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segunda-feira, outubro 19, 2009

H1N1 (3)

Vacinar o vértice do poder em primeiro lugar?!

H1N1: as primeiras vacinas anti gripais vão para Sócrates, Cavaco e Jaime Gama. Será? Há quem diga que estas vacinas podem matar!

H1N1 influenza virus image
Imagem do virus H1Ni in Wikipedia.

Se as estatísticas americanas se aplicassem a Portugal (afinal, são dois países do 1º mundo), a probabilidade de contrair a gripe por acção do H1N1 seria maior em José Sócrates e Jaime Gama (~3,9%) do que em Cavaco Silva (~1,3%), assim como a probabilidade de morrer em resultado dos danos colaterais provocados pelo vírus seria também maior para o Primeiro Ministro e para o Presidente da Assembleia da República (~24%), do que para o Presidente da República (~9%).

Embora o potencial mórbido do vírus seja algo preocupante uma vez contraída a infecção, a verdade é que a probabilidade de contracção do vírus é demasiado baixa para justificar a administração de uma vacina pouco testada e com efeitos adversos (por vezes fatais) conhecidos. Esta é aliás a razão porque boa parte dos médicos informa privadamente os seus doentes que não tenciona tomar a vacina impingida pela máfia das multinacionais farmacêuticas.

Que leva então as agências de informação a lançarem a campanha de vacinação da OMS no nosso país invocando os exemplos das três principais figuras do Estado? A pergunta está feita e seria bom que a nossa depauperada e manipulada imprensa investigasse o assunto. Até porque, diga-se em abono da verdade, quer o Director-Geral de Saúde, Francisco George, quer a Ministra da Saúde, Ana Jorge, têm mantido um comportamento até agora exemplar sobre este delicado tema. Portugal tem excelentes epidemiologistas, boas unidades de investigação sobre doenças contagiosas (nomeadamente de origem tropical), mas pergunto: terá um sector científico e institucional suficientemente corajoso e independente para se opor a qualquer possibilidade de manipulação da opinião pública em matéria tão sensível e preocupante?

Se por remota hipótese a pandemia da gripe suína estiver a ser empolada e manipulada por motivações comerciais, ou pior ainda, estratégico-militares, haverá quem no nosso país consiga desmascarar o embuste a tempo de evitar uma catástrofe? Eu sugiro que se comece por investigar a fileira do lucro nesta pessegada toda. Por onde entra, quem encomenda, quem paga e quem ganha com o gigantesco negócio montado em volta do H1N1?

Quanto à vacinação das altas figuras do Estado sugiro que tal operação seja controlada directamente por uma comissão médica expressamente nomeada para o efeito, com todas as garantias de transparência e acesso público aos detalhes da operação. Só assim estaremos todos tranquilos.

O facto de a OMS ter aconselhado os Estados a deixar de contar o número de infectados a partir dum indeterminado número de casos levanta dúvidas legítimas sobre a dimensão efectiva da pandemia, ou se existe mesmo uma pandemia. Daqui até ao surgimento de inúmeras teorias da conspiração, mas também de análises fundamentadas que merecem toda a nossa atenção foi um passo. Sou dos que pensam que devemos levar a sério o H1N1. Tenho tido até agora confiança nas autoridades sanitárias do meu país, mas gostaria de ver conferidos maiores e mais claros poderes ao director-geral de saúde, Frederico George, e à ministra Ana Jorge, no que se refere à decisão de uma campanha de vacinação generalizada. Este não pode ser um assunto onde haja interferência camuflada dos Serviços Secretos e do Ministério da Administração Interna. Se o Primeiro Ministro tem nesta matéria algum motivo fundado de segurança interna deve explicá-lo ao país, antes de largar os mastins das secretas e das agências de comunicação por aí.

Para uma melhor contextualização dos problemas convocados pela anunciada pandemia gripal que deverá atingir o nosso país com os primeiro frios de Inverno, aqui ficam algumas leituras de leitura obrigatória — umas objectivas e acertivas, outras arrepiantes! Mas antes de ler esta bibliografia seleccionada, fique a saber que o principal componente do Tamiflu é a flor de anis ! Disponível em qualquer ervanária, dá uma excelente infusão e vai muito bem com caril de vitela, porco e guisados à base de feijão vermelho e preto !

