quarta-feira, setembro 30, 2015

Afinal, quem é que convidou a emigrar?

in Público, 29/09/2015

António Costa martela a verdade, à boa maneira marxista-leninista


O governo socialista português, por sua vez, promove, sem vergonha, a emigração portuguesa para toda a parte, sobretudo para a Europa, e em especial para Espanha, não registando tais movimentos nas suas estatísticas de emigração -- pois sendo livre a circulação de pessoas e bens na União Europeia, não faz formalmente sentido registar os movimentos demográficos internos à comunidade como migrações, ao mesmo tempo que se enganam as estatísticas do desemprego.

— in O António Maria; Portugal-Espanha: socialistas ibéricos promovem dumping social!, 24/5/2008

Quando António Costa acusa a coligação de deixar emigrar meio mundo, esqueceu-se dos dois gráficos que aqui publicamos. De 1984 para cá a emigração voltou a entrar numa curva ascendente, e em 2000 disparou. Desde que a emigração em massa portuguesa recomeçou (uma realidade aqui denunciada em 2008), até ao momento em que a hemorragia demográfica parece ter estancado (2013), os governos foram sempre cor-de-rosa, exceto durante os malfadados nove meses em que tivemos um 'intermezzo' chamado Pedro Santana Lopes. 

Ou seja, foi durante os últimos quatro governos 'socialistas' que os portugueses mais emigraram, repetindo um fenómenos que só na década de 60 do século passado, com o início das guerras coloniais, foi ainda mais grave. 

Convém, neste Carnaval eleitoral, não esquecer os factos. 

À boa maneira estalinista, António Costa martela a verdade como quem bebe um copo de água, e acha que o povo socialista deve insistir no erro de votar nesta corja (como escreve Rui Ramos) de oligarcas. 

Eu, por mim, vou votar num partido emergente. No Nós, Cidadãos! O regime partidário que temos sofre de gangrena irreversível.

Portugal: emigração anual entre 1850 e 2008
(clique para ampliar)

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