É duvidoso um cenário europeu em que as energias renováveis + biofuels tripliquem o seu peso no mix energético até 2050.
Panorama UE ao fim de trinta anos de investimentos e subsídios massivos em 'energias verdes' e repressão dos combustíveis fósseis (segundo dados oficiais, 1990-2020):
Fósseis* = 35+24+17+12 = 84%
Renováveis** = 16%
Se a entrada das renováveis crescer ao mesmo ritmo dos últimos trinta anos (altamente improvável), só em 2050 a sua participação no mix energético seria de 48%.
Novo leilão em Portugal bate novo recorde mundial com o mais baixo preço de energia solar
97% menos do que o atual preço grossista da eletricidade na Península Ibérica (!)
Portugal está definitivamente na história do desenvolvimento de projetos de energia solar. Ao que o Expresso apurou, o leilão que decorre entre esta segunda e terça-feira já alcançou um preço de 1,20 euros por megawatt hora (MWh) * em pelo menos dois lotes já fechados, batendo por larga margem a marca histórica de 14,76 euros por MWh de julho de 2019 e o recorde mundial registado em abril último em Abu Dhabi.
Vamos tentar pensar o tema da energia no nosso país sem a canga de maniqueísmo habitual, mesmo conhecendo os figurões em causa.
Eu sei que é difícil. Mas vamos fazer este exercício teórico:
—num país onde desaguam 3 rios internacionais, que tem uma das maiores exposições solares anuais da Europa, mais de 2100 Km de costa, e uma ZEE marítima que corresponderá em breve a 97% do seu território (a 7ª maior do mundo, equivalente à superfície da Índia), numa conjuntura económica ímpar, nomeadamente por efeito de um financiamento europeu à convergência económica portuguesa com os países mais desenvolvidos da União Europeia, na ordem dos 130 mil milhões de euros, entre 1986 e 2019 (1), será realmente um erro apostar nas energias renováveis, nomeadamente hídrica, eólica e solar?
Por outro lado, por causa da pressão climática, da poluição e do pico petrolífero, mas também por efeito da queda da procura agregada mundial, que torna inviável continuar a consumir grandes quantidades de petróleo e carvão cuja prospeção e produção são cada vez mais caras, dificilmente poderemos negar que as energias renováveis vieram para ficar (2).
Substituirão boa parte da energia oriunda do carvão, petróleo e gás natural, e serão tendencialmente gratuitas, assim que nos livrarmos dos monopólios das infraestruturas físicas e financeiras pesadas que ainda regem o paradigma de produção e distribuição de energia à escala global.
Os custos da produção fotovoltaica têm vindo a cair à razão de 75% em cada década (a chamada Lei de Swanson). Assim que as pessoas e empresas puderem produzir livremente energia sem obrigatoriedade de venda aos atuais monopólios a preços regulados, estes mudarão de natureza, e os preços da energia começarão a cair ainda mais depressa.
Em Portugal, porém, para que esta mudança ocorra teremos que acabar de uma vez por todas com as rendas excessivas da EDP, renegociando os contratos existentes.
As redes tradicionais de distribuição de energia elétrica terão a mesma sorte que as redes telefónicas anteriores ao VoIP. Ou seja, teremos, em menos de uma ou duas décadas, plataformas de energia renovável (biomassa, eólica, solar, etc.) onde todos podem ser, ao mesmo tempo, produtores, armazenistas e consumidores, pagando um 'small fee' pela gestão das redes de distribuição e partilha. Será, porém, necessária uma super-concentração dos atuais monopólios de energia, nomeadamente através de fusões entre grandes empresas petrolíferas em transição (BP, Total, etc.) e os grandes grupos de produção e distribuição de energia elétrica. Por fim, para que os preços de consumo se aproximem dos custos reais de produção das energias renováveis (sobretudo da energia solar fotovoltaica) será também preciso eliminar a ineficiência física e financeira atual, ou seja, o excesso de grandes empresas como a EDP, e criar verdadeiros monopólios globais à semelhança do que hoje são no mundo das telecomunicações, da informação e da computação, a Apple, a Microsoft, a Amazon, a Google, a Alibaba e a Tencent.
A EDP talvez já saiba que a energia cara chegou ao fim, ou vai chegar em breve...
*— Segundo me foi explicado por especialistas, a informação do Expresso é imprecisa.
Assim o “preço de 1,20 euros por megawatt hora (MWh)” é, em primeiro lugar 1,20 euros por MW (e não MW/h) e, por outro lado, trata-se de uma oferta de um “preço de compensação”...
Transcrevo:
Há três modalidades:
1. CfD é um contrato as diferenças em que há uma conta corrente entre o promotor e o sistema. Saldada a conta corrente o promotor recebe exactamente o preço fixado no leilão.
2. Compensação Fixa
O fornecedor vende no mercado a energia que produz e paga ao sistema um preço de compensação por conseguir ter um ponto de ligação à rede (recurso escasso). Então o preço de venda que se pode comparar com o preço do ponto 1 é o preço médio da venda da energia em mercado descontado do preço de compensação pela ligação à rede.
É evidente que os promotores vão oferecer preços de compensação baixos, e a confusão gerada foi terem comparado esse preço de compensação muito baixo com o preço de venda a rede! São coisas distintas
3. Prémio Fixo por flexibilidade
É para centrais que tenham acoplado um esquema de armazenamento de energia (...). Neste caso, o produtor vende à rede a preços de mercado e vai receber do Sistema um prémio de capacidade que remunera essa potência de armazenamento que ele oferece, e esse prémio é idêntico às Garantias de Potência que as centrais clássicas recebiam pelo facto de fazerem backup as intermitentes.
Assim sendo a remuneração é em euros por MW (potência) e não em euros por MWH (energia) como alguns disseram. A dúvida que tenho (...) é esta: quem gere essa capacidade de armazenamento. Se for o promotor, ele ganha por dois carrinhos: recebe o prémio pela potência instalada, e vai vender a energia armazenada quando lhe convier ao preço de mercado elevadíssimo duma hora de maior valia da energia! Assim sendo, se ele recebe esse prémio, quem deveria comandar a entrada em funcionamento dessa potência disponível seria o Despacho, quando precisar desse backup, e não quando convier ao promotor...
NOTAS
Apesar de gigantesco, este rio de dinheiro é metade da dívida pública atual, a qual teremos que pagar, em horas de trabalho, ou em espécie...
"As Mark Lewis of BNP Paribas Asset Management wrote, 'We conclude that the economics of oil for gasoline and diesel vehicles versus wind-and-solar-powered EVs are now in relentless and irreversible decline, with far-reaching implications for both policymakers and the oil majors.' —in Jeff Booth, The Price of Tomorrow, Why Deflation Is the Key to an Abundant Future (2020). See also www.thepriceoftomorrow.com
a energia nuclear é a única alternativa economicamente rentável ao declínio da energia elétrica oriunda do carvão, do petróleo (diesel) e do gás natural;
a linha do crescimento económico é paralela à do consumo de energia, i.e.: sem energia, não há crescimento. E sem crescimento o mundo tal qual o conhecemos entrará num longo e prolongado declínio, povoado de enormes colapsos financeiros, convulsões sociais e guerras.
No nosso país, a aposta nas chamadas energias limpas e renováveis —hidroelétrica, eólica e solar— tornou a eletricidade mais cara. Este acréscimo de preço levou a grandes esforços de eficiência nalguns setores da nossa economia, mas não no principal: o setor dos transportes, onde, por exemplo, a descarbonização do transporte rodoviário, através de modernização e interligação da nossa rede ferroviária às redes europeias, foi criminosamente adiada, por motivos que ninguém entende, salvo se os interesses das tríades e a corrupção entrarem na análise. Por outro lado, o endividamento público exigido pela implementação das chamadas energias verdes pesará sobre todos nós durante, pelo menos, setenta e cinco anos. Como se isto não fosse já um desastre, o consumo de eletricidade caiu, e caiu ainda mais o consumo energético per capita. Porquê? Porque as pessoas tiveram que emigrar e/ou poupar na conta da EDP, e porque muitas empresas dependentes do consumo intensivo de energia fecharam, umas deslocalizando-se, outras não. Ora menos consumo de eletricidade significa menos faturação para o oligopólio formado pela EDP, REN, Endesa, Iberdrola e GALP, e menos receita fiscal, mesmo se ao consumo de eletricidade se veio a impor a tarifa máxima do IVA (“A subida da taxa de IVA de 6% para 23% entrou em vigor a 1 de outubro de 2011.” — Dinheiro Vivo, 26/7/2017). Mas mais importante ainda: significa menos produtividade e menos criação de riqueza!
