Mostrar mensagens com a etiqueta Congresso Americano. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Congresso Americano. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, setembro 26, 2008

Crise Global 26

O colapso da América VII

Sexta feira negra
  1. Plano pirata da Casa Branca e de Wall Strett continua em águas de bacalhau. Vai ser uma batalha sangrenta até à madrugada de Domingo em Washington e Nova Iorque!
  2. JP Morgan soma e segue, devorando os rivais feridos que sucumbem. Depois de abosrver os depósitos e a rede de balcões comerciais do maior banco de retalho dos Estados Unidos, o Washington Mutual (WaMu), o JP Morgan trnasforma-se no maior banco comercial da América, como se não fosse já, e há muito tempo, um dos donos do FED, e portanto da América e boa parte deste planeta!
  3. UBS na corda bamba e bolsas europeias em queda livre.
  4. Fortis, banco e seguradora holandesa, de que o Millennium BCP é parceiro, está à beira do colapso, com as acções em queda imparável, tendo perdido 36% do valor entre ontem e a manhã de hoje!
  5. Tanto quanto pude apurar, o Millennium BCP, o BES e a Caixa Geral de Depósitos estiveram envolvidos em importantes operações de "securitização" de dívidas, nomeadamente imobiliárias. Os portugueses têm o direito de saber onde que param essas operações e qual o grau de contaminação tóxica dos pacotes financeiros irregulares então confeccionados e introduzidos no mercado euro-americano de especulação com "derivados", para segurar tais créditos. O Governo, a entidade de regulação e supervisão financeira, e as polícias têm o dever de actuar sem demora, nem hesitação!
  6. Se Paulson e Bernanke não conseguirem fazer passar o seu plano de isentar as decisões económico-financeiras da América do escrutínio democrático e judicial, impondo um estado de sítio financeiro de facto, por via dum golpe de Estado constitucional, teremos o anunciado Pearl Harbor aludido por Warren Buffett. Ou seja, o colapso do sistema financeiro americano e uma hecatombe mundial. Se tal acontecer, a economia virtual será submetida a uma espécie de hara-kiri digital. Há 62 biliões de dólares (62 000 000 000 000) no buraco negro chamado "mercado de derivados", à espera que algum grande pirata prima a tecla DELETE. Depois deste catastrófico RESET, com sorte, isto é, se não ocorrer uma Guerra Mundial, o jogo recomeçará no meio duma terrível e prolongada turbulência planetária.
  7. Se não houver luz branca até às 5-6 da manhã (UTC/GMT) para o roubo de 700 mil milhões de dólares aos contribuintes americanos, e portanto falhar o golpe de Estado financeiro em curso no Congresso dos Estados Unidos, haverá uma corrida aos bancos em todo o mundo na próxima Segunda-Feira. Oxalá esteja completamente equivocado!

REFERÊNCIAS
  • Bush: 'nós precisamos de um plano de resgate dos bancos'
    26/09/2008 15h09

    WASHINGTON (AFP) - O presidente americano, George W. Bush, insistiu nesta sexta-feira, em pronunciamento na Casa Branca, que o país precisa urgentemente de um plano de resgate dos bancos.

    "Nós precisamos de um acordo de resgate do setor financeiro. Nós devemos agir rapidamente", declarou o presidente Bush.

    "Temos um enorme problema", disse Bush, falando da crise financeira que os Estados Unidos estão atravessando.

    "Há desacordos sobre alguns aspectos do plano de resgate, mas não há desacordo sobre o fato de que alguma coisa importante deve ser feita", afirmou, um dia depois do fracasso de uma reunião inédita na Casa Branca sobre a crise financeira, com os dois candidatos à presidencial, Barack Obama e John McCain, e os líderes dos partidos democrata e republicano.

    "Minha administração continua trabalhando com o Congresso. É uma tarefa pesada, nossa proposta é uma importante proposta", destacou o presidente Bush. "E cada vez que você tem um plano desta dimensão, onde as coisas acontecem assim tão rapidamente, que requer uma lei, isso gera debates. Os membros do Congresso querem ser ouvidos", declarou Bush.

    Depois da maior falência da história dos EUA, a do banco Washington Mutual, fechado pelas autoridades americanas na noite de quinta-feira, a pressão aumenta mais do que nunca nesta sexta-feira para a conclusão rápida das discussões sobre este plano de resgate do secretário do Tesouro, Henry Paulson, que prevê a injeção de 700 bilhões de dólares no sistema bancário americano.

