Café da manhã
- ONDE estão os 80 mil milhões de euros?
COMENTÁRIO: este depoimento revela até que ponto a prosperidade em queda do Ocidente parece depender ainda de um saque criminoso executado pelas ex-potências coloniais nas antigas possessões, agora através de verdadeiras redes mafiosas de Estado! Muitas ex-colónias em África e na América Latina são verdadeiras cleptocracias protegidas hipocritamente pelos Estados Unidos e pela Europa. A revolução democrática alastra do Iémen a Marrocos, passando pela Argélia, e por países verdadeiramente críticos para o equilíbrio sempre instável do petrolífero Médio Oriente, como é o caso do colapso eminente da ditadura corrupta do Egipto, ou do que mais tarde se verá na Arábia Saudita. Bastou uma pessoa, num acto de desespero, ter dito não à ignomínia, para que todo um dominó de corrupção começasse a cair. É altura de os levianos e medíocres líderes europeus que temos porem as barbas de molho!
- EGÍPCIOS "quebraram o muro do medo" e prometem o maior protesto para hoje. Manifestantes tentam aproveitar dinâmica de contestação iniciada na Tunísia e que já chegou ao Iémen. El Baradei regressa ao Cairo e pede a "reforma" do Presidente Hosni Mubarak — Público, 2011-01-28.
COMENTÁRIO: EUA e Europa forçam a múmia de serviço a deixar o topo da escumalha.
- GOVERNO assegura empréstimo de 1.500 milhões junto do BEI. O Governo assegurou, já para o primeiro trimestre de 2011, a disponibilização de um empréstimo do BEI, no valor de 1.500 milhões.
A quantia destina-se a apoiar a contrapartida pública nacional dos projectos QREN.
O primeiro-ministro José Sócrates abriu o debate quinzenal na Assembleia da República com um conjunto de novas medidas para acelerar a execução do QREN e promover a competitividade e modernização da economia. Entre eles conta-se também o reforço em 50% da dotação atribuída a concursos agora concluídos no âmbito do sistema de incentivos para as empresas exportadoras, o reforço da linha de crédito QREN Invest, actualmente fixada em 850 milhões de euros, o aumento para 75% do limite máximo da taxa de apoio ao investimento elegível das empresas, no sentido de combater "as dificuldades de acesso ao financiamento bancário", explicou o primeiro-ministro — Económico, 2011-01-28.
COMENTÁRIO: É sempre bom ter um Cravinho no sítio certo :) Mas atenção: os empréstimos que viabilizam o QREN, sobretudo junto dos municípios portugueses, na sua maioria falidos e, pior ainda, insustentáveis por falta de estratégia, são para pagar. Ou seja, o que temos pela frente é mais endividamento! O QREN tem que ser aplicado criteriosamente e na perspectiva, diria exclusiva, do desenvolvimento de sistemas económicos municipais e regionais auto ou pelo menos parcialmente sustentáveis. Uma vez mais, compete em primeiro lugar às araras partidárias observar, meditar e agir sobre este barril de pólvora.
- BRUSSELS considers bold plan to finance start-ups. The European Union is considering an ambitious plan to help business start-ups find financing, EurActiv has learned. Within two years, the EU wants to ensure that venture capital funds established in any member state can function and invest freely throughout the bloc by adopting a new legislative regime.
Policymakers also want to test the feasibility of an online platform for matching offers and requests for venture capital within the Enterprise Europe Network, according to a draft of the Small Business Act review, obtained by EurActiv — Euractiv.
COMENTÁRIO: ver para crer...
- EAST EUROPE nuclear plants struggle to find investors. Cash shortages and uncertainty over energy prices are delaying or cutting back nuclear power projects across Central and South-Eastern Europe, threatening energy supply and a push to abandon polluting coal — Euractiv, 2011-01-27.
COMENTÁRIO: com os actuais níveis de endividamento público e privado, falta de capital, problemas de segurança inerentes e custos associados à construção e ulterior desactivação das centrais nucleares, os países estão a deixar esta opção energética para trás. O recente discurso de Barack Obama sobre "O Estado da Nação", e as dificuldades aqui descritas sobre os países do leste europeu, são sinais concludentes.
- EU businesses struggle to find feet in China. The language barrier and culture clashes are preventing European companies from tapping into the Chinese market, agreed organisers of an EU-China management exchange scheme. Meanwhile, the EU has opened a centre in Beijing to help SMEs.
European firms can establish themselves in China easily enough but struggle to expand their business due to their lack of local knowledge – as well as the complexity of Chinese laws, they noted.