É neste quadro que a guerra em volta do equilíbrios contratuais montou as suas barricadas. De um lado, os rendeiros cotados em bolsa, cujos escrúpulos deixam naturalmente muito a desejar. Ao lado destes, ainda que mascarados, está o regime devorista partidocrata instalado, e bem instalado, como se percebeu pela forma intempestiva como António Costa retirou o tapete a uma lei do parlamento que visava diminuir as rendas excessivas da EDP e quejandos. Do outro lado da barricada estão os consumidores, ricos e pobres, assediados simultaneamente pelo preço leonino da energia, e pelo saque fiscal dum insaciável estado partidário e burocrático, que, tal como o oligopólio da energia, se habituou a viver alegremente da extração de riqueza aos seus concidadãos.
A situação é tanto mais grave quanto se avizinham novas e mais graves crises financeiras e recessões. Meter a cabeça na areia, e persistir na propaganda e no circo mediático não vai resolver nenhum problema, mas poderá seguramente agravar irremediavelmente os que já existem. Será que alguém explicou isto mesmo ao presidente da república? É bem possível que sim. Doutro modo a sua mensagem enigmática sobre as cinzas do país permaneceria encriptada para sempre.
Junto a esta reflexão dois artigos, de leitura obrigatória, sobre o tema da energia. Sem percebermos bem este tema tudo o resto parecerá caótico e sem solução.
100% renewable electricity at no extra cost, a piece of cake?
Jean-Marc Jancovici
Going to a low carbon economy is urgent. If we are serious about it, the good idea is not to waive nuclear for renewables, but to replace everywhere on the planet coal and gas-fired power plants by what has the lowest overall system cost: nuclear. Not doing it is, explicitly, suggesting that we take 10 times more time to phase out coal and gas from electricity generation (that represent together 28% of the overall greenhouse gases emissions in the world), which is equivalent to considering that climate change is a minor risk compared to the nuclear one. It is not because it is trendy that it is true.
Our Energy Problem Is a Quantity Problem
Posted on May 30, 2018, by Gail Tverberg
Once energy consumption growth flattens, as it did in the 1920-1940 period, the world economy is negatively affected. The Great Depression of the 1930s occurred during the 1920-1940 period. Problems, in fact, started even earlier. Coal production in the United Kingdom started to drop in 1914, the same year that World War I began. The Great Depression didn’t end until World War II, which was immediately after the 1920-1940 period.
[...]
Recently (2013-2017), the world economy seems to have again reached a period of flat energy consumption, on a per capita basis.
In fact, in many ways, the flattening looks like that of the 1920 to 1940 period. Increased wage disparity is again becoming a problem. Oil gluts are again becoming a problem, because those at the bottom of the wage hierarchy cannot afford goods using oil, such as motorcycles. Young people are finding their standards of living falling relative to the living standards of their parents. They cannot afford to buy a home and have a family. Governments are becoming less interested in cooperating with other governments.
[...]
A major reason for the flat world per capita energy consumption starting in 2013 is the fall in China’s coal production after 2013. Coal production is falling in quite a number of other countries as well, as the cost of production rises, and as users become aware of coal’s environmental issues. Other sources of energy have not been rising sufficiently to keep total per capita energy consumption rising. A person can see in the China chart that wind and solar production are not rising sufficiently to offset its loss of coal production. (Wind and solar are part of Other Renewables.) This situation occurs elsewhere, as well.
What role do wind and solar play in maintaining world energy supply? The truth is, very little. While a great deal of money has been spent building them, wind and solar together amounted to only about 1% of total world primary energy supply in 2015, according to the International Energy Association.
[...]
Globalization requires ever-expanding energy supplies to meet the needs of a rising world population. To maintain globalization, we need a growing supply of energy products that are very cheap and scalable. Unfortunately, wind and solar don’t seem to meet our needs. Fossil fuels are no longer cheap to extract because we extracted the resources that were least expensive to extract first. Our problem today is that we have not been able to find substitutes that are sufficiently cheap, non-polluting, and scalable.
Em todas as áreas azuis a população deixou de crescer e envelhece.
Estagnação demográfica, envelhecimento e o fim da energia barata.
Olhando para o gráfico da demografia mundial entre 1961 e 2015, verificamos que a taxa de crescimento começou a cair em 1969 (2,1%), estando em 2015 nos 1,18%. No entanto, a população continua a crescer, sobretudo no continente africano.
As regiões com maior rendimento per capita do planeta—Estados Unidos, Canadá, Europa ocidental, Austrália, Japão—estão em processo de envelhecimento acelerado e estagnação demográfica. Mas não só: China, Brasil e Rússia, por exemplo, encontram-se em situação semelhante. O crescimento demográfico em países como o México, ou na América do Sul à exceção do Chile e Brasil, em França, na Arábia Saudita e Turquia, no Casaquistão e na Mongólia, Índia, Paquistão, Malásia, Indonésia e Nova Zelândia, situa-se entre os 2 e os 3 filhos por mulher, havendo assim nalguns destes países renovação geracional efetiva. Só em África se verifica ainda aquilo a que poderíamos chamar uma explosão demográfica, sobretudo nas regiões subsarianas e no centro do continente.
África já é o segundo continente mais populoso do planeta, depois da Ásia central e do sul. Até 2030 terá mais 493 milhões de pessoas (passando dos atuais 1.186 milhões para 1.679 milhões), e em 2050 haverá mais 1.292 milhões do que hoje, ou seja, o continente africano terá então uns 2.478 milhões de almas. Se pensarmos apenas nos grandes países de língua portuguesa, em 2030 Brasil terá +20 milhões de pessoas (207.848 > 228.663), Angola, +14 milhões (25.022 > 39.351), e Moçambique, +13 milhões (27.978 > 41.437).
Olhando para o mapa acima percebe-se até que ponto os países que deixaram de crescer demograficamente (a Península Ibérica, se nada fizer, perderá 700 mil pessoas até 2030), ou acolhem população jovem de outros continentes, ou morrem de velhos, provavelmente no meio de grandes convulsões sociais. Falta, porém, saber como programar o inadiável rejuvenescimento destas sociedades demograficamente estagnadas, sem causar dramas como os que hoje afligem a Europa, lançando os países numa corrida populista em direção ao abismo. Precisamos de discutir sem complexos estes temas.
Uma das origens da estagnação demográfica e económica é o fim da energia barata, bem como de outras matérias primas que, tal como o petróleo e o gás natural, só são baratas se forem abundantes e de fácil acesso. Durante algumas décadas o endividamento público e privado escondeu a realidade dos preços, ou seja, que os recursos necessários à economia e à vida das pessoas se tornaram demasiado caros quando comparados com os rendimentos declinantes do trabalho. Hoje, com as bolhas financeiras a rebentarem por toda a parte, o crescimento real praticamente estagnado, desemprego e falta de novos empregos, percebe-se que a queda da procura agregada mundial veio para ficar (ainda que possa aumentar até 2030-40, moderadamente, pelo efeito induzido pelo crescimento da população mundial) e vai impor alterações radicais nas sociedades. Poderá mesmo interromper a globalização competitiva baseada no desenvolvimento assimétrico, provocando o regresso das soberanias nacionais. Também neste ponto há necessidade de abordar os temas com imaginação, nomeadamente no que toca à sempre possível fragmentação da União Europeia e do euro. A este propósito, o Brexit, por um lado, e a experiência alemã, por outro, serão provavelmente os melhores observatórios para acompanhar este problema e esta discussão.
Algumas ilusões tecnológicas devem, entretanto, ser afastadas da nossa imaginação e sobretudo da nossa agenda política. Uma destas ilusões é a das energias renováveis. A outra é a de que o nosso maior problema são as alterações climáticas, as quais, por sua vez, legitimam a corrida ruinosa pelas energias eólica e fotovoltaica, ou a criação de novas bolhas especulativas, como o chamado mercado das emissões de carbono. Finalmente, a ideia de substituir tabalho humano por máquinas inteligentes não é nova e acelera há alguns anos na vertente informática, da inteligência computacional e da robótica. Esta aceleração poderá resolver alguns problemas associados ao envelhecimento e à estagnação demográfica, mas padece do mesmo mal que as indústrias tradicionais: precisa de muita energia, e se esta for cara, os produtos finais, sejam estes de natueza material ou imaterial, serão igualmente caros, mantendo-se assim a tendência já instalada e de longo prazo (60 a 100 anos) para a quebra acentuada da procura agregada mundial. No entanto, a combinação entre conhecimento e crise poderá ser a mistura necessária para uma transição pacífica das sociedades perdulárias, agonísticas e desiguais contemporâneas em direção a uma ordem social mais equilibrada. Veremos...
1. The Global Population of Young (Future Consumer Base) Ceased Growing...30 Years Ago.
2. The Worlds Population is Still Growing Due to a Surge in the Elderly Living Longer and High African Birthrates Offsetting Global Depopulation of Young.
The “Wind and Solar Will Save Us” story is based on a long list of misunderstandings and apples to oranges comparisons. Somehow, people seem to believe that our economy of 7.5 billion people can get along with a very short list of energy supplies. This short list will not include fossil fuels. Some would exclude nuclear, as well. Without these energy types, we find ourselves with a short list of types of energy — what BP calls Hydroelectric, Geobiomass (geothermal, wood, wood waste, and other miscellaneous types; also liquid fuels from plants), Wind, and Solar.
