17-02-2009 (Sol) — O presidente da EDP, António Mexia, questionou hoje o interesse de uma alternativa ferroviária à linha do Tua por entender que, com a construção da barragem, a ferrovia perde o seu principal atractivo que é a paisagem.
O que este Mexia cínico não diz a ninguém é que o plano de barragens em curso, que o expedito Pepe rápido de Freeport despachará à velocidade da luz, perante a hesitação (e oportunismo?) de Manuela Ferreira Leite e Cavaco Silva, serve apenas para encobrir o fracasso das eólicas, cujo rendimento energético é um verdadeiro flop!
Quando os americanos e a Merrill Lynch souberem da marosca, lá se vai o optimismo caseiro fabricado pela EDP (1).
A variabilidade e inconstância dos ventos, subavaliadas nos estudos aldrabados que justificaram os vultuosos investimentos na energia eólica portuguesa, não permitem atingir a produção energética prometida aos investidores e ao país. Para compensar há então que construir num instantinho (para isso serve o Pepe rápido de Freeport) 11 novas barragens, já que a capacidade de compensação das centrais hidroeléctricas existentes é insuficiente para atingir a quantidade de mega Watts prometida e esperada. Se fossem substituídas as turbinas envelhecidas das actuais centrais hidroeléctricas por turbinas mais eficientes, haveria compensação, mas ao que parece insuficiente, e sobretudo longe dos parques eólicos construídos e em construção.
Trata-se pois de fazer barragens para enganar os accionistas da EDP, e para vender energia a preços leoninos —i.e. de cartel— aos incautos portugueses.
Sabiam os portugueses que a energia que consomem à noite é de origem nuclear, vem de França, e é vendida a Portugal ao preço da chuva, quer dizer, abaixo do preço de custo? Paga-se, porém, esta energia nocturna a preços comparativamente elevados face ao que realmente custa, engordando ilegitimamente as margens de comercialização dum bem essencial que, como tal, deveria ter preços regulados, em vez da corrupta fantochada de livre concorrência que os neoliberais de Bruxelas (a começar por Durão Barroso) andaram a impingir à Europa nas últimas duas décadas.
A falência óbvia da União Europeia face à China e à generalidade dos países emergentes, onde os recursos energéticos, naturais e financeiros estão obviamente nacionalizados, deve servir-nos de lição. E sobretudo deve servir para travarmos colectivamente a inércia especulativa que persiste nas entranhas da tríade de piratas neoliberais que tomou conta do PS (representado pelo cada vez mais insuportável Pinóquio de Freeport), exigindo a renacionalização dos principais recursos naturais, energéticos e financeiros estratégicos do país.
As minas de ouro que são as grandes bacias do Douro e do Tejo, i.e. os rios que dão água e energia eléctrica a mais de 80% das grandes cidades-região de Lisboa e Porto, não podem estar na mão de especuladores, nem à mercê duma qualquer falência que possa comprometer a independência nacional em matéria de água e energia eléctrica.
Não é um qualquer Mexia de trazer por casa que pode atemorizar uma Secretária de Estado, e muito menos a democracia!
Outro objectivo não declarado da EDP do cínico Mexia (um imbecil chapado) é a apropriação privada dum bem comum: a água! Ou seja, os piratas da EDP e da Iberdrola pretendem pura e simplesmente tomar conta de duas verdadeiras minas de ouro situadas nas duas principais bacias hidrográficas nacionais: a água e a energia eléctrica.
Muito mais do que pelo assassínio de paisagens, que alegremente estão dispostos a cometer, esta gentalha tem que ser posta no sítio pelo perigo que representa para a independência e autonomia nacionais. A sua lógica de submissão canina à falida globalização neoliberal é de facto uma ameaça que deve ser debelada quanto antes.