  • No António Maria: Tamiflu e H5N1.
  • Novel H1N1 Flu: Facts and Figures
    ... How many people have been infected with novel H1N1 flu?

    A CDC model was developed to try to determine the true number of novel H1N1 flu cases in the United States. The model took the number of cases reported by states and adjusted the figure to account for known sources of underestimation (for example; not all people with novel H1N1 flu seek medical care, and not all people who seek medical care have specimens collected by their health care provider). Using this approach, it is estimated that more than one million people became ill with novel H1N1 flu between April and June 2009 in the United States. The details of this model and the modeling study will be submitted for publication in a peer reviewed journal. — in CDC - Centers for Disease Control and Prevention (USA).
  • Debunking False Media Claims on the 2009 H1N1 Vaccine (Flu.gov / October 14, 2009)

    Myth: Healthy people are not vulnerable to dying from the new 2009 H1N1 virus.

    Fact: Both healthy people and people with underlying conditions, such as asthma and diabetes and other chronic diseases, are vulnerable to the 2009 H1N1 flu. CDC studies have shown that about 70 percent of people who have been hospitalized with this 2009 H1N1 virus have had one or more medical conditions previously recognized as placing people at “high risk” of serious seasonal flu-related complications. That leaves 30% of those hospitalized in the previously healthy category. The 2009 H1N1 flu has especially affected young people ages 5 to 24. A recent study of by the New England Journal of Medicine of 272 hospitalized H1N1 patients showed that although 60% of the children who were hospitalized had an underlying condition, the remaining 40 percent had no underlying condition. Since April, 81 children who contracted 2009 H1N1 flu have died.
  • Vaccine creators will refuse the H1N1 vaccine !
  • Swine flu jab link to killer nerve disease: Leaked letter reveals concern of neurologists over 25 deaths in America

    By Jo Macfarlane (Last updated at 11:05 PM on 15th August 2009)

    A warning that the new swine flu jab is linked to a deadly nerve disease has been sent by the Government to senior neurologists in a confidential letter.

    The letter from the Health Protection Agency, the official body that oversees public health, has been leaked to The Mail on Sunday, leading to demands to know why the information has not been given to the public before the vaccination of millions of people, including children, begins.

    It tells the neurologists that they must be alert for an increase in a brain disorder called Guillain-Barre Syndrome (GBS), which could be triggered by the vaccine.
  • Now legal immunity for swine flu vaccine makers.
    by F. William Engdahl

    The US Secretary of Health and Human Services, Kathleen Sebelius, has just signed a decree granting vaccine makers total legal immunity from any lawsuits that result from any new “Swine Flu” vaccine. Moreover, the $7 billion US Government fast-track program to rush vaccines onto the market in time for the Autumn flu season is being done without even normal safety testing. Is there another agenda at work in the official WHO hysteria campaign to declare so-called H1N1 a pandemic virus threat?

    First and foremost, neither the WHO nor the CDC or any other scientific body has demonstrated required scientific proof for the existence of the alleged H1N1 Influenza A new virus, a proof which requires such a virus to be scientifically isolated, characterized and photographed with an electron microscope—the scientifically accepted standard procedure. Yet it is being used as the basis for declaring a global “pandemic” threat.

    The current official panic campaign over alleged Swine Flu danger is rapidly taking on the dimensions of a George Orwell science fiction novel. The document signed by Sebelius grants immunity to those making a swine flu vaccine, under the provisions of a 2006 law for public health emergencies.
  • Martial Law and the Militarization of Public Health: The Worldwide H1N1 Flu Vaccination Program. By Michel Chossudovsky

    ... There is ample evidence, documented in numerous reports, that the WHO's level 6 pandemic alert is based on fabricated evidence and a manipulation of the figures on mortality and morbidity resulting from the N1H1 swine flu. — in Global Research, 26-07-2009.
  • 2 new moms in Bay Area die from swine flu; concern raised about risk for pregnant women

    Swine-flu virus has claimed the lives of two Bay Area women who recently gave birth, adding to the growing body of evidence that pregnancy puts women at increased risk of flu-related hospitalization and death.