Unfortunately, a transition to such a short list of fuels can’t really work. These are a few of the problems we encounter:
[1] Wind and solar are making extremely slow progress in helping the world move away from fossil fuel dependence.
[2] Grid electricity is probably the least sustainable form of energy we have.
[3] Our big need for energy is in the winter, when the sun doesn’t shine as much, and we can’t count on the wind blowing.
[4] If a family burns coal or natural gas directly for winter heat, but then switches to electric heat that is produced using the same fuel, the cost is likely to be higher. If there is a second change to a higher-cost type of electricity, the cost of heat will be even greater.
[5] Low energy prices for the consumer are very important. Unfortunately, many analyses of the benefit of wind or of solar give a misleading impression of their true cost, when added to the electric grid.
[6] If we want heat in the winter, and we are trying to use solar and wind, we need to somehow figure out a way to store electricity from summer to winter. Otherwise, we need to operate a double system at high cost.
[7] There are a few countries that use an unusually large share of electricity in their energy mixes today. These countries seem to be special cases that would be hard for other countries to emulate.
[8] Hydroelectric power is great for balancing wind and solar, but it is available in limited quantities. It too has intermittency problems, limiting how much it can be counted on.
[9] If we need to get along without fossil fuels for electricity generation, we would have to depend greatly on hydroelectric power. Hydro tends to have considerable variability from year to year, making it hard to depend on.
[10] There has been a misunderstanding regarding the nature of our energy problem. Many people believe that we will “run out” of fossil fuels, or that the price of oil and other fuels will rise very high. In fact, our problem seems to be one of affordability: energy prices don’t rise high enough to cover the rising cost of producing electricity and other energy products. Adding wind and solar tends to make the problem of low commodity prices worse.
[...]
If we want to operate a double system, using wind and solar when it is available, and using fossil fuels at other times, the cost will be very high. The problem arises because the fossil fuel system has many fixed costs. For example, coal mines and natural gas companies need to continue to pay interest on their loans, or they will default. Pipelines need to operate 365 days per year, regardless of whether they are actually full. The question is how to get enough funding for this double system.
[...]
A different pricing system that works much better in our current situation is the utility pricing system, or “cost plus” pricing. In this system, prices are determined by regulators, based on a review of all necessary costs, including appropriate profit margins for producers. In the case of a double system, it allows prices to be high enough to cover all the needed costs, including the extra long distance transmission lines, plus all of the high fixed costs of fossil fuel and nuclear power plants, operating for fewer hours per year.
Of course, these much higher electricity rates eventually will become unaffordable for the consumer, leading to a cutback in purchases. If enough of these cutbacks in purchases occur, the result will be recession. But at least the electricity system doesn’t fail at an early date because of inadequate profits for its producers.
Conclusion
The possibility of making a transition to an all-renewables system seems virtually impossible, for the reasons I have outlined above.
Exposed: How world leaders were duped into investing billions over manipulated global warming data
PUBLISHED: 22:57 GMT, 4 February 2017 | UPDATED: 15:12 GMT, 5 February 2017
The Mail on Sunday today reveals astonishing evidence that the organisation that is the world’s leading source of climate data rushed to publish a landmark paper that exaggerated global warming and was timed to influence the historic Paris Agreement on climate change.
A high-level whistleblower has told this newspaper that America’s National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) breached its own rules on scientific integrity when it published the sensational but flawed report, aimed at making the maximum possible impact on world leaders including Barack Obama and David Cameron at the UN climate conference in Paris in 2015.
[...]
In an exclusive interview, Dr Bates accused the lead author of the paper, Thomas Karl, who was until last year director of the NOAA section that produces climate data – the National Centers for Environmental Information (NCEI) – of ‘insisting on decisions and scientific choices that maximised warming and minimised documentation… in an effort to discredit the notion of a global warming pause, rushed so that he could time publication to influence national and international deliberations on climate policy’.
[...]
Dr. Bates revealed that the failure to archive and make available fully documented data not only violated NOAA rules, but also those set down by Science. Before he retired last year, he continued to raise the issue internally. Then came the final bombshell. Dr Bates said: ‘I learned that the computer used to process the software had suffered a complete failure.’
The reason for the failure is unknown, but it means the Pausebuster paper can never be replicated or verified by other scientists.
Harnessing automation for a future that works
By James Manyika, Michael Chui, Mehdi Miremadi, Jacques Bughin, Katy George, Paul Willmott, and Martin Dewhurst McKinsey report
The automation of activities can enable businesses to improve performance by reducing errors and improving quality and speed, and in some cases achieving outcomes that go beyond human capabilities. Automation also contributes to productivity, as it has done historically. At a time of lackluster productivity growth, this would give a needed boost to economic growth and prosperity. It would also help offset the impact of a declining share of the working-age population in many countries. Based on our scenario modeling, we estimate automation could raise productivity growth globally by 0.8 to 1.4 percent annually.
O grande roubo da energia continua, com o apoio do PSD, CDS/PP, PS e PCP
Já ouviram o António Costa pronunciar-se sobre este assalto à economia e aos bolsos dos contribuintes? Vejo por aí artistas e desportistas fazendo alegremente propaganda de borla à EDP. Será que sabem quem lhes paga as exposições e as T-shirts vermelhas? Somos nós!
Os subsídios pagos às energias renováveis, e reflectidos nas tarifas da electricidade, já custaram mais de 10 mil milhões de euros às famílias e às empresas portuguesas. As contas, que têm por base os relatórios da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, no período entre 2002 e 2015, constam de um relatório de um grupo de peritos do sector energético de vários quadrantes políticos, elaborado para a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa.
Henrique Gomes, ex-secretário de estado deste governo, quando o Álvaro barrava o caminho à corja rentista, escreve:
Duas perguntas simples ao nosso Primeiro-Ministro:
1) Se nos mercados dos EUA e Espanha, os mais importantes em investimento para a EDPR (Renováveis), esta pode vender a sua produção abaixo dos 50€ por MWh, porque aceita o Governo que em Portugal nos cobrem acima de 100€ por MWH?
2) Nestas circunstâncias, porquê o objectivo de querermos ser campeões e querer que, em 2030, 40% de toda a energia que consumirmos seja renovável se a Europa dos 28 assume uns prudentes 27% (em média) e os EUA (lideres tecnológicos mundiais) prevêem ter 18% em 2040?
Para já, enquanto aguardo ser esclarecido, só tenho uma explicação: em Portugal, o interesse publico que deve ser o leit-motiv e é a legitimidade dos políticos, está subordinado aos interesses económicos e pessoais e isso, pelo menos sob o ponto de vista ético, é corrupção!
Terra queimada acima da aldeia da Carvalhosa, Serra de Montemuro
Bolha eólica vai acabar por rebentar
Há quantos anos é que a EDP anda a pedir empréstimos alguns meses antes da distribuição de dividendos? E porquê? Ninguém investiga estas coisas? Porquê? Quem cobre quem, o quê e a que preço?
“O fabrico, instalação e operação dos parques de energia eólica consomem mais de três vezes a energia que alguma vez produzirão” — Charles S Opalek Pe. (1)
Taxpayers fund wind farm scam
By Ben Robinson, 23 February 2014 10.33am. Sunday Post
Wind farm firms have been accused of building huge, ineffective turbines to exploit a lucrative loophole funded by the taxpayer.
[...] Scottish Conservative MEP Struan Stevenson last night blasted: “The whole thing is getting exposed as one of the biggest scandals since the collapse of the banks and de-rating is simply another spoke in the wheel.”
Labour MP Sir Tony Cunningham, who represents Workington in Cumbria, recently quizzed the Westminster Government to find out what action it was taking. In response to his parliamentary question Energy Minister Michael Fallon revealed he was aware that eight of 110 turbines installed at the higher 100kw to 500kw FIT rate up to September 2013 had been de-rated.
António Mexia e José Sócrates deveriam ser julgados pela patifaria em que ambos comungaram: o embuste da energia eólica e das concomitantes barragens que tem provocado, pelo preço que custaram, custam e vão custar se nada fizermos (2), o corte de fornecimento de eletricidade a quase um milhão de portugueses. Só a EDP ganhou com as taxas de reativação mais de 50 milhões de euros!
Em vez de andarmos todos contentes a frequentar festivais de música e exposições supostamente patrocinados pela EDP, deveríamos boicotar tais iniciativas, em nome da decência. Pois quem paga esta propaganda cultural são os consumidores que em Portugal suportam os mais elevados custos de energia (em paridade do poder de compra) da Europa!
