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terça-feira, novembro 26, 2019

A TAP tão bonitinha...

Humberto Pedrosa e David Neeleman donos de 45% da TAP, até ver...

Quem Quer Casar com a Carochinha?

Notícia do JdN: “Saída de Neeleman da TAP preparada para o primeiro trimestre de 2020” (1)

Desfecho previsto (2), lógico, e agora confirmado (3): David Neeleman, isto é, a Atlantic Gateway, isto é a brasileira Azul, a primeira companhia aérea brasileira em destinos, a segunda em frota, e a terceira em passageiros, vai despachar a posição que detém na TAP. Resta saber quem vai querer casar com uma carochinha coxa, com um buraco na asa de quase 4 mil milhões de euros... O Barraqueiro não será com certeza!

Comentário de um companheiro que sabe destas coisas e vê o futuro com uma bola de cristal —a quatro mãos ;)

Acho piada às alternativas sugeridas quanto a eventuais parceiros.

A Lufthansa desde o road show do ex-CEO Fernando Pinto, na sequência do PEC IV, disse logo ao gaúcho que era ele que tinha de ir ter com a Lufthansa e não o contrário. O gaúcho Pinto, à época, andava com aquela conversa de “quem quer casar com a TAP, uma noiva muito bonitinha”. A Lufthansa que pertence ao grupo da Star Alliance, não se imagina que tenha alterado a posição. Ou seja, de não interesse no casamento com uma noiva sem dote.

A AirFrance pertence a outro grupo e faz parceria com a KLM. Vão dividir frotas para melhor gestão de equipamento. A KLM, com a frota da Boeing, e a AirFrance, com a da Airbus, havendo ainda alguns B777 para as rotas principais.

Quanto à British Airways, na realidade, tratando-se de um episódio andaluz, e da América Latina, a Iberia que o jornalista que deu a notícia escondeu, está a finalizar a compra da Air Europa. Com esta empresa no bolso (do Grupo Globália) fica com o aeroporto de Barcelona e irá atacar o mercado aéreo iberoamericano que lhe faltava dominar na América do Sul: o Brasil! Se a TAP for saneada dos 4 mM€ acumulados em dívida de longo e médio prazo, é possível (mas quem avança com este cacau todo?) Por outro lado, a BA-Iberia, isto é o IAG, só aceitaria considerar este negócio se o Costa e a sua malta (a mulher do Medina, etc.) ficassem clara e definitivamente fora do baralho.

A UNITED Airlines, nem pensar. Não se vai prender pelos 25% da TAP (que Neeleman detém), tem mais que fazer.

A TAP é neste momento uma incumbente da AZUL para o Brazil e para os EUA, estando mais dependente desta do que a AZUL da TAP.

O governo ao querer fiscalizar os brasileiros na administração executiva da TAP, nomeando mais um boy (a mulher do Medina), supostamente para controlar a gestão gaúcha, foi a gota que fez transbordar o copo...

Entretanto, a malta da engenharia da TAP está toda a ser corrida a osso para dar espaço a engenheiros do Brasil. Imagino que a engenharia da TAP deve estar a fazer grandes festas.

O Zé Povinho que vá preparando os 4 mM€ para se chegar à frente.

E ainda queriam oferecer à TAP um NAL da Ota na Ota, e depois da Ota em Alcochete, ou seja, mais 10mM€ de mão beijada (aeroporto e acessos).

O que vale é que a malta votou PS e agora vai ter de pagar. E pagar bem. Sabe bem pagar tão pouco. Pingo Doce, venha cá!


PS: imagino que o PCP, o Bloco, o Livre, o PAN e o que resta do couve ecológica do PCP vão exigir a nacionalização da TAP. Mas já foi, não se lembram?

POST SCRIPTUM

David Neeleman está claramente a posicionar-se para a venda, salientando as mais valias que trouxe para a TAP

“Eu pessoalmente em conjunto com a Azul, empresa que eu controlo, acreditamos no futuro da TAP e detemos hoje direitos equivalentes a mais de 70% dos direitos económicos da TAP”, salienta.

... “ao longo das últimas décadas o Estado Português fez várias tentativas para privatizar a TAP”

[mas] “durante muitos anos não conseguiu encontrar nenhum interessado em investir na TAP dada a sua situação de iminente falência e falta de tesouraria”.

Como recorda, em novembro de 2015 a empresa tinha a frota mais antiga da Europa, devia cerca de 900 milhões à banca, com aproximadamente 80% a vencer em menos de 1 ano, devia 183 milhões a fornecedores, tinha apenas 79 milhões em caixa, não tendo recursos para pagar os salários dos seus trabalhadores do mês seguinte”.

[...]

David Neeleman aponta ainda que quando decidiu concorrer à privatização “criei um plano estratégico, convidei um sócio português, e reuni capital em conjunto com a Azul e seus acionistas para poder dar um futuro à TAP. Logo na primeira semana sob a nossa gestão, pagámos cerca de 100 milhões de euros de dívidas anteriores à nossa entrada e continuamos a fazê-lo. Hoje a TAP tem 245 milhões de euros em caixa, mais de três vezes o que tinha na data da privatização”.

Em seu entender, o futuro “passa por uma transformação significativa da empresa, continuando a reduzir o peso da sua dívida, reduzindo a dependência relativamente aos mercados africanos e brasileiros, renovando integralmente a sua frota, tornando-a mais competitiva e sustentável num mercado cada vez mais competitivo e no qual desde 2017 fecharam cerca de 92 companhias de aviação em todo o mundo”.


—in Jornal de Negócios, 26/11/2019 16:54


NOTAS

1. https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/transportes/aviacao/detalhe/saida-de-neeleman-da-tap-preparada-para-o-primeiro-trimestre-de-2020?ref=DestaquesTopo

2.
https://zap.aeiou.pt/prejuizos-tap-neeleman-governo-281288

3.
https://observador.pt/2019/11/26/acionista-da-tap-david-neeleman-quer-vender-a-sua-parte/

sexta-feira, janeiro 08, 2016

Banca portuguesa por um fio

FOTO PAULO DUARTE / GLOBAL IMAGENS

António Costa diz que Fundo de Resolução não tem dinheiro


Agora percebe-se porque carga d'água Cavaco não viabilizou o governo de gestão do PàF, e deu posse a um governo do PS apoiado por comunistas de todas as cores. É que um governo de gestão não poderia ter tratado do caso Banif nas datas impostas pelo BCE. Faltava-lhe o apoio, ainda que implícito, de todo o parlamento. Ponto.

Foram as implicações da extrema debilidade do sistema bancário português e da insolvência do seu Fundo de Resolução que os banqueiros certamente explicaram a António Costa no célebre almoço do Ritz no dia 16 de novembro último. Não havendo bancos portugueses com recursos suficientes para comprar o Banif (o qual viria a ser saldado por 150 milhões de euros —ou até dado, se a este valor subtrairmos o crédito fiscal do Banif que o Santander herda), a menos que o Banif entrasse diretamente num processo de falência e liquidação, seria absolutamente necessário contar com um governo capaz de tomar decisões pesadas antes do fim do ano — ou seja, institucionalmente apto a resolver o banco, ainda que atirando o preço da operação para os bolsos dos contribuintes. Caso a resolução fosse empurrada até 2016, e uma vez que o Fundo de Resolução estava, e continua, nas lonas, o Banif seria muito provavelmente condenado à falência e liquidação.

Foi isto mesmo que os mesmos banqueiros que almoçaram com António Costa no dia 16 de novembro foram repetir a Cavaco Silva no dia seguinte, quando este os chamou a Belém.

Este cenário, já se si dramático, ficou ainda mais negro quando se soube no dia 8 de dezembro que o ECOFIN aprovara o chamado financiamento ponte no quadro do Fundo Único de Resolução.



08/12/2015 - Statement on Banking Union and bridge financing arrangements for the Single Resolution Fund. ECOFIN Ministers reaffirm the importance of deepening the Banking Union in the context of a well-functioning Economic and Monetary Union. Following the successful establishment of the Single Supervisory Mechanism (SSM), we welcome the forthcoming entry into force of the intergovernmental agreement on the transfer and mutualisation of contributions to the SRF (IGA), which will allow the Single Resolution Fund (SRF) to be fully operational on 1 January 2016. 
In line with the commitment taken in December 2013, Member States participating in the Banking Union agree to put in place a system of bridge financing arrangements in order to ensure sufficient funding to the SRF during the transitional period. As of 2016, each participating Member State will enter into a harmonised Loan Facility Agreement with the Single Resolution Board (SRB), providing a national individual credit line to the SRB to back its national compartment in the SRF in case of possible funding shortfalls following resolution cases of banks of the Member State concerned. With this agreement, participating Member States ensure a credible start of the SRF as of early 2016. 
The maximum aggregate amount of the credit lines of euro area Member States will amount to EUR 55bn, with a repartition key among Member States which follows the 2014 estimates of the Commission for contributions to the SRF. The aggregate amount and the repartition key will be reviewed by the end of 2017 or earlier, if a non-euro area Member State joins the Banking Union. The individual credit lines are to be drawn as a last resort, after having exhausted all other financing sources, including bail-in requirements under the BRRD as well as the steps foreseen under Article 5 of the IGA including the SRB's external borrowing capacity. Such system of national credit lines will ensure the protection of taxpayers and will be fiscally neutral over the medium term, as the banking sector of the Member State concerned will be liable for repayment of the amounts drawn under the credit line. It will ensure equivalent treatment across all Member States participating in the Banking Union in terms of rights and obligations, as well as incurring no costs for Member States not participating in the Banking Union.

