António Costa, o sargento-ajudante de José Sócrates Pinto de Sousa |
O assunto do Recluso 44 começa a feder
Das duas uma, ou Carlos Alexandre tinha provas quando prendeu Sócrates, ou não tinha. Se não tinha, ou ainda não tem, a Justiça pouco credível que temos (corporativa, subserviente, coberta de privilégios a troco de algo...) está metida num grande sarilho. Se tinha e tem, ninguém compreende o que andou a fazer nestes últimos seis meses, enquanto manteve Sócrates na prisão. As simples hipóteses de que quis humilhar o ex-primeiro ministro, ou que o prendeu para lhe espremer uma confissão, seriam igualmente fatais para a corporação de juízes e procuradores. Por fim, se resolveu hoje, no dia da Convenção do PS, atenuar as medidas de segurança relativamente ao detido, sem outra explicação que não seja o momento político e eleitoral, então eu digo à justiça portuguesa, casta secularmente privilegiada em nome da subserviência face aos poderosos e do desprezo olímpico pela populaça: esperem um coice como nunca viram da sociedade!
Eu sou dos que está convencido de que José Sócrates é um pirata e que se
rodeou da pior corja mafiosa do PS e do país enquanto governou. Mas esta minha
convicção não passa disso mesmo, de uma convicção e de uma opinião. O
sistema de justiça, porém, não se pode dar luxo de ter estados de alma,
convicções, e muito menos opiniões.
Espero bem que, neste caso, que nunca foi, nem é trivial, saibam bem o que estão a fazer. A paciência para incompetência, a arrogância, a irresponsabildiade e a impunidade está a esgotar-se na sociedade portuguesa.
PS: comentário ao post da Porta da Loja, "PS vergonha e acossado":
As teias da corrupção que tecem o falido regime demo-populista e partidocrático que temos apresentam várias tonalidades: cor-de-rosa, cor de-laranja e azul. Sobre isto não haja nem se alimentem ilusões. Quanto ao caso do Recluso 44, a Justiça variável que temos tem que se despachar. Pois num ponto, e num ponto apenas, estou de acordo com quem afirma que não se prende um ex-primeiro ministro, não por causa da criatura, mas por respeito ao cargo, como se fosse um larápio qualquer, e se estique a prisão preventiva até ao limite, para produzir prova. E se não não for possível produzi-la, em que estado ficará a Justiça depois de tão catastrófico e patético fracasso? Esperemos bem, para que a falida e corrompida democracia que temos não colapse como um castelo de cartas, que a Justiça saiba o que anda a fazer.
Atualização: 11/06/2015 10:37
Espero bem que, neste caso, que nunca foi, nem é trivial, saibam bem o que estão a fazer. A paciência para incompetência, a arrogância, a irresponsabildiade e a impunidade está a esgotar-se na sociedade portuguesa.
PS: comentário ao post da Porta da Loja, "PS vergonha e acossado":
As teias da corrupção que tecem o falido regime demo-populista e partidocrático que temos apresentam várias tonalidades: cor-de-rosa, cor de-laranja e azul. Sobre isto não haja nem se alimentem ilusões. Quanto ao caso do Recluso 44, a Justiça variável que temos tem que se despachar. Pois num ponto, e num ponto apenas, estou de acordo com quem afirma que não se prende um ex-primeiro ministro, não por causa da criatura, mas por respeito ao cargo, como se fosse um larápio qualquer, e se estique a prisão preventiva até ao limite, para produzir prova. E se não não for possível produzi-la, em que estado ficará a Justiça depois de tão catastrófico e patético fracasso? Esperemos bem, para que a falida e corrompida democracia que temos não colapse como um castelo de cartas, que a Justiça saiba o que anda a fazer.
Atualização: 11/06/2015 10:37