A armadilha da Goldman Sachs
José Sócrates e António Mexia (isto é, o miolo do Bloco Central) foram, consciente ou inconscientemente, testas de ferro da operação de transferência de dívida americana da Goldman Sachs —ex-proprietária de negócios eólicos especulativos, como a Horizon Wind Energy (3)— para Portugal. Esta compra e uma série de compras induzidas por este passo para a morte levou a um endividamento descomunal da EDP: 18 mil milhões de euros, o equivalente ao que custariam à época dezoito pontes Vasco da Gama. O relatório e contas de 2013 menciona uma dívida de 17 mil milhões, o que só prova quão difícil é pagá-la. O negócio especulativo com a energia solar deixou de o ser desde que na Cimeira de Copenhaga de 2009, pela voz da China, Índia e Brasil se esvaziou o embuste do mercado global de créditos de CO2 equivalente. A Goldman Sachs impingiu assim um negócio envenenado à EDP em março de 2007, que o cabotino Mexia comprou alegremente.
As compras americanas da EDP, induzidas pela Goldman Sachs, são, pois, a principal causa do endividamento excessivo da empresa, do subsequente embuste do dito Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroelétrico e, finalmente, do preço escandaloso que os portugueses pagam pela energia elétrica fornecida pelo oligopólio da energia.
Quase um milhão de portugueses é anualmente atingido por cortes de fornecimento de energia em razão do preço excessivo da mesma. Como se isto não bastasse, o estado e a partidocracia parasitária que temos subsidiam com taxas a RTP para que esta possa concorrer com as operadoras privadas.
Já todos demos pela falcatrua. Então porque é que governo e partidos políticos não fazem nada e, pelo contrário, despedem ministros e secretáriso de estado que tentam corrigir o crime diariamente cometido? Porque preferem substituir ministros independentes (Álvaro Santos Pereira) por proxis invertebrados: Pires de Lima? É caso para dizer, votem nesta corja, mas depois não se queixem!
Mais cedo ou mais tarde as concessões aos rendeiros da energia e seus testas de ferro pagos a peso de ouro (600 mil euros/ano para António Mexia, 490 mil para Eduardo Catroga), mas também aos rendeiros e cleptocratas da água, das autoestradas e pontes, etc. serão compreendidas como o que verdadeiramente são: assaltos a coberto de leis iníquas, cortesia do parlamento populista que temos.
Quando o crime for completamente percebido não restará outra alternativa que não seja fazer regressar a exploração destes recursos à esfera pública, com regras claras e vigilância democrática transparente e apertada.
À medida que os banksters desmascarados forem sendo engolidos pelos bancos centrais (a verborreia sobre o neoliberalismo não passa do sonho húmido que alimenta a moribunda 'esquerda'), os Mexias, Catrogas, Ferreiras, Coelhos e Sócrates deste sítio mal frequentado serão devidamente liofilizados.
António Mexia mantém o salário fixo de 600 mil euros
12/05/2014 | 19:29 | Dinheiro Vivo
Confirma-se também que a política de remuneração do conselho executivo e do conselho geral e de supervisão (CGS), o orgão onde estão os representantes dos acionistas, é para manter durante mais um ano. Por exemplo, Mexia, mantém o salário fixo de 600 mil euros por ano, o mesmo que recebe desde 2006, e ao qual acresce uma remuneração variável anual que depende dos resultados. E o presidente do CGS, Eduardo Catroga, mantém o salário anual de 490 mil euros.
Diz o cabotino da EDP que uma maioria albanesa de 99,97% dos acionistas aprovam a sua largesse. Pudera! A criatura rouba um país inteiro para se remunerar (e ao Catroga), distribuir dividendos e pagar dívidas que comprou sem pedir licença a ninguém, e ainda tem os acólitos do Bloco Central da Corrupção a subscreverem tamanho embuste.
Escuridão. EDP corta luz a mais de 400 mil famílias por ano
Por Ana Suspiro e Filipe Paiva Cardoso. 31 Jan 2014 - 05:00. i online
Em três anos, EDP terá ganho 50 milhões com taxa de reactivação
A EDP cortou a luz a mais de 400 mil famílias por ano em Portugal continental desde 2011, segundo os números avançados pelo governo ao parlamento. De acordo com estes dados, enviados pelo Ministério do Ambiente e Energia em resposta às solicitações do Partido Comunista, a EDP Distribuição cortou o fornecimento a 511 mil clientes em 2011, 455 mil em 2012 e a mais 405 mil consumidores de baixa tensão durante o ano passado. Estes clientes são famílias e pequenos negócios. O número caiu, mas ainda representa 6,7% dos seis milhões de clientes de electricidade. Segundo a EDP, os dados incluem casos de falta de leitura do contador por mais de um ano e casas desabitadas.
Gestão da EDP desafia Estado nas barragens
15/05/2014, 00:01 por Miguel Prado | Jornal de Negócios
A EDP diz-se tranquila sobre a investigação da Comissão Europeia aos termos em que o Estado português acordou, em 2007, a extensão das concessões das barragens da EDP. A empresa deixa até um desafio ao Estado. "Se alguém quiser fazer um leilão e pagar o que nós pagámos estamos disponíveis", comentou João Manso Neto, administrador da EDP, após o Investor Day, em Londres.
EDP espera que o Governo não faça novos cortes no sector eléctrico
14 Maio 2014, 09:24 por Miguel Prado | Jornal de Negócios
“Com a excepção da tarifa social, cujas alterações nós compreendemos, esperamos que as regras do jogo se mantenham inalteradas”, afirmou esta quarta-feira em Londres o presidente executivo da EDP, António Mexia.
Dívida da EDP leva Moody’s a manter perspectiva "negativa" para o "rating"
13 Maio 2014, 16:13 por Edgar Caetano | Jornal de Negócios
Agência não reflectiu a melhoria do "rating" de Portugal na notação da EDP, que continua no nível mais alto de "grau especulativo" mas com perspectiva negativa. "Ratings" da REN, Refer e Brisa podem subir.
EDP contra contribuição extraordinária para lá de 2015
por Lusa, texto publicado por Paula Mourato | DN
"Em 2015 era esperado, mas não incluímos isto em 2016 porque nos foi dito que não estaria lá. [A contribuição] foi estendida por um ano, mas não esperamos uma nova extensão porque não consideramos ser necessária", disse António Mexia durante o Dia do Investidor realizado hoje em Londres.
No primeiro trimestre, a EDP pagou 15 milhões de euros para a contribuição extraordinária aplicada ao setor energético em Portugal, criada no âmbito do Orçamento do Estado (OE) para 2014.
Mexia considerou que o resultado da EDP no primeiro trimestre deste ano mostra "resiliência, tendo em conta que é o primeiro com impacto das alterações regulatórias em Portugal e Espanha".
Em Espanha, a EDP Renováveis foi penalizada por alterações regulatórias que resultaram num encargo de 18 milhões de euros.
Investigação às barragens: Mexia diz que alterar contrato implica pagar "muito" dinheiro à EDP
15/05/2014 | 09:10 | Dinheiro Vivo
A Comissão Europeia está, desde setembro de 2013, a realizar uma investigação aprofundada aos contratos que a EDP assinou com o Estado em 2007 para continuar a gerir as barragens e a receber uma tarifa fixa. A investigação está agora em consulta pública e segundo Bruxelas o Estado terá recebido menos do que devia, ou seja, a EDP terá tido um ganho que não devia. Mas a empresa não podia estar mais tranquila.
Mas entretanto mais vale prevenir do que remediar...
E assim, a
EDP lá vai vendendo a descomunal dívida tarifária que supostamente é uma dívida dos consumidores e que, por isso, não apareceu ainda inscrita, como deve, na dívida pública. Aos idiotas úteis da especulação financeira a EDP impinge o que considera ser uma dívida segura, com o
argumento falacioso de que 'o Estado paga sempre'. Pois não paga, não
senhor! E é por isso que a EDP anda a vender a dívida tarifária pela
porta do cavalo...
EDP quer vender 800 milhões de euros de défice tarifário por ano
14 Maio 2014, 12:03 por Miguel Prado | Jornal de Negócios
O administrador financeiro da EDP, Nuno Alves, admite que o défice tarifário da electricidade “é um bom activo”, mas a estratégia do grupo passa por progressivamente diminuir a exposição da EDP, titularizando pelo menos 800 milhões de euros por ano.
O programa Olhos nos Olhos da TVI esclarece finalmente a tramóia das eólicas (LINK)
Os geradores eólicos quase nunca produzem a energia que anunciam. Raramente vão além de 20 % da capacidade máxima de produção anunciada.
A energia eólica não é confiável, pois só é capaz de responder se houver vento, ao contrário das fontes fósseis e das barragens se estas tiverem água nas albufeiras.
A energia eólica não é limpa. É preciso uma grande quantidade de energia suja para extrair as matérias primas, fabricar os componentes e instalar as turbinas.
Os geradores eólicos não são amigos do ambiente. São barulhentos, feios, matam morcegos e pássaros, interferem com os radares e são responsáveis por uma série de problemas de saúde humana.
Os geradores eólicos consomem eletricidade, quer estejam a trabalhar ou não. Frequentemente a energia consumida pelos geradores em repouso nem sequer é contabilizada. É fácil adivinhar quem paga este consumo invisível...