Finalmente, quanto ao facto de o Banif ter caído por dez reis de mel coado nos braços do Santander, além do mistério associado à corrida ao banco provocada pela TVI, que falta esclarecer, em vez de ter ido parar às garras do maior fundo abutre do planeta, a Apollo Global Management, LLC. (Link1, Link2), a explicação é simples: só se o BCE fosse doido é que permitira tal movimento em vez de defender um dos grupos financeiros sistémicos da Eurozona, o Grupo Santander (1). Um banco que precisa de reforçar os seus rácios de capital, que já é um dos maiores bancos em Portugal e na Europa, que conhece bem o nosso mercado, e que se dedica à atividade bancária e financeira, nomeadamente através de aquisições sucessivas e da dispersão do capital por inúmeros acionistas de peso, e não tanto à rapina de empresas em dificuldades através dos famosos LBO (Leverage Buyout) seria sempre um opção melhor do que o voo da águia especulativa americana. Além do mais, segundo afirmou António Costa no programa Quadratura do Círculo, e ao contrário do que publica o Expresso de hoje, não houve nenhuma outra proposta vinculativa além da do Santander.

É triste vermos o primeiro ministro de Portugal dar explicações aos portugueses sobre os meandros de uma operação tão complexa quanto dramática pelas repercussões que teve e terá, não numa conferência de imprensa, não numa declaração ao país, complementar da que proferiu aquando da resolução do Banif, mas regressando ao programa televisivo de onde saiu para tomar conta do PS. Um primeiro ministro que se esconde da realidade não oferece confiança (2). Que fará se a crise financeira e bancária continuar em 2016, 2017, 2018, 2019, atingindo, por exemplo, o BCP, o Montepio, e a Caixa? Ficámos a saber que o BCE deu um rebuçado a António Costa pela oferta do Banif ao Santander: um ano mais para vender o Novo Banco. Mas, e se este for um rebuçado envenenado? Ou seja, e se este adiamento da venda do Novo Banco significar tão só inscrever os custos da operação no Orçamento de Estado de 2017?

É triste percebermos até que ponto o grande capitalismo português e os seus bancos, mas também os seus políticos, caminham tão rapidamente para a insignificância e para o desastre. Os graus de liberdade da nossa soberania esfumam-se a cada dia que passa. Não sei porque gritam tanto as araras e os cagarros do Soviete Supremo de São Bento.


ÚLTIMA HORA

António Costa foi dizer à Quadratura do Círculo, em modo informal e pachorrento, o que não poderia ter anunciado de modo mais institucional, nem através do seu ministro das finanças, sob pena de lançar o pânico imediato no país e nos mercados. Mas o pânico acaba de chegar, via Reuters. Qualquer pessoa atenta perguntará: depois de setembro de 2016 (mês em que a janela de generosidade do BCE se fecha) quem estará disposto a financiar países que não respeitam contratos, seja na banca, seja noutros setores? O alerta de maremoto financeiro indígena está dado!

La debacle de Novo Banco dificulta el acceso al mercado de la banca periférica
REUTERS, 9/01/2016 - 12:28 
Los bancos pequeños de la periferia en Europa tendrán dificultades para emitir nueva deuda por las pérdidas que asumirán previsiblemente los inversores con cinco emisiones de deuda senior en Portugal, según expertos que temen ahora un cierre temporal para nuevas emisiones de deuda por parte de entidades de menor tamaño. 
El Banco de Portugal conmocionó al mercado a finales de diciembre al transferir casi 2.000 millones de euros de deuda senior de Novo Banco al banco malo que aglutina los peores activos de Banco Espirito Santo desde su rescate en 2014. Tras el traspaso el valor de los títulos se acercó casi a cero, dejando a los inversores con escasas expectativas para recuperar su dinero. 
“Lo que ha pasado en Portugal dificultará el acceso al mercado de los bancos de segunda fila”, dijo un gestor de fondos. 
“Un inversor puede optar por invertir en un banco más débil o en un banco fuerte como HSBC o Citigroup. ¿Si creo que el año que viene un banco como HSBC no respetaría sus obligaciones de pago con los bonistas? No. ¿Pero un banco italiano de segunda fila?”.

E as notícias sobre a 'banca periférica' correm! Banif, qual foi a pressa? A realidade é como o azeite e os cadáveres: acaba sempre por vir ao de cima.

La banca española pierde 18.000 millones de valor en bolsa en cinco semanas 
El Economico/ EFE (10/01/2016 - 12:40): Los principales bancos españoles cotizados han perdido en poco más de un mes unos 18.000 millones de euros en capitalización bursátil, que se han esfumado, entre otras razones, por el descalabro de las bolsas chinas, la caída del precio del crudo y las tibias medidas anunciadas en diciembre por el BCE. 
Según datos del mercado, en sólo cinco semanas el valor bursátil conjunto de estas entidades -Santander, BBVA, CaixaBank, Bankia, Popular, Sabadell y Bankinter- ha pasado de 164.204 millones de euros a 146.293 millones 
La pérdida de capitalización ha sido muy desigual entre las entidades, siendo el Santander el que más se ha dejado en el camino con una reducción de su valor en bolsa de 14.671 millones de euros.  

NOTAS
  1. ¿Quiénes son los verdaderos dueños de Banco Santander? Francisco S. Jiménez - 16/01/2015, in Dirigentes_digital
    ¿Cómo es posible, que primero Emilio Botín, y luego Ana Patricia Botín, controlen con mano de hierro uno de los mayores bancos de Europa, cuando la familia apenas tienen un 0,77% de capital de la entidad? 
  2. Ouvido o programa da íntegra, há que reconhecer que as explicações dadas por António Costa clarificam a decisão tomada pelo Banco de Portugal, e pelo Governo in extremis. Só falta mesmo saber, e isso o Primeiro Ministro não explicou, porque não foi a resolução executada no dia 3 de janeiro de 2016. À luz do Mecanismo Único de Resolução e do chamado investimento ponte não se teria mitigado o novo rombo nas finanças públicas que todos teremos que pagar?
Atualização: 10 jan 2016 12:57

quinta-feira, abril 02, 2015

Islândia a caminho de revolução financeira

In Iceland, as in other modern market economies, the central bank controls the creation of banknotes and coins but not the creation of all money Photo: Getty Images

E se os bancos comerciais fossem proibidos de criar dinheiro?


Os casos negros do BPP, BPN e BES, e as zonas quase negras do BCP, Montepio e Caixa Geral de Depósitos, avisam-nos que a confiança nos bancos morreu, e que é preciso mudar o sistema financeiro num ponto essencial: proibir os bancos comerciais de criarem dinheiro, nomeadamente sob a forma de crédito e sob a forma de securitização de créditos e confeção de produtos financeiros complexos cujo único resultado, no final das corridas especulativas, são bolhas que rebentam, deixando pelo caminho estados insolventes, empresas na ruína, famílias no desespero e convulsões sociais na rua.

Mas então quem estaria autorizado a criar dinheiro, metálico, eletrónico, criptológico e sob a forma de crédito? Apenas os bancos centrais. No caso da UE, apenas o BCE. Os bancos comerciais e de investimento passariam a poder emprestar apenas o dinheiro criado pelos bancos centrais, e estariam proibidos de criar crédito que não resultasse diretamente das suas efetivas reservas monetárias. Por exemplo, a pirataria financeira dos LBO (Leverage Buyout), a que alguns ex-banqueiros indígenas se dedicam no nosso país, acabariam de um dia para o outro. Capiche?

Não tenhamos ilusões: o dinheiro não pode estar nas mãos de banksters!

Iceland looks at ending boom and bust with radical money plan

Icelandic government suggests removing the power of commercial banks to create money and handing it to the central bank

By AFP/ Telegraph 8:18PM BST 31 Mar 2015

[...] In Iceland, as in other modern market economies, the central bank controls the creation of banknotes and coins but not the creation of all money, which occurs as soon as a commercial bank offers a line of credit.

The central bank can only try to influence the money supply with its monetary policy tools.

Under the so-called Sovereign Money proposal, the country's central bank would become the only creator of money.

Monetary Reform
A Better Monetary System For Iceland

A Report By Frosti Sigurjonsson
Commissioned by the Prime Minister of Iceland
—in documentcloud


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segunda-feira, março 02, 2015

Linda Isabel trava assalto catalão

Isabel dos Santos

A angolana Isabel dos Santos defende a banca portuguesa do assalto catalão. 


Ainda dizem que foi uma descolonização mal feita. Foi a que foi possível. Obrigado Isabel ;)
Isabel dos Santos quer fusão entre BPI e BCP
É a resposta da empresária Isabel dos Santos à oferta pública de aquisição que o CaixaBank lançou sobre o BPI.
Expresso, 2 de março de 2015
Na realidade, é mais isto: angolanos defendem posição dominante que detêm no que resta da banca portuguesa (BCP e BPI), e defendem-na, neste caso, contra a invasão espanhola.

É diferente mas não deixa der simpático, num país onde o putativo candidato presidencial, maçon e cor-de-rosa, António Vitorino, presidiu, até 2013 (sintomático, não?) à Mesa da Assembleia Geral do braço do Banco Santander em Portugal, o Santander-Totta, repararmos que Angola está mais interessada na independência de Portugal do que alguns indígenas sem vergonha, mas que a imprensa indigente local insiste em transportar ao colo, como se fossem peluches.

Não tenho nada contra Espanha. Devíamos até cuidar com carinho das nossas relações com a Galiza, Salamanca, Mérida e Sevilha. Mas daí até ignorar quais são os interesses estratégicos de Madrid e Barcelona na praça lisboeta, vai um passo de estupidez que não dou e demonizo, no país, quem o dê.

Que raio de Maçonaria temos, afinal? Pelos vistos não passam de tabernas onde se congregam desgraçados sem pátria.

