Do tigre de papel ao leão de peluche? Foto © ? |
Sombras sobre Beijing e Xangai
Factual data point after factual data point is indicating more than a little stress in the Chinese economy (and the Asian engine of growth in general). Whether it is bank loan losses escalating, shadow-banking stress, real-estate corruption, dismal retail spending, the shrinking textile industry, the artificial production in the crushingly slow metals industry , the construction industry’s contraction, or the massive ‘50%-above-demand’ channel-stuffing now occurring in the Chinese auto market, Diapason Commodity’s Sean Corrigan succinctly notes: “China bulls will not heed any of this, of course, for they are prisoners of the nested illusion that all increases in outlay represent genuine growth (cf, Occidental property bubbles) and that higher growth must imply greater profitability. They will also argue, on any uptick in the macro numbers, that the worst is not only behind us, but that it has been more than fully priced in.” Given a picture paints a thousand words, Asian trade volumes have ended their rebound and are exhausted.
“The Unbearable ‘Factual’ Lightness Of The Chinese Economy”, ZeroHedge.
Os gráficos não enganam! Bloomberg. |
Salvo no desporto olímpico, parece que o Milagre Chinês está a revelar-se mais um balão cheio de ar :(
Eu estive três vezes na China desde 1999, e a verdade é que tendo eu um fraquinho pelo país (nasci em Macau, noblesse oblige), não posso deixar de constatar que as notícias que reiteradamente me chegam daquelas paragens são cada vez menos animadoras :(
Num certo sentido, o crescimento tumultuoso da China tem dois pontos em comum com as bolhas de desenvolvimento frágil ocorridas, por exemplo, na Espanha e nos Emiratos Árabes Unidos: inundações de capital barato (oriundo de exportações, de investimento especulativo e/ou de fundos comunitários) e trabalho barato (no caso dos Emiratos, a mão-de-obra sobre-explorada e sem direitos veio/vem da Índia e sobretudo do Paquistão; no caso da Espanha, veio das antigas colónias americanas e do Magrebe; e no caso da China, veio e vem das suas províncias rurais interiores).
Como todas estas economias dependeram e dependem de exportações baratas e raramente criativas (manufacturas, serviços e matérias primas) para o Ocidente, a inversão agora verificada dos ritmos de expansão destes milagres económicos encontra-se estreitamente correlacionada com o colapso em curso das economias, do sistema financeiro e das sociedades afluentes e consumistas do Ocidente.
Se os especuladores pensavam poder deixar a América e a Europa em chamas e abrir novos paraísos de corrupção na Ásia, enganaram-se!