Que José Freeport se passeie de braço dado com os ex-ministros portugueses ao serviço das privatizadas Iberdrola e EDP (2) é toda uma lição de promiscuidade entre a política e os negócios, de reiteração de um modelo neoliberal ultrapassado que tem quer rapidamente revisto, e mesmo de traição pura e simples aos óbvios interesses portugueses no que se refere ao absoluto controlo das nossas principais reservas estratégicas: água, energia, território e mar.
NOTAS
- 17-02-2009 (Económico) "A energética liderada por Ana Maria Fernandes (na foto) é a acção preferida do Merrill Lynch para o sector das Renováveis."
"Na opinião dos analistas do banco norte-americano, a acção da quarta maior eólica do mundo está "a ser castigada por um ‘outlook' incerto relativamente ao investimento", sendo que o Merrill Lynch espera que a administração clarifique a situação na apresentação dos resultados, marcada para 26 de Fevereiro." - Hoje de manhã José Sócrates andou de braço dado com o presidente da EDP —o dito Mexia, ex-boy do PSD— arengando que a nova barragem (que destruirá o rio Sabor) é uma oportunidade de emprego e de progresso para o país. Acontece que a EDP, hoje uma empresa privada, está envolvida em três processos judiciais sobre a legitimidade de prosseguir com a barragem que destruirá, para nada, uma paisagem única e habitats protegidos por lei. Manda a lei e a decência que o primeiro ministro se mantivesse equidistante dos contendores, neste caso, a EDP e a Liga de Protecção da Natureza. Mas não, o homem por detrás do primeiro ministro é um facilitador nato. Está-se nas tintas para a lei e para a decência. E o resultado é este: andar de braço dado com o pirata-mor da EDP. Como amanhã andará de braço dado com o pirata-mor e traidor Pina Moura —lacaio da Ibertrola. Uma desgraça que merece, cada vez mais, uma inadiável revolta de cidadania.
OAM 538 17-02-2009 17:10
4 comentários:
subscrevo-o totalmente. o Mexia é um bom vendedor de produtos financeiros ao balcão de um banco ou algo parecido. Um vendedor-comissionista à frente de uma empresa estratégica como a EDP é uma farsa.
lino
A pandilha de Macau está a dirigir-se ao país como o Ali Babá e os 40 ladrões.
O vale do Tua tem 30 km de Zona Demarcada do Douro que ficará debaixo de água se a barragem for consumada.
Estive a conversar com um engenheiro construtor de barragens e especialista em energia, que por razões da óbvia necessidade de protecção da fonte, num país dirigido por piratas que usam e abusam do ministério público, dos serviços de informação da república e das polícias para prosseguirem os seus fins corruptos, não divulgo. A conversa girou em volta deste artigo. Passo a resumir os argumentos mais importantes:
1) Há um verdadeiro assalto aos rios portugueses (sobretudo aos afluentes ainda intactos dos grandes rios Douro, Tejo e Guadiana) programado pela EDP e pela Iberdrola —a irmã espanhola da EDP dirigida no nosso país por um traidor chamado Pina Moura—, com os préstimos do Pepe rápido de Freeport, colocado onde está pela tríade de Macau.
2) Os ventos, imprescindíveis à energia eólica, são variáveis e oscilantes, e essa variabilidade não está coordenada com o consumo da energia eléctrica.
À noite há vento, mas não há consumo eléctrico ou são comparativamente baixos e pouco rentáveis na perspectiva das empresas que nos vendem a energia, pelo que Portugal importa energia vendida pelas centrais nucleares francesas ao preço da uva mijona.
E de dia, quando se dão os picos de consumo (que a EDP vende a preços exorbitantes), o vento sopra onde quer e quando quer, pelo que centenas ou mesmo milhares de ventoinhas eólicas estão frequentemente paradas, como qualquer um de nós já teve oportunidade constatar.
Ora é precisamente nos picos de consumo que a EDP e a Iberdrola mais precisam de energia gerada no nosso país. É durante estes picos que estas empresas puxam ao máximo pelos preços, contribuindo, também por esta via, para a reconhecida falta de produtividade da economia portuguesa!