''We need more people learning Chinese,'' stated Franz Jessen, head of the China Unit in the EU's new External Action Service. He proposed introducing language training in primary or secondary schools — Euractiv, 2011-01-28.
COMENTÁRIO: depois do inglês, o nosso impagável Sócrates poderia tirar outro coelho da cartola: ensino de chinês opcional desde a escola primária… até a universidade! Seria uma via rápida para criar uma rede de contactos altamente reprodutivos com a economia, a diplomacia e a cultura chinesas. Estou farto de dizer que deveríamos retribuir o empréstimo de Macau a Portugal, durante mais de 400 anos, com um empréstimo semelhante, agora da nossa parte, à China. Já pensaram o que os chineses fariam de uma qualquer aldeia arruinada do Alentejo? Pensem nisso: 18 Km2 de Alentejo, arrendados à China durante 100 anos...
- LOS TÓPICOS sobre la rentabilidad del AVE. Los sucesivos gobiernos de España han invertido con entusiasmo en la construcción de líneas de alta velocidad ferroviaria, con fuerte apoyo de los medios de comunicación (la cobertura informativa ha sido tan espectacular y acrítica que me recuerda lo que Luis Garicano contaba aquí sobre el gasto en publicidad de las grandes empresas y sus consecuencias; y también, permítanme la frivolidad, esta pieza maestra), obviamente con el soporte de sus usuarios directos, que pagan un billete que escasamente cubre los costes variables y, sorprendentemente, con el respaldo agradecido del resto de la sociedad, que sigue creyendo que en esto de las infraestructuras, cuanto más grande y más caro, mejor.
El asunto es serio, muy serio, porque es mucho el dinero público que se ha invertido, y se sigue invirtiendo, en un modo de transporte demasiado caro para lo que ofrece... — El Confidencial.
COMENTÁRIO: A discussão da Alta Velocidade ferroviária continua acesa, também em Espanha, o país com a segunda maior rede de "TGVs" do mundo (atrás da China), 2600 Km em serviço. A tendência neste momento dominante é a de combinar as vias de Alta velocidade, em "bitola europeia", ou bitola internacional (UIC), com as redes convencionais, em "bitola ibérica" no caso da Península Ibérica. A solução da ligação Lisboa-Madrid-Barcelona (resto de Espanha/França…) terá pois que ser inflectida para soluções mistas. A Blogosfera aposta, aliás, que é isto mesmo que será feito em Portugal. Os comboios rápidos AVE circularão a Alta Velocidade (250Km/h) entre Madrid e Évora, e de Évora a Lisboa, os rodados telescópicos do AVE permitirão que os comboios circulem pela "bitola ibérica" até Lisboa, a 120Km/h. Muito melhor do que isto seria ruinoso para o Estado, não atrairia privados interessados na exploração do serviço (como terá que ser...), e os passageiros acabariam por exigir menos velocidade, menos preço e acima de tudo várias ligações diárias. Lisboa-Madrid em três horas e meia é mais do que bom!
Fica aqui um testemunho de un nuestro hermano que sabe da poda (mas cujo nome, porém, devo preservar):
"A partir de ahora habrá muchos artículos de este tipo. No les falta razón pues con el AVE se han cometido muchos excesos, pero en mi opinión aquellas relaciones que a medio plazo lleguen a las 100 circulaciones dia en ambos sentidos la linea AVE esta perfectamente justificada, y algunas líneas ya están a punto de alanzar ese numero de cirrulaciones, tal el caso de la relaciónes Madrid-Andalucia, Madrid-Aragon-Cataluña, Madrid-Levante, y lo pueden ser tambien Madrid-Pais Vasco-Frontera Francesa y Madrid-Lisboa-Oporto. Puede que mas adelante, pero sin prisas, también se deberá contemplar las relaciones Valencia-Barcelona y Vitoria-Zaragoza(Bilbao-Barcelona). El resto de relaciones no justifica un solo tramo de línea AVE pues en mucho tiempo no pasaran de 12 ó 14 circulaciones día y para ese numero una línea AVE es un despilfarro. Lo que debe hacerse es una parte del recorrido por línea AVE(consiguiendo grandes disminuciones de tiempo de viaje) y la otra parte por la línea convencional modernizada, pero sin hacer grandes obras(ojo a los carísimos tuneles, viaductos y nuevas estaciones). En los pasados años, en España, a la vez padecimos una la desmesurada especulación inmobiliaria, ha tenido lugar una excesiva construcción de infraestructuras(autopistas, líneas ferreas,areropuertos,etc) alentado el proceso por las constructoras, bancos y políticos demagogos que pedian que todo pasase por su pueblo. Hay que parar esa locura o la economía española lo pagara caro."