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quarta-feira, junho 20, 2018

A morte dos média



Cristiano by Nike, no Facebook. Uma conta com mais de 120 milhões de seguidores e fãs.

Depois dos mass media virá o hypermedia


A decisão de acabar, no fim deste mês, com o Diário de Notícias impresso em papel, que será em breve seguida pelo Público e pelo Jornal de Notícias, só peca por tardia. Por outro lado, vai aumentar a concorrência entre o Expresso e os outros semanários de papel. Na corrida do cabo, a CMTV lidera, à frente da SIC, TVI, RTP, Hollywood, mas o mais relevante é verificarmos como esta corrida se tornou rapidamente uma corrida de lémures em direção ao abismo. Os cavalos também se abatem!

Na realidade, o que já faliu há uma década a esta parte é o próprio modelo de média em que assentaram as sociedades industriais. Numa sociedade global eletrónica e digital desenvolvida a partir de satélites e cabos de fibra ótica, onde predomina a Internet, os chamados 'mass media' deixaram de fazer sentido e são sobretudo ineficazes quando comparados com os 'new media' e as redes sociais digitais, ou seja, aquilo a que Ted Nelson nos anos sessenta do século passado chamou hipermédia.

Acontecerá ao média tradicionais o que aconteceu à esmagadora maioria das mercearias e retrosarias depois do aparecimento das grandes superfícies comerciais e das marcas globais: uma extinção em massa. No caso de Portugal, a implosão em curso do sistema bancário indígena, bem como do protecionismo rentista nacional, só irá acelerar esta tendência, como estamos a ver. Esta transição tecnológica poderia ter decorrido de forma preparada, suave e avisada, mas vai ocorrer, ou está a decorrer, de forma brusca, inconsciente e injusta.

Num país com cabeça, esta evolução seria uma prioridade na discussão pública (em vez do Bruno de Carvalho!) A sociedade deveria debater abertamente o que pode estar em causa nesta transição, e como garantir a neutralidade da Net, ou as liberdades que podem estar em causa. Não é certamente metendo a cabeça na areia, como António Costa e a Geringonça fizeram no caso da compra abortada da TVI (Média Capital), ao grupo espanhol Prisa, pela Altice, que problemas de transição desta importância podem e devem ser analisados, enfrentados e resolvidos com o menor custo possível para a autonomia informativa e de opinião numa democracia.

O endividamento geral dos média portugueses, de que a recente venda do edifício-sede da Impresa se afigura como um péssimo augúrio, é uma Espada de Dâmocles que pesa sobre as suas principais cabeças. Sem sistema bancário, nem governo, em condições de os proteger, tornaraam-se naturalmente presas fáceis dos falcões que sobrevoam os produtores de conteúdos e as redes de telecomunicações e de hipermédia plantadas no planeta.

Sobre isto, como era de esperar, os bonzos burocráticos que opinam, nada previram, nada viram, nada sabem, nada comentam.

quinta-feira, maio 31, 2012

Piratas unidos atacam governo!

Miguel Relvas, o general das nicas

A solução é avançar com a privatização integral da RTP quanto antes. Transparência e que ganhe o melhor!

Bruxelas desafia Governo a "enfrentar os fortes interesses instalados". Empresas públicas e municipais, autarquias e regiões podem pôr em perigo o cumprimento das metas de 2012.

Os recados não são novos, mas são significativos pela insistência com que são repetidos. Primeiro: o Governo precisa de determinação para "enfrentar os fortes interesses instalados" que estão a obstruir reformas. Segundo: apesar de o plano orçamental português estar bem desenhado, subsistem diversos riscos que podem levar a uma derrapagem das metas do défice orçamental com as quais o País se comprometeu — in Negócios, 31 maio 2012.

Esperemos que estes dois transmontanos lisboetas, Barroso e de Coelho, se entendam e que o país deixe de ser uma coutada de rendeiros bancários e de chulos partidários, ambos, ainda por cima, sem qualidades.

É preciso ter presente que neste momento os autarcas piratas e os piratas das fundações estão unidos num combate de morte (ainda que com luvas de boxe revestidas do veludo mais fino) contra Passos de Coelho. Eu não posso com o Relvas nem com molho de tomate, mas a verdade é que o desajeitado está a servir de alvo para atingir o governo em funções — com a fanfarra mediática que juntou o império falido da Impresa, o império igualmente falido da Prisa e o império que não chegou a nascer nem chegará nunca a levantar voo do Azevedo júnior.

