segunda-feira, março 17, 2025

Pico das Renováveis mais cedo do que o Pico do Petróleo?

 

Figure 5. Chart by the CBO showing US Federal Debt, as a ratio to GDP, from 1900 to 2035. Source.
Trump quer mais petróleo e gás natural nos mercados. As energias alternativas, solar, eólica, nuclear e hidrogénio, não movem tanques, nem caças bombardeiros, nem a maioria das máquinas criadas pelos humanos, incluindo computadores e servidores, para além de estarem pressionadas pela tomada crescente de consciência de que a sua pegada ecológica é elevada, e a sua neutralidade carbónica é relativa, e de que os recursos necessários à sua produção também são limitados, e alguns deles mesmo, escassos!

Combinando as exigências de energia para alimentar simultaneamente as guerras em curso, a IA —e em breve a Artificial general intelligence (AGI)—, com a exigência crescente de energia e derivados do petróleo e gás natural por parte das populações africana, asiática e centro-sul-americana, percebe-se que a procura das energias fósseis (carvão, petróleo, gás natural) vai persistir em força até, pelo menos, meados desde século. Por sua vez, é bem provável que o pico das energias renováveis (painéis solares e fotovoltaicos, geradores eólicos) chegue mais cedo do que o  célebre Pico do Petróleo, previsto em 1956 por Marion King Hubbert!

Há, por fim, um objetivo imediato na estatégia traçada por Donald Trump ("Drill, drill, drill!"): fazer baixar os preços do petróleo como uma espécie de Espada de Damocles sobre a pinha de Vladimir Putin. O Pentágono tem informação que aponta para um assalto da China comunista à Ilha Formosa (Taiwan) em 2027-28. Os Estados Unidos estão a preparar-se para este evento, do qual depende a terceira configuração do espírito de Tordesilhas. A Rússia será provavelmente posta de lado na próxima divisão do mundo em duas metades. Os próximos donos do Planeta Terra e do espaço sideral que a rodeia serão, provavelmente, os Estados Unidos e a China. Resta, pois, saber o que fazer à Rússia. Ficará no lado americano? Ou, pelo contrário, a Rússia cairá no colo de Pequim? Para já, Donald Trump quer quebrar a aliança existente entre Moscovo e Pequim para diminuir a possibilidade de Xi Jinping levar a bom termo um Tratado de Tordesilhas 2.1 que eleve a China ao patamar de protagonista maior da nova divisão do mundo. Mas há, em teoria, uma terceira via, que é a de Putin perder a guerra de invasão e ocupação da Ucrânia, tendo depois que optar entre associar-se aos Estados Unidos, à China comunista, ou à... Europa! Curiosamente, a melhor saída estratégica para a Rússia é associar-se à Europa. Só por aqui, o grande protagonista mundial da segunda metade deste século e do século 22, será a Euráfrica, de que a Ásia ocidental  e a América Latina farão parte.


Readings

Saudi Aramco, IEA Chiefs Clash In Houston Over The Future Of Oil
By Alex Kimani - Mar 13, 2025, 6:00 PM CDT

https://oilprice.com/Energy/Energy-General/Saudi-Aramco-IEA-Chiefs-Clash-In-Houston-Over-The-Future-Of-Oil.html

Energy limits are forcing the economy to contract
Posted on March 4, 2025, by Gail Tverberg

https://ourfiniteworld.com/2025/03/04/energy-limits-are-forcing-the-economy-to-contract/


Sem comentários: