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sábado, agosto 22, 2015

Cacafonia eleitoral

Frente da manifestação de 15 de setembro de 2012 em Portimão
 Foto: Virgílio Rodrigues/Algarvephotopress/Global Imagens, in JN [editada]

Vendilhões sem vergonha esgadanham-se por tachos orçamentais


A oposição acusa a coligação Portugal à Frente de querer ter o dobro do tempo nos debates televisivos. É a resposta à decisão de Pedro Passos Coelho de não participar no debate de 22 de setembro, por causa da ausência de Paulo Portas. - See more at: http://www.rtp.pt/noticias/politica/oposicao-acusa-coligacao-de-querer-peso-a-mais-em-debates_v853099#sthash.l4FbslhX.dpuf

in RTP, 22/8/2015

O CDS já se dissolveu no PSD? Não. Os Verdes já se dissolveram no PCP? Não. O PSR, a UDP e alguns trânsfugas do PCP dissolveram-se no Bloco de Esquerda? Sim. Então de onde vem a ideia peregrina de excluir o CDS e os Verdes de um debate onde estariam todos os partidos parlamentares que são simultaneamente candidatos às próximas Legislativas?

Esta democracia está em adiantado estado de decomposição mental.

Os pequenos partidos emergentes devem tirar partido de mais esta manifestação da decadência partidária que tomou conta do regime e o afundou, não para reclamar mais uma cadeira na cacafonia eleitoral que se anuncia, mas exigindo espaço mediático autónomo, como novos partidos que são, nada tendo que ver com o MRPP e outras relíquias do passado.

domingo, setembro 02, 2012

A RTP e o cavacóide

Roncão d'El Rei, campo de golfe. Um latifúndio a abater?
Foto: Augusto Chaves

Mude-se a Constituição!

Presidente não recebeu propostas oficiais
Cavaco diz que "qualquer alteração" na RTP merece "explicação aprofundada" do Governo

01.09.2012 - 11:07 Por PÚBLICO

O chefe de Estado lembrou ainda que a RTP presta "um serviço público nos termos da Constituição", pelo que "o Estado deve assegurar a existência e funcionamento de um serviço público de televisão e de rádio". "Qualquer alteração do modelo não deixaria com certeza de ser objecto de uma explicação aprofundada por parte do Governo de forma a que os portugueses percebam o sentido e a razão das mudanças a realizar nesse domínio", acrescentou Cavaco Silva.

O Cavaco do BPN veio hoje, qual golfista de gema, alertar para as obrigações constitucionais em matéria de televisão e rádio, tal como ontem o impedido Marcelo alertava para o perigo de a RTP ir parar a mãos estrangeiras! E a ANA, sotôr Marcelo, pode deixar de ser um monopólio público para passar a ser um monopólio privado, em mãos espanholas, angolanas, ou chinesas? Não fere a Constituição, sotôr? Ai Jesus, andamos todos todos tão aflitos :( !!!

Agora a sério, já alguém neste país se deu ao trabalho de ler a nossa Constituição? Pois digo-vos o que sinto: é pura anedota! Se não me creem, leiam estas duas passagens, entre muitas outras de rir à gargalhada, ou de chorar:

"Preâmbulo

A Assembleia Constituinte afirma a decisão do povo português de [...] abrir caminho para uma sociedade socialista, [...].

Artigo 94.º (Eliminação dos latifúndios)

1. O redimensionamento das unidades de exploração agrícola que tenham dimensão excessiva do ponto de vista dos objectivos da política agrícola será regulado por lei, que deverá prever, em caso de expropriação, o direito do proprietário à correspondente indemnização e à reserva de área suficiente para a viabilidade e a racionalidade da sua própria exploração.

2. As terras expropriadas serão entregues a título de propriedade ou de posse, nos termos da lei, a pequenos agricultores, de preferência integrados em unidades de exploração familiar, a cooperativas de trabalhadores rurais ou de pequenos agricultores ou a outras formas de exploração por trabalhadores, sem prejuízo da estipulação de um período probatório da efectividade e da racionalidade da respectiva exploração antes da outorga da propriedade plena."

No que respeita ao serviço público de Televisão e Rádio, o golfista da Aldeia da Coelha diz que se deve respeitar a Constituição. E em matéria de socialismo, e de expropriação de latifúndios, que nos diz este rapaz jovial que colocámos em Belém?

Se não quiserem privatizar a RTP e a RDP a 100% (como defendo, com salvaguarda das marcas e arquivos, que deverão manter-se propriedade pública) façam como os americanos: reduzam estas duas fontes de despesa, corrupção, propaganda e manipulação político-partidária, a orçamentos e serviços mínimos — sem taxa, nem indemnizações compensatórias!