Mais...
Isabel dos Santos: "OPA é afastada dos interesses da banca portuguesa"
03/03/2015 | 15:36 |  Dinheiro Vivo

ISABEL DOS SANTOS: "Enquanto a OPA anunciada por Caixabank pressupõe uma integração ibérica, legítima à luz dos interesses de quem a faz mas afastada dos interesses do sistema financeiro português, a nossa proposta de fusão projeta um movimento de consolidação em Portugal", afirmou fonte oficial de Isabel dos Santos, ao Dinheiro Vivo.
Noutro tempos estas questões eram decididas por gente com algum conhecimento da história do país e noções firmes de estratégia. Hoje, pelo que vamos vendo, Portugal foi entregue a uma pandilha de ladrões e piratas de meia tijela que se babam diante de qualquer pratos de lentilhas, sejam elas chinesas ou espanholas.

Façam uma lista dos conselhos de administração das principais empresas deste país e verão onde pasta a corrupta elite parida por esta democracia demente.


POST SCRIPTUM

O La Caixa é um banco público, não é? Catalão, não é, Espanhol, não é?
As más línguas asseguram: La Caixa, numa possível fusão BCP-BPI, é a salvação da EDP.
Sobre a rendeira, sem vergonha, EDP: €17 mil milhões de dívida acumulada. Em breve as rendas excessivas serão decisivamente postas em causa, agrade ou não aos burocratas de Pequim. Foi isso mesmo que Merkel (através de Juncker), Hollande, Rajoy e Passos Coelho estiveram a decidir na mini-cimeira energática realizada em Madrid no dia 4 de março. Capiche?

Atualização: 4 mar 2015, 11:12


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quarta-feira, julho 23, 2014

BES afunda, também, o Banco de Portugal

Uma instituição secular em fim de vida

Colapso do BES evidencia conivência do Banco de Portugal no desastre


Foi preciso as autoridades judiciais do Luxemburgo terem anunciado publicamente uma investigação ao grupo BES para que o senhor Carlos Costa (ex-BCP) acordasse. Não acham estranho? Ninguém investiga? Onde está a reclamação do Tozé?!

A este propósito, vale a pena ler na íntegra o post de João Rendeiro publicado sobre o desastre que tem sido a sinecura partidocrata que o Banco (público) de Portugal tem sido desde que foi tomado de assalto pela aliança espúria entre banqueiros, banksters e a corja partidocrata corrupta que afundou este já irremediável regime.

O que escreve Rendeiro:
Como é possível que ainda no último trimestre de 2013 o BES tivesse uma exposição total ao papel comercial do GES de cerca de € 6 mil milhões com o beneplácito do BdP?

Como é possível que estando a ESI insolvente desde 2008 só em 2014 o BdP descobre a questão? Note-se que até há pouco tempo a supervisão do Banco de Portugal e os testes de stress eram feitos na ESFG, sociedade cotada em Bolsa, a qual tem uma subsidiária – a ESFIL – canalizadora dos recursos da área financeira para a área não -financeira do GES. A ESFIL foi supervisionada até há pouco tempo pelo Banco de Portugal, como pode agora argumentar-se que a supervisão nada sabia?

Como é possível que todas estas sociedades insolventes tenham continuado a operar e transacionar em Bolsa, enganando milhares de investidores que pensavam estar protegidos por reguladores e auditores?

E o que dizer da inacreditável situação no BESA?

Como é possível que o Banco de Portugal tenha conduzido Ricardo Salgado a fazer o último aumento de capital do BES sabendo dos problemas no GES e enganando objetivamente os investidores?

[...]

Em termos de supervisão macro-prudencial qualquer pessoa de Bom senso (raro de encontrar em economistas) só poderia dar ao Bdp com Vítor Constâncio à cabeça, uma nota muito negativa.

E perante quadro tão negativo que sanções tiveram Vítor Constâncio e seus pares?

Que vexames tiveram na Praça Pública?

A que escrutínio Parlamentar foram sujeitos?

Que jornalistas fomentaram a análise destas temáticas?

Que processos judiciais tiveram?

Constâncio, como se sabe, fruto do seu admirável trabalho de arruinar Portugal foi promovido a lugar cimeiro no BCE. Foi substituído por Carlos Costa.

Em termos curriculares e de perfil pessoal uma casa de rating dificilmente daria mais do que BB – a Carlos Costa e tenho para mim que Carlos Costa chumbaria num curso de Macro ministrado por Constâncio. Mas Costa é amigo de Teixeira dos Santos e isso chegou como referência.

Felizmente, grande parte das matérias referentes à estabilidade financeira trasladarão no final deste ano para o BCE e o Governador do BdP passará a irrelevante nesta matéria.

João Rendeiro
A Supervisão do Banco de Portugal 
18-07-2014

João Rendeiro, o banqueiro especulativo do BPP, e conhecido amante das artes, é certeiro e a sua denúncia, se fosse em Nova Iorque, ou no Luxemburgo, já teria levado as câmaras de representantes do povo e as autoridades judiciais a investigarem forte e feio o dito Banco de Portugal.

No entanto, os argumentos de quem se lambusou no bacanal da diarreira monetarista valem o que valem...  e a questão é, no fundo, mais ampla e estrutural do que a espuma do Champagne e o fumo dos charutos podem fazer crer.

A monetização das dívidas e a expansão dos orçamentos públicos e das dívidas em geral, nos EUA e na Europa, que datam de meados das décadas de 1970 e de 1980, traduzem a tentativa de contrariar uma tendência inelutável:

  • o fim de um modelo de crescimento rápido, apoiado em energias abundantes, móveis e baratas,
  • o equilíbrio parcial, mas decisivo para a crise geo-estratégica em curso, da distribuição da riqueza global, 
  • a incapacidade da oferta agregada mundial satisfazer em condições de quantidade, qualidade e preço a procura agregada mundial, 
  • em suma, o fim de uma era inflacionária (como lhe chamou David Hackett Fisher), cujo começo se situa por volta do Jubileu da Rainha Victoria: 1897.

A revelação dada ontem pelo WSJ, e descodificada pelo Zero Hedge, diz-nos que o Deutsche Bank tem qualquer coisa como 55 biliões de euros de exposição aos derivados financeiros OTC, i.e. especulativos. Estes 55x10E12 euros, embora sendo um valor 'nocional', equivalem a mais de 4x o PIB da UE, e superam mesmo o PIB mundial. É caso para dizer: o buraco deles é muito maior do que o nosso. Ou dito doutra forma: precisamos de por os dados em contexto analítico. Mas o grande problema é que o contexto é mesmo catastrófico. A transição que já começou, mas está longe de terminar, vai continuar a ser explosiva e implosiva ao mesmo tempo!



NY Fed Slams Deutsche Bank (And Its €55 Trillion In Derivatives): Accuses It Of "Significant Operational Risk"

First it was French BNP that was punished with a $9 billion legal fee after France refused to cancel the Mistral warship shipment to Russia (which promptly led to French National Bank head Christian Noyer to warn that the days of the USD as a reserve currency are numbered), and now moments ago, none other than the 150x-levered NY Fed tapped Angela Merkel on the shoulder with a polite reminder to vote "Yes" on the next, "Level-3" round of Russia sanctions when it revealed, via the WSJ, that "Deutsche Bank's giant U.S. operations suffer from a litany of serious problems, including shoddy financial reporting, inadequate auditing and oversight and weak technology systems."

What could possibly go wrong? Well... this. Recall that as we have shown for two years in a row, Deutsche has a total derivative exposure that amounts to €55 trillion or just about $75 trillion. That's a trillion with a T, and is about 100 times greater than the €522 billion in deposits the bank has. It is also 5x greater than the GDP of Europe and more or less the same as the GDP of... the world.

Zero Hedge | Submitted by Tyler Durden on 07/22/2014 20:41 -0400

sexta-feira, maio 16, 2014

BCP e BES perdem 25% em 5 dias

Gráfico das perdas do BCP (Bloomberg)

Gráfico das perdas do BES (Bloomberg)

 

A banca portuguesa vale cêntimos!


Bolsa de Lisboa volta a cair 2% e prepara-se para pior semana em dois anos
16 Maio 2014, 10:27 por Diogo Cavaleiro | Jornal de Negócios

O BES já está nos cêntimos, como o BCP e o BANIF. Palavras para quê? É um banco português e especulou que se fartou com o dinheiro dos seus depositantes.

Nas últimas cinco sessões de Bolsa (linha vermelha gráfico) o BES e BCP caem aproximadamente 25%.

segunda-feira, fevereiro 17, 2014

Dinheiro da troika para a banca retido até aos exames do BCE - Jornal de Negócios

Vem aí uma grande tesourada!

Dá-me um certo gozo, no meio do pandemónio de brutalidades governamentais e de fascismo fiscal em curso, ver os banqueiros começarem a molhar-se pelas pernas abaixo. Foram avisados, nomeadamente por este blogue, mas preferiram continuar o festim da especulação e o concubinato partidário e governamental. Preferiram continuar a aldrabar os livros. Espera-os agora uma máquina zero financeira, a começar pela Caixa—onde estão os milhões emprestados para a tomada de assalto cor-de-rosa do BCP? BES e BCP serão os primeiros a poder ver as suas imparidades transformadas em insolvência. Banif e bancos fantasma do estado são para encerrar, com pesadas perdas, claro. De que estamos à espera para levar os responsáveis a tribunal?

Dinheiro da troika para a banca retido até aos exames do BCE - Ajuda Externa - Jornal de Negócios

A parte do empréstimo externo dedicada aos bancos vai continuar guardada até praticamente o fim do ano. Restam cerca de seis mil milhões de euros.

terça-feira, fevereiro 04, 2014

BCP registou prejuízos de 740 milhões de euros em 2013 - PÚBLICO

Quem ouviu Draghi em Davos percebeu tudo o que aí vem...