Em teoria, se 20% da geração de energia elétrica dos EUA fosse substituída pela energia eólica, a diminuição das emissões de CO2 seria da imperceptível ordem dos 0,00948 %.
Tudo somado, a energia eólica não tem qualquer impacto na redução das emissões de CO2, porque as imprescindíveis centrais de backup, alimentadas a energia fóssil, têm agora que operar em regime de pára-arranca, com grandes perdas de eficiência, para poderem compensar o funcionamento errático da energia eólica.
A energia eólica não vai, em caso algum, substituir as energias fósseis. A Alemanha estima que em 2020 até 96 % da sua capacidade de produção de energia eólica terá que ser apoiada por novas centrais a carvão.
A energia eólica não vai reduzir a dependência dos países que importam grandes quantidades de petróleo e gás natural, como é o caso dos EUA, pois se a energia eólica substituir apenas 20% da energia elétrica necessária nos EUA, as importações de petróleo cairão apenas uns ridículos 0,292 %.
Os geradores eólicos têm um EROEI (retorno energético da energia investida) vergonhosamente baixo: 0,29.
O fabrico, instalação e operação de parques de energia eólica consomem mais de 3 vezes a energia que alguma vez produzirão!
A energia eólica é um grande negócio. Os grandes ganhadores são os promotores, os proprietários de terras, os agentes e corretores, os bancos, as empresas de construção, os fabricantes de equipamentos, os governos, os beatos da ecologia e os ambientalistas, os investigadores, as universidades, os meios de comunicação. Os grandes perdedores são os contribuintes e quem paga as contas da eletricidade.
O custo das barragens construídas para alimentar as eólicas, um embuste da parelha Sócrates-Mexia, não é tido em conta, nem para calcular o preço real da energia eólica produzida, nem para o cálculo das emissões de CO2 equivalente, nem para conhecer o custo catastrófico da erosão da costa portuguesa junto aos estuários de rios segmentados por sucessivas barragens. Querem praias e turismo, querem salvar as vossas casas? Perguntem ao Mexia! Perguntem ao Pinóquio! Ver este vídeo esclarecedor...
April 16, 2003 - EERE News Archives & Events Zilkha Renewable Energy Plans 400-Megawatt Wind Facility in Illinois Zilkha Renewable Energy is planning a 400-megawatt wind power plant in central Illinois, which would be among the largest wind power facilities in the United States.
Março 22, 2005 - Renewable Energy World.com Zilkha Acquired by Goldman Sachs New York, New York [RenewableEnergyAccess.com] Wind energy developer Zilkha Renewable Energy of Texas has finished negotiating with the Goldman Sachs Group of New York on an acquisition agreement. Goldman Sachs plans to purchase a controlling interest in Zilkha, and the transaction is expected to close during the second financial quarter of 2005 after regulatory approvals.
Segundo a ERSE, em 2013, Portugal consumiu a mesma eletricidade que em 2006, enquanto que nesse ano os famosos Custos de Interesse Económico Geral (CIEG) eram apenas de 500 milhões de euros e em 2013 foram de 2500 milhões de euros! Eis o monstro elétrico em todo o seu esplendor! Contra factos não há argumentos!
...No
início de Janeiro, a empresa liderada por António Mexia já tinha
anunciado a emissão de valores mobiliários representativos de dívida no
montante de 750 milhões de dólares (547 milhões de euros, ao câmbio
actual), com vencimento em Janeiro de 2021 e cupão 5,25%.
A burguesia rendeira nacional continua agarrada à lógica dos monopólios, suga sem parar a poupança e o trabalho dos portugueses, captura e corrompe continuamente o sistema partidário instalado, e espera, no fundo, o colapso da Europa e o regresso à ditadura. Não o diz, claro. Mas lá que espera, espera!
A EDP é um caso paradigmático desta lógica rentista e deste desprezo arrogante pelos contribuintes e clientes. Acontece que a pesporrência do cabotino Mexia poderá ter os dias contados. Basta ver a incapacidade estrutural da EDP para baixar a sua descomunal dívida, quase toda impingida ao grupo de idiotas que a dirige pelos piratas da Goldman Sachs sob a forma de parques eólicos americanos vendidos quando o especulador-mor da América soube que os estímulos à bolha verde, criada a partir de Wall Street, iriam terminar. Escrevemos já abundantemente sobre esta manobra financeira que atou a EDP e o governo de Sócrates a uma verdadeira transferência de dívida americana para os contribuintes portugueses. Só há uma maneira de resolver este problema: denunciar e anular a 100% e de uma só vez tudo o que na fatura elétrica paga mensalmente não corresponde a custos de energia consumida e que, por isso, são rendas inaceitáveis, sejam elas a favor da EDP, dos municípios, das regiões autónomas ou da execrável RTP.
Ainda a propósito das rendas excessivas da EDP e do alto preço que pagamos pela energia, que foi recentemente denunciado pelo novo patrão da PSA (Peugeot), Carlos Tavaraes, vale a pena ler o último e sintético artigo de Luís Mira Amaral publicado pelo Expresso, onde se resumem os argumentos que há anos vimos publicando. A energia em Portugal tem um preço excessivo, que compromete a economia, e que já teve como consequência uma escandalosa diminuição do consumo elétrico, quer das famílias, quer das empresas.
AS EÓLICAS E A BIOMASSA
Luís Mira Amaral - Professor Catedrático Convidado de Economia e Gestão — IST
Expresso dia 5 de Abril
As novas barragens não vão produzir energia, vão apenas servir de muleta às eólicas para acumular o excesso de produção da noite!
Sempre que escrevo sobre energia, o lóbi eólico, a EDP e ajudantes multiplicam-se imediatamente em artigos e entrevistas!
Agora disseram que o preço das eólicas era €70/Mwh, mas a ERSE diz-nos que era em 2013 de €102/Mwh!
Também escamoteiam sempre a intermitência do vento que leva a que as novas centrais tenham que ter sempre duas muletas, a bombagem de noite e as térmicas de reserva de dia. Obviamente que tais muletas têm de ser imputadas às eólicas e por isso temos que somar ao seu preço nominal os €62/Mwh calculados no IST pelo prof. Clemente Nunes e chegamos aos €164/Mwh!
As novas barragens não vão produzir energia, vão apenas servir de muleta às eólicas para acumular o excesso de produção da noite! E a CIP veio agora chamar a atenção para os investimentos de 150 milhões de euros, pagos por nós, que têm que ser feitos na rede de transporte para a ligação de tais barragens à rede!
Segundo a ERSE, em 2013, Portugal consumiu a mesma eletricidade que em 2006, enquanto que nesse ano os famosos Custos de Interesse Económico Geral (CIEG) eram apenas de 500 milhões de euros e em 2013 foram de 2500 milhões de euros! Eis o monstro elétrico em todo o seu esplendor! Contra factos não há argumentos!
Também recentemente Mexia, para desviar as atenções sobre o alto preço da eletricidade, veio dizer que o mais importante não é o preço mas sim a segurança de abastecimento, problema que não se põe em Portugal pois temos excesso de capacidade instalada e temos excelentes interligações com Espanha. Portugal é o campeão mundial da potência eólica instalada por unidade do PIB e o terceiro em termos de eólica por habitante!
Temos infelizmente esquecido em Portugal a biomassa. A biomassa só se mete na central quando é preciso e por isso não tem as externalidades negativas das eólicas. Por isso, o preço de venda à rede (€120/Mwh) é aparentemente superior ao nominal nas eólicas mas inferior ao seu preço real (€164/Mwh). Assim, a eletricidade produzida pela biomassa conta para o défice tarifário com um valor inferior a 1%!
Por outro lado, cria postos de trabalho, ao contrário das eólicas em que não dominamos a tecnologia e criamos poucos empregos. Uma máquina de 15Mw cria direta e indiretamente 350 empregos. Estas centrais têm externalidades positivas dando vazão aos resíduos florestais, pagando-os a quem os entrega nas centrais, apoiando assim a limpeza das florestas e contribuindo pois para o combate aos incêndios.
Nos fogos florestais, o Governo devia atuar mais na prevenção com a limpeza das florestas, para a qual o apoio às centrais de biomassa seria muito útil, do que no combate aos fogos em que em 2013 morreram 9 pessoas, arderam 150.000 hectares e se gastaram cerca de €130M.
Infelizmente apenas temos um ministro do CO2 e das ventoinhas, quando devíamos ter um ministro para o nosso Ambiente e um verdadeiro ministro da Energia...
Esquema de reator nuclear de tório arrefecido com flúor líquido (LFTR)
M. King Hubbert — a linha do tempo da energia fóssil (1956)
Nuclear ou nada?