    Os democratas acusam os republicanos de serem os responsáveis do impasse atual para a adoção do plano. O candidato republicano à Casa Branca, John McCain, particularmente, segundo os democratas, sabotou o consenso que parecia estar se desenhando no Congresso na manhã de quinta-feira sobre este plano.

  • Fortis afirma que tem situação financeira "sólida"
    26-09-2009 (Jornal de Negócios). Os responsáveis do Fortis afirmaram hoje que o banco está "sólido" apesar das dúvidas dos investidores quanto à situação económica da instituição, e de ter sido noticiado hoje que os clientes do banco estão a recorrer a outras instituições.

    ... Os títulos do banco têm negociado em forte queda, tendo ontem estado a desvalorizar mais de 21%. Na sessão de hoje, as acções já perderam quase 15% e seguem agora a recuar 8,87%.

    O Fortis é parceiro do BCP nos seguros, tendo abandonado o capital do banco português em Setembro do ano passado, depois da venda de 3,9% do capital por 140 milhões de euros. Apesar desta operação, que serviu para financiar a aquisição de activos do ABN, o Fortis o BCP asseguraram na altura o “forte empenho” na parceria que tinham no sector segurador em Portugal.

    O BCP e o Fortis controlam em conjunto o Millennium bcp Fortis Grupo Segurador, companhia que detém várias seguradoras, como a Ocidental Vida e a Ocidental Seguros.

  • Washington Mutual "resgatado" pelos reguladores
    26-09-2008 (Jornal de Negócios). A última vítima da crise financeira é o Washington Mutual (WaMu) que teve que ser "resgatado" pelos reguladores, naquela que é considerada a maior falência bancária da história americana, depois de ter visto a notação financeira revista em baixa para "junk" (o nível mais baixo) e a cotação das acções ter afundado.

  • JPMorgan Buys WaMu Deposits as Regulators Seize Failed Thrift
    Sept. 26 (Bloomberg) -- JPMorgan Chase & Co. became the biggest U.S. bank by deposits, acquiring Washington Mutual Inc.'s branch network for $1.9 billion after the thrift was seized in the largest U.S. bank failure in history.

    Customers of WaMu withdrew $16.7 billion from accounts since Sept. 16, leaving the Seattle-based bank ``unsound,'' the Office of Thrift Supervision said late yesterday. WaMu's branches will open today and depositors will have full access to all their accounts, Sheila Bair, chairman of the Federal Deposit Insurance Corp., said on a conference call.

    WaMu is the latest casualty of a financial crisis that drove Lehman Brothers Holdings Inc. and IndyMac Bancorp out of business and led to the hastily arranged rescues of Merrill Lynch & Co. and Bear Stearns Cos., which was itself absorbed by JPMorgan. WaMu in March rejected a takeover offer from JPMorgan Chief Executive Officer Jamie Dimon that the savings and loan valued at $4 a share.

  • Sept. 26 (Bloomberg) -- House Republicans Undercut Bush on Rescue, Slow Talks
    Republicans splintered over the proposed $700 billion rescue of the U.S. financial system, imperilling an agreement hours after a bipartisan group of negotiators and the White House said one was near.

    Lawmakers were to meet again today in Washington after some House Republicans, led by Virginia's Eric Cantor, said they wouldn't back a plan based on Treasury Secretary Henry Paulson's approach. The stalemate came after an unprecedented meeting of the two presidential candidates, President George W. Bush, congressional leaders and Cabinet officers.

    ``We are sitting down where we were at the end of day one,'' Senator Bob Corker, a Tennessee Republican, said as he headed into a late-night meeting with Paulson and lawmakers.

  • Stocks in Europe, Asia, U.S. Futures Decline on Bailout Delay

    Sept. 26 (Bloomberg) --Stocks in Europe and Asia and U.S. index futures sank after negotiations on the $700 billion financial bailout plan stalled and Washington Mutual Inc. was seized in the biggest U.S. bank failure in history.

    UBS AG, the European bank hardest hit by subprime-related losses, slid 2.8 percent and Woori Finance Holdings Co. tumbled 7.5 percent after Republicans said they wouldn't support the proposed rescue plan. WaMu plunged 77 percent as JPMorgan Chase & Co. acquired its branch network for $1.9 billion. Vestas Wind Systems A/S retreated 4.9 percent after Morgan Stanley cut its recommendation for the world's biggest wind-turbine producer.

    ...

    ``With the bankruptcy of Washington Mutual, the systemic risk has returned,'' said Benoit de Broissia, an equity analyst at Richelieu Finance in Paris, which oversees about $6.2 billion. ``One of the links in the chain has broken so we wonder if the chain is threatened,'' he said in a Bloomberg Television interview.