    News of the deaths comes as the federal Centers for Disease Control and Prevention recommends that pregnant women be among the first to receive a vaccine, when it's available. The CDC also urges that anti-viral drugs like Tamiflu or Relenza be quickly administered to pregnant women with suspected influenza. — in MercuryNews.com (31-07-2009).
  • Pregnancy likely to be swine flu shot priority

    ATLANTA — Swine flu has been hitting pregnant women unusually hard, so they are likely to be among the first group advised to get a new swine flu shot this fall.

    Pregnant women account for 6 percent of U.S. swine flu deaths since the pandemic began in April, even though they make up just 1 percent of the U.S. population.

    On Wednesday a federal vaccine advisory panel is meeting to take up the question of who should be first to get swine flu shots when there aren't enough for everyone. At the top of the list are health care workers, who would be crucial to society during a bad pandemic.

    But pregnant women may be near the top of the list because they have suffered and died from swine flu at disproportionately high rates.
  • First picture of pregnant mother flown to Sweden for emergency swine flu treatment

    A pregnant mother with swine flu was battling for her life last night after being flown to Sweden for emergency treatment.

    Sharon Pentleton developed adult respiratory distress syndrome, a rare complication of swine flu.

    She was taken to the Karolinska University Hospital in Stockholm because a specialist five-bed NHS unit in Leicester was full.

    Patients included two other swine flu victims. Her chances of recovery are put at 50-50. — DailyMail (25-07-2009)


OAM 637 19-10-2009 12:16 (última actualização: 21-10-2009 00:37)

terça-feira, abril 04, 2006

H5N1

Indústria, na origem da gripe aviária
Porquê culpar as aves selvagens?

por ASHOK B SHARMA (Finantial Express, Bombaím), 06 mar 2006.


Não é só na India, que as aves de criação industrial são a causa da disseminação mundial da gripe aviária.

Vários estudos mostram que a indústria aviária transnacional está na origem do problema. A expansão da produção industrial de aves para abate e das respectivas redes de comércio criaram as condições ideais para a emergência e transmissão de vírus letais tais como a variante H5N1 do vírus responsável pela gripe aviária.

No interior das explorações aviárias os vírus tornam-se letais e multiplicam-se. O ar carregado de concentrações virais oriundas de explorações infectadas espalha-se a quilómetros de distância, ao mesmo tempo que as redes integradas de distribuição chrome://foxytunes-public/content/signatures/signature-button.pngdisseminam a doença através de múltiplos portadores, tais como as aves vivas e o respectivo estrume.

Em termos relativos, pode dizer-se que não são as aves de capoeira que estão a potenciar a actual vaga de surtos epidémicos que atinge grandes zonas do globo. O epicentro destes surtos são os aviários da China e Sudeste Asiático. Segundo estudos recentes, ainda que as aves selvagens possam transportar os vírus, pelo menos a pequenas distâncias, estes são na realidade espalhados pela falta de higiene das explorações aviárias industriais.

Isto é especialmente verdadeiro no caso do recente surto da gripe aviária na India. O epicentro do surto foram 18 explorações industriais em e à volta de Navapur, em Maharashtra, onde não existe nenhum santuário de aves migratórias por perto.

A Organização para a Alimentação e a Agricultura das Nações Unidas referiu em Novembro de 2005, que "Até à data, os testes extensivos realizados em aves migratórias clinicamente sãs, nos países infectados, não produziram quaisquer resultados positivos relativamente ao H5N1." Mesmo nos casos conhecidos de H5N1 em aves selvagens na Europa, os especialistas concordam que tais aves terão sido provavelmente infectadas na região do Mar Negro, onde o H5N1 se encontra fortemente disseminado entre as aves de criação, vindo a morrer enquanto se dirigiam para oeste, fugindo às inusitadas baixas temperaturas.

A causa da disseminação do H5N1, atribuída aos gansos do Lago Qinghai no norte da China, foi negada pela BirdLife International, apontando o facto de aquele lago estar rodeado de explorações pecuárias. Estas explorações integram unidades de piscicultura onde as fezes dos galináceos são comummente utilizadas como alimento e adubo. Além disso, as redes ferroviárias ligam esta região às áreas onde se deram os surtos de gripe aviária, nomeadamente Lanzhou.