Ao coalharem o país de ventoinhas (em vez de terem planeado a coisa de modo progressivo e sustentável), para suprirem a capacidade de geração da centrais hidroeléctricas, precisamente durante o dia e sobretudo nas horas de ponta, esqueceram-se de avaliar correctamente a variabilidade e oscilação dos ventos, pelo que, depois de terem investido milhares de milhões de euros nas ditas ventoinhas (oriundos nomeadamente dos mercados financeiros especulativos), descobriram que o débito das mesmas é criticamente imprevisível e não chega para as encomendas! Ou seja, a peneira desenhada para colher as pepitas douradas dos picos de consumo energético, não consegue cumprir os objectivos anunciados — nomeadamente aos accionistas e especuladores que investiram nos cartéis energéticos de todo o mundo, nomeadamente em Portugal.
Daqui a necessidade de um plano urgente de novas barragens, com grupos reversíveis — i.e que permitem forçar a água que move as turbinas regressar de novo às albufeiras —, situadas nos afluentes dos grandes rios portugueses, e cujo principal objectivo é suprir a grande e escandalosa falha do programa eólico nacional.
As novas barragens têm como principal objectivo produzir a energia prometida pelas ventoinhas que infestam o país, por vezes em zonas onde nunca deveriam ter sido colocadas. Ou seja, em vez de se correr com o incompetente e arrogante Mexia da EDP, temos que ouvir este capataz do Bloco Central dizer que quer corrigir os erros crassos de que é responsável à custa de toda a espécie de ilegalidades e sobretudo da destruição de patrimónios e recursos insubstituíveis! Em nome de quê devemos aturar esta criatura indecente e medíocre?
2) Para construir a barragem do Tua privam-se as populações do direito constitucional de conservar uma ligação ferroviária à rede nacional (a Linha do Tua) - sem restabelecimento possível, no caso de a inundação do vale do rio Tua se consumar. Para construir as barragens do Tua, Sabor, Fridão, etc..., ameaçam-se populações (se for construída a barragen do Fridão, e um dia houver um azar, e o paredão da barragem ruir, a cidade de Amarante ficará submersa!), destroem-se habitats insubstituíveis, eliminam-se paisagens únicas, e depois, o emprego temporariamente criado evapora-se, e ficam apenas barreiras físicas e corporativas ao desenvolvimento local.
Ninguém pesca, perde-se o direito à água que sempre fora público, ninguém navega — em suma, deixa-se que empresas privadas sem controlo e prepotentes realizem uma autêntica conquista económica e física de uma parte crucial do território nacional.
Douro e Trás-os-Montes, ao contrário do que se julga, não são pobres.
Pobre é a maioria da gente que lá vive! Mas daquele vale do ouro (daquele rio Douro) vem boa parte da riqueza nacional. Sob a forma do vinho e azeite que todos conhecemos e apreciamos, mas ainda mais como boa parte da água e da energia eléctrica que alimentam as grandes cidades-região de Lisboa e Porto! Ou seja, rios que correm em Portugal, sobretudo o rio Douro e seus afluentes, são hoje muito mais valiosos que o ouro que já não temos! Como foi possível deixarmos avançar as abutres da globalização neo-liberal por tamanha riqueza dentro?
É preciso renacionalizar a EDP quanto antes!
E é preciso restringir claramente os direitos das empresas privadas envolvidas na exploração dos recursos hídricos e energéticos nacionais. EDP, Iberdrola, Endesa, etc. não podem continuar a comportar-se como assassinos ecológicos e salteadores impunes da água e das energias renováveis dos países por onde andam. Há que reverter o processo pulha que conduziu à privatização destas outrora empresas públicas dos dois países ibéricos. -- OAM
Parabéns pela coragem e pelo artigo
Para complenentar a prepotencia de uns e baixar da ...de outros um atigo do amigo em
http://pensar-carrazeda.blogspot.com/2009/02/daqui-e-dali-ruicmartins.html
Daqui e dali... RuiCMartins
A Negociação “Secreta”
No Centro de Apoio Rural de Carrazeda realizou-se quinta-feira (12/02/2009) uma reunião/debate entre o Presidente da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães, Eugénio Castro, representantes da EDP e os populares (19) que, por mero acaso tiveram conhecimento deste debate e resolveram aparecer.