O BCP vai cortar, até 2017, cerca de 1080 colaboradores, e baixar em média 6% os salários no grupo em Portugal, para cumprir o acordo celebrado com as autoridades europeias, no contexto do empréstimo que recebeu do Estado.

BCP registou prejuízos de 740 milhões de euros em 2013 - PÚBLICO

segunda-feira, fevereiro 03, 2014

BCP regista prejuízos de 740 milhões de euros em 2013 - Jornal de Negócios

O tempo dos bancos na insolvência ou falidos acabou :(

O Banco Comercial Português fechou 2013 com um resultado líquido negativo de 740,5 milhões de euros em 2013, superando as estimativas dos analistas contactados pela Bloomberg.

O banco liderado por Nuno Amado revelou esta segunda-feira, 3 de Fevereiro, que registou um prejuízo de 740,5 milhões de euros em 2013. Este valor superou os resultados líquidos negativos de 711,25 milhões de euros antecipados pelos analistas contactados pela Bloomberg.

BCP regista prejuízos de 740 milhões de euros em 2013 - Resultados - Jornal de Negócios

BESI: BCP poderá ser obrigado a vender unidade polaca se créditos fiscais não avançarem - Jornal de Negócios

Fogo cruzado entre banqueiros. Diz o roto ao nu... Eu também queria crédito fiscal!!!

BESI: BCP poderá ser obrigado a vender unidade polaca se créditos fiscais não avançarem - Research - Jornal de Negócios

sexta-feira, janeiro 31, 2014

Anunciados testes de stress a 124 bancos da UE em Maio | Dinheiro Digital

O Banif ficou de fora porquê?
Em cada um dos 22 países, os bancos escolhidos -- que, no caso de
Portugal, são BPI, BCP, Caixa Geral de Depósitos e Grupo Espírito Santo
-- devem representar pelo menos 50% do setor bancário.
Anunciados testes de stress a 124 bancos da UE em Maio | Banca & Seguros | Dinheiro Digital

quinta-feira, fevereiro 16, 2012

PPPs derrapam apesar da Troika

Passos Coelho continua atrelado ao Bloco Central do Betão e faz tudo para atrasar as medidas do Memorando que se referem às ruinosas Parcerias Público Privadas


Túnel do Marão: a derrapagem dos custos é paga por todos menos pelos seus responsáveis.

From Knight – Some Debt At Some Banks May Become Junk
Posted on February 16, 2012

The people at Knight put together a comprehensive list of potential ratings for banks in Europe after Moody’s came out with their outlooks. I agree that banks getting shifted to non-investment grade is a big deal.  We saw the impact for Portugal once it got taken out of the indices, and I think for banks it will be an even bigger deal to lose that investment grade status.  Sure, they can still go to the LTRO, but it is hard to function as anything other than a zombie bank once you lose that rating.

TF Market Advisors

A escandalosa indecisão e os atrasos sucessivos na renegociação das PPPs (autoestradas para lado nenhum, barragens assassinas, hospitais de luxo, etc.) prevista no Memorando de entendimento assinado pelo anterior governo, com o apoio do PS, PSD e CDS-PP, contraria a retórica governamental sobre o cumprimento do Memorando, e desmente Passos Coelho quando este repete até à exaustão que Portugal não precisa, nem de um novo pacote de resgate, nem de mais tempo. Como dizia ontem o otimista (puro bluff!) Fernando Ulrich, não podemos colocar na vox populi o que realmente discutimos e sabemos entre-portas...

A lei e os direitos adquiridos foram suspensos (tal como um dia sugeriu Manuela Ferreira Leite...) para baixar os rendimentos da maioria dos cidadãos, subir os impostos, executar as dívidas dos mais pequenos (mas não dos piratas e poderosos), e retirar o trabalho a centenas de milhar de pessoas. Mas —ai Jesus!— não se pode tocar nos contratos altamente lesivos do interesse público (logo renunciáveis) assinados entre o pirata Sócrates e os piratas da Mota-Engil, Teixeira Duarte, Somague, BCP, BES e Grupo Mello!

A Troika tem a espada e o corrupto na mão. Mas ou faz o que está no Memorando, em nome da racionalidade financeira, da concorrência e do interesse democrático dos contribuintes, ou perde toda a legitimidade de exigir seja o que for daqui para a frente.

Se a especulação com o diferencial das taxas de juro pagas pelos bancos ao BCE e depois pagas pelos contribuintes aos mesmos bancos continuar, salvando banqueiros ineficientes, aventureiros ou corruptos, e a corja por eles protegida (incluindo toda a nomenclatura partidária no poder), ao mesmo tempo que os prejuízos e as dívidas são apresentados à classe média, não se admirem se um dia destes o bom povo português se exaltar e acabar com o consenso ainda existente.

A arrogância postiça do Gasparinho começa a cheirar. O nariz do novo Pinóquio está cada vez mais vermelho e começa a esticar. Não nos venham um dia destes dizer que o mundo mudou. Já sabemos e aparentemente só vocês ainda não deram por isso!

Dear Troika do not delay until March what should have been done already. Kill the PPPs now!

If you think that you shall protect Portuguese banks delaying what has been agreed, think twice, and look at today's Moody's review on 109 European financial institutions.


DOS JORNAIS
## Auditoria às PPP. Governo escolhe consultores até Março, Diário Económico.

Foram cinco as empresas que se apresentaram ao concurso lançado pelo Governo para fazer uma auditoria às PPP. O resultado só será conhecido no próximo mês, o que significará um atraso de três meses face ao prazo definido com a troika.

O executivo conseguiu negociar o adiamento do concurso por mais um mês, mas a escolha do auditor foi sendo adiada. De acordo com o Diário Económico, candidataram-se a PricewaterhouseCoopers em conjunto com a Sérvulo & Associados, a Ernst & Young, a PKF, a BDO e a Universidade Católica.

Num comunicado enviado ontem às redacções, o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado criticava o facto de esta análise detalhada das PPP ainda não ter avançado. "Onde está a avaliação e a renegociação prometida pelo Governo?", perguntava.

## Custos do Estado com PPP derraparam 18% em 2011 e ultrapassaram 1,8 mil milhões de euros

Por Raquel Almeida Correia, Público.

Gastos no sector rodoviário e, em especial, a injecção de 200 milhões no túnel do Marão explicam desvio.

Os encargos líquidos do Estado com as parcerias público-privadas (PPP) alcançaram 1822,6 milhões de euros em 2011, o que representou uma derrapagem de 18% em relação aos custos previstos.

Foi o sector rodoviário, responsável por 83,4% da despesa total, que protagonizou o maior desvio, fruto do pagamento de investimentos e de compensações aos concessionários.

Face a 2010, houve um aumento de 62% nos encargos públicos.



De acordo com o boletim publicado ontem pela Direcção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF), estava previsto que o custo das PPP se fixasse em 1542 milhões de euros no ano passado. No entanto, o ano encerrou com uma despesa pública de 1822,6 milhões.

Praticamente todos os sectores em que existem PPP ultrapassaram o orçamento, à excepção do ferroviário.

O maior desvio em 2011 foi protagonizado pelas concessões rodoviárias: a expectativa nas concessões rodoviárias era um gasto de 1166,5 milhões de euros, mas derrapou 30,4%, para 1520,9 milhões.

O desvio é justificado com o pagamento de investimentos que o Estado teve de efectuar, especialmente, no último trimestre do ano. Neste período, os custos subiram 85% face ao período homólogo, alcançando 378,2 milhões. Um aumento explicado, em grande parte, pela injecção de 197,2 milhões de euros na concessão do túnel do Marão.

No boletim, a DGTF confirma que o Estado "se substituiu à concessionária, no suporte da obra". Uma intenção que tinha já sido anunciada pelo Governo, face à suspensão do projecto, desde o final de Junho de 2011. Não se sabia, porém, qual o valor pago pelos cofres públicos para financiar a concessão que está nas mãos de um consórcio liderado pela Somague.



A derrapagem do sector rodoviário também é explicada pelo facto de o Governo ter pago compensações a outras concessionárias "em virtude da decisão unilateral" de introduzir portagens nas vias sem custos para o utilizador, refere o documento. Além disso, as receitas que eram esperadas ficaram 134,5 milhões de euros abaixo do previsto, alcançando apenas 156,5 milhões "pelo facto de a introdução de portagens da segunda fase apenas ter ocorrido em Dezembro" (oito meses depois do planeado).



Na saúde, que pesa 13,4% nos encargos líquidos com PPP, os custos alcançaram 243,5 milhões de euros - mais 6,7% do que o previsto. O valor vai sofrer um aumento quando forem apresentados os indicadores do primeiro semestre deste ano, já que, em meados de Janeiro, foi inaugurado o novo Hospital de Loures, que vai significar um custo de 64 milhões em 2012.

No sector da segurança, a derrapagem foi de 5,1%, com as despesas a atingirem 47,4 milhões (2,6% do total).

E, no ferroviário, os encargos foram de 10,7 milhões, quando estava previsto um gasto muito superior (102,1 milhões).

quinta-feira, outubro 20, 2011

O colapso do PSI-20

Que tal esperar para renacionalizar?

A bolsa nacional encerrou em queda, numa sessão em que o BES desvalorizou mais de 7,8% e fixou um novo mínimo histórico — in Jornal de Negócios.

Em Setembro de 2011 uma rodela de limão já custava mais do que uma acção do BCP

Uma acção do BCP (0,16€) já não chega para pagar a rodela de limão da Coca Cola; uma acção do BPI (0,61€) já não dá para a bica; a do BES (1,57€) não paga um capuccino; e são precisas sete acções da EDP (2,38€) para comprar uma da E.ON.

