Ou seja, os governos de quase todo o mundo vão ter que rever os seus planos de investimento e obras públicas, muito para além do que temiam.
Se descontarmos a contabilidade criativa que abunda nas estatísticas políticas oficiais de boa parte dos países, nomeadamente Portugal, a recente revisão em baixa do nosso crescimento para 0,5% é uma anedota típica de Verão. Estamos em recessão, ponto final!
Leia-se o que Nouriel Roubini acaba de escrever sobre o assunto:
The Perfect Storm of a Global Recession
There is now an increasing probability that the global economy - not just the US - will experience a serious and protracted recession. Macro developments in the last few weeks suggest that now all of the G7 economies (the group of the major advanced economies including US, UK, Japan, Germany, France, Italy and Canada) are already in a recession or close to tipping into one. Other advanced economies or emerging markets (the rest of the Eurozone including Spain. Ireland and the other Euro members; New Zealand, Iceland, Estonia, Latvia and some other South-East Europe economies) are also on the tip of a recessionary hard landing.
And once this group of twenty plus economies enters into a recession there will be a sharp growth slowdown in the BRICs (Brazil, Russia, India and China) and other emerging market economies. The IMF defines a global recession as a global growth rate below 2.5% as emerging market economies usually grow much faster (6%) than advanced economies where growth averages about 2%. For example, a country like China - that even with a growth rate of 10% plus has officially thousands of riots and protests a year - needs to move 15 million poor rural farmers to the modern urban industrial sector with higher wages every year just to maintain the legitimacy of its regime; so for China a growth rate of 6% would be equivalent to a recessionary hard landing. It now looks like that, by the end of this year or early 2009, the global economy will enter a recession. -- in Nouriel Roubini's Global EconoMonitor.
As fabulações de José Sócrates e do dromedário das obras públicas sobre novas auto-estradas que já custam 40% mais do que o governo estimou (antes de haver um único risco, uma única conta de merceeiro e qualquer candidato), aeroportos intercontinentais rodeados de cidades aeroportuárias (capitaneados pelo grande vice-Rei do aeromoscas de Beja), pontes lunáticas entre o Barreiro e Chelas, e TGVs a desembarcar na Gare do Oriente depois de arrasar meia zona oriental da capital, bem terão que esperar por melhores dias, como creio que tive a oportunidade de avisar há três anos atrás!
OAM 416 13-08-2008 02:53
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