Estranhou-se o facto de haver imensas pessoas deste concelho que estariam seguramente presentes, caso esta acção tivesse sido divulgada.
A EDP vinha apresentar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) à população de Carrazeda de Ansiães.
O assunto em discussão é da máxima importância para o nosso concelho e suas populações.
Pena que tenha havido o cuidado de não divulgar a reunião, não fossem surgir questões menos cómodas aos actores em cena.
Cedo se percebeu que afinal as questões eram para ser respondidas pelo senhor Presidente da Câmara e que havia perguntas e dúvidas que não se podiam colocar para não prejudicar as negociações "secretas" havidas pelos "iluminados" autarcas, pois tudo o resto são considerados ignorantes. Tanto assim que quando alguma questão menos cómoda foi colocada, logo o interveniente era mandado calar, como foi o caso de um Presidente de Junta, ou então havia que mostrar um ar agastado e, indelicada e arrogantemente, dizer que se estavam a prejudicar as tais negociações "secretas".
Que contrapartidas estão os autarcas a negociar com o Governo e a EDP que sejam do interesse e que afectem positivamente as populações dos concelhos afectados pela construção da barragem de Foz Tua?
Tendo a EDP já pago ao Governo a quantia de 60.000.000,00 € por ter ganho o concurso para a construção, que contrapartidas estão as autarquias a negociar com o Governo destas quantias já pagas pela construção que tanto vai afectar as populações locais?
Qual a posição da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães perante as declarações da Secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, que disse que "se for considerado imprescindível o encerramento do troço em causa [por causa da construção da nova barragem da EDP], deverão ser garantidas, pela concessionária, condições para a criação de uma variante ferroviária". ?
As decisões tomadas secretamente por "iluminados" que arrogantemente tomam decisões unilaterais que têm impacto em toda a população, levaram o nosso concelho ao estado de ruptura em que se encontra.
Esta será talvez a última oportunidade que o concelho de Carrazeda de Ansiães tem de exigir e reivindicar um desenvolvimento integrado e sustentável em troca da destruição dos nossos vale e linha únicos na Europa.
Queremos contrapartidas concretas que se reflictam directamente em cada um dos carrazedenses e que não passem apenas por um despejar de dinheiro nas autarquias que não chegam sequer para pagar as dívidas existentes.
Queremos museus que não caiam, obras que cheguem ao fim a custos controlados, infra-estruturas que funcionem, estudos prévios, planificação consciente do que se deve fazer, discussão pública e transparente de todo o processo.
Estudo! Planificação! Transparência!
Queremos que nos respeitem!
RuiCMartins
Por RuiCMartins às 11:35:00 AM
Rubrica: Daqui e dali..., RuiCMartins
13 opiniões:
Anónimo disse...
E não é pedir demais. Apenas tudo a que temos direito e que temos visto a nos ser negado consecutivamente. Apoiado
16 de Fevereiro de 2009 13:56
Anónimo disse...
Parabéns Senhor Doutor Rui Martins por ter tido a coragem de desmascarar o sr presidente da câmara.
Boa,gostei.Era isso que todos d
deviam fazer.
FP
16 de Fevereiro de 2009 16:52
Anónimo disse...
Agora, após ler Dr. Rui Martins, posso concluir que tudo quanto tenho dito sobre o ditador de Carrazeda, não é ficção, é uma fixação necessária até ao último segundo do seu mandato!
16 de Fevereiro de 2009 17:27
Secundino.Lopes disse...