As energias fósseis tornaram-se demasiado caras, poluentes e escassas. Os painéis solares ocupam demasiado espaço e são pouco eficientes. As ventoinhas eólicas dependem do capricho dos ventos. Mais barragens é o mesmo que assassinar os rios e os essenciais ecossistemas estuarinos e entregar a água à especulação das máfias financeiras. As soluções nucleares conhecidas são demasiado perigosas. Mas haverá alguma maneira de produzir energia nuclear segura, barata e abundante, sem colocar em causa a sustentabilidade ecológica do planeta?
Parece que sim — e desde que a energia nuclear foi descoberta!
Segundo os defensores de uma alternativa nuclear segura ao colapso induzido pelo Pico do Petróleo, as centrais nucleares do futuro, muito antes de chegarmos à fusão nuclear, deverão enveredar pela fissão dos núcleos atómicos do tório. Esta alternativa baseia-se numa interação estável entre tório, urânio-233 e flúor líquido, a qual não serve, ao contrário das reatores nucleares convencionais, para enriquecer urânio com vista à fabricação de armas de destruição maciça. Esta é tristemente, a razão pela qual os reatores baseados na fissão de tório foram preteridos relativamente aos reatores de fissão alimentados com urânio-238.
“As we have for most of human history, we stand at the edge of an energy crisis. The methods by which we have powered our society have come to a limit, and a change is necessary. Seven hundred years ago in England, the energy crisis was caused by massive deforestation and a lack of firewood. It was solved by turning to coal, a filthy, inexpensive, and abundant fuel. But as the skies darkened over the cities of England and the United States, people turned to gas and oil to improve the situation. Now all of these fossil fuels will have to be replaced due to the environmental damage they cause and the social, political, and financial instability they engender.
In one of the great historical tragedies of human history, this marvelous new energy source was discovered during a time of war, and was immediately put to work for destructive means. This colored and affected forever how world leaders and the public would view this incredible discovery, and is a legacy that we find ourselves, even seventy years later, still trying to move past.”
A crise energética que tem vindo a perturbar o crescimento e a estabilidade da economia mundial desde 1973 é uma crise real e um problema de fundo. Confundi-la com um mero efeito da especulação e da ganância dos produtores de petróleo, gás natural e carvão, é uma ilusão perigosa.
A virulência dos movimentos especulativos existem precisamente por causa de dois fenómenos combinados: o aumento da procura, resultante do crescimento demográfico e económico mundiais, e o declínio cada vez mais evidente do petróleo de boa qualidade, fácil acesso e barato.
A nossa civilização não sobreviverá como a conhecemos se não encontrar rapidamente, isto é, no prazo de uma década (2020) ou duas (2030), novas fontes de energia abundante, relativamente segura e barata.
As energias renováveis mais conhecidas e em uso são intrusivas, instáveis, caras e insuficientes. Por outro lado, a necessária eficiência energética que as economias, os governos e as pessoas terão que interiorizar como absolutamente imprescindível à sustentabilidade global da vida neste planeta é parte da solução, mas não resolve o problema do paradigma que está na base da melhoria da qualidade de vida dos seres humanos nos últimos duzentos e cinquenta anos: o acesso, desenvolvimento, e produção de formas condensadas de energia facilmente acessíveis, abundantes, transportáveis e baratas. Se este paradigma se romper, o retrocesso civilizacional, precedido de um rápido período de colapsos económicos, financeiros e sociais, será inevitável.
A ideia de que podemos esperar pela liquefação dos gelos polares para chegarmos a novos depósitos de hidrocarbonetos é simplesmente risível, para não dizer suicida. Por outro lado, à medida que os petróleos pesados, ou que se encontram a profundidades marítimas cada vez mais difíceis de aceder e controlar com segurança, aumentam em percentagem nos barris de crude colocados nos mercados, o preço da energia, de toda a energia, dispara. E se abaixo dos 60 dólares por barril os países que vivem preguiçosamente da mono extração de crude e gás natural colapsam, acima dos 100 dólares é a vez de a economia mundial abrandar, ver crescer as suas dívidas e acabar por entrar em recessão, ou mesmo em depressão — como a que ameaça mergulhar neste momento os EUA, o Japão e a Europa.
Não tenhamos dúvidas, por mais grave e escandalosa que seja a corrupção instalada nas sociedades contemporâneas, a começar pela que beneficia os mais ricos dos mais ricos, e os mais poderosos dos mais poderosos, e os mais oportunistas dos oportunistas, a verdade nua e crua é que sem uma transição do atual paradigma energético para outro mais sustentável mas igualmente abundante e barato, não veremos luz ao fundo do túnel.
Para os mais ricos e poderosos fica também um aviso: se pensam que poderão sobreviver sem classes médias, ou reconduzir a esmagadora maioria das populações à miséria, o vosso engano é redondo e terrível. Nada do que hoje rodeia o vosso conforto poderia existir se não houvesse uma redistribuição aceitável da riqueza produzida. Pensem apenas em termos de economia de escala. O que é rentável para sete mil milhões de almas, não é rentável para setecentos milhões, menos ainda para setenta milhões, e impensável sequer para os sete milhões dos pornograficamente ricos deste mundo.
Talvez seja, pois, o momento de discutir sem preconceitos a possibilidade de desenvolver uma energia nuclear abundante, pacífica, barata e segura. O futuro da EDP está à vista, e não é brilhante!
Poll reveals wide support for EU grid action EurActiv
Published 06 February 2012
A survey of European stakeholders has found overwhelming support for giving priority, funds and planning waivers to allow the speedy construction of European grid infrastructure.
In a survey of businesses, industrial associations, NGOs and think tanks, 81% of respondents said that creating a single European electricity market, and the needed grid infrastructure, should be an EU policy priority.
“We couldn’t agree more,” said Susanne Nies of Eurelectric, an association representing major European power generators.
Rede Inteligente de Energia Pode Ser Hipótese para Macau Hoje Macau
15 Dez 2011
Está implementada em diversos locais do planeta. A China e os EUA, os principais adeptos do conceito, já desembolsaram muitos milhões de patacas em projectos pilotos. Macau pode ser a “cidade ideal” para a sua implementação. Estamos a falar de Smart Grid, a rede inteligente de energia
O plano de construção de novas barragens hidroeléctricas foi engendrado para melhorar a intermitente produtividade dos geradores eólicos, e pelo caminho aumentar também os ativos não virtuais de empresas sobre endividadas como a EDP. No entanto, as dúvidas técnicas e ambientais sobre o acerto da decisão crescem dia a dia. Os motivos são de vária ordem:
O Plano Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroeléctrico (PNBEPH) sofre da ausência ou de graves erros de avaliação, quer dos impactes ambientais e patrimoniais negativos das obras e barragens previstas, quer da rentabilidade a curto e médio prazo das mesmas. Esta, segundo alguns especialistas, não poderá deixar de ser nula, ou até negativa!
Findo o regime de monopólio partilhado pela EDP, Iberdrola e Endesa, e em particular depois de estabelecido o Mercado Comum Europeu da Energia, assente no conceito de redes energéticas inteligentes e democráticas (na medida em que a micro-geração, nomeadamente off-grid, se liberta das limitações legais conseguidas pelos cartéis energéticos), a falta de rentabilidade das barragens previstas no PNBEPH, sobretudo as dos rios Sabor, Tua e Tâmega, tornar-se-à um peso negativo no balanço geral das respetivas explorações, e uma perda de valor, nomeadamente em bolsa, para as empresas detentoras (Three Gorges, etc.) destes projetados elefantes brancos;
As empoladas reservas de gás natural, em África, Canadá e Estados Unidos, e as ainda mais empoladas reservas potenciais de petróleo e de gás de xisto, poderão no curto prazo tornar ruinosa, ou pouco rentável, boa parte dos investimentos em energias eólica e solar;
O Mercado Comum Energético Europeu, que acompanhará porventura o nascimento de uma União Europeia Fiscal e Orçamental mais equilibrada e competitiva, é uma ameaça óbvia ao cartel que hoje fornece energia cara ao país —às cidades, às empresas e às pessoas.
Sendo praticamente inevitável a renegociação das leoninas Parcerias Público Privadas (PPPs) que vêm arruinando de modo acelerado e catastrófico o país (1), cessará também, pelo menos em parte, a simbiose oportunista entre o cartel energético e o poder partidário instalado e, por esta via, o interesse empresarial e financeiro nas novas barragens.
Por fim, que fazer das renováveis já instaladas? À medida que a ilusão na imaginária abundância de gás natural e de gás de xisto se esbater contra a realidade de uma inflação crescente dos preços da energia e das matérias primas em geral, o que hoje dá prejuízo, talvez em 2015, ou 2020, comece a revelar-se uma fonte indispensável de produção própria de recursos.
Entretanto, a prioridade irá, mais cedo ou mais tarde, quer queiramos, quer não, para a adopção de políticas europeias comuns focadas na eficiência energética e na produção em rede, e fora dela, de velhas e novas formas de energia renovável que não destruam no seu caminho equilíbrios ecológicos e paisagísticos com milhões ou milhares de anos.
Concessionária Elos deixará em Março de ter condições para continuar a suportar os encargos financeiros. Jornal de Negócios online.