  • Fundos portugueses perdem 8 milhões com Lehman e AIG
    Colapso financeiro 2008-09-17 00:05 (Diário Económico)
    Há 13 fundos com exposição às duas entidades. Só na última semana e meia perderam 2,6 milhões de dólares.

    ... São pelo menos 13 os fundos portugueses expostos a estes activos, de acordo com a análise feita pelo Diário Económico no ‘site’ da CMVM.

    Excluindo o montante dos títulos de dívida, as perdas acumuladas em 2008 pelos fundos portugueses através da exposição a AIG e Lehman ascendem a 7,7 milhões de dólares. Desde o início da semana passada, quando começaram a ser mais evidentes os graves problemas do banco de investimento norte-americano, as perdas são de 2,6 milhões de dólares.

    O BPI Reforma Investimento PPR é o fundo com maior exposição a acções da AIG, 95.814 títulos, e também com mais acções da Lehman Brothers em carteira, 4.328.

    Outros fundos com acções da AIG em carteira são o BPN Optimização, BPN Valorização, BPN Acções Global, Santander Acções América, Santander Acções USA e Millennium Acções América. Apenas dois fundos têm dívida da AIG, o BPI Global (12,5 milhões) e o Popular Valor (200 mil).

  • O naufrágio dos PPR e dos fundos de investimento em geral
    Sexta-feira, 26 de Setembro de 2008 (Esquerda Desalinhada).

    ...retirámos do Semanário Económico de 22/8 o seguinte ilustrativo título – “77% dos fundos PPR têm retornos negativos”. E, como subtítulo uma frase mais clarividente – “quem investiu em PPR para construir um pé-de-meia para a reforma tem razões para se mostrar apreensivo…”.

    Mais detalhadamente ficamos a saber que os PPR mais prudentes, com menor cobertura em acções de empresas obtiveram uma rendabilidade de 0,28% nos 12 meses terminados em Julho último; e que os mais ambiciosos com mais de 35% de investimento em acções, perderam 8,9%.

    Alguém poderá dizer que foi culpa do “subprime”, género de peste que tudo pretende justificar. Nada disso. Nos últimos três anos, a média anual da rendabilidade, para o conjunto dos PPR, fixa-se em 1,59%, que passa a 2,6% se se considerarem os últimos cinco anos. Em suma, os PPR não valorizam coisa nenhuma pois nem sequer a inflação compensam, Assim, os mais avisados e os mais enrascados retiraram 460 M euros de PPR nos primeiros sete meses do ano.

    De acordo com notícia do Diário Económico de 22/7 e também no que respeita a fundos de pensões, o BCP perdeu 558 M euros, o BPI 250 M euros e o BES 234 M euros no primeiro semestre, devido à desvalorização dos activos que cobriam as suas responsabilidades. Quando as cotações sobem, eles valorizam os activos e aceitam responsabilidades mas, quando elas baixam, surge a desvalorização dos activos, não se reduzindo, naturalmente as responsabilidades; então, os bancos afectam novos activos para manter a cobertura e… quando eles se esgotarem vão à falência ou o paizinho Estado dá uma ajuda, pagando os desvarios dos capitalistas que tanto protege.

    Mas não são só os fundos geridos pelo sistema financeiro, nomeadamente pelos bancos que colocam os valores entregues pelas pessoas no “mercado”. O Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social, existente como forma de assegurar o pagamento de pensões em caso de crise grave, tem cerca de 20% do seu pecúlio, equivalente a 1600 M euros, aplicado em títulos e submetido aos riscos que se vêm revelando.

    Os fundos de investimento em geral

    O panorama atrás referido emana da situação que se observa para o conjunto dos fundos de investimento. No ano terminado em Junho último a “indústria” europeia da especulação havia perdido 800 000 M de euros na valorização dos seus activos e, se o desporto especulativo estivesse num campeonato europeu, as medalhas pelas perdas teriam sido assim distribuídas:

    Medalha de ouro – Portugal (- 30,79%)

    (neste momento solene sugerimos que cantem o hino!!)

    Medalha de prata – Lituânia ( - 30,16%)

    Medalha de bronze – Polónia (-27,40%)

    Em finais de Agosto, a melhor marca europeia nas perdas continuava a pertencer a Portugal (-33,62%) só ultrapassada, a nível mundial pela Coreia (-37,52%). Afinal o “sólido” sistema financeiro português não é só bom a aumentar os juros, a inventar comissões e pequenas falcatruas, como na questão dos arredondamentos.

OAM 443 26-09-2008 12:51 (última actualização 27-09-2008 00:00)