Do Pacheco Pereira à querida Clara Ferreira Alves, passando pelo meio-irmão do alcaide de Lisboa, aquilo a que temos vindo a assistir é a um maremoto de propaganda em causa própria. Expresso-SIC-TVI-Público juntaram-se para defender os patrões. Elementar para quem quiser ver as coisas como são.

Ora aqui está uma boa oportunidade para Passos de Coelho e.... Barroso ganharem pé numa imprescindível e mais acelerada substituição da geração que tomou o poder democrático das mãos militares que derrubaram a ditadura, não tanto para construir uma verdadeira democracia, mas antes para enriquecer desmesuradamente à sua sombra, ao mesmo tempo que levaram Portugal sucessivamente à falência!

A crise das ditas Secretas, e o episódio Relvas devem servir, por outro lado, para travar a desmiolada ambição dos cabeças de brilhantina do Compromisso Portugal. Do que precisamos é de corrigir rapidamente o regime, com sabedoria histórica, conhecimento técnico, determinação política e franqueza democrática.

quinta-feira, outubro 22, 2009

Portugal 135

Novela sórdida da TVI
Prisa nos eixos depois de adiar colapso financeiro com a venda de 35% da Media Capital.

In Illo Tempore: quem deu emprego a Fernanda Câncio no DN? Resposta: Henrique Granadeiro. Quem depois pôs o Granadeiro na PT: José Sócrates! Quem deu o primeiro passo, a pedido de Sócrates (claro!), para calar a Manuela Moura Guedes? Henrique Granadeiro. Quem deu o segundo (porque o primeiro foi em falso)? O franquista recauchutado que dirige o grupo Prisa! Quem insistiu e acaba de conseguir controlar a TVI? A PT superiormente comandada pelo boy socratino: Henrique Granadeiro. Que grande zurrapa!!

Com o estado de falência suspensa da Impresa (para se manter à tona viu-se forçada a dar o Expresso e a SIC como garantia aos bancos!), com o controlo crítico dos conteúdos da TSF e a transformação da RTP num reedição proto-fascista do Secretariado da Propaganda Nacional, só faltava mesmo à máfia que domina o PS controlar a TVI e monopolizar até ao limite a Internet e as comunicações telefónicas fixas, móveis e de dados. Estamos quase lá, ou estou enganado?!

Os meus amigos democratas já pensaram bem no que estão a tolerar?

O caldo de cultura para uma súbita desconstrução do Estado democrático está aí. De um dia para outro, deixaremos de ter democracia, e em seu lugar estará, sem que sequer disso nos tenhamos apercebido, um NOVO FASCISMO, suave como o anterior, mais corrupto do que o anterior, de seringas e tribunais fantoches em punho, capaz de nos esmagar com eficácia bem maior do que Salazar alguma vez imaginou.

Se abandonarmos os princípios, se os trocarmos pelo mísero prato de lentilhas que as eleições dá a alguns, não tenho dúvidas que o colapso acabará por ocorrer. De momento, só deposito esperança em duas coisas: no voto inteligente dos eleitores, e sobretudo no potencial de uma crítica social auto-organizativa que, com palavras e actos, denuncie sistematicamente o desastre que se prepara em múltiplos domínios, e se prepare para exercer de forma proporcional, mas sem hesitação, o seu inalienável direito à liberdade, à justiça, à democracia, à solidariedade e ao bom governo.

LER noticia no Público


OAM 640 22-10-2009 14:15

sábado, setembro 05, 2009

Portugal 122

Prisa? Rua!

O PS de Sócrates é contra a liberdade

Público, 04.09.2009 - 15h15 Eduardo Cintra Torres

A decisão de censurar o Jornal Nacional de 6ª (JN6ª) foi tudo menos estúpida. O núcleo político do PS-governo mediu friamente as vantagens e os custos de tomar esta medida protofascista. E terá concluído que era pior para o PS-governo a manutenção do JN6ª do que o ónus de o ter mandado censurar. Trata-se de mais um gravíssimo atentado do PS de Sócrates contra a liberdade de informar e opinar. Talvez o mais grave. O PS já ultrapassou de longe a acção de Santana Lopes, Luís Delgado e Gomes da Silva quando afastaram a direcção do DN e Marcelo da TVI.

