor do Orçamento e da passividade bovina dos portugueses.

De Badajoz e Vigo a Berlim, Moscovo e Pequim, de Gibraltar (Punta Palomas-Punta Malabata) a Marraquexe e Riade, a nova rede ferroviária euro-asiática, de bitola europeia e de alta velocidade caminha a passo certo, nomeadamente em Espanha (ver mapa interativo), com um único obstáculo: os manhosos e corruptos da Lusitânia, para quem o futuro continua a ser a especulação imobiliária, e portanto, somar ao aeromoscas de Beja (onde enterraram —nos seus bolsos fundos, claro— 38 milhões de euros) o embuste da cidade aeroportuária que era para ser na Ota e agora querem à viva força que seja nas imediações de Alcochete — onde piratas do PSD e do PS adquiriram terrenos para o efeito.

Entretanto, vamos na 26º cimeira ibérica. 

Desde 2002 que as ligações ferroviárias em bitola europeia entre Portugal e Espanha, por Valença—Vigo, por Vilar Formoso—Salamanca, por Elvas—Badajoz e por Vila Real—Huelva, estão em cima da mesa. Desde 2002 que os governos da Tugalândia fazem figura de chinês nas negociações, comprometendo-se com decisões de Estado que logo não cumprem, inventando sucessivas desculpas de mau pagador. Na realidade, só há uma explicação para o indecoroso comportamento diplomático português: a corrupção das tríades e máfias partidárias, financeiras e rendeiras que têm comandado o país e o conduziram à bancarrota.

É por estas e por outras que defendo sem hesitação, ao contrário das elites corruptas e do PCP, a nossa permanência na Eurolândia. É a única hipótese que temos de um dia meter na cadeia mais alguns corruptos e de refrescar radicalmente a democracia portuguesa.

Na cimeira luso-espanhola que hoje tem lugar em Madrid deveriam estar representadas as regiões fronteiriças portuguesas, além do governo central, tal como sucede do lado espanhol. O facto de a escória partidária indígena ter travado até agora a criação das regiões portuguesas previstas na Constituição (só berram pela Constituição quando lhes convém), e de nem sequer ter ainda pensado nas vantagens, em matéria de poupança pública, racionalidade e vantagens económicas óbvias, da criação das cidades-região de Lisboa e Porto (cujo estatuto político-administrativo deverá ser da mesma ordem das regiões autónoma insulares), não deveria impedir que representantes das regiões de Entre-Douro e Minho, Trás-os-Montes e Alto Douro, Beira Interior, Alto Alentejo, Baixo Alentejo e Algarve, estivessem presentes, na qualidade de observadores competentes e cooperantes.

Portugal tem que mudar, ou morre! 

E para mudar tem que começar por baixo, isto é, tem que começar por exigir e ganhar mais poder nas freguesias, nos concelhos, e nas regiões históricas do país — o que, na realidade, significaria, menos divisão da que existe, menos despesa estúpida da que existe, e muito maior capacidade na tomada de decisões racionais, justas e proporcionadas.

Portugal tem, por outro lado, que atacar, com prisão, mas sobretudo com regras claras e sintéticas, a pandemia da corrupção que tem minado até à medula o futuro deste país.


POST SCRIPTUM — como sempre, os nossos ministros e as suas comitivas adoram viajar e ir de compras à custa do erário público. Por uma questão de produtividade, à chegada de Madrid, devemos perguntar a Passos Coelho e aos seus ministros que resultados obtiveram, de facto, do seu passeio pela Gran Vía.

Enquanto nós andamos em cimeiras, os alemães trabalham...

A DB Schenker, em Portugal, lançou um novo serviço intermodal, porta-aporta, de Portugal até a Alemanha e vice-versa
Oferecemos um serviço pioneiro – uma ligação directa entre Portugal e a Alemanha por ferrovia.
  • Tempos de trânsito fixos
  • Saídas semanais para e de Portugal
  • Transporte “amigo do ambiente”
  • Sem restrições de circulação (feriados e fins-de-semana)
  • Sem sobretaxa de combustível, portagens e Ecotaxa
  • 2700 km em 3 dias
 LINK

Em 1995 encomendei a impressão e embalagem de 1000 CDs multimédia na Alemanha. O preço era competitivo com as alternativas manhosas que eram fornecidas por cá, e os alemães entregavam os CDs 8 dias depois da encomenda. A encomenda foi feita por email, o contrato foi feito por email (em 1995), e por email recebi a confirmação da entrega na Rua Nova da Trindades, num determinado dia da semana, durante a manhã. E assim foi, pontualmente. Mais do que a velocidade anunciada das entregas, importa sobretudo a confiança no preço, na qualidade e nos prazos contratados. Será que algum dia compreenderemos estas três variáveis de sucesso?


ÚLTIMA HORA (Cimeira luso-espanhola)

Cimeira luso-espanhola, principal conclusão: implementar um projecto-piloto para a troca automática de informação em matéria tributária.

Há um novo estado policial a caminho. Chama-se fascismo fiscal. Ou seja, os governos da Europa só parecem assertivos numa coisa: o confisco fiscal dos mais fracos!

Tudo o resto é vago...

Em vez de convergirem as tabelas de impostos nos países da UE, em vez de baixarem impostos nos países cujos governos e burocracias se habituaram a viver à conta de quem produz, os governos, e logo Portugal e Espanha (!), procuram confiscar descaradamente tudo o que podem... e a todos, menos ao sector financeiro especulativo.
Cimeira Ibérica: Portugal e Espanha acordam troca de informações e políticas comuns contra fraude fiscal. Jornal de Negócios, 13 Maio 2013, 13:35 por Lusa.
Os governos de Portugal e Espanha assinaram hoje um protocolo que estabelece consultas regulares destinadas à troca de informações e experiências e a adopção de políticas comuns em matéria de combate à fraude fiscal.

e...

"O protocolo hoje assinado vem reforçar os mecanismos ao dispor de cada país para um combate à fraude e evasão fiscais mais eficaz, designadamente, através da actualização dos acordos bilaterais em matéria de assistência administrativa mútua, do estabelecimento de consultas regulares entre os dois Governos destinados à troca de informações e experiências em matéria fiscal, da adopção de políticas comuns em matéria de combate à fraude fiscal no quadro europeu e internacional e, finalmente, da prestação da assistência e consulta mútua no processo de implementação do projecto-piloto para a troca automática de informação em matéria tributária, no âmbito da União Europeia", refere a declaração final da cimeira ibérica.

Última atualização: 14 mai 2013, 22:43