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quarta-feira, abril 08, 2015

Jovens preparados para empregos em extinção

Protesto estudantil contra a lei do Primeiro Contrato de Emprego (CPEL). Lyon, 2006
[Ernest Morales/Flickr]

Fighting youth unemployment: an EU priority

Between 2007 and 2013, youth unemployment reached record highs across Europe, dramatically increasing from 15.7% to 23.4%, according to Eurostat. EU heads of state and government agreed in February 2013 to launch a €6 billion Youth Employment Initiative (YEI) to get more young people into work — EurActiv, 14/7/2014

É necessário combater a 'escravatura' disfarçada no falso voluntariado não remunerado e nos estágios sem direitos e sobre-explorados. Em Portugal há hoje uma verdadeira selva nesta matéria, em parte por causa de governantes, deputados e sindicatos que apenas cuidam dos eleitores dos partidos de que são extensões, e ainda porque a despolitização dos grupos sociais em geral, e dos jovens em particular, é desgraçadamente grande. Os partidos oportunistas da nossa corrompida e populista democracia nada ou quase nada têm feito por um verdadeiro e diálogo social e cultural, preferindo entreter os jovens com cursos universitários sem futuro, telemóveis, festivais rock e festas de caloiros.

Combater o desemprego juvenil implica criar novos empregos e redistribuir o tempo de trabalho disponível, em vez de explorar intensivamente (até à exaustão) os 'felizardos' que obtêm um contrato precário a troco de regimes frequentemente ilegais de trabalho, a que as autoridades fecham os olhos, e onde é frequente vermos pessoas sujeitas a 56 horas de trabalho semanal, sem fins-de-semana, sem feriados, e sem férias, por mil euros mensais brutos, aos quais o Estado, central e autárquico, e as burocracias várias ainda retiram impostos, taxas crescentes e um sem número de custos processuais.

Quando os burocratas anunciam que vão deitar dinheiro em cima do problema, investindo mais, dizem, na Educação e na Formação Profissional, temos que averiguar como o fazem...


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sábado, março 09, 2013

Jovens de todo o mundo, uni-vos!

Mario Draghi, conferência do BCE, março 2013 (LINK)
A preocupação de Mario Draghi sobre o desemprego jovem é clara

O desemprego é uma tragédia. Mas porque motivo incide com mais intensidade nos jovens? Porque não existe uma distribuição mais uniforme do desemprego? Draghi crê que a causa principal se encontra na circunstância de a flexibilidade laboral ser sobretudo aplicada aos jovens.

É seguramente uma boa explicação. Mas porquê? O artigo de Katinka Barysch é particularmente claro a este respeito.

A escassa presença dos jovens nos sindicatos, nos partidos políticos e sobretudo nas eleições europeias, legislativas, regionais e municipais é seguramente a principal causa dessa espécie de egoísmo dos mais velhos (concentrada no comportamento populista e eleitoralista dos partidos e sindicatos) que é preciso analisar, discutir e mudar.

Mais do que as perversas juventudes partidárias, que mais não são do que o almofariz onde se confecciona a reprodução das burocracias partidárias, é fundamental que os jovens afirmem a sua presença política na sociedade de uma forma mais participativa, audível, consistente, programática — em suma, política.

A sorte está, em grande medida, nas vossas mãos!

Youth unemployment - Europe's 'lost generation'?
by Katinka Barysch

[...]

Eurofound presents evidence that strict regulations, such as job protection laws, hurt young job-seekers disproportionately. A company will not hire young inexperienced workers if it cannot get rid of them in case they turn out to be useless or the business outlook deteriorates. Measures that are on the surface designed to benefit young workers – such as stronger rights for temporary and part-time workers or minimum wages – can push up NEET rates. However, although politicians regularly deplore Europe's high youth unemployment rates, the steps to improve the situation are often timid.

Employment specialists at a recent World Economic Forum workshop in Rome agreed that successful labour market reforms are not usually imposed by governments. They are haggled out between trade unions and employers. But Europe's trade unions tend to represent older workers with full-time, permanent positions. They fight less fiercely for the interest of young workers, those in part-time or temp jobs or those looking for work. Only 10 per cent of young workers are members of trade unions in the UK. In the Netherlands, roughly two-thirds of trade union members are over 45. The average age of officials in Germany's powerful engineering union is almost 50.

The result is that the needs of young people are not properly represented in debates about how to change labour markets. Hence another – perhaps somewhat surprising – solution to the youth unemployment problem is for more young men and women to join trade unions and make their voices heard. Europe's young people are suffering disproportionately in the current crisis. European countries, and the EU, must do more to prevent them becoming a lost generation. Although many structural reforms will only really yield results when economic growth returns, the time to put them in place is now.

30 nov 2012

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