... Intervindo na TVI, o PS-Governo atingiu objectivos fundamentais. Como disse Mário Crespo (SICN, 03.09), o essencial resume-se a isto: J.E. Moniz e M. Moura Guedes foram eliminados —e com eles as direcções de Informação e Redacção e um comentador independente como V. Pulido Valente.

O senhor Sócrates tinha um grande dilema: deixar a Manuela Moura Guedes apresentar novos dados sobre o seu envolvimento e o envolvimento da sua família no affair Freeport, voltando ainda à carga com outros temas reveladores da instrumentalização da actual maioria "socialista" por interesses económicos inconfessáveis (como seria, por exemplo, o caso do aeromoscas de Beja, pronto a inaugurar, mas sem clientes à vista, apesar de ter custado 33 milhões de euros ao bolso dos contribuintes); ou então impedi-la de o fazer, pedindo com urgência a Juan Luis Cebrián, o Maquiavel madrileno do falido Grupo Prisa, que mandasse calar Manuela Moura Guedes, encerrando o programa informativo com maior audiência em todo o panorama audiovisual português, apesar das previsíveis consequências nos resultados do PS nas eleições das próximas semanas.

O que aconteceu é público, e muito provavelmente custará ao PS um pesado e porventura longo isolamento político. Porque motivo decidiu então a tríade de piratas que manobra José Sócrates assassinar o PS? Certamente para evitar um mal maior. Resta perguntar: que mal maior é esse, e mal maior para quem?

Jose Luis Zapatero quer penetrar profundamente no território português através de uma espécie de garra de caminhos de ferro chamada TGV, Alta Velocidade, ou AVE (como preferirem). Segundo as suas próprias palavras (1), esta é a melhor forma de unificar a Espanha!

O PS da tríade de Macau é o instrumento imbecil e oportunista desta manobra. Não porque devamos rejeitar liminarmente a ligação da nossa rede ferroviária a Espanha e ao resto da Europa, mas porque devemos discutir de igual para igual os termos e o desenho dessa ligação, rejeitando desde logo a visão unilateral, centrífuga e ridiculamente imperial de Madrid sobre a configuração da nova rede ibérica de bitola europeia. Madrid quer que tudo passe por Madrid, antes de chegar a qualquer outro lugar, e quer, por outro lado, construir a nova rede ferroviária como uma teia de aranha cujo centro é a capital de um ex-império cheio de prosápia, pouca eficiência, maus modos e muita corrupção. Ora Manuela Ferreira Leite e Aníbal Cavaco Silva perceberam o alcance estratégico negativo da manobra de envolvimento lançada a partir dos palácios de La Moncloa e del Oriente, e têm vindo a dar insistentes sinais de que a mesma não passará tão cedo do papel ao teatro de operações.

Ora isto é muito preocupante para Madrid, sobretudo no enquadramento cada vez mais explosivo das reivindicações nacionalistas do País Basco e da Catalunha (2).

Chegar a Lisboa e ao Atlântico tornou-se uma obsessão espanhola desde a célebre Cimeira das Lajes, acolhida pelo actual presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, que então o príncipe da Prisa, e administrador do El País, Juan Luis Cebrián, mandou apagar da fotografia. O passado Franquista deste senhor e do seu querido progenitor (3) poderão explicar a pulsão autoritária que agora desagua em Lisboa da pior maneira.

O Grupo Prisa está à beira do colapso financeiro (4). A decisão de vender o Grupo Media Capital foi um recurso para salvar a jóia da manipulação jornalística espanhola. José Sócrates viu nesta ocasião, como anteriormente vira nas dificuldades do BCP, uma boa oportunidade para incluir no portefólio da máfia que tomou conta do Partido Socialista, mais um importante instrumento de controlo do poder. Meteu a Portugal Telecom ao barulho, mas Cavaco e Manuela Ferreira Leite travaram o assalto (de novo eles...) Ainda assim Cebrián está agradecido a José Sócrates. Quer dizer, disposto a ajudá-lo quando for preciso. E foi preciso! Resta apurar porquê...

