Sopa dos Pobres, outrora conhecida também como Sopa de Sidónio. Anjos, Lisboa |
Há dirigentes de IPSS's a ganhar mais do que Passos
Um relatório a que o i teve acesso revela que um quinto das fundações de solidariedade social existentes em Portugal (num total de 178) não tem beneficiários e que metade dos apoios públicos é absorvida por 16 entidades. Além disso, há dois dirigentes a receber mais do que o próprio primeiro-ministro.
Ainda que o exercício de funções numa fundação de solidariedade social deva ser, em regra, não remunerada, de acordo com o mais recente relatório da Inspeção-Geral das Finanças, existem em Portugal 100 dirigentes a auferirem uma remuneração.
Notícias ao Minuto, 9 de maio de 2014.
Há muito que chamámos a atenção para os latifundiários da fome e da miséria alheia.
(abril 13, 2014 - A bolha da fome; novembro 15, 2012: Os rendeiros da fome)
As IPSS não são controladas por ninguém e beneficiam, pelo menos as principais, da proteção da corja devorista unida (CDS, PS e PSD), traduzida em milhares de milhões de euros do Orçamento de Estado, arrancados à poupança nacional, nomeadamente através da agressividade fiscal, ou acumulados na imparável dívida pública, corroendo os fundamentos básicos da democracia. O orçamento do ministério da segurança social é um poço de mistérios que, desde logo, deveria ser investigado.
Será que o pascácio do PS sabe do que estou a escrever? Se não sabe, pergunte à misericordiosa irmã Belém Roseira.
PCP e Bloco, entretidos nas suas pequenas quintas partidárias, são uma espécie de idiotas de serviço nesta matéria. Adoram a espuma dos dias, e jamais percebem o que acontece ao país. Acreditam mesmo que poderão sobreviver ao seu oportunismo, se isto der para o torto?
As unidades básicas onde todo o sistema de solidariedade social deveria assentar chamam-se Freguesias e Paróquias. Ao parlamento caberia fiscalizar periodicamente a transparências dos processos e a rentabilidade social dos dinheiros gastos. O que existe não passa dum lodaçal inconfessável.