Creio que o governo de Passos Coelho já não vai a tempo de ganhar o que quer que seja com as privatizações. Sugestão: espere que o PSI20 comece a pedir água, e então retome ou reforce o controlo dos sectores estratégicos da economia (energia, água, portos, aeroportos, ferrovia e banca). É o que vai acontecer no mundo!

Até lá suspenda e rejeite todos os contratos leoninos realizados contra o interesse público, ponha as empresas públicas em dieta para-militar, e despeça/encolha/substitua todos os CAs quanto antes!

Quando chegar o momento tome posições reforçadas nestes sectores, usufruindo das poupanças amealhadas com as renegociações e renúncias de PPP, CIEGs, e outros contos de vigário, e recorrendo a novos empréstimos europeus e obrigações K —os eurobonds aplicados prometidos por Durão Barroso (o K é meu, ou melhor, de Keynes ;)

De contrário, o cenário que se avizinha pode não diferir muito do da vizinha Espanha:

La privatización de AENA: en el aire tras el fracaso de Loterías. El Gobierno pide por sus dos 'joyas de la corona' hasta 18 veces el ebitda — 30/09/2011 - 08:49. Finanzas.com

La liberalización de Aena, que incluye la concesión de los aeropuertos de Barajas y El Pat y la venta a inversores privados de hasta el 49% de la matriz corre el riesgo de seguir el mismo camino que la de Loterías.

Las razones serían las mismas que han acabado con la que pretendía ser la mayor privatización de la historia de España. Esto es, un precio pretendido por el Estado demasiado caro y, sobre todo, un freno político por parte del primer partido de la oposición.
Mais sobre o que aí vem: “Fitch alerta: Bancos portugueses estão 'muito vulneráveis à evolução da dívida pública'” — Jornal de Negócios online (20-10-2011)

act. 20-10-2011 23:05

terça-feira, setembro 13, 2011

Portugal dos Pequenitos - 2

A Pitonisa dorida

O Antonio Barreto, com aquele seu ar de Pitonisa dorida, arengou no JN de hoje sobre o Douro (dizia o titulo do artigo). Mas nao, so falou do Vinho do Porto e da saga incestuosa das suas execraveis instituicoes. Se n fossem os ingleses, ao contrario do q afirma erroneamente o historiador de barbicha trotskysta, nem tinha havido alguma vez Vinho do Porto, nem, depois de ter sido inventado e mundialmente popularizado pelo bifes de suas majestades britanicas, continuaria a existir nos dias q correm. Ignorara porventura a Pitonisa dorida que o Douro nao existe sem o rio que lhe da o nome? Que pensa e diz o historiador distraido, das barragens assassinas do Mexia , Socrates e Companhias? Ja ouviu falar de destruicao de rios por segmentacao hidroelectrica? Ja ouviu falar de eutrofizacao das albufeiras? Sabe o mal q a vinha e o olival intensivos podem fazer a um rio e afluentes com margens ingremes como Douro, o Sabor, o Tua, ou o Bestança? Meu caro Antonio Barreto, estude a realidade em vez de posar para a historieta do pais!

Barragens assassinas


O estudo tecnico mais actualizado sobre o embuste das novas barragens que Socrates e a EDP congeminaram, escrito por Joanaz de Melo, depois da oportuna critica q lhe foi dirigida, demonstra claramente q a sujeicao de 75 anos que querem impor aos portugueses, cobrando-lhes uma factura de 16 mil milhoes de euros pelo caminho, nao vai trazer apenas mais 3% de energia electrica/ano. Nao senhor, vai trazer mais 0% de energia electrica/ano! Se isto nao configura o maior roubo do bem comum alguma vez arquitectado contra os portugueses, entao nao sei de que "corrupcao" fala o jovial To Ze Seguro, novo secretario-geral do Partido Socialista. Va la homem, comece a trabalhar e a fazer algo de util pelas suas proprias promessas!

terça-feira, agosto 09, 2011

A TAP do gaúcho, e a nossa

É melhor alguém olhar para as contas da TAP com olhos de ver!

Em Maio deste ano já havia números de 2010, mas só prá brasileiro verr!
  • Primeira pergunta: porque é que só em Agosto de 2011 se conhece o Relatório e Contas da TAP de 2010?
  • Segunda pergunta: porque é que em Maio de 2011 o gaúcho Fernando Pinto divulgou em Porto Alegre resultados de 2010 que só vieram a ser conhecidos em Lisboa esta semana?
  • Terceira pergunta: porque é que no Brasil a TAP teve lucros em 2010, e em Lisboa teve prejuízos?
“Com a desistência da Sissi [presumo que fosse a Swissair], potencial compradora, Fernando Pinto — e mais três brasileiros que o acompanham na direção da empresa — foram convidados para permanecer. Em pouco tempo, a companhia saiu de prejuízos acumulados ao longo de três décadas para lucro de 20 milhões de euros em 2003. Em 2010, a estatal atingiu cifra recorde: lucro de 62,3 milhões de euros, 8,7% maior do que no exercício anterior” — ZH Dinheiro, 04-05-2011.
“Em 2010, o Grupo TAP agravou os seus prejuízos em mais de 1.500%. Assim, no ano passado o grupo que controla a companhia aérea de bandeira fechou o exercício com perdas de 57,1 milhões de euros, valores que contrastam com os 3,5 milhões de euros negativos registados no ano anterior” — Jornal de Negócios online, 08-08-2011).

O Diário de Notícias, em vez de ler o relatório já disponível no sítio da TAP desde ontem ou anteontem (no dia 5 deste mês, quando tentei lê-lo, ainda não estava publicado), e procurar números mais claros do real panorama deficitário da TAP, limitou-se a copiar o Jornal de Negócios! Ou seja, se o ministro Álvaro Santos Pereira quiser conhecer realmente a situação da transportadora aérea nacional, terá que fazer o favor de começar por ler o exercício estilístico de design de comunicação que dá pelo nome TAP—Grupo TAP—Relatório Anual 2010.

Embora parecendo mais uma proposta criativa para a Experimenta Design, do que um documento destinado a informar claramente o leitor, o Relatório Anual 2010 da TAP nem por isso esconde os números duros de conhecer, mas que a nossa cada vez mais distraída imprensa não publicou.
  • Total do passivo: 2.351.634.000€ (mais 122.613.000€ do que em 2009)
  • Resultado líquido do exercício: -57.103.000€
  • Dívida aos bancos (1): 1.277.055.000€ 
  • Total do capital próprio e do passivo: 2.086.823 (mais 62.428.000€ do quem em 2009)

Em outubro de 2000, foi contratado pelo governo português para preparar a privatização da TAP”, relata o ZH Dinheiro na crónica entusiasta sobre as proezas do gaúcho e seus muchachos brasileiros em Lisboa (perdão, em Madrid, pois creio que é lá que o gaúcho vive). Mas então, porque é que ao fim de uma década e não sei quantos milhares de milhões de prejuízos e perda catastrófica de quota no seu principal mercado (o europeu) o gaúcho e seus muchachos continuam por cá a contar histórias da Carochina ao pessoal?

Só se for para justificar o célebre Hub da TAP Europa-Brasil e Europa-Angola, que justificaria por sua vez o embuste imobiliário do novo aeroporto da Ota em Alcochete. Mas este Hubezinho representa menos de 20% do negócio da TAP, e foi chão que deu uvas, carago! A Lufthansa já começou, e não vai parar de atacar o mercado angolano, com aviões a sério para estas distâncias —o A380. Idem para as ligações europeias em direcção ao Brasil. Os Hubs europeus estão em Londres, Paris e Frankfurt, senhores. Lisboa é um terminal. Só se a Alemanha, a França e o Reino Unido se esfumassem do mapa, é que Lisboa poderia ser um Hub do que quer que fosse.

Um pouco mais de inteligência, e menos corrupção, por favor!

ÚLTIMA HORA!

“Injecção de capital na TAP poderá ter de chegar aos 400 milhões” — Jornal de Negócios. E como a Parpública já deve estar impedida, pela Troika, de continuar a alimentar burros a Pão de Ló, a TAP entrou no mesmo beco sem saída airosa do BPN e... da EDP :( Sem um  spin-off desenhado com mestria a TAP é uma Gata Borralheira sem Príncipe. Ninguém quer uma empresa hiper endividada, com trabalhadores a mais, alguns deles demasiado bem pagos, e sobretudo sem estratégia credível. As cartas estão lançadas!

NOTAS

  1. Os principais financiadores bancários da TAP são, curiosamente, o Deutsche Bank, o BCP, a Tagus–Sociedade de Titularização de Créditos, S.A. e o Banco Popular. Se a Lufthansa tiver mesmo desistido da TAP, creio que a prenda irá mesmo para Isabel dos Santos — depois da entrada de capital fresco francês no Millennium BCP?

COMENTÁRIOS

Por ser demasiado longo (e importante ;) transcrevemos o comentário recebido sobre este post em 09-08-2011:

Viva António!

Fantástico post colocado sobre a TAP. Ninguém fazia melhor, muito menos a avençada imprensa do "bloco central".

No entanto, o filão ainda está muito por explorar, como por exemplo a entrega para 2014 dos primeiros 12 aviões A350 XWB.

É que houve o salão aeronáutico de Paris e ninguém veio esclarecer a plebe quanto à compra ou não dos ditos aviões. E se a intenção de compra foi declinada "fora de tempo" é claro que dá lugar ao pagamento das "teóricas" indemnizações. Mas é claro, segundo os critérios contabilísticos da TAP, reportando a despesas, passam a fazer parte da TAP SGRS (o lado negro da força), muito embora a decisão de compra tenha vindo da gestão de topo. Será que a TAP SGRS é a almofada das más decisões, imputáveis custos à tutela e aos trabalhadores?