Ao contrário do que a contra-informação governamental quis fazer crer, Cebrián não está em rota de colisão com a Zapatero (5), mas antes exigindo que este despeça o seu ministro da indústria, por prejudicar os negócios da Prisa. Ou seja, está a negociar! Daí que, à sua vontade de colocar a TVI ao colo da tríade de Macau, em troca, claro está, dumas preciosas centenas de milhões de euros (de preferência públicos), Zapatero acuda com mais Améns, em nome, desta vez, da sua manobra de penetração ferroviária, portuária e aeroportuária em território galaico-lusitano. Cebrián precisa de despachar a TVI, e Zapatero precisa de fazer chegar o AVE a Lisboa quanto antes. Para isso têm que impedir a vitória de Manuela Ferreira Leite e a subida do Bloco de Esquerda nos próximos actos eleitorais — nem que para tal seja preciso montar uma monumental provocação, digna das idas décadas de 1920-1930!

É por estas e por outras que é urgente impedir a continuação do senhor Sócrates e da tríade de Macau aos comandos deste país. Nem que para isso seja necessário votar em Manuela Ferreira Leite, em Paulo Portas ou em Francisco Louçã. A vitória previsível do PSD, porém, não chega. É fundamental enterrar as bases infecciosas do Bloco Central, para que o mesmo não possa ressuscitar nas próximas décadas. Mas para isso precisamos de ajudar os pequenos partidos (CDS e Bloco de Esquerda) a duplicarem (PP), ou mesmo triplicarem (BE) a sua força eleitoral já nas próximas eleições.

A Assembleia da República que resultar da eleição do próximo dia 27 de Setembro poderá e deverá legislar um conjunto de restrições à presença do capital estrangeiro nalguns sectores estratégicos da nossa economia e da nossa matriz cultural. O incidente com Cebrián serve de lição. Comunicação social; estradas, portos e aeroportos; defesa e segurança; mar; água; energia; telecomunicações e redes informáticas nacionais, por exemplo, devem passar a ser consideradas áreas de investimento protegido, onde nenhuma empresa estrangeira poderá, sob nenhum pretexto, deter maiorias de capital, nem poderes maioritários de administração.

Não sou, nem iberista, nem anti-iberista. Defendo, isso sim, uma Plataforma Ibérica de Cidadania, ou seja, uma rede ideológica alargada que, não se confundindo com o Iberismo, é porém capaz de promover a coesão estratégica, económica, social e cultural da Península Ibérica, no respeito absoluto das nações, territórios e independências políticas que a constituem, e ainda no quadro de uma União Europeia menos burocrática e mais solidária. Já é tempo de explicar aos nacionalistas madrilenos, franquistas e pós-franquistas, que o mundo mudou.


POST SCRIPTUM

Email enviado à redacção do El País, em resposta ao seu inqualificável artigo sobre a censura da Prisa ao Jornal Nacional de Manuela Moura Guedes.

Bom dia,

O vosso artigo sobre as eleições em Portugal é um exemplo triste de manipulação jornalística, bem ao estilo paternalista e arrogante que o Grupo Prisa habituou os portugueses sempre que aborda questões importantes dizendo respeito aos dois países — como foi o caso da inqualificável censura cometida pelo El País durante a Cimeira das Lajes que deu origem ao início da Guerra contra o Iraque (omitindo então, sistematicamente, em palavras e em imagens, a presença de Durão Barroso), e agora é o caso, de contar com o governo português de José Sócrates para salvar a falida Prisa, ou ainda negociar com o desprestigiado primeiro ministro português uma ajudar trapalhona ao governo espanholista de Zapatero na concretização do desenho tentacular da rede de Alta Velocidade ibérica, a qual, segundo o próprio Zapatero, é uma boa estratégia para garantir a unidade de Espanha!

Já vimos que não é, nem está a ser!!

A Prisa cometeu um acto de inqualificável censura no nosso país. Por esse acto deve ser penalizada sem hesitação. Espero bem que o novo governo de Portugal passe a tratar a Moncloa com mais firmeza, e crie legislação nacional que impeça a tentativa de assalto em curso, por parte dos estrategas madrilenos, aos sectores estratégicos do meu país. Desde logo, Portugal não é uma República das Bananas!

