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segunda-feira, março 31, 2014

Estatísticas criativas agradam ao governo, claro!

Se o estado não encolheu, mas a economia encolhe, não pode haver redução consistente da dívida pública, nem consolidação orçamental. É óbvio!


Portugal fecha 2013 com um défice de 4,9% do PIB
(act.)
31 Março 2014, 11:08 - Jornal de Negócios

O défice orçamental do ano passado ficou em 4,9% do PIB, incluindo o efeito do Banif, um ponto abaixo da estimativa do Governo e da troika.

O défice orçamental de 2013 ficou nos 4,9% do PIB, um valor inferior à meta acordada com a troika para o ano passado de 5,9%, incluindo a recapitalização do Banif. A diferença de quase 1.656 milhões de euros concede alguma folga ao Governo para a meta de défice de 4% do PIB definida para o final deste ano.

A contabilidade criativa é um desporto mundial a precisar de umas Olimpíadas, mas enfim, à custa dum aumento colossal e proto-fascista de impostos (refiro-me aqui ao autismo e autoritarismo da máquina fiscal), lá mascararam os números do défice, enquanto a dívida pública (que anda mais próxima dos 165% do que dos 129% anunciados), essa, continuou a subir.

O pior, porém, está para vir...

Enquanto não reduzirmos a sério o perímetro de ação do estado corporativo e clientelar que temos, e não entregarmos às pessoas o que estas sabem, podem, querem e devem fazer sem intromissão de políticos indigentes e burocratas, aquilo que continuaremos a ter pela frente é uma dívida insustentável e argumentos a favor dos que querem sair do euro e regressar ao nacionalismo parolo e proto-fascista, ainda que, desta vez, mascarado de democracia mexicana.

sábado, março 29, 2014

Para que serve o INE?

O INE anda muito ativo a prever o que está previsto há anos nos relatórios da ONU


Esta duplicação de serviços tem obviamente custos desnecessários que todos suportamos. Até quando? Esta é mais uma instituição que, tal como a RTP, é muito cara e redundante.

Reduzi-la a uma secção do Eurostat é a única medida ajuizada a tomar, eliminando obviamente inúmeros postos de direção, delegações e rendas.

A ONU (World Population Prospects: The 2012 Revision) prevê para Portugal, em 2060, uma queda demográfica muito acentuada. O valor médio da previsão demográfica é de 9,331 milhões de pessoas, e a previsão em baixa é de 7,839 milhões.

Se fizermos uma média simples entre os dois valores, mediano e baixo, obtemos isto:

(9.331.000 + 7.839.000)/3 = 8.585.000

O INE prevê agora 8.600.000. Capice?


O INE, que em 19 de março de 2009 (Projection of the Resident Population in Portugal, 2008-2060) afirmava que a população portuguesa, no seu cenário central de previsão, se manteria nos 10 milhões de pessoas, em 2060, vem agora corrigir o número para 8.600.000, ou seja, vem agora emendar um erro de previsão na ordem dos 1,4 milhões de pessoas — em apenas seis anos!

A pergunta natural é esta: para que serve o INE?