Penso que o actual executivo já nada tem a ganhar nem a perder. Dai esta atitude de esconder o futuro. Assim esta região só fica a perder. Bem aproveitado "politicamente" este projecto poderia canalisar verbas e outros projectos importantes para a região. Mais uma vez perdemos porque anda cada um a trabalhar para si !
16 de Fevereiro de 2009 18:39
Anónimo disse...
Dr. RCM, permita-me deixar-lhe aqui um caloroso aplauso por esta tão lúcida, justa e pertinente tomada de posição pública. É assim, com a coragem e a determinação dos mais capazes, que se pode "levantar" um concelho demasiado castigado por um cinzentismo generalizado (e este exemplo é flagrante) de muitos anos. Parabéns.
Cumprimentos.
h. r.
16 de Fevereiro de 2009 19:31
Anónimo disse...
Até que enfim, aparece alguém a por os pontos nos is!
Já era mais do que sabido que o Presidente de Camara jamais se importou com o fututo do concelho e da população, é mais do que evidente.
Só espero que isto sirva para alguns (e muitos)abrirem os olhos, que teem tido fechados ou não querem abrir.
M.Fernandes
17 de Fevereiro de 2009 1:28
Anónimo disse...
Dr. Rui Martins, aplaudo a sua sábia intervenção e continue a pugnar pelo seu concelho e pela manutenção das coisas belas que Deus, através da Natureza, lhe deu.
18 de Fevereiro de 2009 14:57
Anónimo disse...
o problema do sr. presidente foi nunca se querer rodear de espíritos superiores, como o do prof. h.r.
rafaela plácido
18 de Fevereiro de 2009 22:40
Mario disse...
Caro Rui......
(Drs são aqueles que não têm nome ou orgulho nele o que tenho a certeza que não é o seu caso)
A juventude que representa tem, a partir deste momento, a responsabilidade de decidir o futuro deste concelho e desta região cortando definitivamente o cordão umbilical com forças retrógradas e mesquinhas. FORÇA
Não se preocupe com clubes nem partidos.. preocupe-se com as pessoas e com aquilo que será melhor para elas.. AVANCE com todos os que têm , com coragem , sabido dizer NÂO e sabido dizer COMO.. AVANCE COM A JUVENTUDE (Escolha não os que têm a mania que são BONS mas os que são capazes de querer e de fazer aquilo que as pessoas esperam que se faça .... os VELHOS os saberão apoiar com a EXPeriencia..
um abraço
mario
ps . Não aceito que não aceite este comentário
Ps2. O Concelho de Carrazeda tem muitos Jóvens com valor independentemente dos partidos..
OBJECTIVO Nº1 O Melhor para Carrazeda com TODOS
18 de Fevereiro de 2009 23:50
Anónimo disse...
Qual o melhor caminho? O de Rafaela Plácido que aponta o superior dos superiores, com toda a carga que isso comporta? Ou o de Mário que o exclui?
JOVEM À PROCURA DE SOLUÇÕES
19 de Fevereiro de 2009 11:55
Mario disse...
Caro
JOVEM À PROCURA DE SOLUÇÕES
Eu sugiro que os Jovens avancem pois o seu futuro está em risco
Agora o ideal seria:
O Melhor para Carrazeda com TODOS
Ou seja associar a Juventude com a experiencia mas com o mesmo objectivo
A Juventude seria o motor .. puxaria mas com força..e a experiencia seria a conselheira
E a experiencia trabalharia sem pelouros e sem ser remunerada.. porque a Juventude se preocuparia com ela
Os Jovéns concordam?
e
A Experiencia ?
cumprimentos
mario
20 de Fevereiro de 2009 11:59
Anónimo disse...
Caro Rui Martins:
A serenidade no acolhimento da notícia que te foi dada pelo Presidente da Junta, tem a mesma proporção da revolta sentida com a injustiça praticada pelo presidente do Município ao desejar estar sozinho na reunião com a EDP!