Aproveito ainda para recomendar ao El País a leitura do que esta madrugada escrevi no António Maria sobre o intolerável episódio de intromissão de uma empresa estratégica do socialismo espanholista nos assuntos internos de Portugal.

Atentamente,

António Cerveira Pinto

Anexo

V/ referência:

La campaña de Portugal arranca con un aluvión de debates

En esta "batalla preelectoral", una decisión empresarial se ha convertido en el tema que acapara la atención de políticos y los medios. La noticia se produjo cuando la cadena de televisión TVI, cuyo accionista mayoritario es el grupo PRISA -editor de EL PAÍS-, comunicó el cambio de formato del telediario de los viernes para homogeneizarlo con los informativos del resto de la semana. La decisión implicaba la salida de Manuela Moura Guedes como directora del Jornal Nacional de Sexta (telediario del viernes). Varios directivos del área de informativos de TVI dimitieron en solidaridad con la periodista. Se da la circunstancia de que el Jornal de Sexta se ha caracterizado por su crítica feroz al Gobierno socialista y, especialmente, a la figura del primer ministro, que llegó a calificar dicho telediario de periodismo travestido. Las reacciones de políticos, candidatos y comentaristas se produjeron en cadena y, en cuestión de horas, no sólo TVI y PRISA, sino "España" y "los españoles" se convirtieron en protagonistas involuntarios de la campaña electoral y del fuego cruzado entre los candidatos.

La utilización electoralista de un tema tan recurrente como la relación con España ha desplazado a los grandes temas de fondo de la campaña, que giran en torno a la crisis económica y a las iniciativas para salir de ella. Los programas de todos los partidos ponen el énfasis en la lucha contra el paro que, según las últimas cifras, llega al 9,3% (medio millón de portugueses). -- in El País.


ÚLTIMA HORA!

A empresa liderada pelo censor e ex-franquista Juan Luis Cebrián, PRISA, publica os manuais escolares portugueses para o ano lectivo 2009/2010, 1º ciclo, 1º ano, através da sua editora escolar Santillana!

NOTAS
  1. Zapatero dice que los AVE refuerzan la cohesión territorial al inaugurar la línea Córdoba-Antequera (Ler esta pérola do El País)

  2. El alcalde de Arenys de Munt defiende la consulta independentista y la mantiene
    Barcelona. (Agencias).-El alcalde de Arenys de Munt (Barcelona), Carles Móra explicó que la consulta, propuesta por el Moviment Arenyenc per l'Autodeterminació y aprobada en un pleno municipal con los votos favorables de AM2000, CiU, ERC y CUP y la oposición de PSC, se mantiene pese a la presentación del recurso por parte de los abogados del Estado para impedir su celebración. "Estamos dentro del marco legal. Es imposible contemplar la posibilidad de que el referéndum sea ilegal, y lo digo con todas las garantías", afirmó. "Los abogados se lo han mirado bien" y es "imposible" que no consideren válido el referéndum", agregó Móra. — La Vanguardia (03/09/2009).

  3. Su padre Vicente Cebrián fue un alto cargo de la prensa del régimen franquista y director del diario Arriba, órgano de comunicación de la Falange Española.
    (...) Con 19 años (...) entró a trabajar como redactor jefe en Pueblo, el diario vespertino del Movimiento (...)
    En 1974 fue nombrado jefe de los servicios informativos de RTVE por el último Gobierno de la dictadura, siendo Arias Navarro el jefe del gobierno, quien dio su aprobación. — in Wikipedia.

  4. Dívidas da Prisa poderão exigir venda de activos
    O grupo espanhol Prisa necessita de uma injecção de capital de pelo menos 300 milhões de euros até Outubro, para responder à pressão financeira dos bancos que concederam à empresa um adiamento nos empréstimos actuais, segundo a imprensa espanhola. Em causa poderá estar a venda de parte das empresas Digital Plus, Santillana e Media Capital (esta última, em Portugal). -- SIC.

  5. Cebrián ataca al Gobierno por la aprobación de la TDT de pago
    El consejero delegado del Grupo Prisa, Juan Luis Cebrián, ha calificado el comportamiento del Gobierno, con la reciente aprobación del decreto-ley de la TDT de Pago, de propio de una "república bananera", informa Efe. — Terra.

