Adriana Xavier e Sérgio: imagem efémera de um país em colapso? |
Há quem já aposte no regresso ao isolamento
“Estimular artificialmente a procura, como pedem muitos empresários, apenas agrava o problema. Reduz a poupança, aumenta o défice e retarda a redução do endividamento externo. Sem redução do endividamento externo o crédito não volta.”
João Miranda, Blasfémias.
Vale a pena ler este comentário às declarações desajeitadas de António Borges.
No entanto, não basta mexer nas porcas da macroeconomia, do orçamento e da fiscalidade. Se não acabarmos com a apropriação do orçamento público pelos cleptocratas, rendeiros, corporações, burocracias instaladas e redes de tráfico de influências partidárias, isto é, se não atacarmos os setores protegidos do regime, como desde o Memorando e em todas as avaliações a Troika vem recomendando e insistindo, de nada servirão as engenharias financeira e orçamental.
O regime precisa de uma revolução!
Ou seja, sem uma nova Constituição, escrita por uma nova Assembleia Constituinte, convocada na sequência de um referendo ao regime, iremos mesmo pelo cano de esgoto abaixo.
Espanha está já em estado avançado de instabilidade social e política, que o agravamento da situação financeira apenas ajudará a transformar numa possível fragmentação da monarquia. Entre nós, assim que o desemprego chegar aos 20-25%, o consenso ruirá, deixaremos de beijar os polícias, e o tempo da convulsão civil e das tentações autoritárias regressará. Há mesmo, à esquerda e à direita, quem já só aposte nesta falsa saída para os nossos graves problemas.
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