domingo, maio 11, 2014

Os Pobres são um bom negócio

Sopa dos Pobres, outrora conhecida também como Sopa de Sidónio. Anjos, Lisboa

Há dirigentes de IPSS's a ganhar mais do que Passos

Um relatório a que o i teve acesso revela que um quinto das fundações de solidariedade social existentes em Portugal (num total de 178) não tem beneficiários e que metade dos apoios públicos é absorvida por 16 entidades. Além disso, há dois dirigentes a receber mais do que o próprio primeiro-ministro.

Ainda que o exercício de funções numa fundação de solidariedade social deva ser, em regra, não remunerada, de acordo com o mais recente relatório da Inspeção-Geral das Finanças, existem em Portugal 100 dirigentes a auferirem uma remuneração.

Notícias ao Minuto, 9 de maio de 2014.





Há muito que chamámos a atenção para os latifundiários da fome e da miséria alheia. 

(abril 13, 2014 - A bolha da fome; novembro 15, 2012: Os rendeiros da fome)

As IPSS não são controladas por ninguém e beneficiam, pelo menos as principais, da proteção da corja devorista unida (CDS, PS e PSD), traduzida em milhares de milhões de euros do Orçamento de Estado, arrancados à poupança nacional, nomeadamente através da agressividade fiscal, ou acumulados na imparável dívida pública, corroendo os fundamentos básicos da democracia. O orçamento do ministério da segurança social é um poço de mistérios que, desde logo, deveria ser investigado.

Será que o pascácio do PS sabe do que estou a escrever? Se não sabe, pergunte à misericordiosa irmã Belém Roseira. 

PCP e Bloco, entretidos nas suas pequenas quintas partidárias, são uma espécie de idiotas de serviço nesta matéria. Adoram a espuma dos dias, e jamais percebem o que acontece ao país. Acreditam mesmo que poderão sobreviver ao seu oportunismo, se isto der para o torto?

As unidades básicas onde todo o sistema de solidariedade social deveria assentar chamam-se Freguesias e Paróquias. Ao parlamento caberia fiscalizar periodicamente a transparências dos processos e a rentabilidade social dos dinheiros gastos. O que existe não passa dum lodaçal inconfessável.

1 comentário:

Zephyrus disse...

O poder da Santa Casa de Lisboa é tão forte que nenhum Governo conseguiu acabar com o monopólio das apostas desportivas.

Em boa parte da Europa Ocidental o mercado das apostas desportivas está aberto à concorrência e existem até casas de apostas físicas. É a solução que mais beneficia a economia, o emprego, o Estado, o desporto e os apostadores recreativos e profissionais.

A Santa Casa não tem know how e condições tecnológicas e financeiras para fornecer um produto com a qualidade das casas de apostas europeias. Para além disso mercados de apostas com odds só são viáveis com concorrência, pois assim as casas concorrem entre si para oferecer as melhores odds aos clientes, ou seja, maiores probabilidades de prémios para os apostadores.

Para além disso um monopólio inviabiliza o exchange, ou seja, as bolsas de apostas, onde o cliente é quem dá a liquidez, e tal como uma casa de apostas tradicional, consegue ter lucros independentemente do resultado. Estas bolsas só são viáveis com liquidez europeia e têm sempre as odds mais altas do mercado, para além disso o grosso dos lucros fica para os clientes, ou seja, para os traders de apostas. E Portugal já tem alguns dos melhores do mundo.

O poder político já deveria ter adoptado o modelo inglês para este sector. Mercado totalmente aberto à livre concorrência, taxa de 15 a 20% sobre os lucros brutos das casas de apostas em Portugal, licenças para os casinos poderem explorar corridas de cavalos e de galgos, captação de traders e apostadores profissionais para viverem e investirem em Portugal (o seu grande destino é o Reino Unido, devido à estabilidade legislativa e isenção fiscal), e acima de tudo deve ter um fim o monopólio da Santa Casa, algo sem qualquer sentido em pleno século XXI!

Espanha está a fazer o seu caminho e em breve aprovarão o exchange. Em Itália já começou a operar este mês.

Tudo indica que no ano passado houve vontade para acabar com este monopólio da Santa Casa e para adoptar uma lei em conformidade com a legislação europeia, mas as pressões são tão fortes que nada foi feito.

Conheço vários traders de apostas e apostadores profissionais, alguns ao nível do melhor que há no mundo anglo-saxónico, que terão de emigrar caso o Governo insista no absurdo monopólio da Santa Casa! Para além disso, futebol e modalidades ficarão privados de avultados patrocínios que os seus concorrentes no resto da Europa podem receber!