OAM 619 05-09-2009 02:38 (última actualização: 07-09-2009 16:45)

quinta-feira, junho 25, 2009

Portugal 112

Conversa entre Zapatero e Sócrates
Manuela Ferreira enterra Pinóquio e encosta Mexia às boxes

Prisa confirma negociações com a Portugal Telecom
"O grupo Prisa mantém actualmente negociações com a Portugal Telecom, empresa líder de telecomunicações em Portugal, para a definição duma aliança que reforce as posições competitivas das ditas empresas e favoreça as condições necessárias para impulsionar os seus planos de futuro da media Capital e potenciar as suas possibilidades de expansão nos mercados internacionais, particularmente nos países de língua portuguesa", lê-se no comunicado enviado à CMVM. — in RTP (25-06- 2009, 19:51)


Quinta fase da guerra para o controlo socratino da TVI
A reacção, ontem, 24-6-2009, à tarde no inoportuno debate parlamentar, do CDS-PP e do Bloco de Esquerda e, à noite na entrevista na SIC, de Manuela Ferreira Leite, contra a intervenção do Governo na «linha editorial» da TVI, mediante a compra de 30% da Media Capital pela governamentalizada PT, e a própria inábil resposta sub-consciente de Sócrates, tornaram muito difícil esta manobra para o controlo da restante comunicação social de significado. Desalojar José Eduardo Moniz e Manuela Moura Guedes, que era o objectivo declarado profusamente nos media, tornou-se agora muito complicado com o teste de algodão de demonstração do motivo da manobra: se Moniz for demitido/substituído/rescindido/removido isso expõe o propósito do negócio socratino-bávico.

Convencido da viabilidade do negócio, após a reacção suave em 23-6-2009 (em que avultou o silêncio dos media e... demasiados blogues) à notícia-balão desse dia no «i», Sócrates deu ordem para o negócio avançar rapidamente, sonhando ainda com a ilusão de reverter o resultado das europeias em vitória tangente em Outubro. Porém, a reacção política cresceu a um nível inimaginável, as casas de investimento, até ligadas a accionistas de referência (como o BES) deram parecer negativo, e puseram em causa o prémio político de preço adicional pela compra por 150-200 milhões de euros de uma quota que vale cerca de metade, e movimentos da sociedade civil ameaçaram com providência cautelar para impedir o negócio. — in Do Portugal Profundo (25-06-2009)

O jovem yuppie que gere o semi-monopólio de telecomunicações chamado Portugal Telecom, Zeinal Bava, meteu os pés pelas mãos durante uma entrevista de emergência dada a Judite de Sousa há poucos minutos na RTP. Omitiu sem graça nem jeito a verdade do frete encomendado por Zapatero e Sócrates, que era o de a PT comprar por um valor exorbitante e descaradamente político boa parte da Média Capital. O jovem Zeinal gaguejou, pois, ao povo português —que é dono da Golden Share da PT—, bem como aos demais accionistas da própria empresa — Caixa Geral de Depósitos e privados incluídos.

Como esclarece a Prisa e era óbvio para toda a gente, incluindo os socialistas avisados que começam a abandonar a nau Catrineta do papagaio Sócrates, houve mesmo uma tentativa relâmpago de assalto à TVI, a contento do senhor Zapatero, que tenta a todo o custo salvar o grupo de comunicação pró-socialista Prisa (com um passivo superior a 5 mil milhões de euros!), e para gáudio salivar antecipado de José Sócrates, que por este postigo inesperado vira a grande oportunidade de correr a pontapé José Eduardo Moniz, e sobretudo Manuela Moura Guedes, da paisagem mediática lusitana. Mas a manobra saiu-lhes, por agora (1), pela culatra. Em grande medida, diga-se de passagem, graças à estocada mortal que Manuela Ferreira Leite desferiu ontem à noite sobre o cada vez mais desamparado primeiro ministro "socialista".

Manuela Ferreira Leite, na entrevista que deu ontem a Ana Lourenço, confirma aliás as minhas expectativas e previsões de há um ano, ou mais: será primeira ministra de Portugal a partir das próximas eleições legislativas.