NOTAS
O grau de endividamento público de Portugal (DN, 6 fev 2012) é o segundo pior da União, logo depois da Grécia, se tivermos presente que aos 110% de dívida oficial, teremos que somar (para deixarmos de aldrabar a contabilidade) o endividamento programado e ou já contratado nas cento e vinte PPPs, cujo valor ascende a uns astronómicos 60 mil milhões de euros. Ou seja, a nossa dívida pública real é de, pelo menos, 145% do PIB! Pelo andar da bancarrota grega, a seguir seremos nós a entrar oficialmente em quarentena. Esta implicará, nomeadamente, uma dieta prolongada dos mercados de dívida soberana e o recurso condicionado ao BCE. Entre as condições que nos serão inevitavelmente impostas, e que constam aliás do Memorando da Troika, está, precisamente, a renegociação das PPPs, ou seja, a paragem e o adiamento inevitáveis de alguns projetos públicos lançados pelo anterior governo: novas autoestradas, novos aeroportos e novas barragens. Não por vontade da Troika, mas porventura por sabotagem dos piratas já infiltrados no governo do senhor Passos de Coelho, a ligação ferroviária em bitola europeia entre Lisboa e Madrid, que conta com 800 milhões de euros provenientes dos fundos comunitários, também poderá ficar no tinteiro, até novas núpcias :(
É preciso pegar no tema energético com uma garra implacavelmente estratégica
Amareleja, maior central solar do mundo ligada à rede (45,8MWp) pode alimentar 30 mil casas.
Solar recession signals end of 'Wild West' gold rush
“A clean-energy recession caused by massive over-capacity in the solar panel market could have unexpected benefits for the nascent renewable industry, industry insiders say.” Euractiv.
A bolha solar rebentou! Tal como a bolha dos créditos de CO2 equivalente não chegou a inchar, por oposição da China, Índia, Brasil, etc. (na Cimeira de Copenhaga, 2009), é agora a vez de uma correcção forçada do mercado especulativo e altamente subsidiado das energias renováveis. Depois da correcção em curso nas eólicas é agora a vez da fotovoltaica. E também já é tempo de acabar com os subsídios às fósseis. Leu bem sr. Sec. da Energia?
A compra em Janeiro de 2007 de 100% da central solar da Amareleja pela espanhola ACCIONA fora já um indicador do que se iria passar (Portugal então já estava de tanga). Em 2009 foi a vez da ACCIONA vender 34% da maior central solar do mundo ligada à rede aos japoneses da Mitsubishi. E agora é a vez de Portugal começar a pensar no vento, no Sol e nas ondas como activos preciosos e capazes de desempenhar um papel decisivo no pagamento das nossas dívidas. Mas para irmos por aqui, o Estado tem que tomar em mãos, sem cerimónias, a estratégia energética e mesmo boa parte do negócio energético nacional.
Brussels discusses Greek solar payback
“EU’s energy commissioner Gunther Oettinger, the director general for energy Philip Lowe, and the head of the EU’s Athens task force Horst Reichenbach have discussed the idea of enabling Greece to repay some of its debts to EU member states, such as Germany, by providing them with solar energy.” Euractiv.
Toca a pagar aos espanhóis, franceses e alemães (os nossos principais credores) com transferências de energia! Por cá, as eólicas sempre poderiam começar a carregar baterias durante a noite, nomeadamente baterias de automóveis eléctricos a produzir futuramente no nosso país, em vez de continuarem a insistir na patranha das novas barragens. As barragens que existem (sobretudo depois dos reforços de potência de algumas delas) chegam perfeitamente para ocuparem durante a noite o parque eólico nacional, e este poderá mesmo, em breve, se houver imaginação, trabalho e menos ladroagem, interagir com a nova indústria de baterias solares que aí vem.
IEA top economist calls for bonfire of the fossil fuel subsidies
“The chief economist of the International Energy Agency (IEA) has urged the world to slash hundreds of billions of dollars of fossil fuel subsidies or face the prospect of a catastrophic 3.5 degrees Centigrade rise in global temperatures.” Euractiv.
E de caminho abandonemos de vez com a idiotia nuclear do senhor Patrick Monteiro de Barros, bem como com os escondidos subsídios às energias fósseis que enchem de dividendos ilegítimos a GALP e a EDP!
NOTA: dois oportunos artigos de Luís Mira Amaral, antigo ministro da energia, sobre o beco energético nacional, e ainda um gráfico em tempo real do preço da energia no mercado ibérico:
Luís Mira Amaral, “A sustentabilidade do défice tarifário” — DN, 22Oct2011 (pdf)
Luís Mira Amaral, “Os CMEC e a sustentabilidade do sistema energético” — DN, 26Set2011 (pdf)
Sempre que há vento, a energia eólica tem prioridade sobre as demais, ou seja, não só obriga a parar, por exemplo, as centrais de ciclo combinado (com os custos inerentes do pára-arranque), como o preço por nós pago pela energia eólica (~93,7€ por MW/h) é sempre superior ao preço mais caro da energia obtida no mercado ibérico (ver QUADRO DINÂMICO da OMIE), raramente acima dos 70€ por MW/h. Resultado: só as eólicas sobrecarregam em 750 milhões de euros a factura que pagaremos à EDP em 2011!
As energias eólicas e solar, segundo a SHELL — que acaba de anunciar a sua retirada dos sectores eólico, solar e hídrico (1) — não são rentáveis, ou dito doutro modo, os seus preços, que continuarão a subir no futuro, prefiguram um novo paradigma energético. O tempo da energia cara chegou!
Daí que todo o plano do pinóquio Sócrates (2) não passe duma aldrabice para safar empresas que subsidiaram e subsidiam os partidos do Bloco Central. Só que o descalabro do actual Executivo é tal, que já tudo sai de pernas para o ar, mesmo quando o descaramento do favorecimento ilegal às empresas amigas salta à vista.
Os apoios estatais veiculados por um autêntico cartel energético-partidário à instalação de painéis solares térmicos, tal como o esquema de subsídios à microgeração solar térmica e fotovoltaica, são uma vigarice, além de serem pura demagogia e, por incrível que pareça, uma forma encapotada de sobre subsidiar a própria EDP, Iberdrola e quejandos! Dentro em breve, porém, países sobre endividados, como Portugal, a Espanha, o Reino Unido, etc., serão forçados a abandonar o que efectivamente não passa de um esquema leviano de especulação financeira com a escassez energética de todos nós.
Quando o petróleo voltar a disparar (já recomeçou a subir e poderá dar um salto brusco depois da presumivelmente falhada Cimeira do G20 em Londres (3), no próximo dia 2 de Abril), a falência em catadupa das empresas privadas e do sector público de boa parte dos países europeus levará inevitavelmente a uma revisão drástica das fantasias dominantes em volta das energias alternativas.
Não há alternativa aos combustíveis líquidos oriundos do petróleo capaz de evitar a tempo o COLAPSO ENERGÉTICO que aí vem. Isto é um facto.
E quem tiver contratos assinados com os piratas neoliberais que continuam a publicar decretos e leis destinados a "agarrar" os incautos aos oligopólios da energia e da água, ficará, mais cedo ou mais tarde, com a sucata dos colectores ao colo, imprestável, irreparável e por pagar, para gáudio do BES e da restante banca falida nacional.
Sócrates, Barroso, e outros que tais só tem uma alternativa: RUA!
E quanto a nós, o melhor é mesmo começarmos a confluir em esquemas efectivos de autonomia e eficiência energéticas: racionalização sustentável da intensidade energética do dia-a-dia das nossas casas, empresas e comunidades, microgeração desligada da rede e conservação comunitária da água potável. É urgente renacionalizar a EDP e impedir a todo o custo qualquer privatização dos rios, costas marítimas, portos, aeroportos e estradas. As Parcerias Público Privadas ruinosas, tal como o negócio privado das portagens concessionadas, devem cessar imediatamente!
NOTAS
Shell dumps wind, solar and hydro power in favour of biofuels
Tuesday 17 March 2009 (Guardian) — Shell will no longer invest in renewable technologies such as wind, solar and hydro power because they are not economic, the Anglo-Dutch oil company said today. It plans to invest more in biofuels which environmental groups blame for driving up food prices and deforestation.
Executives at its annual strategy presentation said Shell, already the world's largest buyer and blender of crop-based biofuels, would also invest an unspecified amount in developing a new generation of biofuels which do not use food-based crops and are less harmful to the environment.
The company said it would concentrate on developing other cleaner ways of using fossil fuels, such as carbon capture and sequestration (CCS) technology. It hoped to use CCS to reduce emissions from Shell's controversial and energy-intensive oil sands projects in northern Canada.
The company said that many alternative technologies did not offer attractive investment opportunities. Linda Cook, Shell's executive director of gas and power, said: "If there aren't investment opportunities which compete with other projects we won't put money into it. We are businessmen and women. If there were renewables [which made money] we would put money into it."