Compreendo isso, mas estamos a promover a entrega do concelho à oposição política e aos medíocres que vão continuar a servir-se do PSD para continuar o compadrio, a incompetência, a passividade!
Promover-se uma frente independente para propor-se tomar conta do nosso concelho, é um imperativo urgentíssimo!
E há tanta gente que se convidada resolveriam o problema...
É uma pena esta continuidade!
Um abraço.
Luís
20 de Fevereiro de 2009 14:57
Anónimo disse...
ESTUDO, PLANIFICAÇÃO, TRANSPARÊNCIA!
Eu diria:
* Estudo (caso de polícia, ou seja sindicância urgente),
* Conhecimento transparentye ao concelho e ao País;
* Liquidação de dívidas ao mesmo tempo que se planificará o futuro,
* Transparência na acção, sempre!
20 de Fevereiro de 2009 15:03
Recebi, a propósito do artigo ——Arrogância do Mexia—— o Manifesto Anti-Barragens do Tâmega. Este documento aumenta substancialmente o nosso conhecimento sobre a captura do Estado português, realizada sem a menor contestação democrática parlamentar e sob o alto patrocínio da actual pandilha governamental.
Como escrevi, ao arrepio da Declaração do Milénio sobre a água (ONU), e do quadro de acção comunitária no domínio da política da água, transposto para a ordem jurídica nacional ao fim de dois anos de incumprimento, o actual governo anunciou e procura transformar num facto consumado, a toda a pressa, o ecocídio baptizado com o traiçoeiro nome de «Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico».
Por incrível que pareça, há um profundo desconhecimento nacional —nomeadamente entre os deputados, a comunicação social, o principal partido de oposição (PSD) e a presidência da república— dos verdadeiros motivos (puramente especulativos!) deste plano, e sobretudo das suas trágicas consequências para a sustentabilidade de um país seriamente ameaçado de insolvência e entregue a um verdadeiro Bloco Central da Corrupção que é fundamental destruir quanto antes.
Leia-se, a propósito, este excerto do Manifesto Anti-Barragens do Tâmega:
... Decorrido quase década e meia sobre os primeiros embates públicos com as iniciativas da EDP, S.A. para, em território português, submeter o rio e o vale do Tâmega aos desígnios da hidroelectricidade, em Julho de 2008 veio o Instituto da Água, I.P. adjudicar a concessão de cinco barragens na área desta bacia hidrográfica.
Retomado o propósito empresarial da construção de mais 10 «grandes»[1] empreendimentos hidroeléctricos no país, o Governo actualizou uma antiga problemática relativa à designada «cascata do Tâmega», há muito receada na região. Ela resulta não só do contrato para construção da «Barragem de Fridão» pela EDP, S.A., mas ressurge em toda a sua amplitude com a adjudicação à eléctrica espanhola IBERDROLA, S.A. da captação da água e construção de mais duas barragens no vale do Tâmega (Daivões e Vidago), e de outras duas em cursos afluentes (rio Beça – Padroselos, e rio Torno/Louredo – Gouvães). Ao todo, cinco «grandes» barragens a implantar a montante da cidade de Amarante.
Usando recurso ao designado «Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico» (PNBEPH) o aparelho de Estado – pela acção concertada da Direcção-Geral de Energia e Geologia/Ministério da Economia e Inovação com Instituto da Água, I.P./Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional –, encontrou fundamento para dar sentido às velhas aspirações de crescimento empresarial pulsantes nos poderosos mercados produtores e transportadores de electricidade. Simultaneamente, com este negócio da água do Tâmega e de seus afluentes, os cidadãos e o Baixo Tâmega estão arrastados para a fase terminal de um processo mercenário, aviltante, de implosão do vale e desregulação de toda a ordem sistémica natural, pela retirada das condições ambientais propícias à existência e à Vida, que importa saber e levar em consideração. -- in Manifesto anti-barragem.
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