Muita coisa irá forçosamente mudar, começando pela inevitável dança de cadeiras tão ao gosto dos boys&girls do Bloco Central. António Mexia, o grande CEO da EDP —que tem um passivo acumulado de mais de 13 mil milhões de euros!!— já começou a ganir, e tem razões para isso. Vai mesmo ter que mudar de poleiro no fim do ano, e assim talvez sejam suspensas algumas barragens assassinas que o imbecil alegremente vem anunciando por aí como coisa consensual que nunca foi!

Mas voltando ao negócio partidário Prisa-Média Capital, não posso deixar de imaginar a conversa ao telemóvel entre Zapatero e Sócrates.

— Pepe, perdón, Jose, es decir Socrates, como estas?
— José?! perdon Sapateiro, quer decir, Zapatero, si soy yo... bueno, vamos andando... y tu?
— Socrates, tengo un problemita... de que te queria hablar un ratito. Tienes un minuto para mí?
— Claro que tenho un minutito para tí. Por supuesto! Nada de saúde espero!
— Algo de nuestra salud partidaria, más bien, no se si me entiendes...
— Oh sim, sim! Nostra salude partidaria anda un poco mala, para no dizer una mierda! Pero como posso ajudarte?
— Bueno, de echo, tu me puedes ayudar, y yo te puedo ayudar tambien!
— Ah síííííí.......!! Cuentame ya!
— La cuestión es la siguiente: el grupo Prisa, ya sabes, los dueños d'El País y de tu odiada TVI, y de muchas otras cosas más, tiene un problema de fondos bastante serio. Y ya sabes, tengo que ayudarlos. Dependo de ellos para casi todo y la cosa no esta nada fácil para nosotros. La Derecha, ya sabes, el PP, sube continuamente en las encuestas... y por este camino nos hecharan del poder. No puede ser! Vamos a tener el caos en España! Y el caos en mí país, ya sabes, es el caos en tu país...
— Es verdade! Pero no vejo como posso ajudarte... no tengo dinero ni para mandar cantar un ciego. No vas a pedirme dinero, no?
— Tranquilo Socrates, claro que no! La idea es otra. Bastaria que la telefonica portuguesa, es decir la PT, comprara una parte de Média Capital, que ahorita pertenence al Grupo Prisa, para que yo quedara bien delante de Juan Luis — Cébrian, lo conoces, no? — y tu, a la vez, podrás hechar a la chica esa que no te larga... Como se llama ella, que no me acuerdo?
— La put...., no, Manuela Moura Guedes, essa grande put..., perdón, gaja, te refieres, no?
— "Gaja", que significa "gaja"?
— No sei la palavra en español... "tipa"?
— Ah..., a una golfa te refieres, no?
— No, es más bien una put...., bueno una golfa, sí. Le gusta el golf, seguramente!
— Qué dices?
— No, nada, nada...
— Que te parece entonces la idea? Un buen negocio para los dos, o no es así?
— Claro, claro. Mataríamos uma put... e um coelho a la vez!
— Curioso, en mi país, tambien tenemos un refrán parecido: matar dos conejos de un tiro!
— Si, si es lo mesmo! Matar dois coelhos de uma cajadada!
— Cajadada?
— Sí, quer decir, con un cajado, ... un pau, ... un palo,, bueno es un proverbio alentejano!
— Proverbio, Socrates?
— Sí, un proverbio. No sabes lo que es?
— No....
— Bueno Zapatero, y que tengo que facer para sacar fora la put... que no me larga, de TVI?
— Si hablas con ese alentejano simpatico que manda en la PT...
— Quién, el jovem Zeinal Bava?
— No, Socrates! El alentejano ese, como se llama? Granada, o algo así....
— Hummmm... voy a preguntar y ya te llamo, vale?
— Haceme ese favor. Te agradezco un montón! Un abrazo!
— Controlar la TVI... com um único "palo"... Que grande ideia! Que grande dia! Vou contar ao Pedro! Tra-la-la... tra-la-la..., tra-la-la.....


NOTAS
  1. Ao contrário do que o Público anunciou, com manifesto exagero, horas depois deste post, na edição de 26 de Junho —Acordo para o negócio da PT com a TVI quase concluído. José Eduardo Moniz fica na estação—, o negócio morreu mesmo depois da entrevista a Manuela Ferreira Leite, secundada posteriormente pelas palavras sem regresso do Presidente da República.


OAM 594 25-06-2009 23:55 (última actualização: 29-06-2009 18:36)