Especialistas de energia denunciam "embuste" na visita de Sócrates e Pinho à Energie
24.03.2009 - 08h53 (Público) — A visita de José Sócrates e de Manuel Pinho às instalações da Energie para assinalar a segunda fase de expansão da fábrica que produz o que designa por "painéis solares termodinâmicos" está a desencadear uma série de protestos por parte dos principais responsáveis pela investigação e indústria solar no país.
"É uma empresa que assenta a sua propaganda num embuste", denuncia Eduardo Oliveira Fernandes, ex-secretário de Estado da Energia e académico que desenhou a política energética do actual Governo, no que é acompanhado por Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa Portugal e presidente da Sociedade Portuguesa de Energia Solar (SPES), e por Manuel Collares Pereira, considerado um dos principais especialistas em energia solar no país, ex-investigador do INETI e responsável pela empresa fabricante de painéis solares térmicos Ao Sol. Os três especialistas clamam que o produto da Energie, fabricado na Póvoa de Varzim, é "publicidade enganosa" - mostram tratar-se de uma bomba de calor accionada a electricidade com apoio secundário em energia solar e não de um painel solar térmico - e atribuem o incentivo político do primeiro-ministro e do ministro da Economia, com a visita efectuada, a uma possível ausência de apoio técnico adequado pelos respectivos gabinetes.
Também a associação ambientalista Geota se associa às críticas. "A pretexto de vender energia solar, [a Energie] vende mais electricidade", diz Manuel Ferreira dos Santos, um dos responsáveis da organização, que equipara o funcionamento do sistema da Energie a um "frigorífico ao contrário" que continua a ser alimentado por energia eléctrica, não solar, restando o que diz ser uma "acção de marketing bem conseguida".
Energia solar — Segunda polémica em dois anos à volta da Energie
24.03.2009 - 21h30 (Público) — A polémica voltou à empresa Energie, da Póvoa de Varzim, pela segunda vez em dois anos. A empresa divulgou hoje ser detentora de um certificado de sistemas solares térmicos passado por entidades europeias, no passado dia 10 de Março, que não convence os especialistas como Oliveira Fernandes, para quem equipamentos anunciados como funcionando com sol, céu nublado, chuva e à noite “não são solares”. “Energia solar é para captar energia solar”, remata.
... Em comunicado emitido hoje, a empresa responde que as “acusações são falsas” e garante possuir certificações passadas pela Solar Keymark (dinamarquesa) e pela Dincertco (alemã), consideradas entidades de topo nesta área. “Estas certificações atestam o produto da Energie como sistema solar térmico”, afirma.
... O actual presidente da SPES e presidente da Endesa Portugal, Nuno Ribeiro da Silva, disse hoje ao PÚBLICO que reitera a posição assumida em 2007 pela SPES sobre os painéis termodinâmicos. Quanto ao certificado anunciado ontem, adianta que a “associação tomará uma posição quando souber do que se trata”.
China calls for new reserve currency By Jamil Anderlini in Beijing Published: March 23 2009 12:16 | Last updated: March 24 2009 00:06 (FT.com)
China’s central bank on Monday proposed replacing the US dollar as the international reserve currency with a new global system controlled by the International Monetary Fund.
In an essay posted on the People’s Bank of China’s website, Zhou Xiaochuan, the central bank’s governor, said the goal would be to create a reserve currency “that is disconnected from individual nations and is able to remain stable in the long run, thus removing the inherent deficiencies caused by using credit-based national currencies”.
17-02-2009 (Sol) — O presidente da EDP, António Mexia, questionou hoje o interesse de uma alternativa ferroviária à linha do Tua por entender que, com a construção da barragem, a ferrovia perde o seu principal atractivo que é a paisagem.
O que este Mexia cínico não diz a ninguém é que o plano de barragens em curso, que o expedito Pepe rápido de Freeport despachará à velocidade da luz, perante a hesitação (e oportunismo?) de Manuela Ferreira Leite e Cavaco Silva, serve apenas para encobrir o fracasso das eólicas, cujo rendimento energético é um verdadeiro flop!
Quando os americanos e a Merrill Lynch souberem da marosca, lá se vai o optimismo caseiro fabricado pela EDP (1).
A variabilidade e inconstância dos ventos, subavaliadas nos estudos aldrabados que justificaram os vultuosos investimentos na energia eólica portuguesa, não permitem atingir a produção energética prometida aos investidores e ao país. Para compensar há então que construir num instantinho (para isso serve o Pepe rápido de Freeport) 11 novas barragens, já que a capacidade de compensação das centrais hidroeléctricas existentes é insuficiente para atingir a quantidade de mega Watts prometida e esperada. Se fossem substituídas as turbinas envelhecidas das actuais centrais hidroeléctricas por turbinas mais eficientes, haveria compensação, mas ao que parece insuficiente, e sobretudo longe dos parques eólicos construídos e em construção.
Trata-se pois de fazer barragens para enganar os accionistas da EDP, e para vender energia a preços leoninos —i.e. de cartel— aos incautos portugueses.
Sabiam os portugueses que a energia que consomem à noite é de origem nuclear, vem de França, e é vendida a Portugal ao preço da chuva, quer dizer, abaixo do preço de custo? Paga-se, porém, esta energia nocturna a preços comparativamente elevados face ao que realmente custa, engordando ilegitimamente as margens de comercialização dum bem essencial que, como tal, deveria ter preços regulados, em vez da corrupta fantochada de livre concorrência que os neoliberais de Bruxelas (a começar por Durão Barroso) andaram a impingir à Europa nas últimas duas décadas.
A falência óbvia da União Europeia face à China e à generalidade dos países emergentes, onde os recursos energéticos, naturais e financeiros estão obviamente nacionalizados, deve servir-nos de lição. E sobretudo deve servir para travarmos colectivamente a inércia especulativa que persiste nas entranhas da tríade de piratas neoliberais que tomou conta do PS (representado pelo cada vez mais insuportável Pinóquio de Freeport), exigindo a renacionalização dos principais recursos naturais, energéticos e financeiros estratégicos do país.
As minas de ouro que são as grandes bacias do Douro e do Tejo, i.e. os rios que dão água e energia eléctrica a mais de 80% das grandes cidades-região de Lisboa e Porto, não podem estar na mão de especuladores, nem à mercê duma qualquer falência que possa comprometer a independência nacional em matéria de água e energia eléctrica.
Não é um qualquer Mexia de trazer por casa que pode atemorizar uma Secretária de Estado, e muito menos a democracia!
Outro objectivo não declarado da EDP do cínico Mexia (um imbecil chapado) é a apropriação privada dum bem comum: a água! Ou seja, os piratas da EDP e da Iberdrola pretendem pura e simplesmente tomar conta de duas verdadeiras minas de ouro situadas nas duas principais bacias hidrográficas nacionais: a água e a energia eléctrica.
Muito mais do que pelo assassínio de paisagens, que alegremente estão dispostos a cometer, esta gentalha tem que ser posta no sítio pelo perigo que representa para a independência e autonomia nacionais. A sua lógica de submissão canina à falida globalização neoliberal é de facto uma ameaça que deve ser debelada quanto antes.
Que José Freeport se passeie de braço dado com os ex-ministros portugueses ao serviço das privatizadas Iberdrola e EDP (2) é toda uma lição de promiscuidade entre a política e os negócios, de reiteração de um modelo neoliberal ultrapassado que tem quer rapidamente revisto, e mesmo de traição pura e simples aos óbvios interesses portugueses no que se refere ao absoluto controlo das nossas principais reservas estratégicas: água, energia, território e mar.
NOTAS
17-02-2009 (Económico) "A energética liderada por Ana Maria Fernandes (na foto) é a acção preferida do Merrill Lynch para o sector das Renováveis."
"Na opinião dos analistas do banco norte-americano, a acção da quarta maior eólica do mundo está "a ser castigada por um ‘outlook' incerto relativamente ao investimento", sendo que o Merrill Lynch espera que a administração clarifique a situação na apresentação dos resultados, marcada para 26 de Fevereiro."
Hoje de manhã José Sócrates andou de braço dado com o presidente da EDP —o dito Mexia, ex-boy do PSD— arengando que a nova barragem (que destruirá o rio Sabor) é uma oportunidade de emprego e de progresso para o país. Acontece que a EDP, hoje uma empresa privada, está envolvida em três processos judiciais sobre a legitimidade de prosseguir com a barragem que destruirá, para nada, uma paisagem única e habitats protegidos por lei. Manda a lei e a decência que o primeiro ministro se mantivesse equidistante dos contendores, neste caso, a EDP e a Liga de Protecção da Natureza. Mas não, o homem por detrás do primeiro ministro é um facilitador nato. Está-se nas tintas para a lei e para a decência. E o resultado é este: andar de braço dado com o pirata-mor da EDP. Como amanhã andará de braço dado com o pirata-mor e traidor Pina Moura —lacaio da Ibertrola. Uma desgraça que merece, cada vez mais, uma inadiável revolta de cidadania.