Hoje o JN veio levantar um pouco mais o véu.

Parece que aquilo que se dizia sobre a "TAP a voar fiado", está expresso na urgência em meter 400 milhões de dinheiro fresco: 265 milhões da operação do ano passado, e o restante agora, com o alarmante cenário da operação do Verão 2011 estar praticamente encerrado. Ou seja, as expectativas de aumentar as facturações estão terminadas (à excepção do Natal e Final de Ano), o que se vai traduzir em prejuízos até ao dia 15 de Dezembro. E atenção aos 400 milhões que podem ser bem à vontade o DOBRO conhecendo-se o historial do gaúcho quanto à "forma de apresentar a informação".

Outro, ponto de alguma "satisfação", foi o "Relatório e contas 2010".

Algo nos dizia que o buraco já ia em 2.3 mM€ e acertou-se outra na "mouche". Esta, nem o João Duque.  :D

De uma reflexão feita ontem com o RR sobre os A380 vs. os improváveis A350, matéria que já começaste a aflorar, e que deverá confrontar o gaúcho consigo próprio:

— quando uma companhia aérea se propõe adquirir qualquer modelo de avião tem obrigatoriamente uma estratégia comercial pré-definida, estudada e validada. Não se brincam com milhões.

Os A380 foram desenhados para a Air France e Lufthansa, assim como os A319 foram desenhados para a easyJet, cujo "modelo" foi rapidamente adoptado pelas companhias aéreas de bandeira (mesmo as mais improváveis como a Air Canada), em que baseiam todo o seu tráfego interno nesse tipo de avião.

Neste negócio da aviação comercial a "versatilidade" é algo de critico para o negócio. Vê por exemplo o caso da utilização dos Boeing 727 da UPS, que em apenas 3 horas passavam de aviões de carga para aviões Lowcost competindo, por exemplo, com a Southwest Airlines.

Como se disse, não basta pertencer a um grupo (ex. Star Aliance) para se estar descansado, pois neste mercado tudo muda do dia para a noite, como foi a ligação da Ibéria com a BA. Alguém estava à espera dessa ligação há 2 anos? Para mais com as rivalidades (históricas) entre Espanha e o UK.

Cada vez mais acredito que esta ligação teve entre outros aspectos a ver com a própria operação com os A 380. A opção da Ibéria foi para não ter de os comprar (nem os A350), e a da BA foi ter de os rentabilizar. O A380 é neste momento o avião de maior economia de operação; o custo por lugar é o mais baixo, sendo ainda o avião "mais ecológico".

Nesta reflexão, cai por exemplo a ideia da "compra" dos A350 por parte da TAP (quando se assiste ao que acima se escreveu.) E coloca-se necessariamente a seguinte questão: terá dado a TAP ordens para aquisição dos A350 apenas para que os mesmos contribuam para esgotar a capacidade da Portela, e assim, justificar a construção de um novo aeroporto?

Fica o pressuposto para ser validado nos próximos tempos, e é claro para se "desmontar" os esquemas do amigo "Gaúcho". Na volta, a TAP é que está mais do que certa, sendo a única companhia aéra a comprar os A350,..., nalguma coisa mais o gaúcho terá de ser original.  :D

Prepare-se pois a tutela para suportar umas perdas, e é claro, ver a "privatização" da TAP por um canudo. 2,3 mM€ é muito dinheiro por um mercado que não vale isso na sua totalidade, como provaram os árabes que "fugiram" de semelhante proposta.

No entanto, a telenovela está em grande do outro lado do Atlântico, fazendo acreditar os seus muchachos (do gaúcho) de que deste lado a malta não passa de um monte de labregos que beijam o chão onde por onde gaúcho passa.

Que a Força esteja contigo.  ;D

Rui

segunda-feira, julho 11, 2011

Stop the Banksters!

Sem trela os banqueiros são um perigo!



Anunciámos, quando todos palravam sobre a solidez da nossa banca, que a dita estava a caminho da falência — explicitando os perigos que ameaçavam de morte o BCP e tornavam a situação da Caixa Geral de Depósitos altamente preocupante.

A CGD, se não me engano, ajudou os piratas da tríade de Macau (que após a fuga de Guterres consolidaram a sua captura do Partido Socialista para fins inconfessáveis) a tomarem de assalto o BCP. Mais recentemente, sempre que as acções deste banco caíam abaixo da barreira psicológica dos 50 cêntimos, a Caixa comprava a dose necessária para manter o papel do Millennium a fluturar (estou certo ou errado? alguém se deu ao trabalho de investigar? será que a nova ministra da justiça irá querer saber como foi?)

Até ao dia 5 de Junho foi assim. Depois do dia 6 de Junho deixou de ser assim, e o resultado está à vista: terminou a semana passada a valer 0,346€, que nem para uma cápsula de Nexpresso dá, e na que hoje começa temo bem que não resista à nova tempestade a caminho, com epicentro em Roma.

Mas pior do que o colapso iminente do BCP, que só o BCE poderá eventualmente impedir, e do crime chamado BPN, onde a mesma Caixa enterrou 5,3 mil milhões de euros (para onde foram estas cinco vírgula três pontes Vasco da Gama senhora ministra da justiça?!), é a própria falência escondida da Caixa Geral de Depósitos que pode estar à beira de revelações chocantes (não nos esqueçamos que a escandalosa sede central desta instituição já foi vendida ao fundo de pensões dos seus trabalhadores!).

A Caixa, ao que tudo indica, andou estes últimos dois ou três anos a financiar dois crimes: o do assalto mafioso ao BCP, e o do desfalque do BPN, cujo montante e rede de cleptocratas continuamos a desconhecer.

Não sou eu que posso investigar. Não sou eu que posso acusar. Não sou eu que posso julgar. Mas posso alertar e protestar sobre o que me parecem ser algumas das maiores fraudes da história portuguesa depois de Alves dos Reis, a saber, por ordem de magnitude: o BPN, o assalto ao BCP e o casino chamado BPP.

A Moody’s, no ataque desferido contra Portugal, está ao serviço, entre outros, da Capital Group Companies (uma velha empresa financeira norte-americana com activos no valor aproximado de um bilião de USD), e dos bancos europeus que recentemente receberam 600 mil milhões de dólares da Reserva Federal, isto é, do pobre contribuinte americano: BNP Paribas, Barclays*, Credit Suisse, Deutsche Bank*, HSBC*, UBS. Curiosamente, os bancos assinalados com asterisco são os mesmos que vão gerir a emissão de obrigações do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), no valor de 5mM€, destinadas a angariar dinheiro para resgatar a dívida soberana portuguesa!

Credit Suisse: "Ficaremos chocados se Portugal não entrar em incumprimento"
Económico ; 06/07/11 10:30

Andrew Garthwaite, do Credit Suisse, conta com um ‘haircut' de 30% na dívida pública portuguesa.

"Teríamos ficado chocados se Portugal não tivesse sido reduzido para a classificação de lixo e ainda mais chocados se não entrar em incumprimento (sendo evidente que lhe chamaremos outra coisa)", escreveu Andrew Garthwaite, do Credit Suisse, numa nota citada no Financial Times.

Para este perito do banco suíço, as crises de Lisboa e Atenas só diferem "à superfície" porque o "excesso de alavancagem em Portugal está escondido no sector privado, enquanto na Grécia está no sector público".

"Os nossos modelos dizem que Portugal precisa de um ‘haircut' de 30% na dívida pública", escreve Andrew Garthwaite, justificando o número com o elevado endividamento do sector privado português, a perda de competitividade do país e a falta de crescimento da economia. "Os nossos cálculos sugerem que os salários precisam cair 5-10% e isso são más notícias para o PIB", conclui.

O nível de descaramento é insuperável. Depois do ataque provocatório desencadeado pela Moody's contra Portugal, usando o exemplo da Grécia, mas visando já a Itália, a resposta não se fez esperar da parte do BCE, do FMI, de Berlim e de Bruxelas. Resta saber se o vozeirão se irá ou não traduzir em decisões firmes e respostas claras aos ogres de Washington e de Wall Street.

Italy Orders Short Sellers to Disclose Positions
By Lorenzo Totaro - Jul 11, 2011 12:01 AM GMT+0100. Bloomberg.
Italy’s financial-market regulator moved to curb short selling after the country’s benchmark stock index fell the most in almost five months and bonds tumbled on investor concern Italy would be the next victim of the region’s debt crisis.

The regulator known as Consob ordered last night that short sellers must reveal their positions when they reach 0.2 percent or more of a company’s capital and then make additional filings for each additional 0.1 percent. The measure takes effect today and lasts until Sept. 9.

The decision came hours before Europe’s finance ministers gather for a regular meeting in Brussels today to seek ways to shore up Greece and defend the region’s other heavily indebted nations. The Italian ruling follows similar action taken in other European countries, including Germany, Rome-based Consob said in a statement posted on its website. 

A entrevista que Christine Lagarde deu este Domingo a Christiane Amampour (ABC), devolvendo aos americanos o alarme relativamente os países sobre endividados, e apontando claramente o dedo à descomunal dívida americana, deu bem o tom da guerra financeira objectivamente em curso entre o USD e o Euro.



A crise provocada por décadas de endividamento cumulativo e especulação financeira descarada, à escala planetária, não se circunscreve apenas, como se poderia supor, ao velho mundo ocidental em declínio, mas também, por exemplo, à China.