As aves selvagens e as aves de capoeira são as vítimas e não os portadores da doença. Ainda segundo a BirdLife International, a distribuição geográfica da doença não coincide com as rotas migratórias e correspondentes épocas de migração.

Um estudo efectuado por uma organização global, Grain, mostra que as aves migratórias e as aves de capoeira não são vectores efectivos da gripe das aves. Na Malásia, por exemplo, a taxa de mortalidade do H5N1 entre as galinhas de aldeia é de apenas 5%, indicando que o vírus tem dificuldades em disseminar-se entre pequenos bandos de galináceos. O surto de H5N1 no Laos, que está rodeados de países infectados, ocorreu apenas nos poucos aviários existentes, que por sua vez foram fornecidos de pintos por incubadoras Tailandesas.

O único caso de gripe aviária ocorrida num galinheiro, que no Laos é responsável por 90% da produção de aves domésticas para consumo, ocorreu perto de uma exploração aviária industrial.

Os surtos letais de gripe das aves tiveram lugar em grandes explorações aviárias na Holanda em 2003, no Japão em 2004 e no Egipto em 2006. O surto que ocorreu na Nigéria no início deste ano ocorreu numa única exploração pecuária afastada dos zonas frequentadas pelas aves migratórias, mas conhecida pela importação de ovos não certificados para incubação .

Em Setembro de 2004, as autoridades do Camboja concluíram que a origem de um surto da gripe das aves fora um fornecimento de pintos da empresa Tailandesa , Charoen Pokphand. Este conglomerado agro-industrial domina a indústria de rações e é o maior fornecedor de pintos à China, Indonésia, Vietnam e Turquia, que também conheceu alguns surtos de gripe aviária. A Ucrânia, onde ocorreu um surto de gripe aviária, importou 12 milhões de aves vivas em 2004 daquela mesma empresa.

A Rússia apontou as rações aviárias como uma das principais suspeitas de estarem na origem de um surto de H5N1 numa grande exploração pecuária na província de Kurgan.

Um boletim do e_Pharmail afirmou que o surto de gripe aviária em Maharashtra pode ter ficado a dever-se à inoculação de uma vacina impropriamente preparada (vírus inactivos) em aves, alegadamente distribuída pela Venkateshwara Hatcheries.

versão original em Inglês


Última hora
: [6 Abril 2006] H5N1 NA ESCÓCIA — o cisne mudo selvagem encontrado morto em Cellardike pertence a uma espécie residente e não migratória. Ou seja, é bem mais provável que o animal tenha sido vitimado pelo H5N1 na própria zona —onde existem 175 explorações industriais de aves e produtos relacionados (ovos, pintos para criação, etc.), com 3,1 milhões de aves, dedicando-se 48 das referidas explorações à criação de mais de 260 mil aves ao ar livre—, do que o contrário, i.e. que o pobre cisne mudo tenha entrado em contacto com alguma ave migratória que por ali tenha passado. Se as aves migratórias fossem os principais portadores do H5N1 teríamos que ver muitos milhares de aves selvagens mortas por aí, não é verdade? Porque será que boa parte dos casos até agora detectados ocorreram nas proximidades de explorações pecuárias industriais?

CONSELHO: comece a pensar em evitar o consumo de aves e seus derivados oriundos da indústria aviária nacional e internacional: frangos, galinhas, patos, codornizes, perus, ovos, fiambes de aves. Só metendo toda a cadeia produtiva e de distribuição de quarentena podemos atacar radicalmente o problema. Os prejuízos devem pagá-los os seus primeiros responsáveis, ou seja, uma indústria que não olha a meios para engordar à custa da saúde pública. Ao mesmo tempo, devemos exigir uma investigação efectiva sobre a origem e o negócio em volta do TAMIFLU, bem como sobre a origem e contornos mediáticos do alarme social promovido em volta do H5N1 e da gripe das aves.

Ver, a propósito desta notícia, o relato da BBC online


Para complemento deste artigo ler o Documento Informativo da SPEA (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves) e a Declaração da BirdLife International sobre o mesmo tema.



OAM #115 04 ABR 2006