China’s Ticking Debt Bomb
by Minxin Pei
The Diplomat, July 5, 2011

Several interesting questions are raised by the revelation of local government debt in China.  First and foremost, it has shown that public finance in China is in much worse shape than previously thought.  On paper, China’s debt to GDP ratio is under 20 percent, making Beijing a paragon of fiscal virtue compared with profligate Western governments.  However, if we factor in various government obligations that are typically counted as public debt, the picture doesn’t look pretty for China. Once local government debts, costs of re-capitalizing state-owned banks, bonds issued by state-owned banks, and railway bonds are included, China’s total debt amounts to 70 to 80 percent of GDP, roughly the level of public debt in the United States and the United Kingdom. Since most of China’s debt has been borrowed in the last decade, China is on an unsustainable trajectory at the current rate of debt accumulation, particularly when economic growth slows down, as it’s expected to do in the coming decade. 

Com uma inflação acima dos 6,5% e níveis de corrupção, incompetência criminosa e desorientação interna inesperados, o novo gigante asiático parece ter afinal pés de barro. A ver vamos até onde irá a reacção euro-americana aos recentes escândalos que rodeiam os produtos e os serviços que a China exporta como nunca, à medida que a América e a Europa caminham para um espiral de perigosa imprevisibilidade e estagnação económica.

Ugly Highway Crash for Chinese Firm in Poland

By staff reporters Gu Yongqiang and Wang Xiaoqing, and London correspondent Ni Weifeng 07.07.2011 12:09. Caixin.

A Polish highway project that was supposed to crack open the lucrative European construction market for a Chinese engineering conglomerate has slammed doors instead.

On June 13, Poland's General Directorate for National Roads and Highways (GDDKiA) announced the decision to cancel its 1.3 billion zloty (US$ 472 million) construction contract with China Overseas Engineering Group Co. (Covec). Covec's consortium included Shanghai Construction (Group) General Co. and China Railway Tunnel Group Co. Ltd.

The Polish government agency also handed Covec a bill for 741 million zloty to cover compensation and fines following what it claims were the contractor's mishandlings of a project to build 49 kilometers of a 91-kilometer road between Warsaw and Berlin.

Officials at Covec, a subsidiary of China Railway Group (SSE: 601390), have yet to formally respond to GDDKiA's demands. But source at Covec told Caixin that the contractor had earlier requested but was denied more money from GDDKiA to cover unexpected cost increases.

[...] After terminating the contract with Covec in June, GDDKiA said it would re-open the bidding process and hire another firm. It also said Covec would be prohibited from bidding on public projects in Poland for three years.

Hospital Geral de Luanda pode desabar
Jornal O PAÍS/Angonotícias.

O Hospital Geral de Luanda está, desde a semana passada, a cair aos pedaços, quatro anos após a sua inauguração, o que obrigou a direcção da instituição a encerrar as enfermarias do Banco de Urgência e a transferir os doentes para alguns hospitais da capital, depois de orientados por técnicos do Ministério do Urbanismo e Construção que inspeccionaram as instalações.

quinta-feira, junho 16, 2011

BCP fora do PSI20?

O efeito dominó da bolha soberana parece imparável

Carlos Santos Pereira, CEO do BCP. Foto©Arlindo Pereira-JN (alt.)

As acções do BCP abriram esta manhã nos 0,402€, preço médio das cápsula Nespresso!

Até 5 de Junho (presumo), o BCP era sistematicamente ajudado pela CGD, que lhe comprava acções sempre que estas se aproximavam dos 0,50€. Depois da vitória de Passos Coelho, e face à bancarrota da Grécia (a que o BCP está temerariamente exposto!), a Caixa parou as compras de socorro. Assim sendo, o BCP poderá ter que abandonar o PSI20 entre hoje e amanhã... sugerem algumas vozes atentas da Blogosfera.

Entretanto, outras notícias reveladoras da crise sistémica em curso desde 2007, e do seu impacto em Portugal:

Como se percebe bem, estamos assistindo ao colapso, puro e simples, do Capitalismo Corporativo Lusitano.

A Europa (FEEF) pede emprestado a 3,49%, empresta a Portugal a 5,64%, e este, se preferir pedir emprestado directamente aos mercados de dívida soberana (a 10 anos) terá que pagar 10,79%. Esta bolha vai, porém, rebentar em breve: Dezembro 2011, Primavera 2012? Só em 2013? Ninguém sabe. Pode ser já em Agosto!

“O crude deverá manter-se, em média, em torno dos 103 dólares por barril nos próximos cinco anos. As previsões são da Agência Internacional da Energia (AIE), que hoje divulgou o seu relatório para o petróleo e o gás, com perspectivas até 2016” — Jornal de Negócios.

Isto vai levar ao fundo a TAP, mas também as Estradas de Portugal, obrigando a parar imediatamente todas as PPP rodoviárias em curso e/ou agendadas. Passos Coelho, coragem!

“As concessões da Costa da Prata, Grande Porto e Norte Litoral, que passaram a ter portagens a 15 de Outubro de 2010, registaram uma redução percentual do tráfego médio diário no quarto trimestre do ano passado de 40%, 37% e 21%, respectivamente, face ao mesmo período do ano anterior, revela o relatório de tráfego de 2010 do Instituto de Infra-estruturas Rodoviárias (InIR)” — Jornal de Negócios

Idem para o tráfego na Ponte 25A. Logo, há que suspender imediatamente todas PPP rodoviárias (invocando o INTERESSE NACIONAL!), as imbecilidades aeroportuárias de Alcochete, e o sonho húmido da TTT Chelas-Barreiro. Os iluminados consultores e advogados prestáveis que temos que comecem a escrever outro guião!

Duplicação do fundo de resgate europeu?
“O membro do BCE diz que um segundo pacote de ajuda à Grécia poderá contagiar Portugal e a Irlanda, que poderão precisar também de mais dinheiro. É por isso necessário que o MEE passe de 750 mil milhões para 1,5 biliões de euros.

O Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), que em 2013 vai substituir um dos dois instrumentos de financiamento da UE – o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) – deverá duplicar a sua linha de crédito para 1,5 biliões de euros se os políticos quiserem que os investidores do sector privado participem num segundo resgate à Grécia, defende Nout Wellink, membro do conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE).” — Jornal de Negócios.
Se a Europa enveredar pelo Quantitative Easing (o célebre grito de Jorge Sampaio: "Há mais vida para além do défice!"), teremos estagflação ou mesmo hiperinflação à vista — ou seja, a desintegração certa da União Europeia!

quarta-feira, março 30, 2011

Governo escondeu buraco do BPN

A pergunta é: porquê?



Eu tenho uma teoria: a tríade de Macau negociou o BCP pelo BPN. E que roube o melhor! A Caixa, essa, financiou o assalto de um e o buraco de outro. Uma cleptocracia no seu melhor.

Como avisámos a tempo e horas, a Caixa, por causa destas e doutras, há muito que caminhava para imparidades inexplicáveis. Os "mercados", entretanto, acordaram, e o resultado é mais do que previsível: mais um banco a caminho do lixo.

Quando o PSD quiser privatizar alguma coisa (a TAP, a Caixa Geral de Depósitos, as Águas de Portugal, a CP, o Metro, ou as PPPs) descobrirá, horrorizado, que ninguém compra empresas falidas com passivos monumentais —frutos apodrecidos de má estratégia, má gestão, excesso de trabalhadores e obrigações sociais financiadas por um estado igualmente na bancarrota.

Foi isto que a nova presidente do Brasil explicou, em palavras cristalinas como água, à prole aflita que a rodeava hoje em Coimbra — e de que as palavras do mitómano casmurro que ainda ocupa o cargo de presidente do governo são a melhor ilustração.

quarta-feira, abril 28, 2010

Portugal 183

Do optimismo à bancarrota?

Se os títulos do BCP, BES e BPI afundarem hoje como ontem e anteontem, um deles irá muito provavelmente à falência e Portugal caminhará provavelmente para a bancarrota. Se resistirmos até meados de Maio, talvez escapemos ao pior, por os holofotes estarem então concentrados na dívida inglesa. Mas seja como for, nada impedirá um aperto dramático no nosso estilo de vida e uma profunda depressão na nossa economia, que poderá prolongar-se até 2015. A saída do euro antes do fim deste ano será então um cenário mais plausível do que hoje parece. Quase tudo dependerá do que a Alemanha decidir fazer com esta crise. Para já, Angela Merkel quer ganhar a guerra do euro contra a libra e o dólar. No entanto, a dimensão que tiver o rebentamento da gigantesca bolha especulativa que se formou no mercado das dívidas soberanas vai ser o factor porventura decisivo.

Em dois dias os principais bancos portugueses perderam, cada um deles, mais de 10% do seu valor em bolsa. E embora os meios de comunicação social e as agências de comunicação, que dependem totalmente dos ditos bancos, tenham passado uma esponja sobre esta espectacular destruição de valor, a verdade é que se percebeu, pela primeira vez, que a Caixa Geral de Depósitos deixou de acudir ao colapso, nomeadamente do BCP. Este é o sinal mais evidente de que amanhã poderá mesmo iniciar-se a contagem decrescente para mais de um dos bancos portugueses — mal preparados para sobreviver em mar alto e sem cinto de segurança. Quando lhes falta o Estado, afinal, esfumam-se!

2006 crise mundial
    A crise aguda de civilização em que estamos metidos aconselha duas coisas: estar atento e evitar o pânico. A melhor receita para a sobrevivência passa por suprir o atraso e desinformação sistemáticos dos média corporativos com informação proveniente de outras fontes, independentes ou simplesmente distintas do ópio mediático disperso pelos média convencionais. Por outro lado, aconselha-se vivamente muito cuidado na tomada de decisões de investimento de médio e longo prazo. O mais provável é que bens como a terra fértil e as zonas habitacionais próximas dos nós de comunicações se venham a valorizar tremendamente nos próximos anos. Para já, o investimento em metais preciosos (como o ouro e a prata) são bem mais seguros do que quaisquer aplicações financeiras e planos de poupança/reforma e seguros de saúde. O mesmo ocorrerá infelizmente com todos os bens e serviços associados a emergências bélicas, sanitárias e sociais decorrentes do previsível agravamento da presente crise mundial. Num cenário de catástrofe financeira mundial, é de prever a falência de centenas de bancos e sociedades de investimento, já para não falar da falência de algumas dezenas de Estados (congelamentos de salários e pensões de reforma, despedimentos nas Administrações Públicas, subidas vertiginosas de impostos, derivas nacionalistas, etc.) Se a crise vier a ocorrer, como se teme, não será fácil evitar o pânico. Mas se estivermos alerta, poderemos evitar o pior, e prepararmo-nos com coragem para uma longa e dolorosa metamorfose. — in O António Maria, 2 de Março 2006.

O Global Europe Anticipation Bulletin (GEAB) anunciou em Fevereiro de 2006 que vinha aí uma crise sistémica. Semanas antes eu tinha estado em Paris numa reunião promovida por Franck Biancheri (fundador do GEAB e impulsionador do programa Erasmus), onde se falou da crise sistémica que se perfilava já então no horizonte, e da importância da investigação prospectiva.

Desde 2 de Março de 2006 (DOIS MIL E SEIS) que comecei a alertar o meu país sobre este problema, lendo tudo o que pude agarrar de substantivo sobre a matéria, e obtendo uma crescente e preciosa ajuda de leitores, alguns dos quais são hoje meus amigos. Os economistas portugueses, no entanto, andaram quase todos a florear este assunto até 2007, 2008, ou mesmo até ao princípio deste ano, afirmando que a banca portuguesa era sólida e sofisticada, que os endividamentos público, externo e privado nacionais eram coisa de somenos, e mais recentemente, que Portugal não era a Grécia! Esta noite, finalmente, Luís Campos e Cunha estava verdadeiramente preocupado. Ora bolas! Eu sou artista e escritor, não um economista. Como foi então possível escrever neste blogue, desde 2006, que Portugal caminhava para o desastre, enquanto praticamente todos os economistas, empresários e políticos assobiavam para o ar e cantavam hinos aos grandes benefícios da nossa pertença à moeda única europeia?

A queda abrupta do PSI 20, que hoje afundou para níveis historicamente preocupantes, revela duas coisas fatais: que o banco de Estado (a CGD) já não tem capacidade para acudir aos amigos e especuladores do burgo, e que, por outro lado, controlando Portugal pouco mais do que 15-17% da sua dívida pública (prova do grau miserável da nossa poupança), deixou de poder influenciar sequer os movimentos do PSI 20! Estamos pois completamente nas mãos dos fundos de investimento, dos investidores e dos especuladores estrangeiros. Se hoje, dia 28 de Abril, a venda ao desbarato dos principais títulos nacionais prosseguir, estamos fritos! Provavelmente alguém apagará as luzes a meio da sessão!

O problema é simples: os principais bancos portugueses —CGD, BCP, BPI, BES, Montepio — e algumas das maiores empresas portuguesas —Mota-Engil, Teixeira Duarte, SONAE, Parpública (de que a TAP é um dos principais passivos!) REN e EDP, entre outras— precisam, como náufragos, de financiamento urgente e continuado, seja para aliviar os respectivos e descomunais níveis de endividamento, seja para se manterem em acção. Como tal financiamento já não pode vir de dentro, e os fundos de investimento estrangeiros estão a desertar, das duas uma: ou boa parte do tecido empresarial e financeiro nacional é objecto de operações de aquisição por parte de concorrentes de outro campeonato (como recentemente sucedeu à Cimpor), nomeadamente angolanos, brasileiros, árabes, norte-africanos e chineses, ou vai pura e simplesmente à falência.

Os ingleses preparam-se já para cortar 5% nos vencimentos da função pública. E por cá, como vai ser?


ÚLTIMA HORA: Braço de ferro entre o dólar (e libra) e o euro prossegue sem quartel. Principais bolsas mundiais afundam e euro valoriza face à moeda americana !

Banca nacional tem 6,8 mil milhões em dívida grega

Os bancos portugueses estão entre os que mais caem em bolsa na Europa, penalizados pela perspectiva de um aumento nos seus custos de financiamento. Um estudo divulgado ontem pelo Citigroup revela outro risco: a exposição à dívida pública da Grécia. — Jornal de Negócios Online (28 Abril 2010).
Pergunta: quanto deste dinheiro voou de fundos de pensões nacionais e da Caixa Geral de Depósitos para o buraco negro de Atenas?

BCP afunda mais de 17% e BPI recua mais de 10% no arranque da bolsa

As acções da banca estão a ser as mais castigadas pelos investidores na abertura da bolsa em forte baixa. Logo nos primeiros minutos de negociação, o BCP chegou a cair mais de 17% e o BPI a afundar mais de 10%. O BES já esteve a perder mais de 8%. — Jornal de Negócios Online (28 Abril 2010).

PSI-20 afunda quase 6% com todas as cotadas a descer mais de 2%

A bolsa nacional está a afundar 5,96% para o nível mais baixo desde 30 de Abril, pressionada essencialmente pelo sector da banca que viu a Standard & Poor s reduzir o seu "rating", na sequência da revisão em baixa da qualidade de crédito portuguesa. — Jornal de Negócios Online (28 Abril 2010) .

Stocks Fall, Asia Default Swaps Climb on Greece, Portugal Debt

April 28 (Bloomberg) -- Stocks slid for a second day and the cost to insure against bond losses rose after credit-rating downgrades of Greece and Portugal fueled concern about sovereign defaults. Greek two-year note yields soared to 21.4 percent. The euro strengthened from a one-year low against the dollar. — Bloomberg (28/4/2010) .


REFERÊNCIAS

Republic of Portugal Ratings Lowered To 'A-/A-2' On Weak Macroeconomic Structure; Outlook Negative (Standard & Poor's)
  • Fiscal and economic structural weaknesses in our view leave the Republic of Portugal in a comparably weak position to address the significant deterioration in its public finances and expected lackluster economic growth prospects over the medium term.
  • We are lowering our long-term ratings on Portugal to 'A-' from 'A+' and the short-term ratings to 'A-2' from 'A-1'.
  • The negative outlook reflects our assessment of the risk of a further downgrade should fiscal consolidation fall short of expectations or should concerns over government liquidity mount.
Portugal Suffering Greek Contagion Pressures EU Bonds

April 27 (Bloomberg) -- Portugal risks becoming the new Greece.
With a higher debt burden and a slower 10-year growth rate than Greece, Western Europe’s poorest country is being punished by investors as the sovereign debt crisis spreads. The risk premium on Portuguese bonds rose to more than double the past year’s average this month. Portugal’s credit default swaps show investors rank its debt as the world’s eighth-riskiest, worse than for Lebanon and Guatemala.

O caso desesperado da Letónia


In late 2008, Latvia agreed to what the IMF itself has called one of the most severe austerity programs since the 1970s. To accomplish it, Latvia has done everything from slashing public sector wages by 25 to 40 percent, increasing taxes, reducing unemployment and maternity benefits and cutting the defense budget. The crisis has already cost the Latvian prime minister his job and stoked social unrest. Despite all of that, the budget deficit has not budged much, remaining around eight percent of the GDP mark. Spending has been cut to the bone, but Latvia is simply too small of an economy to emerge from recession on its own.

Since the broader European economic recovery remains moribund at best, less government spending has translated directly to less growth. Less growth means less tax income, and less tax income means that the country' s budget deficit remains stubbornly high. Latvia has essentially become a ward of the IMF, and will remain so until either the broader European economic recovery is more robust or the Baltic state is fast-tracked into the eurozone itself. — in John F. Mauldin, "The Making of a Greek Tragedy".

Is the Euro Doomed?
The dreams of European union could die along with it.
By Christopher Hitchens (Slate)

Sometimes, sheer immodesty compels me to ask, of my long record of prescience, what did I know, and when and how did I know it? In the summer of 2005, Foreign Policy magazine asked its contributors to name one taken-for-granted thing that they thought was overrated or would not last. After a brief interval of reflection, I chose the euro.

'Nothing Justifies Kicking Greece out of the Euro Zone'

With Greece finally pleading for financial help from its European partners and the IMF, Germany is pushing to guarantee that the massive loan comes with strict preconditions. In Monday's newspapers, German commentators are divided over whether Greece's problems should force it out of the euro zone. — in Spiegel Online.

Brutal choices over British deficit
By Chris Giles, Alex Barker and Nicholas Timmins

The next government  will have to cut public sector pay, freeze benefits, slash jobs, abolish a range of welfare entitlements and take the axe to programmes such as school building and road maintenance – or make a set of equally politically perilous choices, according to an analysis by the Financial Times.

An online simulator, developed by the FT using government figures, suggests a saving of that scale would require all of the following: a 5 per cent cut in public sector pay; freezing benefits for a year; means-testing child benefit; abolishing winter fuel payments and free television licences; reducing prison numbers by a quarter; axing the two planned aircraft carriers; withdrawing free bus passes for pensioners; delaying Crossrail for three years; halving roads maintenance; stopping school building; halving the spending on teaching assistants and NHS dentistry; and cutting funding to Scotland and Wales by 10 per cent. — Published: April 25 2010 22:10 | Last updated: April 25 2010 22:10, in FT.com.

OAM 690—28 Abril 2010 1:59 (última actualização: 9:59)